História Dark Angel - Cupcakes...

Eu estava com raiva sim, ele veio até aqui! Mas, porra com ele está gostoso,meu deus, moleton verde (ele não está sentindo o frio?), boné da obey, jeans e all star.
Mas ainda com raiva.
- Jura que não estava fugindo de mim? - Ele diz deslizando do meu capô e parando na minha frente, posso sentir seu perfume.
- Não tenho que lhe jurar nada.
Passo por ele e abro a porta do volante, jogo minhas coisas lá dentro e olho para ele.
- Você disse que iria ao Escuridão comigo.
Ele está sorrindo de lado, ele sabe que não quero ir.
Fico olho para ele por um bom tempo, sua pele está pálida e sua boca está rosada, ele não tira os olhos de mim.
- Vamos então.
Entro no carro e ele segue para o passageiro, coloco Linkin Park para tocar, tive que me controlar para não começar a cantar.
- Gosto dessa música.
Sua voz estava rouca, ele encosta a cabeça no banco e olha para mim com olhos brilhando levemente, no play estava tocando Powerless, ele parecia tão vulnerável, tão meigo e fofo, aqueles que dá vontade de abraçar e confortar para sempre.
Balancei a cabeça, não estava me concentrando.
Chegamos ao escuridão, ele me guia até uma mesa e Bill vem nos atender.
- Oi Kathy e Zayn! - Ele dá uma risadinha, olha para nos dois e ri de novo - O que vocês vão querer?
- Eu quero... - Penso um pouco, decorei o cardápio de cabeça para baixo. - Cupcake... Isso Cupcake de chocolate!
Digo dando um sorriso aberto para Bill, não é muito comum eu sorrir desse jeito.
- Ah... Eu quero só um chá gelado. - Zayn diz me olhando de lado.
- Ok. - Ele anota e vai saindo, mas volta - Vocês formam um belo casal. - E sai.
Onde eu escondo minha cara? Fico olhando para o os guardanapos, certeza estou com a cara da cor de um tomate, Zayn dá gargalhadas e eu nem olho para ele.
- Qual é! Não precisa ficar vermelha, apesar de essa cor ficar muito bem com você.
Ele está zoando comigo, olho séria para ele.
- Haha - Sem querer eu soltei uma risada, e saiu sarcástica demais.
- Relaxa Kathy, ele só estava brincando.
Dou um sorrisinho, incapaz de dizer algo.
- Um cupcake e um chá gelado! - Bill volta e eu olho diretamente para ele, ele dá uma risadinha e sai.
Pego meu cupcake e fico olhando para ele, o chocolate perfeitamente em espiral, lambo primeiro e depois mordo, meu deus que delícia.
Fico um pouco desconfortável quando percebo que Zayn está olhando para mim.
- Continue, você estava indo bem. - Ele sorri e bebe um pouco do chá.
Dou uma lambida no chocolate de novo e ele fica olhando, e de novo eu lambo e de novo, olhando para ele, mas paro quando ele se remexe um pouco.
Dou uma risadinha e termino com o Cupcake, mas o que eu estava fazendo?
- O que aconteceu ontem, como você... O que você fez com aqueles homens? - Minha curiosidade vai me matar um dia.
- Eles estavam ameaçando uma dama, eu apenas lhes dei uma lição.
- E o que você estava fazendo lá?
- Estava te seguindo.
Vendo a cara que fiz completa:
- Calma, eu estava passeando, nada de mais.
- Hm.
Fico mexendo no guardanapo, nossa que sede.
- Quer um pouco do meu chá?
O que ele disse? Olho para ele, com certeza com os olhos arregalados e com uma expressão de espanto.
- Você disse que estava com sede...
- Eu não disse isso...
- Disse, bem baixinho.
Eu disse? Mas o que eu estou fazendo? Eu não disse isso tenho certeza!
Pego o copo e tomo um gole, mesmo preferindo chá quente.
- E então, você mora aqui com sua família?
- Não, moro sozinha.
Ficamos conversando, soube algumas coisas sobre ele, tipo: Ele morava em Moscou e veio para cá para conseguir sossego, ele não tem família, e que mora perto de mim.
Eu na verdade moro afastada da cidade, no meio de uma clareira, eu gosto de lá, é quieto. Ele mora do outro lado do rio perto da minha casa, há uma trilha que dá para uma ponte antiga, fui lá algumas poucas vezes.
A casa era da família dele, como ninguém estava aqui e ele era o único herdeiro ele veio para a casa.
Falamos sobre muitas coisas, e acho que comi uns dez cupcakes e bebi o chá dele, ele não comeu nada, só dava um gole vez outra no chá.
- Não quer que eu te leve até lá?
Estamos na rodovia, havia uma entrada que dava para minha casa, ele queria descer aqui.
- Tem uma trilha, eu sei me cuidar.
- Mas tem muita neve.
- Kathy, eu sei me cuidar.
Ele estava encostado na minha porta, com a cabeça quase entrando no carro.
- Não vai adiantar em nada eu pedir não é?
- Sim.
- Tudo bem então.
- Até mais Kathy.
Ele se aproxima olhando em meus olhos, não consigo me mexer, ele encosta os lábios gelados na minha bochecha.
- Até.
Ele desaparece no escuro, estou com medo dele não chegar a casa.
Em casa troco de roupa e quando estou na cama e durmo, com a lembrança da noite ainda quente em minha mente.