História Dark Angel - Estranged

POV Katherine

Eu estou gostando que o Zayn estava aqui comigo, me sentia segura. Não fui trabalhar e vou ter que parar a faculdade por um tempo, não quero estar andando na rua e um lobo pular do nada encima de mim e me estuprar.

No diário ela havia pego o livro que dizia sobre a maldição, queria saber onde ela o guardou, mas devido ao tempo que ele etá guardado algumas palavras se pagaram e as folhas estão se fragmentando, então tivemos que mexer em todas as caixas.

- Não há nada! - Me jogo encima da pilha de lençóis antigos. - Provavelmente já queimaram este livro há décadas.

- Temos que continuar. - Zayn se senta no chão, ele puxa seu casaco e o tira, revelando seu antebraço direito quase totalmente tatuado, não sabia que ele tinha tatuagens - Gostou?

- É bem legal, minha mãe também tinha muitas.

- Quem é sua mãe?

- Ela já morreu. - Não gosto de falar sobre isso, sempre fica cabisbaixa quando menciono a morte da minha mãe. - Ela bebia muito, fumava...

Eu me calo, como sempre, minha garganta trava e eu fico quieta, odeio isso.

Levanto a cabeça quando algo gelado toca minha mãe, olho e vejo uma mão grande e acima dela muitas tatuagens e logo acima seus ombros largos e mais acima seus rosto perfeito.

E um sorriso lindo...

O telefone tocando atrapalha o momento, me levanto e vou atender.

ligação mode on*

- Alô?

Nada, mas posso escutar a respiração do outro lado da linha.

- Alô?

- ...

- Quem é?

- ...

Estou prestes a desligar quando ele se pronuncia.

- Você sabe que é.

Uma voz grossa, masculina.

- Se eu soubesse não estaria perguntando, não acha?

- Hahah você fala o que pensa, diferente da outra.

- Que outra?

- Você sabe... Se parece com você...

- Não estou te entendo.

Eu sabia o quem era, mas não queria ouvir.

- Sophie Brun porra!

Dessa vez eu quem fico quieta.

- Nos vamos te pegar, não adianta você se esconder.

A voz dele esta ficando mais grave, arrepios gelados subiam por minha espinha.

- Veremos. - Eu disse, sei que essa não é a coisa mais sensata a dizer a alguém que está te ameaçando.

- Hahhahahah ah Katherine, tenho que admitir, você é mais divertida que a Sophie.

Não falo nada novamente.

Ele fala novamente, e sua voz está muito mais grave:

- Diga ao seu amiguinho vam...

Zayn puxa o telefone da minha mão e diz, muito sério:

- O amiguinho dela falando.

Ele fica em silêncio um tempo, e do nada solta uma risada alta, isso foi tão inesperado que eu dei um pulo de susto.

- Cachorro, se você chegar perto dela, ou sequer pensar nisso, eu faço você de tapete da minha sala.

Sua voz saiu muito grave, nem um pouco parecida com o tom suave que estou acostumada.

Ele fica em silêncio novamente, seus olhos estão fixos e o maxilar preso com força.

- Você não se atreveria. - Ele diz entre os dentes cerrados. - Não se atreveria.

ligação mode off*

E coloca o telefone no lugar, quase fazendo um buraco na parede com a força que o fez.

Ele encosta a testa na parede e respira fundo, depois se vira e me abraça forte, eu não havia percebido que eu estava tremendo.

- O que ele te disse? - Ele pergunta, passando a mão no topo da minha cabeça.

- Nada. - Minha voz sai aguda, nem reconheço que sou eu falando. - Acho que acabei de me entregar.

Ele dá uma risada, encosto a cabeça em seu peito, procurando o som de seu coração, mas ele me afasta.

- Vamos continuar?

- Vamos.

Voltamos de mãos dadas para o porão.

...

Reviramos tudo, e nada do livro.

Estamos no meu quarto, falando sobre possíveis lugares onde Sophie possa ter escondido o livro.

- Na cozinha? - Zayn diz.

- Porque ela esconderia um livro na cozinha? Olha, acho melhor pararmos, ele livro com certeza deve ter sumido no tempo.

- Não falta pouco, estou sentindo.

Começo a rir, me deito na cama e olha para o teto.

- Talvez no jardim? Ela pôde ter escondido dentro de um vaso de plantas ou sei lá, enterrado?

Não respondo, estou distraída com outra coisa, tem uma falha no chão de madeira aqui no meu quarto...

Me levanto e vou até o closet, tiro as coisas que estão no chão dele e passo a unha até sentir a pequena falha entre uma tábua e outra, com muito cuidado levanto a pequena tábua e a tiro.

- Como não pensei nisso? - Zayn pergunta acima de mim, não havia percebido ele ali.

Quando penso em algo para iluminar ele me entrega um iPhone, 5 devo acrescentar, eu olha para aquilo por um minuto, e depois ilumino o buraco por entre as tábuas.

Em um espaço bem pequenino vejo a lombada marrom de um livro, com cuidado puxo aquilo para fora e vou para o meio do quarto.

O livro é velho, capa de couro e na capa uma estrela de cinco pontas ao contrário, e amarrado com uma fita que antes devia ser amarela agora está marrom e preta.

Zayn é o primeiro a tocar no livro, ele desfaz o nó da fita e abre o livro com cuidado, vou para o seu lado e vemos juntos seu conteúdo.