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História Primavera - Revelações


Escrita por: viosorio

Notas do Autor


Hey yeeeeey! Sei que demorei de postar, mas deixarei vocês cientes de uma coisa > dois empregos e provas. Sim, eu não tenho tempo para viver! aushauhsuahs

Boa leitura beus abores \o/

Capítulo 4 - Revelações


"O que está acontecendo? Foi isso mesmo o que eu acabei de ouvir? Por dois anos eu acreditei que o meu pai havia morrido, eu me lembro do dia como se fosse ontem: eu tinha doze anos e nem soube como reagir. Quando meus pais me disseram que iríamos morar no Japão eu achei que levaríamos uma vida normal como quando morávamos na Coréia, porém a partir daquele momento a presença do meu pai em casa foi diminuindo constantemente por causa do trabalho e grandes brigas entre os meus pais começaram a surgir, porém eu nunca entendi o porquê, me recordo de encontrar muitas vezes minha mãe chorando escondido e quando questionava o motivo ela apenas inventava desculpas para não me preocupar. Alguns anos antes do suposto falecimento do meu pai lembro-me que seu amigo Sr. Kang se tornou próximo de mim e minha mãe, ele estava presente em todos os momentos, como um guarda-costas. Seu filho Kang Min-Hyuk, que tinha a minha idade, se tornou grande amigo meu e passei a estudar na mesma escola que ele, sendo assim era seu pai que me levava e buscava lá. Um ano antes deste falecimento meus pais me enviaram de volta para morar com a minha tia na Coréia e desde então eu só vi a minha mãe no funeral do meu pai. Porque eles esconderam isso de mim? O que realmente está acontecendo?"

- A primeira coisa que você precisa saber é que o seu pai não está morto, Shin Hye, o seu pai está vivo. - Foi com um tom de voz culposo que essas palavras penetraram o coração da menina, que estremeceu do outro lado da linha. - Filha? Diga alguma coisa!

- Por que...? - Caiu sentada no chão e lágrimas quentes começaram a molhar o piso de madeira antigo. – Vocês acharam que escondendo que o meu pai estava vivo que iriam resolver tudo? Vocês estão loucos! - Chorou mais alto.

- Filha, eu preciso que você se tranquilize para que eu possa te explicar o porquê de termos agido dessa forma. Sei que não é fácil, se nós tivéssemos outra escolha nunca teríamos inventado tudo isso e ambos sofremos com essa mentira. – Explicou.

Depois de alguns minutos se recompondo das palavras da mãe, Shin Hye amenizou o seu choro e deu passagem para o diálogo.
- Shin Hye, o seu pai à muito tempo, antes mesmo de nós nos conhecermos e nos casarmos ele trabalhou como um agente infiltrado num grupo da máfia. Depois que ele me conheceu e nós nos apaixonamos ele decidiu que iria se demitir para se casar comigo e ter uma vida tranquila, porém alguns anos depois de você ter nascido, um agente substituto do seu pai acabou sendo pego e confessou que ele e o seu pai estiveram infiltrados para deter as ações desses criminosos. Quando o seu pai ficou sabendo disso a companhia que o seu pai trabalhou nos enviou para o Japão. Mas, mesmo depois de termos nos mudado em tentativa de nos escondermos eles descobriram onde seu pai estava. Foi então que seu pai chamou o Sr. Kang para nos proteger enquanto ele estava fora tentando resolver a situação, e então te mandamos de volta para a Coréia quando vimos que era perigoso para você e logo depois seu pai forjou sua morte, achando que assim tudo isso poderia acabar. Eu pretendia voltar e cuidar de você por esse tempo, mas também fui alvo de ameaças e passei a me esconder de tudo e de todos, acreditei que você estaria mais segura sem nenhum de nós dois por perto e então mantive distância.

- Mãe, porque vocês me esconderam isso por todo esse tempo? Vocês não podiam ter tomado essa decisão sozinhos. – Disse.

- Foi difícil, Shin Hye. Nós não sabíamos o que fazer e tomamos a atitude que, para nós, seria a escolha certa a se fazer naquele momento, nos arrependemos muito depois, mas era tarde demais para voltar atrás. O seu pai está tentando cuidar disso tudo, mas nós temos que ter cuidado, e é por isso que eu te liguei aquele dia, para saber se algo havia acontecido com você.

- Eu mal pude imaginar que todas essas coisas poderiam estar acontecendo, mamãe. Sinto muito por não ter como ajudar você e o papai. O que nós vamos fazer? - Disse enxugando seu rosto que recebia mais lágrimas.

- Não fique assim filha, a culpa não é sua. - Sra. Kim consolava com nós na garganta. - Querida, senti que não podia mais te esconder essas coisas e para a sua própria segurança é necessário que você saiba que risco está correndo. Sentimos que agora é tudo ou nada, Shin. Seu pai está dando o melhor de si para que nós possamos voltar a ter uma vida feliz como antes. Se as coisas piorarem terei que tomar medidas para te manter segura... Apenas se preocupe consigo mesma, amor. Tudo o que fazemos hoje é para que você consiga viver uma vida tranquila. Seus pais te amam muito, Shin Hye. - Concluiu.

- Eu também amo muito vocês. Mãe, o que vai acontecer se o papai não conseguir se livrar dessas pessoas? – Perguntou.

- Eu sei que tudo vai dar certo. Bom, não conte isso para absolutamente ninguém, você entende? - Enfatizou.

- Sim mãe, não se preocupe. 

- Filha, você terá que parar de trabalhar, é melhor que você não fique tão exposta assim, eu irei te enviar uma quantia mensal para que você possa se manter. Não precisa ficar isolada, não temos certeza se realmente alguém sabe de você na Coréia, mas tenha mais cuidado com as pessoas ao seu redor.

Depois de trocar mais algumas palavras, mãe e filha se despediram e encerraram a ligação. A vontade que Shin Hye tinha era de ir correndo contar isso para Soo-Jung, ou para qualquer outra pessoa que estivesse disposta a ouvir seu desabafo e acolhê-la em seus braços para amparar seu choro. Infelizmente não era isso que ela poderia fazer, então apenas tomou um longo banho quente e antes de escurecer já havia adormecido em sua cama. Como se o choro fosse uma atividade física ou um esporte que exigisse tudo da pessoa que o pratica, ele tirou todas as forças da garota.

No dia seguinte, Shin Hye se mostrava um pouco abatida. Lembrava-se das palavras de sua mãe e tentava digeri-las para manter-se mais estável. Sabia que aquela não era hora para se mostrar vulnerável, não poderia virar mais um motivo de preocupação para seus pais que por todo esse tempo sofriam sem deixar vestígios.

Na semana seguinte, a menina cogitou faltar algumas aulas no colégio, mas percebeu que ter tanto tempo livre para remoer a história em sua cabeça não a faria bem. Na segunda-feira de manhã se aprontou para o colégio mais cedo que o necessário e no caminho parou em uma loja de conveniência, comprou um chá quente e sentou de cabeça baixa em um balcão de frente para a janela. Naquele momento Kim Woo Bin passava pelo local, ao notar a presença da garota sentou-se ao seu lado sem se manifestar.

- Ahjumma, pode me passar o guardanapo? - Disse o maior, mas não obteve resposta. - Ahjumma? Ei, se não for pegar ao menos não fique calada. - Interrompeu suas palavras ao perceber um choro baixo vindo da garota e sucessivamente as mangas do seu uniforme foram se encharcando ao conter as lágrimas.

- Ei, você está bem? - Preocupou-se. - Você se feriu em algum lugar?

 A garota levantou e perguntou em meio a soluços:
- O que você quer de mim? - Deixou seu rosto vermelho e quente ser exposto e surpreendeu-se ao dar de cara com o maior.

- Você não deveria estar assim em um lugar desses, o que está fazendo? - Shin Hye logo enxugou suas lágrimas e limpou a garganta.

- Assim como? - Tentou se acalmar.

- Você estava chorando até agora a pouco... O que aconteceu? - Ficou confuso.

- Ah, n-nada. Eu costumo ficar assim nas segundas-feiras. - Passou o guardanapo para o maior. - Não me chame de ahjumma outra vez.

- Aish, eu não sabia que era você. - Tentou escapar da bronca. 

- De qualquer forma... Apague aquilo que você acabou de ver, n-não foi nada demais. Tpm, é, sabe como os hormônios ficam... - Estava se odiando por passar por esse vexame.

- Sei... - Arregalou os olhos. -  Bom, já que você diz... Você está indo para o colégio?

- Omo, eu irei me atrasar! - Deu um pulo da cadeira e saiu correndo. 

- Ya! - Woo Bin tentou chamar atenção em vão, quando a garota já se encontrava fora da loja. - Essa garota não bate bem... - Riu e provou seu ramen. - Aaargh, quente! - Queixou-se ao queimar a língua.

No colégio, Shin Hye tentou manter-se mais firme, lavou seu rosto no banheiro, respirou fundo e seguiu para a aula. No intervalo enviou uma mensagem para Krystal.

"Soo-Jung, me perdoe por não ter atendido suas ligações ontem, tinha passado mal e acabei dormindo cedo. Te ligo mais tarde."

Logo em seguida recebeu a resposta.

"Eu já estava indo confiscar seu celular. Você está bem mesmo? Estou em aula agora, depois nos falamos. XX"

Quando as aulas encerraram, Shin Hye organizou seu material para voltar pra casa e decidiu que antes iria passar no seu trabalho para pedir demissão. Na verdade, ela gostava de trabalhar lá, gostava do seu patrão e mesmo que o dinheiro não fosse lá essas coisas gostava de atender os clientes fixos e de ver as pessoas que passavam por lá apenas para visitar seu chefe.

Chegando na loja de conveniência encontrou o senhor Park sentado perto da porta com seu sorriso acolhedor e sentiu sua garganta dar um nó.

- Veio fazer hora extra hoje, fia? - Sorriu apertando os olhos, demonstrando as rugas que adquiriu com o tempo, e por um momento, Shin não soube se iria conseguir fazer aquilo. O vovô Park sempre foi tão compreensivo e amigo, o mais próximo de uma família que ela conseguiu ter morando sozinha na Coréia.

- Olá ahjussi. - Tomou coragem e sentou ao lado do senhor mais velho.

- Não veio fazer hora extra, né? - Sorriu lendo o olhar da garota.

- Hoje não... - Disse a menina.

- Ocê nem precisa falar nada. Eu já sei o que seus olhos tão tentando dizer apertados desse jeito. - Olhou para o horizonte.

- Eu não vou poder continuar aqui, vovô. Me desculpe. - Encarou o chão.

- Essa é a segunda vez que uma muié me deixa, primeiro foi a minha esposa, e agora ocê. - Sorriu, porém dessa vez tristonho.

- Claro que o senhor irá me ver novamente. - Riu. - Se o senhor fosse uns 30 anos mais jovem eu até iria pedir o senhor em namoro. - Brincou.

- Vixe! - Riu o senhor Park em conjunto. - Espera um minuto que eu tenho algo pra ocê. - Disse entrando num pequeno cômodo separado da loja e voltou com uma caixa. - Toma aqui.

- Um presente, vovô? 

- É uma corrente que eu tinha dado à minha esposa no dia em que casâmo, de uma pedra bonita que ela me deu quando trabalhava na plantação de arroz.

- Ahjussi! É muito bonita, mas o senhor não deveria estar me dando algo tão importante. - Disse a garota.

- É justamente porque é importante que estou lhe dando! - Sorriu. - Ocê é uma bela moça, por dentro e por fora, e deve se lembrar disso. Eu não tive filhos ou netos, mas se eu tivesse gostaria que fossem como ocê. Obrigado pelo tempo que passou na loja.

Shin Hye ficou emocionada e abraçou o sr. Park, que ficou sem jeito mas retribuiu.

- Obrigada Ahjussi, virei visitar o senhor em breve. Se cuide. - Sorriu.

Despediu-se e foi andando em direção em direção a sua casa, no caminho ligou para Soo-Jung.

~ Início de ligação.

- Realmente a melhor coisa que fiz em toda a minha vida. - Foi como Soo-Jung atendeu a ligação. - Agora você não para de me ligar, quem diria. - Riu. - O que você quer?

- Eu me demiti. - Foi direta.

- VOCÊ O QUÊ?? - Krystal gritou do outro lado linha, fazendo Shin Hye tirar o celular do ouvido por um instante. - A SUA MÃE VAI TE MATAR!

- Calma, a minha mãe não vai me matar. Foi ela quem disse para eu me demitir, agora ela vai cuidar das minhas despesas.

- Arrasa, colega! Isso significa que você não vai ter mais desculpas pra sair comigo. - Disse num tom ameaçador.

- Sabe o que, amiga? Me deu uma cólica agora e eu torci o tornozelo. - Brincou Shin tentando sair da cilada.

- Falsa! - Exclamou a amiga.

No meio do caminho distraída, Shin Hye esbarrou com um rapaz que vinha na direção oposta.

- Oh, descul-pa.. - A garota parou de falar quando encontrou seus olhos no rosto do garoto que estava à sua frente.

- Park Shin Hye? - Disse o maior.

- Ei, amiga? - Soo-Jung tentava chamar a atenção da menina.

- É você? - Indagou.

 


Notas Finais


Aêeeee |o|

Como de praxe eu gosto de terminar o capítulo em ~suspense~ só pra judiar de vocês, obrigada, de nada.
Quem é esse nego novo aí, hein?

O que estão achando? Sugestões? Críticas? Nos vemos nos comentários! Obrigada por chegarem até aqui ;)


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