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História Antítese - Você consegue.


Escrita por: casnewt

Notas do Autor


Hey, hey, baby's!

Bom essa fic foi uma brincadeirinha do migs ocults dos escritores da Quinta Casa e foi bem legalzinha e complicada de fazer. Já queria me desculpar desde já com o migs porque eu acabei perdendo a primeira versão da one quando eu sem queres derrubei meu not no chão e acabei trincando a tela inteira. Espero que você goste, foi o melhor que eu consegui fazer em 3 dias. Boa leitura.

Ps: você vai saber quem é no meio da estória, achei legal por o nome do migs.

Capítulo 1 - Você consegue.


Fanfic / Fanfiction Antítese - Você consegue.

Vida. Com certeza essa era a palavra correta para definir aquele lugar. Estava presente em tudo, no verde menta da parede escolar repleta de personagens dos mais variados desenhos animados, nas mochilas coloridas de crianças que corriam com um sorriso alegre nós lábios pela fachada do prédio e no pequeno playground em formato de castelo não muito distante dali. O cantar dos pássaros, o ar fresco e até mesmo o sol pareciam ter tomado uma dose a mais de vivacidade aquela manhã de fevereiro.

Com uma admiração notória estampada em seus olhos castanhos a mulher observava cada recanto do lugar. Sentiu um leve aperto em sua mão e focou as orbes na pequena garotinha enfarpelada em vestido amarelo ao seu lado. Era o primeiro dia de escolinha para Anna Sophia e sua feição deixava bem claro o quanto ela estava nervosa. A mãe retribuiu o aperto de mão e sorriu buscando passar confiança para a filha que, apenas comprimiu os lábios e assentiu, desferindo um forte suspiro em seguida.

E assim, ambas adentraram o âmbito escolar.

Oito salas eram distribuídas por um corredor estreito e, coincidentemente, Bruna parou em frente a uma delas, sentindo o seu sangue gelar ao se deparar com a numeração. Era um número ímpar. Talvez fosse algo bobo perante a avaliação de outras pessoas, seu próprio marido já rira incontáveis vezes disso ― mesmo que achasse fofo. Bruna tinha fobia a números impares. Lembrava que quando mais jovem costumava se livrar de tudo com o total de 3, 5, 7 e assim por diante. Foram necessários vários anos e algumas visitas psiquiátricas para finalmente conseguir exercer um controle significativo.

A morena respirou fundo e acorrentou o seu pavor.

Durante todo esse tempo ela se preocupou em não deixar transparecer, mas cada célula do seu corpo queimava em insegurança. Os últimos 4 anos de sua vida foram totalmente voltados à Anna Sophia. Acompanhou cada momento. A primeira gargalhada gostosa, os primeiros passos, a primeira palavra pronunciada ― que para a Alegria de Bruna fora mamãe. Foi capaz de deixar de trabalhar, fazendo com que Marcos ― seu marido ― se responsabilizasse pelas despesa, tudo para não ficar um segundo sequer distante da filha. Entregar sua pequenina aos cuidados de um desconhecido era aterrador. Mas talvez só estivesse sendo a protetora de sempre.

A mãe agachou-se, ficando na altura da filha. Passou as mãos pelo lindo cabelo de um loiro quase castanho da menina e posicionou-os atrás das orelhas.

Bruna sorriu da forma mais doce possível.

― A mamãe tem que ir agora, tudo bem? Venho te buscar assim que acabar. Enquanto isso, preste atenção na aula, obedeça a professora e faça amiguinhos. ― Pronunciou estas palavras ao mesmo passo em que afagava o pômulo da pequena.

― E se eu não conseguir? ― Inquiriu a garotinha, os olhinhos baixos transbordando medo.

Sem nem mesmo perceber, a mãe se viu perdida no questionamento da filha. Sentiu-se pequena, como se rejuvenescesse e se encontrasse mais uma vez diante de todas as volubilidades quando era mais nova.

Simultaneamente as palavras que tanto odiava ecoaram por sua mente.

Você não consegue. Você não consegue. Você não consegue.

Essa frase retumbava pelas paredes de seu cérebro fazendo toda a dor do passado vir à tona, fazendo-a se sentir impotente outra vez.

Uma hora proferida por pessoas que odiava; outra por pessoas que amava.

Apertou com os olhos com força e balançou a cabeça expulsando qualquer lembrança indesejada. Segurou as mãos da filha e as beijou com lanhesa.

Já se decidira. Não permitiria que a filha se afogasse nas mesmas inseguranças que ela, não permitiria que a incredulidade das pessoas tirassem a força de vontade de Anna Sophia.

Então, sem pensar duas vezes, respondeu a pergunta da menina numa antítese perfeita da frase que tanto odiava.

― Você consegue. Não há nada nesse mundo que não seja possível pra você.

Sorrindo, a garotinha de um abraço forte na mãe. Bruna desferiu um beijo na testa da filha e entregou-a a uma senhora sorridente na porta da classe.

Anna Sophia adentrou a sala sentindo o pavor desconhecido dominar cada camada subcutânea do seu corpo. Entretanto, ela sabia que poderia mudar aquilo, havia uma pessoa que acreditava nela.

Ela conseguiria.

 

FIM.


Notas Finais


Yey! Agora que todos já sabem minha migs ocults é a @perche . Não nos conhecemos muito bem, mas já te considero só por gostar de The 100, Faking It e Fairy Tail.

Dei uma boa olhado no seu perfil e essas foram as coisas que me inspiraram. Espero que tenha gostado byeie. :*


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