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História Acorrentados ao Destino - Cicatrizes.


Escrita por: Mdncvick

Notas do Autor


Nem preciso falar que demorei e etc HUEAUEHHAUEHEHU
Eu terminei esse capítulo há um tempinho já, mas não tinha postado porque não estava com paciência de desenhar a capa :v Sim, meus capítulos devem ter capa ù-ú

Espero que gostem, seus lindos.

Capítulo 8 - Cicatrizes.


No capítulo anterior..

- Tranquem as portas e as janelas, imediatamente! Alguém me perseguiu até aqui. – respondeu Diana ofegante. De repente, todas as luzes se apagaram, e um clima frio preencheu a casa. A porta da sala se abriu.

Todos arregalaram os olhos, principalmente Diana, que tinha a expressão de terror pior que a de antes. Vinicius correu imediatamente para frente de Diana em sinal de proteção. Diogo reprovou a atitude do mesmo, fazendo uma careta.

- Diana, venha comigo, mas em silêncio. – sussurrou Vinicius. Diana assentiu com a cabeça – E vocês – disse apontando aos três sentados na mesa – Saiam devagar pela porta da cozinha, e nos esperem dentro do mercado.

- Por que nós temos que esperar enquanto você banca o herói? – Diogo “gritou” em forma de sussurro.

- Escute aqui seu... – disse Vinicius segurando-o pela gola da camisa.

- Vinicius, pare com isso! – Diana sussurrou irritada.

Vinicius se deu conta do que estava fazendo e soltou o garoto.

- Desculpe.

- Diana me defendeu? É isso mesmo? – pensou Diogo contente.

- Então, Diogo. Já que não quer que Vinicius vá comigo, Doddy me acompanhará – disse Diana seriamente.

- Não, eu insisto. Diogo pode ir com você – disse Doddy – Se for Nadine a invasora, ela recuará com a presença de meu amigo – pensou.

Diogo assentiu com a cabeça, mesmo estando nervoso. Vinicius, ainda um pouco relutante, entregou uma de suas adagas a Diogo, e Diana pegou uma que tinha em seu bolso. Os dois jovens passaram pelo corredor na ponta dos pés, e seguiram em direção à sala. Enquanto isso, o resto do grupo abriu a porta da cozinha cautelosamente e dirigiu-se ao mercado fazendo o mínimo de barulho possível.

Diana e Diogo ao entrarem na sala escura, sentiram um vulto passar rapidamente por trás de si, e ao virarem não havia nada. Sentiram um arrepio na espinha. O vulto passara novamente por eles, mas desta vez, Diana conseguiu ver em que direção ele foi. Parou atrás das cortinas beges um pouco gastas nas pontas. Era possível ver sua sombra devido à luz da lua que passava pelas grades decoradas da janela.

- Ei – Diana sussurrou no ouvido de Diogo – ela está ali. Vou avançar. Se algo acontecer, já sabe o que fazer – apontou para o ser atrás das cortinas. Diogo assentiu com a cabeça.

A jovem avançou rapidamente em direção ao vulto e surpreendeu-se. Na hora em que estava prestes a fincar a adaga no pescoço do mesmo, o vulto colocou seus braços negros e finos para fora da cortina e fincou suas garras no pescoço de Diana, erguendo-a no ar. A jovem urrou de dor e começou a desferir uma série de chutes no mesmo. O ser arremessou a garota no chão, e avançou em direção à mesma. Ele tinha a forma da morte, e seu rosto era negro e deteriorado como o de um cadáver. Pegou-a em seus braços e colocou-a apoiada em seu ombro. Estava prestes a fugir, quando Diogo, para chamar sua atenção, lançou uma cadeira na criatura, que derrubou Diana. No exato momento em que esta se virou para o rapaz, Diogo lançou sua adaga no olho da mesma, fazendo-a cair no chão, rugindo de dor. No mesmo instante, levantou-se e girou sua cabeça para os lados, tentando enxergar Diogo. Ao avistá-lo, pulou em direção a ele. Quando estava prestes a acertá-lo com suas garras, Diana aproveitou o momento para fincar sua adaga em suas costas, e cortou a criatura no meio, derrubando-a novamente.

Os olhos da jovem tornaram-se foscos e sem vida, e de repente, brotou um sorriso sádico em sua face. Ela olhava para a criatura ensanguentada no chão e parecia satisfeita. Por fim, soltou uma risada perversa.

Diogo sentiu um aperto no peito. Esse fora o mesmo olhar que Diana havia feito ao tirar a vida daquele tigre de antes. Ele ficou apreensivo. O que ela faria agora? Sairia correndo? Terminaria de despedaçar a criatura? Ou pior: ficaria descontrolada e mataria todos que visse pela frente, simplesmente para satisfazer seu desejo de morte?!

 

- O que você fará, Diogo? – ecoava uma voz feminina em sua cabeça. Ela ria de forma irritante. De repente, tudo se tornou escuro. O rapaz teria desmaiado? Ou poderia ser mais uma armadilha de Nadine? Estas e outras perguntas atordoavam em sua mente.

- Ah, não! Isso de novo não! – gritou o garoto, quando percebeu que estava dentro de mais uma esfera – Já fiquei cansado de seus truques inúteis, Nadine!

De repente, surgiram em suas mãos as mesmas espadas que usara para salvar a vida de Diana. Os olhos de Diogo arregalaram-se. Como ele tinha feito aquilo? Bem, isso não importava no momento. Ele só queria sair dali. Começou a correr o mais rápido que podia, e acertou uma das paredes da esfera negra. Conseguiu arrancar um pedaço da mesma, porém, não era o suficiente para que passasse. Através da brecha, conseguiu avistar Diana cercada por mais três criaturas idênticas à anterior. Por mais que a jovem conseguisse causar ferimentos graves nos seres, ela ainda estava em desvantagem. Pelo menos ela havia voltado ao seu estado normal.

- Mas que merda! – gritou Diogo – Está cada vez mais difícil sair dessas porcarias!

De repente, ele percebeu o que estava errado. Ele não estava usando as espadas corretamente. Mas, como usá-las? O garoto observou atentamente seu reflexo nas reluzentes lâminas largas. Lembrou-se de como as usou para romper as correntes que prendiam Diana. Ele havia alternado os golpes: primeiro usou a espada da mão direita, e em seguida a da mão esquerda. Talvez possa dar certo – pensou.

Deu alguns passos para trás, e em seguida correu o máximo que podia. Mirou os dois ataques na brecha que havia feito antes. Dito e feito. Ele conseguiu arrancar um pedaço da esfera, e saiu da mesma. Assim que o fez, o globo negro transformou-se em um pó avermelhado, que foi levado pelo vento que passava pela janela da sala. Não hesitou: correu em direção às criaturas. Uma delas, a qual que Diana havia acertado anteriormente, regenerou-se em uma velocidade incrível. Mas Diogo conseguiu reconhecê-la devido à cicatriz em suas costas. Acertou uma delas com seu golpe duplo, que denominou de “golpe especial” exatamente no local da cicatriz. A criatura, ao ser acertada, caiu no chão ensanguentada. Desta vez ela não conseguira se regenerar. Os outros seres correram em direção à mesma, e ao perceberem que esta estava em estado grave, pegaram-na nos braços e saíram do local em uma velocidade incalculável. Diana ficou de olhos arregalados. Pôs a mão em seu próprio pescoço, no local onde o ser havia pressionado. Não ficaram marcas, nem arranhões. A criatura não queria machucá-la. Mas as outras, sim. Seus braços estavam cheios de cortes profundos, que ardiam.

Os jovens se entreolharam, frustrados.

Dalila

Bem, aqui estamos nós, apoiados na parede de dentro do mercado. Espero que eles voltem logo, já são 19h40min e o mercado fecha às 20h.

- Está nervosa? – perguntou Doddy para mim, tirando os fones de ouvido e pendurando-os no pescoço.

- N-Não! – respondi um pouco aflita.

Vinicius nos encarou e riu baixinho; virou o rosto para o lado. Ele percebeu que eu fiquei envergonhada. Doddy parece não ter entendido. Pelo visto, ele é lerdo pra essas coisas. Deu de ombros, colocou o fone e virou para o outro lado. Virei minha cabeça para cima devagar e avistei seu rosto tranquilo, de olhos fechados. Corei instantaneamente.

De repente, avistei três criaturas encurvadas através da vitrine do mercado. Foi um pouco difícil de enxergar, devido ao céu escuro. Eram encurvadas para frente, e usavam um capuz negro. Uma delas estava ensanguentada, sendo carregada pelas garras negras das outras duas. Cutuquei Doddy, e este arregalou os olhos ao vê-las. Cutuquei Vinicius, que obteve a mesma reação de Doddy.

- Mas que diabos...

- Será que isso foi causado por Diogo e Diana?- perguntou Doddy confuso.

- Não, Diana de novo, não... – disse Vinicius aflito.

- Como assim, “de novo”? Doddy, sabe de alguma coisa? – perguntei. Ele deu de ombros.

- E-Esqueçam o que eu disse. Vamos até eles.

- Mas e as criaturas? Deixaremos fugirem?

- Doddy seu nome, certo? Não temos tempo para isso agora. Temos que ver como os outros estão.

Eu e Doddy assentimos com a cabeça e saímos correndo do mercado em direção à casa de Diana. Espero que não tenha acontecido nada de grave!

Narradora

Os dois jovens estavam na cozinha. Diana sentada numa cadeira, e Diogo revirando o armário de remédios.

- Onde ficam os curativos? – perguntou com a voz abafada pelas paredes do armário.

- Ficam nessa caixinha azul à direita. – respondeu Diana sem vida encarando o nada. Ela estava surpreendida, já que naquele dia havia sido a segunda vez que Diogo a salvou – A propósito... Obrigada... – disse ela de cabeça baixa ainda séria. O rapaz arregalou os olhos. – Me desculpe não tê-lo agradecido da outra vez. Eu... Estava confusa. Era muita informação para absorver.

Diogo ficou corado, e acabou batendo a cabeça na parte de cima do armário.

- É-É... Não... Não tem problema. Eu te e-entendo. – respondeu atrapalhado, derrubando duas caixinhas pequenas.

Diana percebeu que o garoto estava muito envergonhado e se esforçou para não rir. Ele saiu de dentro do armário, recolheu as caixinhas caídas e sentou-se numa cadeira ao lado da mesma. Ele esforçava-se ao máximo para fazer curativos decentes nos braços da jovem, o que era complicado.

- Definitivamente, você não sabe fazer curativos. – disse ela enquanto suspirava.

- O-Oras, deixe-me fazer o meu trabalho! – respondeu o garoto ainda mais envergonhado.

Diana ainda não estava acreditando que ele estava fazendo isso por ela. De uma hora para outra ele começou a ser mais gentil. Deduziu então, que Doddy conversou com Diogo.

- Pronto! – disse o rapaz com um sorriso satisfatório.

- Está horrível – respondeu a garota encarando os curativos tortos e amarrotados.

- Você é cruel – fez uma careta.

- Bem, os outros já devem estar esperando – disse Diana levantando-se da cadeira. Pegou as caixas de curativos que sobraram e guardou no armário. Em seguida, trancou todas as portas e janelas – Melhor deixar tudo fechado, para mais segurança. Vou ficar no meu quarto descansando enquanto os outros não voltam.

- Posso ir com você? – perguntou Diogo olhando para os próprios pés, um pouco envergonhado – Não devia ter perguntado isso, ela vai pensar coisas erradas! – pensou.

- Se quiser – respondeu a garota sem imaginar que o rapaz poderia ter segundas intenções. Somente virou-se em direção ao corredor e foi para seu quarto. Diogo apressou o passo e a seguiu.

Ao chegarem ao cômodo, Diana pegou um livro qualquer em sua cômoda um pouco envelhecida e fingiu estar lendo. Enrolou-se num cobertor bege e fofo. Diogo sentou-se na cadeira da cômoda e viu alguns velhos álbuns de fotos.

- Posso olhar alguns?

- Fique a vontade – disse a garota, sem desviar o olhar do pequeno objeto em suas mãos.

- Obrigado.

O ambiente ficou silencioso por alguns instantes, até Diogo começar a falar.

- Me desculpe por antes, por favor. Eu não queria ter... Te chamado de assassina.

- Me desculpe também.

- Mas você já pediu desculpas.

- Não pedi desculpas por ter dito aquilo de você também. Você só se defendeu. Mas ainda não justifica o fato de você ter me chamado de assassina. Aliás... Como você... Soube do “incidente”?

- Não sei dizer ao certo, ainda estou entendendo entender. Mas... Por favor, não me apresse, assim que eu tiver certeza, contarei.

Diana, ainda confusa, concordou.

- Certo.

Assim que o rapaz voltou sua atenção para os álbuns, Diana rapidamente pousou seu olhar sobre o mesmo. Ela reparava cada característica do garoto. O brilho de suas mechas douradas, o jeito estranho que ele tinha de se apoiar na mesa, a maneira que tossia devido à poeira dos álbuns. Tudo. Por uma estranha razão, ela gostava disso. Ela se sentia estranha, como se já o conhecesse há milênios, o que por acaso, foi a mesma coisa que ele disse anteriormente. Mas de uma coisa a jovem tinha certeza: ela estava completamente apaixonada por Diogo.

***

Nadine estava no alto de uma árvore do outro lado da ilha, de pernas cruzadas, balançando uma delas freneticamente. Ela estava impaciente.

- Onde esses inúteis estão? – perguntava baixinho a si mesma. O vento balançou seus cabeços negros.

A mulher olhou para baixo e lá estavam os seres que ela tanto esperava. Três criaturas corcundas com os corpos cobertos por capuzes negros. Eram os seres que haviam atacado Diogo e Diana, carregando um deles, ensanguentado. Fincaram suas garras cobertas por sangue seco na árvore e começaram a escalá-la com dificuldade, tomando o máximo de cuidado para não derrubar a outra criatura. Ao chegarem ao topo da mesma, Nadine espantou-se.

- O que aconteceu com vocês? – perguntou enojada.

- Aquele desgraçado... – disse a criatura ensanguentada, que possuía uma voz grave e extremamente rouca – Acertou-me no olho com uma adaga!

- Hm... – disse Nadine com a mão no queixo – Então Diogo ajudou Diana novamente. Mal chegou à ilha e já está me causando problemas. Desse jeito meu tempo se esgotará!

- Veja o estrago que me causaram! – disse a criatura descendo das garras das outras com um pouco de dificuldade. Retirou sua capa negra, revelando um rapaz jovem, forte, de olhos rubros como sangue e cabelo negro, com franja, raspado dos lados e atrás. Virou de costas e revelou o profundo corte que Diana havia feito.

- Quem fez isso?! – perguntou Nadine furiosa.

- Diana... – respondeu o rapaz tristemente.

- Maldita... – disse Nadine entre dentes.

- Não fale dela assim!

- Veja o estrago que ela e o “namoradinho” fizeram! Preciso dar sumiço nessa garota já!

- O que vai fazer com ela? – perguntou o rapaz aflito.

- Vou pedir para que meu "assistente" acelere as coisas, obviamente – respondeu a mulher com um sorriso maldoso. 


Notas Finais


O que acharam? Críticas? Erros? Só me avisar xD

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo <3


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