1. Spirit Fanfics >
  2. Querido Clichê, >
  3. Capítulo 5

História Querido Clichê, - Capítulo 5


Escrita por: anggelbblack

Capítulo 6 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Querido Clichê, - Capítulo 5

Sexta-Feira, 10 de Janeiro de 2015

― Alex, levanta essa bunda gorda da cama ― ouvi Savannah resmungar. Senti alguém tentando puxar meu pé e chutei o ar, na espectativa de a acertar. Ouvi um gemido de dor e sorri vitoriosa, puxando os cobertores de novo e me enrolando. Meu corpo foi atingido, desta vez por Charlotte, percebi. Ela puxou meus cobertores e me deu um tapa na bunda, reforçando o que Sav dissera. Resmunguei:

― Me deixem em paz, deixem minha bunda em paz, vadias.

Savannah, por sua vez, sentou-se na beirada da cama e disse, com seu jeito certinho que neste momento eu odiava: ― Vá, Alexis, se levanta. Você não vai conseguir aquilo que quer deitada aqui.

― Chantagem a essas horas, Sav? ― me sentei na cama, esticando meus braços e lançando-lhe um sorriso afetado ― Eu não preciso sequer sair do hotel para conseguir o que quero. Você lembra daquele irlandês gatinho, o loiro? Niall, eu acho. ― Sav não respondeu, mas Charlie fez sinal para eu prosseguir. Assim fiz ― Então, você lembra do material que eu entreguei para ele em Toronto, certo? Ele está me devendo uma, ele arranja um agente para mim com uma chamada.

Savannah resmungou algo e Charlie zoou: ― Só se for um agente de filmes pornô.

Eu soltei uma gargalhada e, sorridente, respondi: ― Isso seria mau de todo? Foder, assim, com uns carinhas gostosos… ― Savannah cobriu os olhos, soltando um resmungo de reprovação, e levantou-se, dirigindo-se ao banheiro. Segundos depois, ouvimos a água sendo aberta. Charlotte, então, acendeu um cigarro, enquanto murmurava:

― Eu bem sei com que gostoso você gostaria de trepar. ― revirei os olhos e dei o dedo do meio para ela ― De qualquer forma, se vista e liga para o loirinho. A gente está indo às compras em uma hora.

Bufei, deixando meu corpo cair na cama e resmungando, enquanto tomava coragem para levantar. Ao fim daquilo que pareceram segundos mas na verdade foram trinta minutos, saí da cama e fui no banheiro, escovando meus dentes. Vesti uma roupa fácil de tirar – e você pode levar isso para outro sentido se quiser, mas na verdade é apenas porque estamos indo ao shopping.

Mexi em meu celular, sentindo o aparelho em minhas mãos e uma súbita vontade de o jogar na parede surgiu. Força, Alexis, você consegue controlar suas tentações homicidas. Ri para mim mesma, me forçando para não dizer algo clichê, como “algumas coisas nunca mudam”, mas, de fato, algumas coisas nunca mudam mesmo. Procurei por Horan nos contactos e, quando achei, premi a tecla que ligaria. Dois toques e ele atendeu.

― Ei, loirinho. ― cumprimentei, um sorriso pairando em meus olhos que eu sabia que ele não veria. ― Como vai?

― Alexis, minha gostosa, quanto tempo! ― ele exclamou, do outro lado da linha. Revirei os olhos, querendo mostrar o dedo do meio para ele. Eu poderia enviar uma foto, o que acham? ― Mas e aí, como vai Miami?

― Niall, você anda um pouco desligado ― ri pelo nariz ― Desde Miami a gente já passou por Louisiana, Nova Iorque, Chicago, Portland… Voltamos a Londres, até.

― As garotas da estrada são sexies, você sabia? ― ele riu ― De qualquer forma, e onde vocês estão agora?

― Los Angeles. ― respondi. Me levantei da poltrona onde estava sentada, me aproximando da janela. O quê? Falar no celular à janela é legal. ― De qualquer forma, eu preciso de um favor seu, Niall.

― Pode falar ― ouvi-o dizer. Sorri para mim mesma; apesar de tudo, Niall é uma pessoa legal. ― O que você precisa, anjo?

― Eu preciso que você me arrume alguém que me possa ajudar a entrar no mundo do cinema ― respirei fundo. Aquilo soava um pouco idiota, quando dito alto, mas foda-se. Foda-se, foda-se, foda-se!

Você já teve um sonho? Ser cantora, bailarina, médica, atriz. Esses são dos sonhos mais bobos e ainda, os mais almejados. Você já quis tanto alguma coisa que, por tempos, você só consegue pensar nisso? Bom, eu era assim com Zayn. E ser atriz foi um sonho que substituiu o outro, não com a mesma intensidade ou importância, mas com o mesmo nível de clichê.

Porque, se você pensar bem, Zayn sempre foi o clichê na minha vida. Na minha vida cheia de brigas parentais, cigarros, corridas e câncer, que tinha tudo para ser nada para além de única. Meu maldito professor não poderia deixar de aparecer, para ferrar tudo, não é mesmo? O meu maldito, maldito, maldito clichê. Ou talvez apenas um querido clichê, não é mesmo?

― Alexis? ‘Cê ‘tá aí? ― ouvi Niall perguntar. Voltei à realidade, ótimo, sonhando acordada agora. Suspirei e, ao fim de um tempo, respondi:

― Estou sim, loiro. O que você falou mesmo? ― esfreguei os olhos, a minha mão passou por todo meu cabelo agora comprido e castanho chocolate como sempre eu o quis ― Eu meio que apaguei, me desculpe.

― Certo. De qualquer forma, eu conheço um cara sim. Ele está aí em L.A. agora, mas ele não ficará por muito tempo, a agenda e todo esse treco que você deve estar farta de saber. ― do outro lado, alguma coisa caiu e pude ouvir uma mulher xingar. Ri. ― Vou falar com ele e te mando uma mensagem com todas as informações, okay?

― Obrigada, Niall ― mordi o lábio. Seria verdade? ― Fico te devendo uma.

― Na verdade, isto supostamente seria uma cobrança. Mas bom saber ― não pude deixar de notar a malícia em seu tom e sorri, talvez por divertimento ou talvez porque aquele cara era um pedaço de mau-caminho na cama. Ouvi o sinal que dizia que a chamada tinha sido desligada e pousei o celular em cima da cama. Ótimo.

Em mais meia hora do que o esperado, ficamos todas prontas, finalmente. Fomos no carro alugado de Charlie até ao shopping e até me surpreendeu que ela não tivesse pago a um cara para carregar as compras… Mas dei até às três da tarde para ela o fazer. 

“Aquele barzinho que a gente se conheceu quando estivemos em LA, lembra, gostosa? Amanhã, 12:00. O nome do cara é Liam Payne e tem um feitio tenso, já avisando. XxNiall” Foi este o torpedo que eu recebi e me peguei sorrindo perante ele.

 Não falei nada para as garotas ou elas endoidariam. Mantive-me focada nas compras e, como eu amo compras!, não deixe de notar a ironia. De fato, compras nunca foram o meu forte e nunca serão. Cara, eu odeio compras, de todo o tipo, odeio comprar roupa, comida, camisinhas… mas afinal, no meio de tantos sabores, como escolher? Ai, vida.

Não sei em que ponto é que o amanhã se tornou no hoje, mas quando dei por mim já estava vestindo os jeans que mais destacavam minha bunda existentes em meu closet, um corpete branco com reflexos dourados adoráveis, que Savannah me oferecera na sua inocência, não reconhecendo a sacanagem da peça. Nem morta eu vestiria saltos altos numa plena manhã de sábado, então optei por uns tênis confortáveis que Charlotte reprovou. Que eu ganhe um pau se eu deixar ela influenciar minhas roupas, rá!

Meio-dia e meia hora e eu começava a achar que estava fazendo papel de boba naquele bar. Ninguém me parecia com um agente de Hollywood, pô! E quem esse cara pensa que é para me dar um bolo? Eu vou matar Niall e depois esse cara, foda-se.

Meio-dia e quarenta-e-cinco minutos. De boa, eu estou indo embora.

― Me desculpe. Alexis?

Encarei o homem. Cara, porque eu só esbarro com os gostosos? Até ao fim do mês esse cara está em minha cama. Estalei a língua em pensamentos e me peguei mordendo os lábios. Mas a idade dos hormônios não devia ter passado já? Tsc tsc, Alex.

― Sim. Liam Payne? ― rebati, erguendo a sobrancelha. Ele soltou uma risadinha e puxou uma cadeira, se sentando. ― Você faz ideia de quanto tempo eu fiquei aqui esperando?

Ele encarou-me perplexo. Decerto não esperava tal confronto, mas eu tenho um lema e se eu repetir ele a cada minuto vão acabar me censurando com uma bola vermelha na minha testa. Então, respondeu: ― Me desculpe, ocorreu um imprevisto.

― Tenho certeza que sim ― sorri. Cínica para caralho, mas foda-s… Ops. De qualquer forma, continuei: ― Mas tudo bem. Então…

― Você é bonita ― ele não disse isso como se estive me flertando, nem em tom babaca ou presunçoso. Ele tinha um olhar sério e apercebi-me que ele realmente tinha ar de agente ― E certamente tem atitude e um grande à-vontade. Faremos do seguinte jeito: vou te fazer umas perguntinhas, e tentarei arranjar-te uma audição para um papel menor, talvez num comercial ou uma aparição numa série. Dependendo do seu desempenho aí, decidiremos se assinamos contrato ou não, certo por você?

Sorri para ele. Era um sorriso sincero; apesar de tudo, eu estava feliz.

Ele perguntou-me coisas como meu número de celular, nome completo, idade e se tinha antecedentes criminais. Vai entender. Depois disso e, ao fim de uns minutos, perguntou-me a minha história de vida.

Mas a gente vai arrumar-me uma audição ou vai escrever uma biografia?

― Não há muito que dizer. Tenho um irmão mais novo, James. Os meus pais estiveram separados, mas há alguns anos voltaram a ficar juntos, isto após eu ter sido diagnosticada com câncer no pulmão. ― falei. Eu não gostava de falar sobre aquilo, não gostava de fazer papel de fraca ― Eu sobrevivi. Conheci minhas melhores amigas e temos vivido na estrada por cinco anos… Tem sido legal. Ser atriz é um sonho antigo, mas não tão antigo. Foi algo que surgiu durante minha recuperação.

Ele ficou calado por alguns minutos. Então, falou: ― Isso pode até ser bom. A garotinha com a história comovente, as pessoas vão se espelhar em você.

Irritada, essa palavra serviria para me espelhar no momento.

― É, eu serei um ótimo exemplo. A filha rebelde, drogada que a cada porre que apanha acorda com um ou mais caras diferentes na cama. Às vezes, garotas até. Eu serei um excelente exemplo, não é mesmo? ― as palmas das minhas mãos estavam na mesa, e eu curvei-me sobre ela, meus peitos se apoiando nela e meus olhos focando nos olhos de Liam. ― Eu não estou fazendo isso para ser um exemplo, para que as pessoas se espelhem em mim. Eu não quero garotas por aí fumando porque eu fumei, e nem quero pais dizendo para os filhos não gostarem de mim porque eu fui ou sou uma merda. Nada disso significa que eu vou parar de fumar ou apanhar minhas porres. Eu quero ser atriz para me agradar, e não para agradar os outros. Ser atriz é algo que eu quero.

Ele não falou nada. Seu olhar era felino e quando ele abriu a boca pensei que fosse me mandar à merda, dizer que eu nunca conseguiria ser uma atriz. Mas, de fato, ele foi interrompido pelo toque do seu celular. Ele soltou-me um sorriso de canto e acenou-me com a mão, como quem me dispensava.

O quê? Ele estava me dispensando? Sem uma explicação, sem nada? Não me mexi. O cara estava enganado se achava que eu cederia tão fácil. Então, ele deu de ombros e levantou-se, finalmente respondendo a chamada.

Consegui captar partes da conversa que eu desejava não ter ouvido: ― E aí, Zayn, como vai, cara?... Sim, eu fiquei sabendo.

Senti todo meu corpo estremecer. Não podia, por favor, não. Não quando eu parecia finalmente conseguir superar, não esse nome, não essa pessoa, por favor! Levantei-me, sentindo-me zonza. Não, aqui não, por favor.

― Alexis? ― ouvi Liam chamar. Ele estava a centímetros de mim e só aí é que me apercebi. “Alexis?” consegui ouvir a pessoa com quem Liam falava dizer. Era um homem, soava como Zayn. Não podia. ― Você está bem? ― só tive tempo de negar, fortemente. ― Malik, eu terei que desligar. A gente se fala depois.

Zayn. Malik. Zayn Malik. Ah, não, por favor, não. Não poderia ser, poderia? Quantos Zayn Malik haveriam por aí? Mas aquela voz…? Por quê? Por que é que sempre que tudo parece estar bem, fantasmas do passado voltam? Por que é que esse cara teve que aparecer na minha vida? Por que é que ele tinha que aparecer e continuar aparecendo, constante e inconstante?

Zayn Malik. Foi o último pensamento que tive antes de apagar, ou pelo menos eu acho que apaguei. Eu não caí, algo me segurou e eu continuo pensando.

Estou morta? Não seja doida, Alexis. Estou sendo segurada por Liam, ele me sentou numa cadeira e me disse para esperar. Esperar pelo quê? Eu posso apenas ver seus contornos, e ainda estou zonza. Vou vomitar? Onde estão meus remédios?

Tentei esbracejar em direção à minha carteira. Se Liam recebeu a mensagem, não estava sã o suficiente para perceber. Segundos depois, porém, um copo pousou em minhas mãos e posso identificar uma mão estendida na minha direção. Na palma da mão da pessoa desconhecida, provavelmente Liam, está uma pílula alaranjada.

Estremeci. Levei o pequeno medicamento ao fundo da minha língua e bebo quantidades enormíssimas de água. O que se passa, Alexis? Por que ao fim de tanto tempo esse nome ainda tem tantos efeitos sobre mim?

Seria a lembrança do câncer? Seria a imagem de Zayn que me provoca lembranças que eu não gostaria de lembrar? Não sabia dizer.

E não sei quanto tempo se passou, sei apenas que minha visão já voltara completamente e eu já me sentia forte como uma égua de novo. Liam já não estava lá e isso fazia apenas com que eu me lembrasse que tinha ferrado tudo com meu possível agente e agora tudo não parecia nada para além de um sonho.

Talvez eu estive ficando doida. Não sei.

Eu apenas sei que para além de ter fodido minha possível carreira com meu papo depressivo, tinha passado mal ao ouvir o nome do cara que eu garantira ter ultrapassado. Eu não sei até que ponto era ele, não sei até que ponto tudo isto realmente aconteceu. Eu sei que estava cambaleando pela rua como uma mulher à qual a vida tinha fodido e talvez tivesse; e isso é tudo o que eu sei.

Sei que não acharei ninguém que me aceite como atriz, já tivera a prova que minha língua afiada não era compatível com essa vida.

Meu celular vibrara. Não estava com vontade de ver o torpedo, não estava com vontade de nada. Minha maquiagem provavelmente estava borrada e não queria ter que ver o meu reflexo no vidro baço do celular. Ainda assim, li a mensagem. Afinal, a curiosidade sempre será maior.

“Te mandarei por email o roteiro do comercial que eu te consegui, garota. E espero que esteja melhor. XxLiam.” Peguei-me a sorrir. Um sorriso verdadeiro, no meio de toda essa merda.


Notas Finais


Hey, e aí, como vão? Eu espero que bem.
Eu sei, eu sei, eu sei que sumi e me desculpem por isso. Eu não poderei estender-me muito porque, de fato, eu estou usando um computador antigo e ruinzinho para publicar isso. É, eu estou sem pc, triste.
Eu não sei se o capítulo ficou bom. Na minha opinião, eu acho ele no mínimo confuso, ou talvez seja eu que ande um pouco bugada rsrs Eu tinha metade do capítulo escrito escrito há semanas, mas nenhum ponto pareceu bom o suficiente para finalizá-lo e eu queria fazer algo bom pelo tempo que deixei esperando vocês.
Eu fiquei um pouco triste pelos comentários no capítulo anterior, foram assim... poucos ashueashue Mas eu estou muito feliz por todos os favoritos e CACETE, A GENTE FICOU EM SEGUNDO LUGAR NO FANFICAWARDS <3 Obrigada, por tudo, mas não deixem de comentar pq a fanfic ainda mal começou e vocês não se verão livres de mim tão cedo <3
Eu não sei quando o próximo sai, mas eu vou tentar ser o mais rápida possível, eu prometo, okay? Se quiserem e tiverem wpp, deixem seu número nos comentários abaixo e eu adicionarei vcs ao grupo de interação da fanfic <3
Mas e aí, o que acharam do capítulo? LIAM APARECEU, E NOSSO PROFESSOR BIXONA APARECEU TAMBÉM, E NIALL E.... PODEM SURTAR.
E é tudo, o computador (vulgo monstro) está dando sinal que precisa descansar. Amo vocês, comentem, favoritem, divulguem, não sejam fantasmas <3
PS: VOCÊS PRECISAM CAPAS PRA SUAS FICS? >>>>>>>>>> http://black-widow-design.blogspot.com/
Amo vocês <3
Xx,
Angel Black


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...