História Grávida Do Noivo - Capitulo 5

EDITADO

Segunda edição: 24/01/18 ás 00:33
Terceira edição: 13/07/23 ás 01:32

UM MÊS E MEIO DEPOIS...

Luísa P.O.V

Meus olhos se mantém fixos no carpete bege enquanto Bea, minha melhor amiga, caminha de um lado para o outro, prestes a abrir uma cratera no chão do meu quarto. Suspiro cansada. 

— Você tem certeza, Luísa? — Ela cruza os braços, me olhando de cima a baixo. 

— Eu já nem sei mais... — Respondo baixo. — Só espero que seja apenas loucura da minha cabeça. 

Nos ultimos dias a minha vida tem se tornado um caos. Cólicas e dores de cabeças tem se tornado constantes, o que me fez achar que era só o meu período menstrual me avisando que ele estava por vir, mas não veio. 

Também cogitei a ideia que o atraso talvez pudesse ser por conta do estresse constante na agência com tantos editoriais para revistas que tenho que fazer, mas essa ideia acabou caindo por terra quando enjôos começaram a me assombrar juntamente com o inchaço repentino dos meus peitos. Desde então tenho dormido mal com a ideia de talvez estar grávida de um homem que acabou de se casar. 

— Certo. — Bea diz me esticando uma sacola de farmácia. — Aqui tem cinco testes que comprei no caminho para cá. Vai no banheiro a acabe de uma vez com esse suspense. 

— Não tenho coragem. — Resmungo. 

— Você sabe quantas vezes eu já fiz testes de gravidez com o Zayn? Diversas! — Ela gesticula. — E não deu em nada! Agora vai lá e acaba com isso! 

Suas mão agarram meus pulsos, me puxando para fora da cama. Pego a sacola em suas mão e sigo em direção ao banheiro. 

Abro todas as caixinhas com as mão tremulas, quase deixando alguns testes caírem dentro da pia. Leio toda a instrução calmamente antes de fazer o procedimento.

Rezo mentalmente para que Deus não me abandone nesse momento e me dê uma luz. Eu realmente não estou preparada para ser mãe agora e nem tão cedo, e eu espero profundamente que Deus e todos os astros entendam isso. 

Abro a porta e me jogo rapidamente na cama, afundando meu rosto nos travesseiros. 

— E aí? — Ouço Bea perguntar. 

— Faça isso por mim, Bea. —  Respondo abafada. 

Ouço os passos de Bea se afastarem em direção ao banheiro. Minhas mãos estão suando, assim como meu coração que bate descontroladamente em meu peito. 

Silêncio. 

— Luísa...? — Bea diz após longos minutos em silêncio. 

— Fala de uma vez! — Grito ainda com a cara no travesseiro. 

— Acha que eu devo te dizer parabéns mamãe? — Seu tom de voz era de completa confusão. 

Dou um salto ficando rapidamente em pé, cara a cara com Bea, que me analisa com um olhar de pena. Desço meus olhos para suas mãos que seguram três dos cinco testes que fiz, e todos contendo dois riscos.

— Por favor, não! — Começo a sentir o desespero correr em minhas veias. 

— Lu, calma! Por favor, calma! —  Ela joga os testes na cama antes de me abraçar. — Eu estou aqui com você! 

Minha visão fica turva de repente fazendo com que Bea me ajude a sentar na cama novamente. Há uma enorme vontade de chorar crescente em meu peito, mas nenhuma lágrima cai. 

— É do Brian? — Bea pergunta baixo e eu nego lentamente. 

— É do Harry. — Levo minha mão ao peito, tentando controlar meus batimentos. 

— Jesus, Luísa! — Sinto seus dedos acariciarem meu cabelo. — Só.. só saiba que eu estou aqui. 

Respiro fundo algumas vezes tentando normalizar minha respiração.

— Você acha que eu serei uma boa mãe? — Sussurro fraco. 

— Com certeza sim. — Bea ri ainda em pé, abraçada á mim. — Você acha que eu serei uma boa madrinha? 

— Com certeza não. — Brinco. 

O resto do dia passa de forma muito lenta e arrastada. Bea decidiu passar o dia inteiro comigo, não me deixando sozinha nenhum momento sequer. Desde o momento que descobri a gravidez, não sai mais do quarto e muito menos tive coragem de lavantar da cama. Sinto meu corpo pesado e minha mente embaralhada, pensando nos pós e contras dessa gravidez nem um pouco planejada.

- Você quer comer algo? - Bea pergunta deitada ao meu lado. 

Balanco a cabeça em negação.

— Já são 00h e você ainda não comeu nada. — Seus olhos me assistem preocupados. 

— Não tenho forças. — Respondo fraca. — Queria que tudo isso fosse um pesadelo. 

— E o Harry? — Ela sussurra acariciando o meu cabelo. 

— Ainda não sei o que fazer, sabe? Ele acabou de casar, está em lua de mel e aparenta estar tão feliz… 

— Mas ele precisa saber, ele é o pai desse bebê. 

— Elisabeth vai fazer da minha vida um inferno, mais do que ela já costuma a fazer. 

— Eu não vou deixar ela encostar um dedo em você ou nesse bebê! — Ela resmunga me fazendo rir. 

—  É muito estranho pensar que tem um bebêzinho aqui, não é? — Me viro, agora ficando de barriga para cima.

Levanto minha regata até a altura dos meus seios, deixando minha barriga exposta. Deslizo meus dedos por toda a extensão não notando nenhuma diferença, nem mesmo leve inchaço.

— Não há nada aqui. — Digo baixinho. 

— Há um bebê... — Bea me olha sorrindo. —  Há um bebê esperando o momento certo para sair e dar todo o amor do mundo para a mamãe. 

— Tenho medo de não conseguir lidar. — Confesso. 

— Você tem uma família que te ama muito e que com toda certeza irão te apoiar nessa jornada, que eu te garanto que será linda. 

— Eu espero que sim... —  Desço a minha camisa —  E agora? 

—  E agora nós vamos dormir. — Ela faz uma careta engraçada. — Estou exausta, chega de emoções por hoje. 

Bea vira desligando a luz do abajour ao seu lado, deixando o quarto ser iluminado somente pela luz da rua que atravessa as finas cortinas da janela. 

Em poucos minutos sinto Bea pegar no sono ao meu lado, enquanto eu, por outro lado, mantenho meus olhos presos ao teto. 

A partir de hoje minha vida nunca mais será a mesma. Minha vida de festas e capas de revista serão substituídas por fraldas e choros de bebê. Eu serei mãe. 

Não sei quanto tempo demorarei para me adaptar e aceita essa nova realidade, mas sei que dando tempo ao tempo, as coisas irão se encaixar. Talvez eu precise de férias em outro lugar, longe de todo o drama Styles e aqueles que o cercam, sejam seus amigos ou família. Eu preciso tirar um tempo para mim, para me reconectar comigo mesma, me redecobrir como pessoa, e agora mãe. 

[...]

Me espreguiço sentindo todos os meus ossos estalarem deliciosamente pelo o meu corpo. Beatriz, que agora está sentada na cama, me encara com a expressão mais confusa que alguém poderia ter. 

—  Luísa, como assim nós vamos para Los Angeles? Você além de grávida está louca? —  Ela gesticula.

— Eu não sei. —  Dou de ombros. — Só sei que não quero e não vou passar a minha grávidez aqui.

— E o Harry? Você vai contar a ele, não é? Além de pai do bebê, ele também é seu melhor amigo.  —  Ela se remexe na cama. 

— Não pensei nisso ainda. — Desvio o olhar, me sentando ao seu lado. 

—  Luísa, não torne as coisas mais complicadas do que já estão. 

— Eu não pensei e não quero pensar nisso agora. — Respiro fundo. — Mas até então, não vou contar nada e espero que você também não conte. Você já parou para pensar o quão louco é? Ele teve uma despedida de solteiro, transamos, e eu engravidei? O pior disso tudo é saber que nossa amizade nunca mais será a mesma por conta disso. 

—  Tudo bem. — Bea segura minhas mãos. —  Você tem certeza?

— Tenho. — Assinto com a cabeça.

— Até que vai ser bom. — Ela abre um sorriso convencido. — Devo confessar que eu também preciso de um tempo longe do Zayn, é muito estressante ter que dividir o mesmo oxigênio que ele. 

Gargalho. 

— E agora? O que vamos fazer? — Sorrio fraco. 

— E agora você vai arrumar suas malas enquanto eu compro as nossas passagens. — Ela levanta animada. —  Eu espero que Los Angeles esteja preparada para receber as duas garotas mais incríveis e gostosas do mundo! 

Bato palmas para a sua animação. Definitivamente Bea era a melhor amiga que alguém poderia ter 

— E a sua mãe? — Ela diz indo em direção ao closet. 

— Ela não vai reclamar, eu morei em Paris durante um tempo e foi tranquilo. —  Apoio minhas mãos na cama. —  Tenho certeza que ela também irá me apoiar em Los Angeles. Única coisa que eu tenho em mente no momento é saber como contá-la sobre o bebê. 

— Tenho certeza que ela irá amar. — Bea sorri na porta do closet. 

— Ela foi a primeira pessoa a desconfiar, então não será uma surpresa.

— E o que você tem em mente? — Bea joga algumas pilhas de roupas na cama. 

— Ela está passando por uma “lua de mel” — Faço aspas com as mãos. — Com o seu mais novo namorado. E talvez quando ela voltar, nós estaremos em Los Angeles. Tudo indica que irei contar via Skype mesmo. 

— Espero estar presente para ver essa cena. — Ela ri voltando para o closet. 

— Você realmente está animada para morar em outro país, não é? — Me levando em direção ao closet. 

— Eu preciso reconstruir minha vida longe do Zayn. Preciso respirar novos ares, conhecer novas pessoas e voltar a acreditar que posso ser feliz de novo… longe dele. — Ela me encara através do espelho do closet. 

— Nós vamos ficar bem. — A abraço por trás. 

Assistimos nossos reflexos no enorme espelho provençal que ocupa toda a parede do closet. 

— Sim, nós vamos. — Ela assente. — Nós três. 

__________________________________

VERSÃO ANTERIOR

- Olha, amiga. Como assim nós vamos para L.A?

- Olha, Bea, eu não sei. Eu queria ter o Harry para mim, sendo só meu para que pudéssemos cuidar desse filho .  - digo tristemente.nBea sorriu tristemente enquanto se ajeitava em minha cama.

- Você vai contar á ele né? 

- O que? - Levantei-me - Não! Mas é claro que não! - Passo minhas mãos pelos meus cabelos - Você já pensou? ele tem uma despedida e logo depois eu engravido? Acho que nossa amizade nunca vai ser a mesma. Aquela vaca filha de uma puta...

- Tudo bem. - Bea suspirou- Nós vamos ou não? Olha, eu não quero ter que ficar no mesmo país que o Zayn, já faço muito em ter que dividir o oxigênio com ele. - Levantou-se indo em direção ao armário. 

- Tá - suspirei derrotada - Nós vamos. Tá melhor assim?

- Não me fale como se eu estivesse propondo a ideia, eu estou apenas concordando. - Virou-se pra mim, rindo logo em seguido.

- ISSOO!!!! - Respondeu batendo palminhas - Vou comprar a passagem para hoje de madrugada. Agora - Apontou pra mim -  Só será nós duas e minha afilhadinha - Riu jogando algumas roupas do armário.  

- Posso mudar de ideia? - Perguntei gargalhando. A Bea era sem dúvidas a melhor amiga de todas.

- Não! Anda, arruma suas malas. Eu não vejo a hora de saber o sexo. Eu irei comprar todas as roupas fofas para minha afilhada ou afilhado. Falando em viagens, como pretende contar pra sua mãe? 

- Ah, ela aceitará de boa. Eu já morei na frança por conta do meu trabalho e ela aceitou de boa. E ela também está de "lua de mel" - Fiz aspas - com o namorado. E além do mais, estou pensando em formas de contar pra ela que ela será vovó.

- Pretende contar á ela agora? - Sentou-se novamente e logo me abraçou.

- Sim. Daqui a pouco eu não estarei mais aqui. Pretendo contar por Skype, ou pode ser que eu fale por telefone mesmo. Fora que ela já estava desconfiada e super animada com a ideia de ser vovó - Respondi.

- Menos mal - Riu me abraçando. 

.....

- Acoooooorrrdaa! - Gritou Beatriz em meu ouvido me fazendo despertar. 

- Você é louca? É assim que se trata um grávida? - Observei meu quarto ainda escuro e levantei-me devagar.

- Vamos, Jojo.  Já são quatro da manhã e nosso avião sai  ás 5:30 - Respondeu entrando em meu banheiro.