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História Dont Let Me Go - Surpresas


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, flores!
Bem, o capítulo anterior não alcançou a minha meta de comentários, mas mesmo assim que resolvi postar esse capítulo, pois estou eufórica com eles.
Quero agradecer à todos que favoritarem e a todos que comentaram, e amei ler cada palavra que vocês escreveram para mim, e fiquei muito feliz em saber que meu capítulo fez muitas leitoras se emocionarem, lembrando em suas próprias melhores amigas.
Bem, espero que gostem desse capítulo.
Boa Leitura.

Capítulo 24 - Surpresas


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Surpresas

Aquela estava sendo a semana mais tensa de todas, e com toda certeza o clima na Daily estava ficando cada vez mais pesado entre Simon, Hazel e mim. Sem muitas opções de pessoas para conversar dentro daquele enorme prédio, comecei a passar as longas horas de trabalho com os fones de ouvido no último volume, ouvindo todas as listas de músicas depressivas que eu possuía.

Tudo só piorou na quinta-feira, quando percebi que alguém me observava, da pequena porta inexistente que minha sala tinha. Hazel me olhava atentamente, com um copo enorme do Starbucks e uma caixinha da minha padaria preferida nas mãos.

− Trouxe algo para você comer, já que não saiu para almoçar hoje. – Ela murmurou, esticando os braços com a comida em minha direção.

− Obrigada. – Disse, no mesmo tom que ela, girando na cadeira, até ficar de frente para Hazel, que vestia um shorts jeans rasgado e uma das minhas camisas de bandas de rock.

− Ah, peguei essa blusa do seu guarda-roupa, espero que não ligue, mas já guardei quase todas as minhas, então... – Ela disse, percebendo que eu olhava sua camisa.

− Sem problema. – Minha voz saiu fria, e eu voltei meus olhos para o documento aberto do Word em meu computador.

− Nora, quando você vai voltar para o apartamento?  Daqui três dias estou indo embora, e bem... – Ela passou a mão na nuca. – Queria passar um tempo com você.

− Eu não sei. – Foi tudo o que respondi, antes de virar-me de costas para ela, voltando a escrever a pequena matéria sobre a greve no metrô.

Ouvi o barulho de algo sendo colocado em minhas mesa, e quando espiei de rabo de olho, percebi que Hazel havia ido embora, e o copo de café e a caixa de doces estavam ao lado da minha bolsa, disputando espeço naquela mesa apertada.

Bufei pesadamente, pegando a caixinha e vendo que eram os meus cupcakes favoritos, com pequenos confeitos coloridos em cima do creme. E ao sentir um pequeno aperto no peito quando vi meu nome escrito no copo do Starbucks, com um pequeno coração, percebi que talvez eu estivesse sendo um pouco dramática e mesquinha.

Mas eu sabia que não iria conseguir abrir mão de Hazel assim tão fácil.

Mesmo contra a minha vontade, passei o resto da semana na casa de Harry, que insistia a todo momento que eu poderia ficar lá o tempo que fosse preciso, mas já estava começando a ficar viciada em seus braços envolvendo meu corpo, na hora de dormir. E mesmo na noite em que eu insisti em dormir no quarto de hóspedes, acordei no outro dia com ele ao meu lado, abraçando-me como se eu fosse algum ursinho de pelúcia.

Eu realmente estava gostando de dormir todos os dias daquele jeito.

Ainda que eu já soubesse o que papai iria falar para mim sobre o assunto “Hazel indo embora”, visitei-o uma noite, naquela semana, encontrando Martha e ele jantando um assado que fez meu estômago resmungar de fome.

Os dois pareceram felizes por me ver ali, sentada entre eles, comendo e conversando, mas assim que comecei a contar a história da ida de Hazel, tive que ouvir longos sermões sobre eu ter sido muito irracional naquele momento. E na hora de ir embora, papai me levou até a porta e beijou minha testa.

− As coisas nem sempre são da maneira que nós queremos, querida, mas uma hora ou outra, temos que aceitar a realidade. – Ele sorriu e puxou-me para um abraço. – Converse com a Hazel e se acertem, mas não deixe que uma coisa tão boba acabe com a amizade de vocês.

E aquelas palavras ficaram dando voltas em minhas cabeça pelo resto daquela longa semana, e só percebi que ainda pensava nelas, quando o Toyota de Simon estacionou na frente do orfanato, naquele sábado frio, e eu mal me recordava do caminho que fizemos, quando saímos da casa dos Fray, depois de tomar um belo café da manhã, com direito às panquecas que eu tanto amava.

− Nora, tem certeza que você está bem? – Simon perguntou, fazendo com que eu olhasse para seu rosto, que possuía uma expressão cansada e eu sabia que era pelo fato de termos passado quase todas as noites no telefone, falando sobre a ida de Hazel.

− Estou sim, Simon. – Disse, abrindo um pequeno sorriso, abraçando sua cintura enquanto andávamos em direção à grande porta de madeira do orfanato. – Só pensando demais nas coisas.

− Hazel, não é? – Ele disse, suspirando pesadamente.

− Sim. – Abri a porta, sentindo o ar quente bater em meu rosto congelado, ouvindo risadas infantis ao fundo.

− Você deveria falar com ela, Nora. Hazel está muito magoada. – Simon disse, arrumando os óculos em seu rosto.

− Espera... Você falou com ela? Quando? – Olhei espantada para ele, pronta para brigar com Simon por não ter me contado antes.

− Nora! – A voz infantil de Cassie interrompeu Simon, que abriu a boca para falar alguma coisa, mas acabou sorrindo para a pequena menina que pulava em meu colo.

− Olá, meu anjo! – Sorri, beijando o topo da cabeça dela. – Pensei que estivesse na sala de recreação.

− Estava esperando por você e... – Ela olhou por cima dos meus ombros, fazendo um pequeno biquinho. – Por Harry.

Sorri e abracei mais fortemente Cassie, feliz em saber como ela havia se apagado tão rapidamente com Harry.

− Ele e os meninos iriam vir hoje, mas tinham uma entrevista marcada para bem cedo. – Disse, apertando levemente a pontinha do seu nariz vermelho. – Mas ele pediu para te entregar algo.

− O quê? – Cassie olhou para mim animada, procurando o presente misterioso.

− Está com Simon. – Sussurrei em seu ouvido, olhando com um sorriso maroto para Simon, que fingia não nos ouvir. – Vá pegá-lo.

Assim que a coloquei no chão, a vi correndo como se vida dela dependesse daquilo, e em poucos segundos, Simon estava caído no chão, com Cassie em cima dele, rindo e batendo suas mãozinhas.

− Tio Simon! – O grito alegre de Cassie me rir, enquanto observava a cena com os braços cruzados sobre o peito.

− Olá, pequena. – Simon disse, rindo, envolvendo ela em um abraço, enquanto tentava se levantar.

− Onde está? – Ela perguntou de forma afobada, que me fiz abri um enorme sorriso.

− Quais são as palavras mágicas? – O tom de Simon se tornou sério, mas era visível que ele segurava o riso.

− Que a força esteja sempre com você. – A frase saiu de forma embaralhada, mas vi um enorme sorriso se formando no rosto de Simon.

− Boa menina. – Ela bagunçou os cabelos acobreados de Cassie, pegando a enorme sacola cor de rosa que estava ao lado e que havia caído junto com eles.

− Não acredito que você ensinou isso para ela, Simon! – Balançava a cabeça, enquanto ria, batendo levemente em minha testa, enquanto ia até onde ele estava, ainda caído no chão.

− É apenas um pouco de Star Wars, que mal há? – Ele perguntou, pegando em minha mão e se levantando do chão, arrumando seus óculos logo em seguida.

− Dois presentes! – O grito de Cassie me fez olhá-la, que parecia extasiada ao ver os dois embrulhos de presente coloridos.

− Ah, sim! Um deles foram os meninos que mandaram. – Apontei para o embrulho um tanto deformado, e para o de forma retangular logo em seguida. – E um deles é o do Harry.

Tudo o que vi em seguida foram papéis voando para todos os lados, e Cassie abraçando os dois presentes depois de desembrulhados. Um deles era um ursinho de pelúcia enorme que vestia uma camisa com a foto dos meninos, o outro era uma boneca da princesa Bela com a aparência de um criança.

− Eu amei! – Ela disse, olhando para mim com o olhinhos brilhantes, e não consegui conter a felicidade de olhar para Cassie daquele jeito.

− Ótimo! Então por que não brincamos com seus novos brinquedos? – Pergunto, estendendo a mão para que Cassie a pegasse, indo em direção à sala de recreação.

Martha acabou dando uma pequena bronca em Cassie por ter desaparecido daquele jeito, mas a menina mal ouviu as palavras dela, pois estava ocupada demais penteando os longos cabelos da sua nova boneca.

Fiquei brincando com as meninas, que pareciam fascinadas com os presente de Cassie, enquanto Simon jogava futebol com os meninos, mas com toda certeza ele não era o melhor jogador, e acabou quebrando um dos quadros que havia ali.

Eu ainda queria conversar com Simon, mas Cassie não me largava por um segundo, fazendo até eu cantar uma música da One Direction, enquanto ela dançava com o ursinho em suas mãos.

− Crianças, venham lanchar! – A voz de Martha veio da cozinha, fazendo com que toda as crianças parassem o que estavam fazendo para correr em direção ao refeitório.

− Ah, que bom! – Simon se espreguiçou, fazendo uma careta quando suas costas soltaram um estalo audível. – Estou morrendo de fome.

− Nada disso, Simon Fray. – Repreendi, puxando-o pelo braço, pois ele já se encontrava a caminho da cozinha. – Você vai me contar sobre essa conversa que você teve com a Hazel.

Arrastei-o até uma das pequenas mesinhas coloridas de desenho e o empurrei contra uma das minúsculas cadeiras, sentando-me em outra logo em seguida. Apoiei meu rosto com as mãos e encarei Simon.

− Comece a falar. – Disse simplesmente, olhando-o atentamente.

− Certo, eu conto, mas pare de me olhar desse jeito maníaco. – Ele riu baixinho, fazendo-me revirar os olhos. – Na sexta-feira, Hazel apareceu na minha sala, me chamou para almoçar e eu acabei aceitando. Nós conversamos muito sobre a viajem dela, e eu acabei percebendo que era realmente importante esse novo emprego para ela, mas isso não vem ao caso. O que você tem que saber é que Hazel está muito magoada pela discussão de vocês duas, e ela se sente culpada por isso.

− Pera, quer dizer que vocês estão bem novamente? – Perguntei, fazendo uma careta de desentendimento, balançando os braços.

− Sim. – Ele revirou os olhos. – Mas essa não é a questão aqui. Nora, você foi muito dura com a Hazel.

− Mas... – Tentei falar alguma coisa, mas fui interrompida.

− Você sabe que é verdade, todos nós já falamos isso para você, mas você sabe ser realmente teimosa quando quer. – Simon bufou, resmungando após levar um pequeno tapa de mim. – Não é a coisa mais fácil de se aceitar, mas é o melhor para Hazel, você sabe disso e sabe que terá que aceitar.

Encarei Simon por longos minutos, sem realmente saber o que dizer, afinal, eu sabia que o que ele dizia era verdade, e também sabia que o que papai disse naquele jantar era verdade, mas eu não sabia o que fazer a respeito, e o medo de perder Hazel ainda me consumia.

− Meninos, venham comer! – Martha apareceu na porta da sala, vestindo uma avental com pequenas galinhas estampadas. – Eu fiz cookies de chocolate.

Tudo o que fiz depois daquela conversa, foi tentar convencer a mim mesma de que eu deveria acertar as coisas com Hazel, as coisas que eu mesma estraguei.

E na hora de ir embora, quando Cassie pulou em meu colo, depositando um leve beijo em minha bochecha, eu já sabia o que fazer, e assim que entrei no carro de Simon e coloquei o cinto, virei-me para ele, suspirando.

− Simon, me leve para a casa de Harry, por favor? – Perguntei, sentindo minhas mãos suarem.

− Mas eu pensei que você fosse dormir lá em casa hoje, minha mãe está fazendo aquela lasanha que você adora. – Ele me olhou confuso, enquanto girava a chave e saia pelas ruas.

− Diga para sua mãe que eu estou morrendo de vontade de comer aquela lasanha, mas acho que está na hora de eu finalmente voltar para meu apartamento.

Simon não respondeu, apenas sorriu para mim e ligou o rádio, enquanto ziguezagueava pelas ruas, fugindo do trânsito caótico que o centro de Londres se encontrava.

E quando o Toyota de Simon parou na frente da grande casa de Harry, abracei-o fortemente, sussurrando um “obrigada” em seu ouvido, antes de pular para fora do carro, entrando apressadamente na casa, percebendo que Harry ainda não havia chego.

Subi as escadas de dois em dois degraus, chegando ao quarto e já recolhendo minhas roupas que se encontravam no chão, devido à noite passada, colocando-as dentro da minha velha mochila. E assim que espremi todas as minhas coisas dentro dela, peguei meu celular e mandei uma mensagem rápida para Harry, avisando-o que eu estaria voltando para me apartamento, e com a mesma pressa que cheguei, sai, pegando as chaves do meu carro que se encontravam no balcão da cozinha.

Todo o caminho até o meu prédio, passei ensaiando as palavras que diria para Hazel, mas sabia que na hora tudo o que faria era gaguejar e ficar com as mãos suadas.

− Vamos lá, você consegue, Nora. – Murmurei para mim mesma. – É apenas a Hazel, não a rainha da Inglaterra.

Provavelmente eu não ficaria tão nervosa se fosse pedir desculpas com a rainha Elizabeth.

Estacionei meu carro de qualquer jeito na vaga estreita, e sem ao menos me importar em fechar os vidros, corri para o saguão, cumprimentando rapidamente minha vizinha de porta, que passava de mãos dadas com o marido, antes de voar em direção as escadas.

Mordi meu lábio inferior com força, e respirei fundo várias vezes antes de finalmente levar as chaves em direção à fechadura, abrindo a porta e me deparando com um apartamento totalmente vazio.

Era estranho entrar ali e não ver Hazel dançando no sofá, ou queimando lasanha congelada no micro-ondas.

− Nora? – A voz baixa de Hazel vinha de seu quarto. – É você?

− Bem, acho que se fosse um assaltante, não me anunciaria chegando. – Disse, jogando minha mochila em cima do sofá, indo em direção ao quarto dela.

Pude ouvir claramente sua risada fraca, o que me fez sorrir instantaneamente.

Seu quarto continuava do mesmo jeito, com os mesmos pôsteres de famosos na parede e com os mesmos adesivos de patinhos colados no seu espelho de pé. A única diferença, era que Hazel se encontrava esvaziando as roupas do guarda-roupa, jogando-as em uma grande mala preta.

− Pensei que não iria voltar até amanhã. – Ela disse, olhando para mim enquanto dobrava uma calça jeans.

− Resolvi acabar com a minha rebeldia. – Ri baixinho, sendo acompanhada por ela. – Quer ajuda?

− Claro.

Sentei-me no chão, ao lado de Hazel e comecei a dobrar algumas roupas, em silêncio, tentando me convencer de falar logo de uma vez tudo o que eu tinha para dizer.

− Hazel... – Ela me encarou, e eu já sentia minhas mãos suando. – Eu sinto muito.

− Pelo o que, Nora? – Hazel deixou de lado uma blusa que dobrava, voltando-se para mim.

− Por eu ter sido tão irracional e egoísta com você. – Balancei as mãos, nervosamente. – Essa é a chance da sua vida, e em vez de eu ficar feliz, tudo o que fiz foi pensar em mim, em como eu ficaria, sem pensar em como essa viajem e esse trabalho será a realização do seu sonho. Eu sou tão teimosa que apenas aceitei minha idiotice hoje, mesmo todos tentando me alertar, e agora você está indo embora amanhã, e eu mal terei tempo para me despedir.

Eu já não conseguia controlar a enorme vontade de chorar, e as lágrimas gordas caiam livremente por meu rosto, enquanto eu balançava a cabeça, em um movimento nervoso.

− Nora, não chore, ou eu vou começar a chorar também e nós não vamos conseguir parar! – Hazel disse, puxando-me para um abraço apertado.

− Eu sinto muito, Hazel. – Murmurei, afundando meu rosto nos cabelos volumosos de minha amiga. – Mesmo sentindo um aperto no peito em te deixar, eu só quero o melhor para você, minha pequena irmãzinha maluca.

Separamo-nos do abraços, e sorrimos ao mesmo tempo, enquanto sentia os dedos finos de Hazel limpando as lágrimas em meus olhos.

− Não peça desculpas, Nora. Com certeza se eu estivesse no seu lugar estaria fazendo um barraco agora mesmo. – Não consegui segurar a risada, balançando a cabeça.

− Com toda certeza estaria. – Vi Hazel revirando os olhos.

− Mas fico feliz por estarmos bem agora.  – Concordei com a cabeça. – Por que não deixamos essa mala de lado e vamos assistir um filme?

− Só se eu escolher. – Disse, levantando-me do chão. – Por que você sempre escolhe filmes do Taylor Lautner ou do Zac Efron.

− Tudo bem. – Ela resmungou. – Vou fazer a pipoca.

Passamos o resto do dia apenas assistindo comédias românticas, comentando sobre o porte físico dos atores enquanto comíamos besteiras, e para mim, foi como se fosse mais um dia comum entre nós, mas senti um aperto no peito quando o último filme que escolhi acabou, e Hazel olhou o horário na celular, fazendo uma careta.

− Que horas o seu voo sai? – Perguntei, desligando aparelho de DVD.

− Bem cedo. – Ela olhou para mim. – Não precisa ir comigo até o aeroporto, Simon disse que me levaria, não quero te acordar e também não quero chorar igual à um bebê na hora do embarque.

− Certo. – Cocei a nuca. – Então acho que isso é um adeus?

− Um até logo, provavelmente. – Hazel riu, puxando-me novamente para um abraço.

− Vou sentir sua falta durante esse um ano, não deixe de me ligar sempre que puder. – Murmurei.

− Pode deixar. – Ela sorriu, soltando-me.

Já ia em direção ao meu quarto, quando parei bruscamente no corredor, voltando-me para Hazel e abrindo um sorriso.

− Eu amo você, Hazel. – Disse, sentindo novamente meus olhos marejarem.

− Eu sei disso. – Nós duas rimos. – Também amo você, Nora.

− Boa noite. – Sorri.

− Boa noite.

Arrastei-me o resto do caminho até meu quarto, fechando a porta e me jogando em minha cama. Abracei meu travesseiro que tanto senti falta, e suspirei, pensando o quão duro seria acordar amanhã e não encontrar Hazel queimando panquecas no café da manhã.

Demorei para pegar no sono, pois ficava revirando no colchão a cada segundo, tentando encontrar uma posição confortável, e acabei xingando mentalmente Harry, que havia me viciado em dormi com ele.

Quando finalmente adormeci já deveria ser de madrugada, e acabei tendo um sonho bem estranho, onde eu era obrigada a dançar tango em um palco com várias pessoas me observando, mas felizmente fui acordada por alguém gritando meu nome.

− Nora, acorda! Eu fiz panquecas! – A voz era familiar para mim, mas eu não fazia ideia de quem poderia ter arrombado meu apartamento, e meu estado de sono era muito grande para eu pensar em algo.

Mas, acabei despertando quando senti algo batendo em meu rosto, e com um pulo, levantei-me da cama, jogando meu edredom para o lado e olhando desesperadamente para o lado, antes de focar meus olhos em um amontoado de cabelos cacheados.

− Hazel? – A surpresa era tão evidente em minha voz, que fez a minha amiga rir.

− Claro que sou eu, quem você esperava? Beyonce? – Ela riu, tacando mais uma vez o travesseiro em meu rosto, mas eu segurei, encarando Hazel, como se não acreditasse que ela fosse real.

− O que você faz aqui? Você não tinha um voo para pegar? – Perguntei, apressadamente.

− Eu desisti. – Ela disse normalmente, dando de ombros, mas minha cabeça trabalhava nervosamente, e nada parecia fazer sentido para mim.

− Mas e a Espanha? E a Daily? E seu estágio? – Olhei para ela em busca de alguma resposta coerente, mas Hazel apenas ria.

− Acabei descobrindo que prefiro ficar na velha e chuvosa Londres que na Espanha, afinal eu nem gosto de tacos mesmo.

− Tacos são mexicanos. – Corrigi-a, fazendo com que ela revirasse os olhos. – Mas, Hazel, esse emprego era o seu sonho, e...

− Pare de falar ou eu te bato com esse travesseiro, Nora Hayes! – Hazel gritou, rindo, antes de se jogar ao meu lado na cama, passando um de seus braços pelos meus ombros. – Aliás, nós somos irmãs, e eu tenho que estar aqui te atazanando sempre, e outros estágios virão.

− Ah, Hazel, você é uma idiota. – Disse, rindo, enquanto roubava o travesseiro de suas mãos e acertava seu rosto, fazendo com que ambas ríssemos. – Afinal, o que te fez mudar de ideia?

− Você nunca saberá. – Ela fez uma risada maligna.

Eu iria falar para Hazel o quão feliz eu estava, mesmo sendo visível no enorme sorriso em meu rosto, que parecia não desaparecer, mas fomos interrompidas pela campainha tocando. Hazel me encarou, mas eu apenas dei de ombros, tentando imaginar quem tocaria aquele horário, mas a única pessoa que me vinha em mente, era Simon.

Hazel saiu da cama, e foi em direção a porta, e quando eu já me levantava para ver quem era a pessoa desconhecida, ouvi a voz de Hazel gritando a sala.

− Nora, por acaso é o seu aniversário eu não estou sabendo?

Aquela pergunta sem nexo me fez sair da cama, pois Hazel sabia que meu aniversário era em Junho, e eu estava pronta para perguntar à ela o que estava acontecendo, quando meus olhos encontraram com a pessoa sentada em nosso sofá, ao lado de Hazel.

Era Harry, e ele trazia consigo um enorme embrulho de presente, junto com um sorriso de covinhas, que apenas aumentou quando seus olhos verdes me viram.

Continua...


Notas Finais


Esse foi o capítulo novo, espero que tenham gostado, e não deixem de falar o que acharam, é muito importante para mim.
Ah! Quase me esqueci! Postei a One Shot do Louis, chama-se Against the Wall (http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-one-shot-against-the-wall-1530787)
Até a próxima!
Xoxo, Gabi G.


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