1. Spirit Fanfics >
  2. Dont Let Me Go >
  3. Senti Sua Falta

História Dont Let Me Go - Senti Sua Falta


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, pessoa da Terra!
Aqui estou, para mais um capítulo de DLMG!
Quero mandar um beijo para: giuliahmo, Nialler_Potato, Mrs_Styles1, HallyCDreamP, MiladoJuss, dreamywriter, Schaydostyles, HaroldsCupcake, _zmprado, yeahzayn e aswiftie! Obrigada por favoritarem!
E para quem aqui acompanhava GML, quero mandar mais um grande abraço, pois a fic chegou nos seus 400 favoritos! Estou muito feliz!
Boa Leitura.

Capítulo 18 - Senti Sua Falta


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Senti Sua Falta

A semana tinha se arrastado como um longo ano, fazendo com que minha irritação atingisse um nível extremo, onde nem mesmo a Hazel conseguia mais me aguentar. Ela passou a maioria das noites fora, na casa de Simon, aparecendo novamente, apenas nas manhãs seguintes, na redação da Daily, vestindo as camisas de séries dele, deixando-me assustada apenas imaginando o que eles faziam todas as noites.

Minhas noites não eram as mais animadas, pois tudo o que eu fazia, era deitar em minha cama, com o moletom mais confortável e masculino que possuía, encarando a tela do celular, à espera de alguma ligação ou mensagem.

Já começava a ficar brava comigo mesma, por estar parecendo uma garotinha apaixonada e dependente. Harry tinha me ligada uma noite, no meio da madrugada, com a voz extremamente cansada, mas mesmo assim, tinha ligado.

Sabia que o fuso horário e a correria dos shows, deixavam os garotos ocupados e exaustos, mas a saudades já me sufocava, chegando a se tornar incômoda. E eu já contava nos dedos, o tempo restante para que o sábado chegasse.

E quando o final de semana finalmente começou, eu me sentia mais alegre que as princesas da Disney, pronta para cantar com as árvores e os pássaros. Acabei deixando Hazel assustada, quando entrei na cozinha de manhã e a abracei fortemente, girando com ela pelo cômodo e esbarrando pelos armários.

Agora, eu me encontrava sentada no chão do orfanato Saint Peter, com os dedos sujos de tinta, devido à Cassie, que havia pedido para que eu a ajudasse com seu desenho de um pônei colorido ao lado de um arco-íris.

− Está ficando lindo, princesa. – Recebi um sorriso da menina. – Você bem que poderia me dar esse desenho, para eu pendurar em meu quarto.

− Esse não, Nora. – Olhei-a, sem entender. – Quando eu crescer, vou ser uma artista e vou pintar desenhos bem mais bonitos para você!

Seus olhinhos castanhos brilhavam para mim, cheios de esperanças e sonhos, fazendo com eu abrisse um enorme sorriso para ela, abraçando-a com o braço não lambuzado de tinta vermelha.

− Tenho certeza que vou me orgulhar de você. – Sussurrei, observando ela pintar o céu, com os dedos mergulhados em tinta azul.

Levantei-me do chão, pronta para lavar as mãos sujas e procurar Martha, para ajudá-la com o almoço das crianças, quando sinto mãozinhas pegajosas agarrando minhas pernas descobertas pela saia florida que usava. Olho para baixo, vendo que a dona das mãos era Cassie, e ela havia transformado minha pele em um amontado de cores.

− Nora, cadê o Harry? − Sua voz era chorosa. – Ele falou que ia vir.

− Oh, Cass. – Pegei-a no colo. – Harry está viajando com a banda.

− Estou com saudades dele. – Ela murmurou, balançando os bracinhos.

− Também estou. – Minha voz saiu falhada e meu peito apertou, mas rapidamente, balancei a cabeça. – O que você acha de lavar essas mãos sujas e ir roubar alguma coisa gostosa, na cozinha?

− Martha vai brigar com a gente. – Ela disse, rindo.

− Não se ela não ver. – Fiz cócegas em sua barriga, ouvindo sua risada fina, enquanto beijava-lhe as bochechas coradas.

− Eu sei onde estão os marshmallows! – Cassie sussurrou.

− Ótimo! – Sorri, balançando a cabeça enquanto caminhava em direção ao lavatório.

Martha acabou mesmo, nos flagrando de bocas cheias, agarradas com o pacote de marshmallows coloridos, mas tudo que ela fez foi rir e nos tirar a guloseima, avisando que poderíamos comer mais após o almoço. Infelizmente, para o desespero de Martha, Cassie acabou contando para todas as crianças sobre os doces, que armaram um verdadeiro complô, para conseguirem o precioso saco de marshmallows.

Passei a viagem inteira, do orfanato até o aeroporto, rindo sozinha, lembrando-me da cena em que Martha corria atrás de todas as crianças, gritando, desesperada, para que eles não comessem tudo aquilo.

Finalmente pude voltar a sentir o vento batendo em meu rosto, enquanto passava pelas ruas, com meu Fiat conversível, que havia voltado do conserto a dois dias, causando uma briga feia entre Hazel e eu, quando a conta da seguradora veio junto. Gritei tanto com ela, que o prédio inteiro deve ter ouvido e, devia estar tão descontrolada, que Haz ficou assustada e se escondeu atrás de Simon, que parecia mais amedrontado que ela.

Mas consegui fazer ela ajudar a bancar com metade da despesa.

Passei longos minutos tentando achar uma vaga, naquele enorme estacionamento, que resolveu ficar lotado, bem no meu dia de desespero. Olhei no celular pela última vez, apenas para ver que o avião de Harry estaria pousando em pouco tempo.

Olhei-me no espelho retrovisor e suspirei pesadamente, colocando minha jaqueta jeans por cima do top cropped branco, que junto com a saia, parecia um simples vestido.

− Acalme-se, Nora! – Repreendi-me, ligando o alarme do carro, e passando a bolsinha de couro marrom pelo meu ombro.

Aquele lugar parecia um formigueiro, algumas vezes pior que o próprio metro em dias corridos. Percebi algumas garotas correndo de um lado para o outro com cartazes e camisas coloridas, que levavam a estampa dos meninos. Espreitando o saguão do aeroporto, estavam os temidos paparazzi, que passaram a me assustar desde o dia da caminha com Harry, fazendo com que minhas fotos fossem aparecer em sites de fofoca.

Totalmente perdida naquele lugar, até então desconhecido para mim, corri até onde um homem robusto e calvo, que vestia um colete escrito: Posso Ajudar?, comia um lanche do Mc Donald’s, fazendo com que alguns pedaços de bacon ficassem presos em sua barba.

− Com licença, onde posso saber sobre os voos que estão chegando? − Tentei se educada e não encarar muito o homem grotesco, que se assemelhava muito com um dos trolls dos videogames de Simon.

Carl, como dizia em seu crachá quase invisível, não me respondeu, apenas apontou, de forma entediada, para um grande monitor ao nosso lado, que continha milhares de nomes de empresas aéreas, junto com horários e destinos.

− Obrigada, Carl. – Já estava à alguns passos dele, quando voltei a olhá-lo. – E você poderia usar os guardanapos que colocam junto com esse lanche, não é?

Bufando, vou até o monitor, sem me importar com o olhar assustado que o homem me lançara. Olho para todas aquelas informações, que mudavam constantemente em frente a mim, mas rapidamente encontro o que queria, pois não haviam muitos voos vindos do Japão.

Cruzei o saguão do aeroporto como um jato, indo em busca do portão de número três, que se localizava ao lado de uma cafeteria, quase no final do enorme corredor, onde guichês de empresas aéreas se espremiam.

Provavelmente, aqueles paparazzis e fãs desesperados no saguão, ainda não tinham descoberto sobre a saída do voo dos meninos, pois atrás daquela faixa que separa o portão de desembarque, estavam apenas eu e alguns homens sérios, de terno, segurando plaquinhas com sobrenomes asiáticos.

E o tempo voltou a se arrastar, fazendo-me pular nos calcanhares, contando os minutos, já pensando na ideia de puxar assunto com algum daqueles homens sérios, apenas para me distrair.

 Mas, quando uma mulher, vestindo uma saia social junto com um terninho, foi em direção ao grande portão, abrindo-o e indo até um pequeno carrinho com folhetos de viagem, quase pulei a faixa e fui abraça-la.

− Isso deve ser algum descontrole hormonal. – Questionei a mim mesma, olhando as primeiras pessoas saindo pelo desembarque.

Quando todos os executivos asiáticos foram encontrados pelos homens de terno ao meu lado, que pareciam choferes de alguma empresa milionária, comecei a achar que tinha me enganado sobre o horário do voo.

Entretanto, meu desespero se aquietou assim que vi um homem, do tamanho de um muro, passando pelo portão, segurando algumas malas enquanto olhava em volta, com uma expressão séria, que tornou-se um sorriso amigável quando me viu ali.

− Nora! – Paul correu em minha direção, largando as malas no chão e me surpreendendo com um abraço de urso.

− Olá, Paul, como foi a viagem? − Perguntei, rindo baixinho do jeito maluco dele.

− Cansativa. – Mais uma vez ele olhou para os lados. – Esses meninos me dão muita dor de cabeça.

− Imagino. – Já não conseguia mais segurar a risada, sendo acompanhada por Paul.

− Veio buscar Harry? − Sua pergunta deixou-me corada, mas ele apenas riu.

− Sim. – Atrás de nós, mais algumas pessoas da equipe arrastavam-se cansadas pela porta.

− Bem, boa sorte, Nora. Vou dar uma olhada em volta, você não sabe como esses paparazis podem ser incômodos. – E com um aceno breve, Paul se afastou.

− Acho que sei sim. – Murmurei, ainda tentando entender o porquê dele ter me desejado sorte.

Logo, Niall e Liam apareceram em meu campo de visão, com os rostos amaçados e cheios de malas e mochilas. Assim que me viram, lançaram um sorriso meio débil, o que me fez pensar que eles tinham acabado de acordar.

Estava pronta para ir até eles, dar-lhes um abraço, quando vi mais uma pessoa passando pelo portão, vestindo calça e camisa pretas, com uma touca que lhe cobria os cachos castanhos, e óculos de sol.  Ele puxava a mala com a postura de um corcunda, fungando o nariz extremamente vermelho.

Harry parecia estar morto.

Mas não me importei com aquilo naquele momento, apenas sai correndo, esbarrando fortemente em Zayn, que tinha se agarrado ao braço de Liam e mal percebeu a minha presença, pois dormia com a boca aberta.

Infelizmente, Harry só percebeu que eu corria como um trem desgovernado em sua direção, no último momento, quando pulei em seu colo, agarrando-lhe o pescoço, fazendo-o se desequilibrar, na tentativa de me segurar e largar a mala. Quase fomos para o chão, se não fosse por Louis, que servira de apoio, por estar atrás de nós.

− O que raios foi isso, Nora? – Louis disse, escandaloso. – Acabei de chegar e não quero morrer, ok? E mesmo sabendo que estou sendo ignorado, olá, também senti sua falta!

Louis estava certo quando disse que eu estava ignorando ele, pois no momento, tudo o que eu fazia era abraçar Harry fortemente, agarrando-me ao seu corpo como um bebe e, afundando o rosto em seu pescoço quente.

−  Oi, Nora. – Ele sussurrou em meu ouvido, afagando-me as costas. Sua voz estava mais rouca que o normal, e até um pouco fanha.

− Senti a sua falta. – Foi tudo o que consegui dizer, antes de afastar o rosto da curvatura de seu pescoço, pronta para roubar-lhe um selinho.

Quando já sentia sua respiração pesada em meu rosto, Harry me surpreendeu, levando sua mão até meus lábios, impedindo-me de lhe beijar. Encarei-o, sem entender o que estava acontecendo ali, pensando na possibilidade daquele não ser realmente o Harry e, enquanto isso, ele soltava minhas pernas, colocando-me no chão e arrumando minha saia, antes de levar a mão até os óculos pretos, tirando-os e pendurando na camisa.

Os olhos verdes de Harry estavam totalmente vermelhos e inchados e, quando juntei aquilo com a situação do seu nariz, percebi o que ele tinha.

− Desculpe, Nora, peguei um resfriado. – Harry sorri, beijando-me na bochecha. – Não quero que você fique espirrando também.

− Você está péssimo! – Enfatizei, fazendo-o revirar os olhos.

− Também senti sua falta, Nora, acredite se quiser. – Ele ironizou, fazendo com que eu lhe desse um tapa no ombro, antes de rir e juntar nossas mãos, entrelaçando-as.

− Alguém aqui precisa de um bom chocolate quente e de uma cama.  – Digo, puxando-o em direção ao saguão, acenando para os meninos, que gritavam em plenos pulmões para eu tomar cuidado com o Harry manhoso.

− Também preciso que alguém que cuide de mim. – Harry murmura, fazendo um biquinho.

− Entendi o porquê de Harry manhoso. – Revirei os olhos, enquanto ele ria, passando o braços sobre meus ombros, puxando-me para mais perto de si.

− Passei quase uma semana longe de você, e agora fica reclamando? − Sua voz saiu afetada.

− Certo, seu chato. Como foi a viajem? Como é o Japão? Você viu algum Godzilla? E o King Kong? − Comecei a despejar perguntas como uma metralhadora.

− Em primeiro lugar, o King Kong é de Nova York, e apenas vi Godzillas em miniatura, o Japão é um ótimo país e mesmo a viajem sendo cansativa, lembrei de comprar um presente para você. – Harry começou a falar, acenando para algumas fãs, que tentavam passar pela barreira humana que era o Paul.

− Um presente? O que é? − Pulei em sua frente, sem me importar por estar andando de costas.

− Te mostro depois que me levar para casa e fazer chocolate quente para mim. – Ele sorriu, agarrando-me pelos braços, me fazendo voltar para onde estava minutos antes, colada em seu corpo.

− Chantagista! – Mostrei a língua, cruzando os braços, enquanto tentava lembrar onde tinha estacionado meu carro.

Depois de algum tempo, rodando com Harry pelo estacionamento, finalmente encontrei meu pequeno Fiat, tendo que passar o resto da viajem até a casa dele, explicando-lhe o que tinha acontecido com meu carro. Tudo isso, brigando com Harry, por ficar gritando comigo toda vez que eu entrava em alguma rua errada.

− Nora, eu falei para você entrar na segunda à direita! – Ele batia a cabeça conta o painel do carro, fazendo-me rir.

− Eu entrei à direita... Uma rua depois, mas você viu como está o transito? − Joguei uma das minhas mãos para o alto, ouvindo algumas buzinas.

− Nunca mais entro em um carro onde você esteja dirigindo. – Harry arregalou os olhos, enquanto eu ultrapassava um Mini Cooper.

− Pare de reclamar e apenas diga como faço para chegar a sua casa, Styles! – Gargalhei, finalmente entrando na rua certa.

Longos minutos de desespero por parte de Harry, chegamos até o bairro lotado de casas luxuosas, onde uma delas possuía uma fachada simples, cheia de vidros e pintada de branca. A porta da garagem foi aberta e, eu estacionei meu carro entre a Land Rover e o Audi de Harry.

− Sinta-se em casa. – Ele disse, pulando para fora do Fiat, pegando sua mala no banco de trás.

− Por acaso você anda com um carrinho de golf pela casa? Só a garagem é do tamanho do meu apartamento. – Indaguei, olhando envolta.

− Agora você está exagerando. – Ele riu, puxando-me pela porta que levava pra a grande sala de estar, onde móveis modernos, nas cores marrom a branco, me deixaram boquiaberta.

Tudo ali era espaçoso, aconchegante e estranhamente limpo, mas acabei concluindo que ele tinha uma empregada. O sofá da sala deveria ser bem mais confortável que a minha cama e, a mesa de jantar poderia acomodar quase dez pessoas. Percebi que portas de correr, levavam até a área externa da casa, que possuía uma piscina, mas foi tudo o que consegui ver, pois Harry me puxou pelas escadas, indo até o segundo andar.

Passamos por milhares de portas, até pararmos em frente de uma, que supus ser o quarto dele. Harry jogou as malas em um canto, correndo até a cama, onde se jogou de barriga para baixo, deixando-me parada na porta, rindo.

O quarto era simples, sem muitos móveis, apenas o necessário e da mesma cor que os do andar de baixo. A cama parecia ser uma king size, pois poderiam caber mais três dele ali. Haviam milhares de portas, mas concluí que uma delas era o banheiro e a outra era o closet. Mas o que mais me chamou a atenção, foi a sacada, que tinha vista para o Green Park.

Uma tosse alta e rouca tirou minha atenção do cômodo e fez-me voltar os olhos para Harry, que continuava estirado na cama. Pelo som grotesco que saiu de sua garganta, era evidente que ele não estava bem.

Fui até seu lado, empurrando-o levemente para que desse um espaço onde eu pudesse me sentar.

− Harry, você está bem? − Era um pergunta idiota, mas mesmo assim a fiz.

− Minha cabeça dói. – Ele resmungou, virando o rosto em minha direção.

Levei minha mão até a touca em sua cabeça, retirando-a e levantando os cabelos que cobriam sua testa, sentindo que sua pele estava mais quente que o normal.

− Você está com febre. – Olhei em volta do quarto. – Onde tem remédio para gripe?

− Cozinha. – Tive que me esforçar para entender o que ele havia dito.

− Certo, vá tomar um banho que eu vou buscar o remédio. – Disse, baixinho.

− Não quero ir. – Harry puxou um travesseiro e escondeu seu rosto nele.

− Ai, para de manha, garoto! – Bufei, puxando seus ombros, na tentativa de fazê-lo levantar.

− Eu quero ficar deitado. – Sua tentativa de me “dobrar”, abrindo um sorriso de covinhas e coçando a nuca, não deu certo.

− Nada disso, vá logo!

Em um momento de inocência meu, levei minhas mãos até a barra da camisa amarrotada, ajudando e tentando fazer ele ir para o banheiro, mas assim que retirei a peça, perdi totalmente a linha de raciocínio, encarando abertamente seu corpo exposto.

As tatuagens espalhadas por toda aquela região, me chamaram a atenção, principalmente a gigante, e estranha borboleta em sua barriga. Mas ele tinha um belo corpo, o que fez com que eu continuasse a encará-lo por um tempo mais do que desnecessário e, quando percebi, Harry olhava para mim com um sorriso malicioso no rosto.

− Pena eu não estar me sentindo bem... – Ele havia deixado a frase morrer, mas minha mente já havia se contaminado com malícia o suficiente para o entender o que aquilo significava.

− Anda logo... – Não consegui terminar minha frase, pois Harry inclinou-se sobre mim, selando nossos lábios.

Percebi o quanto aquilo me fazia falta, quando senti mordiscadas em meu lábio inferior, fazendo-me abrir um sorriso entre o beijo.

− Você não disse que não queria que eu pegasse seu resfriado? - Sussurrei, levando minhas mãos até seus cabelos bagunçados.

− E não quero, mas não ia aguentar por muito mais tempo. – Ele esbarrava seus lábios nos meus ao falar.

Apenas ri, puxando-o pelos ombros e fazendo com que ele caísse por cima de mim, enquanto eu deitava na cama, deixando que Harry apoiasse os braços um de cada lado do meu rosto e aprofundasse o nosso beijo.

Aquilo era tão bom, que a toda hora eu abria pequenos sorrisos, arranhando levemente as costas nuas de Harry, enquanto ele explorava cada canto de minha boca. Meu peito batia à uma velocidade incrível, enquanto meu cérebro não conseguia pensar em nada coerente.

Harry ficou sem folego rápido, e começou a descer os beijos por meu pescoço, mordendo levemente minha pele, fazendo-me soltar alguns gemidos baixos. Senti suas mãos grandes adentrando minha jaqueta jeans, me deixando arrepiado com seu toque. Ele já beijava meu colo, quando finalmente resolvi para com aquilo, antes que passássemos para o próximo estágio.

− É melhor você ir tomar banho, ok? − Tentei controlar minha respiração ofegante.

− Certo, qualquer coisa é só gritar. – Harry não escondia o enorme sorriso em seu rosto, roubando-me um selinho, antes de pegar a camisa do chão e ir em direção ao banheiro.

Ainda entorpecida com tudo aquilo, apenas balancei a cabeça, passando as mãos pelo cabelo. Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado e, rapidamente me levantei, retirando de uma vez por todas, a jaqueta jeans, que havia se tornado um incomodo.

Saí do quarto aos pulinhos, parecendo uma criança em dia de Natal. Desci as escadas de dois em dois degraus, até encontrar a enorme cozinha, que brilhava com seus armários de aço inox. Tudo o que precisava, era desbravar as milhares de gavetas em busca de algum tipo de remédio e chocolate em pó.

Acabei descobrindo que Harry guardava coisas bem estranhas na cozinha.

Tive que aprender novamente como mexer em um fogão, pois aquilo que Harry tinha, parecia mais um tanque de guerra do que um simples eletrodoméstico. Mas consegui, depois de muito tempo, esquentar o leite e adicionar uma grande quantidade de chocolate em pó.

Harry ainda estava no banho quando voltei para o quarto, colocando a xícara quente em cima da mesinha de cabeceira, junto com o comprimido que havia encontrado. Sentei-me na cama, ligando a televisão em um canal qualquer, apenas para ter algo para fazer, mas a cantoria de Harry não me deixava ouvir direito o que aquela a mulher falava, enquanto adicionava os ingredientes para a receita de suflê que passava pela tela.

Joguei o controle ao meu lado, após desligar a falação da cozinheira, deitando-me em um dos milhares de travesseiros que se espalhavam pela cama, todos com o mesmo perfume forte de Harry, fazendo-me suspirar pesadamente.

− Vejo que gostou do meu travesseiro. – A voz de Harry me fez abrir os olhos, encontrando-o parado na porta do banheiro, vestindo apenas um shorts, com algumas gotículas de água caindo de seus cabelos.

− Eles são muito confortáveis. – Dei risada, virando na cama para olha-lo melhor.

− Esta convidada para passar um noite aqui, então. – Seu sorriso de lado me fez arrepiar, mas apenas observei enquanto ele andava até a cama, deitando-se ao meu lado.

− Acho melhor não. – Ri baixinho, levantando-me para pegar o chocolate quente e o remédio ao meu lado. – Não sei se está bom, coloquei bastante chocolate, do jeito que faço para mim.

− Quanto mais chocolate, melhor. – Levou a xícara até os lábios, junto com o pequeno comprimido.

Peguei-me observando Harry pela milésima vez no dia, e até parecia que eu nunca tinha visto ele antes, pois olhava os detalhes em seu rosto com afinco. E mais uma vez, fui pega por ele.

− Nora... – Seu olhar vagou para a vista da janela, antes pousar os olhos verdes em mim. – O que temos, afinal?

Fui pega de surpresa com aquela pergunta, afinal, eu não espera por ela, não agora. Comecei a mexer em minhas mãos nervosamente, tentando achar uma resposta para aquela pergunta. Mas eu não fazia ideia do que estava acontecendo entre Harry e mim, não de verdade.

− Eu... Não sei. – Acabei gaguejando. – Acho que não temos nada.

Harry me olhou, em silêncio, por mais alguns minutos, deixando-me incomodada e até arrependida com a resposta que tinha dado, mas no mesmo instante, ele balançou a cabeça, abrindo um pequeno sorriso.

− Seu presente está na mala, se importa de remexer em algumas cuecas sujas? Estou com preguiça de levantar. – Ele murmurou, afundando a cabeça no travesseiro e sorrindo, enquanto eu revirava os olhos.

E ele não estava brincando quando disse que acabaria encontrando algumas cuecas sujas, felizmente, meu presente estava cuidadosamente jogada em cima delas. Mal olhei direito o embrulho perfeitamente dobrado, apenas rasguei-o, encontrando a última coisa que esperava.

− Uma pelúcia da Sailor Moon! – Gritei, arregalando os olhos e abraçando fortemente a boneca cabeçuda, da minha personagem favorito de mangá. – Você lembrou!

Em minha adolescência, eu era tão “nerd” quanto Simon.

− A primeira coisa que lembrei, quando vi a boneca, foi você falando da sua fantasia de Saylor Moon. – Ele riu.

− Foi uma ótima festa a fantasia, lembro que Hazel foi de elfo. – Ainda agarrada com à boneca, voltei a me deitar na cama, dando um breve selinho nos lábios dele.

− Que bom que gostou, Nora. – Ele sussurrou, bocejando em seguida.

− Eu amei! Muito obrigada, Harry! É a coisa mais fofa do mundo, sempre procurei um desses para comprar na internet.. – Tagarelava animadamente, enquanto olhava com os olhos brilhantes para minha nova boneca.

Acabei ficando tão empolgada, que só percebi que Harry cairá no sono, quando ouvi um pequeno barulho ao meu lado. Ele estava com o rosto amassado conta o travesseiro, e tinha os lábios entreabertos.

− Acho que essa é a minha deixa. – Ri baixinho, passando os lábios de leve em seu bochecha, antes de me levantar, pegando minha jaqueta e indo em direção a porta.

Enquanto descia em silêncio pelas escadas mais um vez, peguei meu celular no fundo da pequena bolsa, a fim de deixar uma mensagem para Harry.

Provavelmente você só verá isso amanhã, mas mesmo assim, obrigada por me deixar falando sozinha enquanto você babava na cama e, principalmente pela boneca, mais uma vez.

Senti mesmo a sua falta.

Me ligue quando der.

N.

Joguei o aparelho de volta para a bolsa, abraçando mais forte minha nova pelúcia e saindo pela grande porta da frente, com um enorme sorriso no rosto.

Continua...


Notas Finais


Acho que perceberem que meus capítulos vem aumentando cada vez mais, por isso, queria saber a opinião de vocês sobre isso. Os capítulos estão ficando cansativos? Muito chatos? Preciso que vocês me falem, por favor!
Mas... esse foi o capítulo novo, espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar, ok?
E até a próxima!
Xoxo, Gabi G.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...