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História Dont Let Me Go - Um Capítulo para Hazel


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, flores!
Aqui estou eu para mais um capítulo de DLMG!
Com disse no capítulo anterior, esse vai ser um pouco diferente, sendo narrado pela Hazel. Quis fazer alguma coisa diferente e, espero que gostem. O capítulo foi escrito pela minha gêmula, a MrzMalik, que para mim, é a perfeita Hazel :)
Quero mandar um beijo para: Blobo, Gracy2000, Gi_cupcake, Meellenz, Lali_Horan, bieberfeatdemi,1D_Cher_Demi, PatStyles, TweetywantBiebs e saramendes15! Obrigada por favoritarem.
Boa Leitura!

Capítulo 17 - Um Capítulo para Hazel


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Um Capítulo para Hazel

Longas horas buscando rosquinhas e enormes copos de café para aqueles que pareciam zumbis preguiçosos vidrados na tela dos computadores, lendo e relendo sabe se lá quantas vezes as matérias que iriam para as páginas da Daily do próximo mês.

Faltando menos de meia hora para o fim do expediente, o dia não tinha sido dos melhores até o momento, e eu tentava compartilhar toda essa frustração com minha zumbi preguiçosa favorita, mas ela estava ocupada demais folheando papéis e mais papéis, para ouvir minhas reclamações.

− Nora, eu adoraria que você prestasse atenção em mim, enquanto eu reclamo da vida! – Disse afastando uma pilha de papéis para o lado antes de sentar-me em sua pequena mesa.

− Eu preciso trabalhar, Haz! − Nora disse, levando as mãos à cabeça. – E eu acho que você deveria também.

− Meu chefe me deu esses últimos minutos de folga. – Ri, balançando as pernas, recebendo um olhar desaprovador de Nora. – Está bem, eu me dei esses últimos minutos de folga.

Nora riu balançando a cabeça em sinal negativo enquanto levantava-se, levando nos braços alguns dos papéis.

− Preciso levar isso aqui para o Simon. – Ela ia em direção ao corredor.

− Ele está em reunião. – Disse rapidamente, colocando uma mecha revoltada de meu cabelo atrás da orelha. Nora parou por um instante, antes de virar-se para mim, olhando-me desconfiada.

− Então é por isso que a senhora está reclamando até do mosquito que passa em sua frente? – Ela disse, colocando os papéis de volta a mesa, apoiando-se nela.

− Claro que não! – Revirei os olhos, tentando arrumar a insistente mecha de cabelo, que continuava caindo sobre meu rosto. Nora arqueou uma sobrancelha, como faria uma mãe chata. – O que? Eu não gosto mesmo de mosquitos. Eles ficam por ai sendo... mosquitos.

− Hazel, Hazel. Você não me engana mocinha. – Ela riu, apontando para mim. Nora estava mesmo parecendo uma mãe chata. – Admita! Está revoltada assim só porque ficou a tarde toda sem o...

− Simon! – Gritei ao vê-lo passar por ali. Simon ajeitou os óculos e voltou os olhos para mim, antes de sorrir timidamente, aproximando-se.

− Oi, Haz, estava te procurando. – Simon disse, quando estendi os braços para ele, e os dele, já estavam praticamente em minha cintura quando Nora colocou-se entre nós.

− Vocês não vão se agarrar em cima da minha mesa. – Nora me olhou, antes de virar-se para Simon. – E oi para você também, Simon.

− Oh, oi, Nora. – Ele disse, sem jeito, passando a mãos pelos cabelos escuros.

Fuzilei Nora com o olhar, fazendo-a revirar os olhos antes de pegar novamente os papéis, soltando-os sobre Simon.

− Todos revisados. – Nora pegou sua carteira na bolsa. – Vou comprar um refrigerante. −  Ao dizer aquilo, ela saiu, murmurando palavras para si mesma. Simon me olhou apontando para sua sala com a cabeça e eu assenti.

Antes de entrarmos, ouvi um barulho alto ao meu lado e, ao virar-me para olhar, vi Nora batendo no vidro da máquina de refrigerantes, para que a latinha caísse.

− O que deu nela? – Simon murmurou, colocando os papéis sobre a mesa, recostando-se nela, enquanto eu fechava a porta em minhas costas.

− O “motivo” de Nora estar assim tem nome, sobrenome e cachos. – Disse rindo, fazendo aspas com as mãos. – Ele foi viajar.

− Ah, claro. – Simon riu, colocando a mecha rebelde do meu cabelo atrás da orelha, antes de deixar sua mão escorregar por meu braço até alcançar a minha, puxando-me contra si.

Era realmente estranho me pegar naquela situação, sorrindo como uma idiota ao sentir a respiração de Simon misturando-se com a minha. Logo eu, que nunca fui a garota mais romântica do mundo e logo com ele, o cara que conseguia me deixar irritada sem dizer palavra alguma.

Não pude fazer nada quando meus lábios buscaram os dele com certa urgência.

Fiquei nas pontas dos pés, passando os braços por seu pescoço, na tentativa de acabar com qualquer mínimo espaço que houvesse entre nós, finalmente sentindo seu gosto em minha boca. Uma de suas mãos estava em meus cabelos, enquanto a outra acariciava minhas costas sobre o moletom grosso com uma enorme estampa do Patolino que eu vestia.

Nos separei apenas quando senti meu celular vibrar em meu bolso, matando Nora mentalmente ao ver seu nome brilhando na tela.

− Você está a menos de dez metros daqui! – Atendi à chamada. – Por que está me ligando?

− Não quero chegar aí e encontrar você e Simon se agarrando. – Ouvi sua voz irônica. – De novo.

−Mas... – Comecei.

− Bem, que seja, nós precisamos ir. – Ela disse, impaciente. – A última coisa que eu quero é pegar o metrô lotado!

− Já estou indo, mamãe. – Revirei os olhos ao desligar a chamada. Simon me olhava, tentando entender o que acabara de acontecer ali.

− Nora fica muito chata quando está depressiva. – Dou de ombros. – É quase insuportável morar na mesma casa que ela, quando está assim.

− Entendo. – Simon riu, mas logo parou, e me fitou por um instante, parecendo pensar. − Você pode ir para minha casa, se quiser. – Ele tinha um pequeno sorriso no canto dos lábios.

Cruzei os braços, pensando por alguns segundos nas minhas opções. Ir para casa e lidar com a depressão de Nora, ou ir para casa de Simon e "lidar" com ele.

A segunda opção me pareceu muito mais atraente.

− Essa é uma boa ideia, Fray. – Disse rindo. – Vamos lá.

Simon confirmou com a cabeça, antes de passar o braço por meus ombros, enquanto saíamos de sua sala, encontrando uma Nora nada contente do lado de fora.

− Finalmente! – Ela revirou os olhos.

Nora andava tão rápido, que eu mal conseguia acompanha-la para avisar que iria com Simon, e acabei deixando o garoto para trás. Quando finalmente consegui fazer com que ela me escutasse, recebi um olhar incrédulo.

− Tudo bem, Rawlins, me troque pelo Simon. – Ela disse, jogando os cabelos, indo para outra direção.

− Amo você, Nora. – Gritei, rindo de seu ciúmes.

Virei-me para trás, encontrando Simon e, rapidamente, envolvi seu braço em meio aos meus na tentativa de me proteger do vento frio enquanto íamos em direção ao seu Toyota.

Não se passou muito tempo e Simon parou na pequena garagem da casa de sua mãe. Assim que ele bateu na porta, pude ouvir uma voz feminina vinda lá de dentro, gritando "Já vai!"

 A porta se abriu, revelando a mulher usando um vestido florido e um avental com pequenas galinhas estampadas.

− Olá, querido. – Senhora Fray disse, abraçando o filho antes de voltar o olhar para mim. – E... Você?

Arregalei os olhos, devido ao olhar altamente mortífero que ela me lançava.

− Mãe, essa é Hazel. – Simon segura-me pela mão e eu sorriu, acenando com a mão livre.

− É... Eu sei bem quem ela é. – Ela disse, me avaliando. – Vou terminar o jantar. – Ao dizer isso, a mãe de Simon virou-se e foi até a cozinha, resmungando baixinho.

− Não ligue. – Simon sussurrou, virando-se para mim enquanto entrávamos.

− Tudo bem. – Disse, forçando um sorriso.

Simon me guiou até o pequeno sofá que havia na sala repleta de vasos das mais diversas flores. Ele sentou-se no sofá baixo e puxou de leve minha mão, fazendo com que eu me desequilibrasse, caindo sobre ele.

− Oh, desculpe. – Murmurei, mas Simon apenas sorriu, antes de envolver minha cintura, puxando-me para mais perto de si.

− Sem problemas. – Sussurrou, antes de deixar um beijo demorado em meu pescoço, fazendo-me suspirar pesadamente.

Senti sua mão acariciando minha barriga sob o moletom, enquanto seus lábios continuavam subindo por meu pescoço. Pena que isso não durou muito, já que logo ouvi uma tosse alta vinda de algum lugar ao meu lado.

Separei-nos bruscamente e virei-me, encontrando a senhora Fray nada feliz, com uma das mãos na cintura robusta, segurando uma tigela, com uma enorme faca na outra mão. Arregalei os olhos, saindo do colo de Simon e sentei-me ao seu lado, sentindo minhas bochechas corarem.

Senhora Fray me fuzilou com o olhar, antes de se sentar no espaço, praticamente inexistente, entre Simon e eu, fazendo-me ir para o lado. Ela tirou a faca de dentro da tigela e começou a cortar as cenouras que estavam ali dentro. Pela força que usava, parecia estar vendo meu rosto em cada um dos vegetais. Se me assustar era a intenção dela, havia conseguido. Olhei para Simon, percebendo suas bochechas vermelhas, olhando-me como se estivesse se desculpando.

− E então, querido, como foi o trabalho? – Ela perguntou, olhando para Simon, ignorando-me, enquanto continuava esquartejando as pobres cenouras.

Simon pareceu pensar antes de responder, mas levantou-se, indo até mim e sentando-se ao meu lado, passando o braço por meus ombros.

− Foi ótimo, mamãe. – Ele respondeu, sorrindo.

Sua mãe soltou a cenoura que estava cortando, juntamente com a faca, antes de pegar novamente a tigela e levantar-se, indo em direção à cozinha.

− Simon, eu preciso de ajuda lá na cozinha. – Ela disse, de modo azedo.

− Se a senhora quiser, eu posso... – Tentei dizer, mas ela me interrompeu.

− Não, não precisa. – Ela virou-se para Simon. – Você, vem!

− Eu já volto. – Simon sussurrou e eu assenti, vendo-o se levantar.

Nunca vou conseguir entender o porquê de a senhora Fray me odiar tanto assim. A vi uma única vez e, tudo o que eu disse foi “Olá, eu sou a Hazel”.

Olhei para a porta fechada da cozinha e, se a intenção dela ao fechá-la era que eu não ouvisse a conversa, acabou não dando muito certo.

− Por que não a Nora, Simon? – Ouvi o grito de senhora Fray. – Ela é uma moça muito mais simpática que ela. – O modo que ela referiu-se a mim não foi nem um pouco amigável.

− Você nem mesmo conhece a Hazel, mãe! – Simon respondeu, com a voz levemente alterada. – E eu já disse que a Nora é só minha amiga.

− Não seria só sua amiga se você não ficasse bancado o... – A resposta dela foi imediata, mas ele a interrompeu.

− Eu não gosto dela desse jeito, mãe! – A voz de Simon saiu em falsete. – Eu gosto da Hazel! Sou apaixonado por Hazel desde que ela colocou o pé naquela redação, e eu nunca tive coragem de falar isso. Então, me desculpe, mas agora que estamos juntos, eu não vou deixar a senhora estragar tudo.

Ainda tentava processar tudo aquilo, quando a porta foi aberta e Simon saiu da cozinha, arregalando os olhos, ao ver que eu ouvi toda a conversa.

Naquele momento, até os quadros com girassóis desenhados infantilmente me pareceram interessantes. Eu olhava para todos os lugares, até para a pequena estatueta de anjo sobre a mesinha, menos para Simon. Ele suspirou, caminhando lentamente até o sofá onde eu estava.

− Haz, eu posso explicar. – Ele disse, baixando a voz ao segurar uma de minhas mãos. De repente tudo começou a fazer sentido. Desde as bochechas extremamente coradas, todas as vezes que eu as beijava, até os ataques de ciúmes. Tudo se encaixava.

− Não precisa. – As palavras saíram como um sussurro de meus lábios, antes que eu os pressionasse contra os dele.

Simon pareceu surpreso por um instante, mas não demorou muito e eu senti suas mãos em meus cabelos, enquanto sua língua contornava meu lábio, como um pedido para aprofundar o beijo. Pedido que eu concedi, sem ao menos pensar duas vezes. Sua língua roçava na minha e, em pouco tempo meus pulmões já gritavam por oxigênio, fazendo com que eu nos separasse.

Ele sorriu, passando as pontas dos dedos pelo meu rosto, como se quisesse guardar cada detalhe na memória. Dei-lhe um selinho antes de abraça-lo de lado, apoiando a cabeça em seu peito.

Alguns minutos se passaram, até que eu ouvi a voz da mãe de Simon vinda da cozinha, avisando que o jantar já estava pronto.

− Quer comer? – Simon perguntou, me olhando.

Confirmei com a cabeça, mesmo sendo cedo em relação ao horário que eu costumava jantar, afinal, eu e Nora sempre acabávamos discutindo por um bom tempo sobre o sabor da lasanha congelada.

A comida estava realmente deliciosa, mas eu podia sentir os olhos críticos da mãe de Simon sobre mim, o que parecia tirar, em parte, o sabor da comida. O silêncio que se instalou no começo do jantar, perdurou até o fim. Tudo o que se ouvia era o barulho dos talheres contra o prato e a música dos anos 60, vinda da casa do vizinho.

− A comida estava deliciosa, senhora Fray. – Disse, terminando meu suco.

− Obrigada. – Ela levantou-se rapidamente, indo até a pia.

Eu ia oferecer ajuda, mas Simon fez um sinal negativo com a cabeça, fazendo com que eu mordesse os lábios enquanto ele pegava minha mão, guiando-me para fora dali.

− Aquele é seu quarto? – Perguntei, apontando.

Uma das portas me chamou a atenção. Com o cenário do PacMan estampado, aquela só podia ser a porta do quarto de Simon.

− Sim. – Ele disse, arregalando os olhos. – Oh, meu Deus, espere aqui. – Simon correu até o quarto, fechando a porta rapidamente, logo em seguida.

Por mais que ele tenha pedido para que eu esperasse, a curiosidade me venceu e, assim que girei a maçaneta, uma expressão surpresa surgiu em meu rosto.

O quarto de Simon era um cômodo relativamente grande, com uma porta no canto, que provavelmente dava em um banheiro. Não pude identificar a cor das paredes, pois os diversos pôsteres de todas as séries nerds imagináveis, cobriam a pintura original.

A larga cama bagunçada encontrava-se junto à parede, sob a ampla janela. Uma figura de papelão do Darth Vader se encontrava no pé da cama e, no lugar da cabeceira, havia dois sabres de luz brilhantes, cruzados. Sobre o criado mudo, ao lado da cama, havia uma luminária do Spock e enormes pilhas de revistinhas.

Tentei abrir um pouco mais a porta, mas a cesta de basquete, que parecia não ser usada a muito tempo, já que havia cuecas penduradas nela, me impediu.

A outra parede era repleta de prateleiras, e sobre elas haviam figuras de ação, perfeitamente organizadas pela série a qual cada uma pertencia, juntamente com os DVD’s, livros ou revistinhas da devida série. No chão, havia um joystick, mais revistinhas e garrafas com um líquido, que pareceu suspeito para mim.

− Caramba! – Disse, boquiaberta.

Eu devo ter assustado Simon, já que ele se virou para mim bruscamente e acabou derrubando todas as roupas, revistas e sabe-se lá mais o que, que tentava forçar ficar dentro do guarda-roupa.

− Haz! – Ele gritou, jogando tudo dentro do móvel, fechando a porta e apoiando-se nela. – Eu pedi para você esperar... Estava arrumando a bagunça.

−Você tem uma máquina de PacMan no seu quarto! Quem liga pra bagunça? – Saltitei até a máquina, enquanto Simon arrumava os óculos nervosamente.

− Eu não queria que você visse tudo isso. – Ele disse, levando as mãos à cabeça.

− Simon, sou eu lembra? – Ri, virando-me para ele. – Meu quarto não está em condições muito melhores.

− Mas...

- O que é isso? – O interrompi, parando em frente a uma das portas abertas de seu guarda-roupa.

− São fantasias. – Ele respondeu, passando a mão na nuca. – São para RPG.

− Oh, eu tenho uma fantasia de elfo. – Recebi um olhar surpreso de Simon. – Comprei para uma festa da faculdade, ela só é um pouco...curta.

− Adoraria ver, um dia desses. – Simon sorri, maliciosamente. 

− Idiota! – Disse, batendo em seu ombro. – Como você consegue dormir com o Darth Vader te encarando?

− Acostumei. – Simon deu de ombros. 

Eu deveria estar parecendo uma criancinha de seis anos num parque de diversões, enquanto andava pelo quarto de Simon, perguntando o que era aquele capacete ou a caixa com símbolos rústicos esculpidos.

− O capacete do Darth Vader! – Fui até o capacete e o coloquei na cabeça. – Eu sou seu pai. – Disse, com a voz mais próxima da do personagem que consegui. Ouvi a risada de Simon enquanto ele retirava cuidadosamente o plástico preto de minha cabeça.

− Melhor assim. – Ele sussurrou, me fazendo sorrir.

Dei-lhe um selinho, antes de pegar o capacete de sua mão e colocá-lo de volta no lugar. Assim que me virei, senti os braços de Simon me envolverem por trás, fazendo um arrepio percorrer toda a extensão de meu corpo.

− Haz, eu... – Simon começou, mas foi interrompido pelo barulho da campainha.

Senhora Fray passou rapidamente, indo em direção à porta de entrada, e eu agradeci mentalmente por ela não ter nos visto.

− Olá, queridos, entrem. – Ouvi sua voz doce, que ela só não usava comigo, por sinal. – Simon, são seus amigos!

Simon suspirou, antes de deixar a testa cair sobre meu ombro.

− Eu já volto. – Murmurou e eu assente, indo me sentar em sua cama. Alguns segundos se passaram, até que eu ouvi vozes desconhecidas.

− Por que não foi hoje? – Uma voz masculina perguntou. – Ficamos te esperando até agora!

− É, cara, não dá para representar Senhor dos Anéis sem o Frodo! – Uma segunda voz disse um tanto revoltada.

− Desculpem-me, eu estava ocupado. – Ouvi a voz de Simon.

− Mas o que pode ser mais importante que RPG? – Uma voz esganiçada gritou.

Confusa, fui até o batente da porta, tentando entender o que acontecia lá fora. Quando se encontra o Smeagol sentado no sofá da sala, você fica no mínimo surpresa. Surpresa que só aumenta quando percebe que Gandalf e Aragorn estão ali também.

− Eu... – Simon continuou na tentativa de se explicar, antes de ser interrompido pelo Gandalf.

− Uma garota. – Ele disse, como se eu fosse um ser de outra dimensão, fazendo com que todos me olhassem, exceto a mãe de Simon, que apenas fez careta. Simon fez um gesto, me chamando, e eu me juntei à horda de nerds.

− Essa é Hazel. – Simon disse, me abraçando pela cintura. – Esses são Peter, James e Samuel.

Gandalf/Peter e Aragorn/James acenaram, mas Smeagol/Samuel continuou apenas me encarando.

− Er, tudo bem, podemos fazer outro dia... – Aragorn disse, levantando-se.

− Você nos trocou por uma garota? – Smeagol o interrompeu, incrédulo, fazendo com que eu revirasse os olhos. Fui até ele e retirei o anel de sua mão

− Smeagol, pega! – Disse, ao jogar o anel através da porta.

− Meu precioso! – Ele gritou, antes de sair correndo em direção ao anel.

Pensei que seria condenada à morte por estar em meio a três fanáticos por Senhor dos Anéis e ter jogado o "precioso" no gramado da frente, mas todos na sala riram, exceto senhora Fray, que revirou os olhos, indo para seu quarto, batendo a porta logo em seguida.

− Estamos indo, cara, não queremos... Você sabe. – James disse, despedindo-se com um gesto que fez os três rirem. Peter pareceu perceber minha expressão confusa.

− Coisa de nerd. – Ele riu, despedindo-se com um tapinha amigável no ombro de Simon. 

− Acho melhor eu ir também... – Disse, vendo-os sair, olhando para a porta do quarto onde a mãe de Simon havia entrado.

− Não! – Simon gritou, ajeitando os óculos nervosamente. – Quer dizer, não precisa ir se não quiser.

− Mas sua mãe...

Eu quero que você fique. – Ele sorriu.

Simon me olhou por um instante, e não posso explicar o que aconteceu. Surgiu ali um desejo mútuo, de um pelo outro. Assim, de repente.

Levei as mãos até seus cabelos no exato momento em que as suas, foram em direção à minha cintura. Ele me puxou para mais perto de si, debruçando-se sobre mim antes de selar nossos lábios. Simon alcançou a porta de seu quarto rapidamente e, logo eu estava sobre sua cama.

Eu puxava seus cabelos macios enquanto sentia sua língua explorar cada espaço da minha boca. Ele retribuiu os puxões de cabelo, apertando minha cintura, fazendo-me gemer baixo entre seus lábios.

Já sem ar, desci os lábios até seu pescoço deixando pequenas mordidas ali, enquanto ele passava os braços pela cama, jogando tudo o que estava ali para o chão.

Retirei seus óculos tortos em seu rosto, colocando-os sobre o criado mudo enquanto Simon deitava o corpo sobre o meu, apoiando um braço de cada lado de meus ombros e selando novamente nossos lábios.

− Ai. – Resmunguei, sentindo algo em minhas costas.

Tirei o sabre de luz em miniatura dali e o joguei para o chão, enquanto os lábios de Simon beijavam a pele exposta de meu pescoço. Desci as mãos até o fim do suéter que ele usava, puxando-o para cima, separando nossos lábios apenas pelo tempo necessário para que eu terminasse de retira-lo.

Uma de suas mãos adentrou meu moletom e eu pude senti-la escorregar pelo meu corpo, subindo até meu ombro, levando a peça com ela. Estiquei os braços para que Simon terminasse de retirar meu moletom e, acabei batendo a mão na luminária do Spock, que caiu fazendo um barulho alto. Ele apenas olhou rapidamente para a luminária no chão e riu, ao jogar meu moletom no chão, sobre ela.

− Está tudo bem aí, querido? – Ouvi a voz da senhora Fray, fazendo com que Simon nos separasse.

− Claro, mãe. – Simon respondeu, com a respiração ofegante.

- Simon! – A voz dela veio acompanhada pelo barulho da maçaneta girando. – Por que essa porta está trancada? Aquela garota não está aí, está?

Simon me encarou por um tempo, como se buscasse uma resposta.

− Er... Não está trancada, mãe. – Ele disse com, cara de culpado. – Você sabe que essa porta emperra, e a Hazel já foi embora.

− Ah, então está bem. – Ela suspirou, aliviada. – Bem, vou sair com a Molly, hoje é noite de bingo! Volto mais tarde, certo?

− Está bem, mãe. – Simon respondeu, antes que eu ouvisse o som de passos e, depois a porta batendo. Ele voltou seus olhos para os meus e pude ver a malícia brilhar em seu olhar.

− Mentindo para a mamãe, Simon? – Perguntei, mordendo seu lábio inferior.

− É por uma boa causa. – Ele sorriu, de forma maliciosa.

− Nunca imaginei que você fosse assim, Fray. – Provoquei, arranhando suas costas sob a camisa, fazendo-o suspirar pesadamente contra meu pescoço.

− Você ainda não viu nada, Rawlins. – Ele revidou, escorregando a mão até minha coxa, elevando-a na altura de seu quadril.

− Então me mostre. – Sussurrei, sorrindo maliciosa, enquanto sentia a mão de Simon levantando minha blusa.

Posso dizer que naquela noite, descobri como é dormir com o Darth Vader te encarando.

Continua...


Notas Finais


Bem, esse foi o capitulo "especial", espero que tenham gostado, sem esquecer que todos os créditos dele, vão para a MrzMalik, a nossa Hazel >.< Mandem um beijo para ela!
Esse vai ser o único capítulo da Hazel da fic, pois como disse, foi apenas um tentativa de fazer algo diferente, o próximo voltará com a Nora.
Não deixem de comentar!
E também deem uma olhada na minha nova fic, Nathalie :)
Até o próximo capítulo!
Xoxo, Gabi G.


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