História Dark Angel - Dark Secret

Abril de 1815

Querido Diário

Muitas coisas estranhas estão acontecendo, eu estou com muito medo, porque agora eu sei porque essas coisas estranhas estão acontecendo.

Foi hoje, há pucos minutos, eu estava indo para para o jardim quando escutei vovó e mamãe falando meu nome, mamãe parecia chorar:

- Não pode ser, minha Sophie não! - Disse mamãe, sua voz parecia presa como se estivesse chorando.

- Mas essa é a única explicação! E ela é a descendente na linha, é ela! - Disse vovó.

- Não! - Mamãe parecia chorar mais, me escondi atrás da porta onde ninguém daria por minha presença.

- Está tudo aqui, escute:

"Na família Brun, há uma maldição feita ha muitos anos. De séculos em séculos nasce uma descendente direta de Liliam, e ela é a escolhida para gerar novos descendentes da nossa espécie mais fortes."

- Mas o que Liliam tem com ela! - Mamãe estava inconformada, podiam escutar seus soluços.

- Está aqui também. - Vovó foleava um livro parecia.

"Há muitos e muitos anos, quando tínhamos nossas terras e não havia humanos que nos desafiasse, houve uma revolução.

Era proibido a relação entre lobos e humanos, mas quando essa regra foi quebrada tudo mudou.

Joseph, um dos mais fortes e corajosos, se apaixonou pela mortal Liliam Brun, mas o que parecia ser uma história de amor de transformou em uma maldição.

Quando Joseph descobriu que Liliam na verdade era uma bruxa, sua revolta acabou resultante de sua morte, pelas próprias mãos de Liliam.

Ela veio em direção a nossa aldeia, com o propósito de matar todos, muito tempo depois as lendas diziam que ela queria se vingar por terem virado a cabeça de seu amor.

Mas uma bruxa, que era sua inimiga, lhe jogou uma maldição.

De dois em dois séculos nasceria uma descendente de Liliam, e quando ela alcançasse a maior idade seus cheiro seria irresistível aos lobos.

E com isso entre os lobos surgiu que a descendente de Liliam que tivesse o cheiro, reconhecível a um lobo, seria a mulher que daria lobos mais fortes e corajosos.

A partir daí, a progenitora direta de Liliam será procurada durante séculos por lobos."

Ouço vovó se sentar, não me mecho, não porque não queria ser descoberta, mas porque eu ainda não consigo acreditar.

Lobos atrás de mim?

Semana passada viram um cachorro grande rondando a minha janela mas não acho que seja.

- Não pode ser. - Mamãe chora muito posso ouvir.

- Não pode ser... - Zayn abaixa o diário e olha para mim, seus olhos caídos.

Estou sentada na poltrona, me sinto entorpecida, como se estivesse flutuando e tudo há minha volta estivesse desmoronando.

- Pode sim, passe duas folhas. - Digo e ele o faz:

"Eu queria saber porque eu, então eu vi onde vovó guardou o livro e o peguei. É um livro bem velho e há muitas coisas neles, não achei nada que dissesse exatamente como se sabe quem é a descendente direta de Liliam, mas achei uma pintura a óleo.

Quase cai quando a vi, ela é muito parecida comigo, muito mesmo! Será que é assim que se descobre quem é a descendente com a maldição de Liliam?

Levantei e lhe entreguei a pintura, ele arregalou os olhos quando a viu, ficou olhando de mim a imagem repetidas vezes.

- Mas seus olhos não são da mesma cor ao dessa pintura. - Ele diz, olhando me nos olhos.

- Não eram. - Vou até ele e me ajoelho de frente a ele, ele não se mexe quando percebe. - Hoje de manhã eu percebi isso, ai neste diário da Sophie ela também conta que um dia ela acordou e seus olhos estavam violeta, igualzinha ao da pintura.

Me sinto estranha, parece que há algo preso na minha garganta, meus joelhos tremem e eu me sinto sem chão, e ele está tão perto...

Sinto meu corpo cair, mas algo forte e firme me segura antes que eu caia de cara no chão, eu fito aqueles olhos castanhos claros tão perto dos meus...

Acordo na minha cama, olho em volta, Zayn está na poltrona em que eu estava antes, com o diário na mão.

- Eu apaguei por quanto tempo?

- Uns minutos.

Ele larga o diário e vem até mim e me abraça, fico uns segundos parada sem saber o que fazer, até que o nó na garganta volta e eu me entrego no conforto dos braços dele.

As lágrimas descem sem medo agora, tudo o que eu prendi por todo esse tempo agora caem e eu não quero mais deixá-las presas.

- Eu não vou deixar eles chegarem perto de você. - Zayn diz, me abraçando mais forte.

- Eu...

- O que? - Ele abraça mais forte, meu Deus!

- Estou sem ar! - Consegui dizer.

Ele me solta na hora e eu respiro direito, começamos a rir daquilo.

Ele passa o braço em volta de meus ombos e me puxa para seu peito, me aconchegando nele.

- Já que você é a descendente de Liliam isso significa que...

- tem milhares de lobos lá fora querendo me estuprar. - Completei a frase, ele me aperta para mais perto dele, as lágrimas estão quase descendo de novo.

- Eu não vou deixar.

Ele beija o topo de minha cabeça, depois minha testa, coloca a mãos no meu queixo e levanta meu rosto para perto do dele, ele beija meu nariz, minha bochecha e por último chega aos meu lábios, um beijo suave, demorado e que faz meu estômago revirar.

Ele separa nossos lábios e me olha nos olhos, me ajeito e o beijo de novo, ele me puxa e me senta em seu colo, ele morde meu lábio inferior e agora nos beijamos de verdade, dessa vez mais urgente e apressado, como se não tivéssemos tempo.

Me separo de nosso beijo quando preciso de ar, mas ele desce para meu pescoço e dá beijinhos e mordisca em alguns lugares, ele sobre pelo meu queixo e volta a minha boca.

Ele segura minha nuca e me vira, colocando-me deitada na cama e ele encima de mim, passo minhas pernas ao redor de sua cintura e dou um gemido quando ele com a mão livre aperta minha virilha, o que me fez lembrar de algo....

- O que eu fiz? - Ele diz ofegante quando empurro seu peito, ele se afasta e eu me sento na cama.

Ele se senta ao meu lado e puxa meu cabelo para trás da orelha, onde deposita um beijo.

- Você não fez nada. - Eu digo, afasto sua mão e me levanto.

- Kathy, me desculpe, acho que fui rápido demais...

- Já disse que não foi culpa sua!

- Se você quer que eu vá embora...

Vou até ele e fico na ponta dos pés, passo os braços ao redor de sua nuca e o beijo.

- Você é bipolar. - Ele diz rindo, depois passa as mãos na minha cintura.

- Passa a noite aqui comigo? Estou com medo.

- Claro.

Ele sorri e me beija de novo, dessa vez mais lento e não apresado com antes, temos muito tempo.