POV Katherine
Ouço alguém na porta e deso, o que alguém estaria fazendo aqui com essa nevasca?
Tomo um susto com quem está na porta.
O que diabos ele faz aqui? Agradeço a mim mesma mentalmente por ter colocado um robe e não ter ido atender a porta com shortinhos e camiseta.
Ele sorri abertamente, e como ele é bem mais alto que eu não posso deixar de reparar em lago em seus dentes, mas de novo ele fecha a boca.
- Olá. - Ele diz com um sorrisinho, ele parece bem, não está tão pálido como eu o via e esta até com o rosto corado.
- Oi, algum problema?
Ele olha ao redor e diz:
- Acho que com a nevasca a luz da minha casa caiu, e você é minha única vizinha por perto e ai eu pensei: "Ela poderia me emprestar seu telefone para eu dar uma ligação e resolver o meu problema"
- Você não tem celular?
Ele fica me olhando, ele parece que não pensou nisso.
Mas o que eu estou fazendo?
- Eu te empresto meu telefone.
Fui andando e só percebo que ele não está me seguindo quando ele me chama:
- Katherine.
- O que você está fazendo ai?
- Você precisa me convidar.
Dou uma risada, ele está falando sério?
Mas ele fica me olhando, com as mãos no batente da porta.
- Você pode entrar. - Digo.
Ele tira as mãos do batente e observa, depois poe um pé para dentro depois o outro e entra.
Volto a andar, dessa vez olha para trás para ver se ele está me seguindo. Chegamos a cozinha e passo para ele o telefone, saio e vou para o corredor.
Olha para minhas mãos, estou tremendo, caramba Kathy se acalma.
- Obrigada.
Dou um grito e pulo, ele me assustou.
- Calma, sou eu.
- Caramba você me assustou!
- Desculpe. - Ele diz entre risadas.
- Sei, conseguiu?
- Sim, obrigada.
Aquele momento em que você não sabe o que dizer...
- Acho melhor eu ir.
Ele sai andando, vou e passo a frente dele.
- Está nevando muito, não é bom você sair, não sei nem como você chegou aqui.
- Então o que você sugere?
- Fique aqui e me ajude. - Na verdade nem sei como ele poderá me ajudar, mas pensando bem, tenho umas coisas do meu quarto que eu tenho que mudar de lugar.
- Parece bom.
Ele tira o casaco pesado e subimos para o meu quarto, descemos todas as caixas, ele bem dizer porque ele não deixava eu carregar as maiores, e as colocamos no porão.
- Quanta bagunça! - Digo mexendo em uma.
- Isso é seu?
- Não, esta casa esta na minha família há gerações e só foi acumulando.
Puxo um tecido da caixa e se revela um vestido, bato ele um pouco e o analiso, quase dou um troço, ele é idêntico ao vestido que eu usava naquele sonho do baile!
- Bonito vestido. - Zayn o pega das minhas mãos e o analisa. - Serve em você. - Ele coloca de frente a mim, e não é que serve mesmo.
Vou mexendo mais naquela caixa, há muitas coisas antigas como pentes e mais vestidos, vou puxando tudo até que um baque chama minha atenção, puxo os vestidos e descubro um diário.
- Um livro!
Tem um cadeado na capa de couro marrom, tento puxar mas desisto.
- Parece mais com um diário. - Ele coloca os dedos entre o cadeado e dá um leve puxão, quebrando o cadeado.
Olho para ele, como ele faz essas coisas?
- Não estava tão seguro, era só você puxar na parte mais frágil.
Mas eu não disse nada!
- Olha isso! - Ele puxa de dentro da caixa um colar enorme com pedras.
- Será que são de verdade? - Passo as mãos pelas pedras vermelhas, é lindo.
- Sim.
- Como eu não soube disso? Olha essas coisas! - Digo jogando os vestidos para o alto.
- Foi bom então eu estar aqui.
- Sim. - Olho para ele sorrindo, ele também sorri e seus olhos brilham. Minha barriga ronca e me lembro de lago. - Oh meu Deus, como eu pode? Quer alguma coisa? Me desculpe eu nem lembrei! Posso te preparar algo?
- Não obrigada, não estou com fome.
- Mas eu estou!
- Então vamos lá encima, vou te preparar algo.
- Mas não precisa...
- Precisa sim! - Ele pega minha mão e me puxa até a cozinha.
Tentei impedir ele de fazer ago mas ele não me deixou, me sentou na cadeira e disse para eu ficar ali.
Eu até tentei discordar, mas desisti depois de um tempo, e fiquei observando ele cozinhando.
Tenho que admitir que não tinha muitas esperanças do que sairia daquilo, mas quando vi sua destreza cozinhando e uma omelete recheada com um cheiro de dar água na boca, tive que admitir que sou um desastre na cozinha e que foi melhor eu não preparar nada para ele.
- Não vai comer? - Ele diz se sentando há minha frente, sem perceber eu estava olhando para o prato.
- Vou. - Pego o garfo e pego um pedaço pequeno e provo, isso está divino!
- Está bom?
- Está uma delícia!
Ele dá uma risada e eu continuo a comer, quando termino me sinto meio sonolenta, aquele soninho que dá depois de comer.
- Não eu lavo a louça! - Ele já estava abrindo a torneira.
- Eu sujei, então eu lavo.
- Eu comi, então tecnicamente eu sujei então... - Puxo o prato da mão dele e começo a esfregar, mas ele liga a torneira e joga água em mim.
- Olha o que você fez! - Jogo água nele também.
Ele me joga água de novo e continuamos, até que eu quase levo um tombo com o piso molhado, ele me segura mas caímos os dois no chão.
- Você vai limpar isso! - Eu ria tanto que mal conseguia falar, ele também ria muito, tanto que nem respondeu.
Paro de rir e olho par o teto.
Eu gosto dele.
- Kathy? - Zayn me chama.
- Sim?
- Somos amigos?
- Acho que sim.
- Que bom.
E ficamos ali, nos dois olhando para o teto, eu fazendo-me perguntas idiotas e ele eu não sei.
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