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História Dark Angel - Phylactery


Escrita por: tommopride

Notas do Autor


Mais um *--*

Capítulo 27 - Phylactery


Fanfic / Fanfiction Dark Angel - Phylactery

Começo a mexer no painel, tentando descobrir como colocar uma música.

Zayn e Anne estão dormindo. Eu consegui convencê-lo e me deixar dirigir e ele dormir, ele já estava a dois dias dirigindo e não dormia, estava preocupando.

Começa a tocar uma música e eu luto com o painel para abaixar o volume, olho para ele, ainda está dormindo calmamente e profundamente, Anne enroladinha no banco detrás.

Recosto-me e escuto a música baixa, Powerless, a que nós escutamos na primeira vez em que ficamos realmente sozinhos, em meu carro, e eu dirigia.

Dou um sorriso, a mesma cena está se repetindo agora, mas somente o fato de eu estar dirigindo e ele ao meu lado, somente isso, porque o resto é totalmente diferente.

Deixo-me levar pela música, percebendo a letra e relaxando, feliz por estar dirigindo, assim eu não dormiria e Zayn poderia dormir um pouco. Concentro-me no asfalto a minha frente, olho pelo retrovisor e vejo o Mercedes branco em que Ian e Alejandra estão.

A noite do baile, o que Ian disse. Será que ele tivesse chegado antes de Zayn eu teria me apaixonado por ele, como Sophie? Não, não poderia. Poderia?

Sacudo a cabeça e me concentro na música que começou, You Know You’re Right do Nirvana, céus como eu amo essa música.

O sol se põe e é o fim de nosso terceiro dia na estrada. Estamos mais perto de Oblast, talvez amanhã. Piso fundo no acelerador, quero chegar lá o mais rápido possível.

Dou um suspiro. Minha mãe, estou pensando muito nela ultimamente. A morte dela, não foi câncer que a matou, bem, ela tinha, mas estava se curando, naquela noite o seu médico havia me chamado e me dito que o remédio estava funcionado e que o tumor estava diminuindo aos poucos, mas na mesma noite ela morre.

O atestado de óbito dizia que a causa da morte dela foi desconhecido, DESCONHECIDO, não foi o câncer, por mais que parecesse, mas não o foi, foi desconhecido, ela apenas fechou os olhos e na madrugada ela estava morta.

Essa notícia contribuiu muito para meu estado “louca”, eu queria saber o que havia acontecido. Não havia dito a ninguém que era desconhecido, fiz eles acreditarem que o cancêr venceu, mas não o foi, foi desconhecido.

Tenho que parar de pensar sobre essas coisas, já passou, consegui superar e agora tenho outros problemas muito mais sérios a lidar.

A noite se vai, me concentro no asfalto e na música que toca bem baixa, e hora outra eu olho para Zayn, que dorme como um anjo.

Tenho sono sim, mas não dormirei, não vou, não quero ter aqueles sonhos, não quero reviver aquelas coisas.

O barulho de algo caindo no carro me faz pular e eu perco o controle, o carro dando uma guinada brusca para o lado e faz um sigue-sague antes de eu colocá-lo na pista.

Respiro fundo, convencendo meu coração a se acalmar, Fechando os olhos por um momento quando Anne grita:

- MEUS DEUS O QUE ACONTECEU??

- Shhh!!

Ela coloca a mão na boca e olha para Zayn que se mexe um pouco mas não acorda.

- Eu me assustei. – Digo, revirando os olhos a reação exagerada dela.

- Eu acordei e deixei minha bolsa cair, desculpe.

Dou uma olhadinha rápida para ela, ela está abraçando os joelhos e o cabelo bagunçado, com cara de quem acabou de acordar.

Quem diria, eu tendo a visão de uma vampira de mais de 5 mil anos bagunçada e com cara de sono.

- Não tem graça. – Diz ela fingindo irritação. Dou uma risada e ela ri comigo, tentando arrumar seu cabelo castanho com os dedos.

Ela desiste do cabelo e vejo pelo retrovisor ela pegar a sua garrafa térmica e beber.

- Sangue, não é? – Pergunto.

Ele se inclina e estica o braço, trocando a música, começa a tocar Don’t cry do Guns ‘N Roses, outra de minhas muitas músicas favoritas.

- Sim. – Ela sacode a garrafa ao meu lado e posso ver um líquido escuro mexendo lá dentro. – Mas eu não matei ninguém para consegui-lo, eu apenas assaltei uns bancos de sangue por ai.

Desta vez me viro e olho para ela, ela ri de minha expressão e diz:

- Sim, sou uma vampira do bem e não, não goste de matar pessoas. Agora olhe para frente, você está dirigindo!

Olho para frente e fico sério, até que nos rompemos em risadas.

- Shhhh – Digo colocando a mão na boca para reprimir uma risada.

Ela enfia a cara na sua manta azul e continua rindo, olho para Zayn, que continua a dormir tranquilamente, minha barriga dói de tanto rir.

- Do que estávamos rindo, afinal – Digo secando minhas lágrimas, recuperada de meu ataque de risadas.

- Não tenho ideia!

Seu rosto redondo está vermelho e ela seca as lágrimas, e fica séria de repente.

- Acontece que... – Ela torce os dedos nervosamente e olha ao redor, fico olhando para ela do retrovisor. – Bem...

Ela do nada pula para a frente e só posso ver seu borrão, e ela está sentada onde Zayn estava a instantes.

Giro-me para ver Zayn e ela começa a gritar algo sobre a estrada e agarra o volante. Ele está deitado, de costas para mim e esticando suas pernas, ainda dorme.

- Ele dorme como uma pedra. – Murmuro baixinho.

- Eu já percebi. – Anne diz irritada. Pego o volante novamente e peço desculpas, envergonhada por ter esquecido completamente que eu estava dirigindo e largar a condução.

Ela faz uma movimento com as mãos e diz: - Tudo bem, eu fui meio rápida demais.

- Mas é que eu precisava conversar com você... – Ela volta seus olhos para seus dedos que se torcem. – Bem, eu nunca falei com ninguém antes assim e tipo...

- Tudo bem. – Digo rapidamente, ela parece bem insegura. – Obrigada por confiar a mim.

Ela levanta os olhos e me dá um sorrisinho.

- Bem, onde eu estava. – Olho-a rapidamente e ela se recosta, parece mais relaxada. – Há mais ou menos 5 mil anos, na época que Liliam apareceu e tals, quando nos e os lobos éramos inimigos de morte e essas coisas, eu e meu irmão Hareton vivíamos em uma aldeia que hoje é a Inglaterra.

Fico tentada a ficar olhando para ela, mas estou dirigindo, então só a olho de vez em quanto pelo canto do olho.

- Era uma época muito, mas muito diferente de hoje em dia, as mulheres casavam-se cedo e eram somente donas de casa, não tinham reconhecimento que hoje tem, mas você já sabe disso então...

Balanço a cabeça afirmando, mesmo não tendo certeza, mas já posso imaginar.

- E bem, as pessoas daquela época acreditavam mais em lendas, e vamos dizer que eram mais espertas do que as pessoas hoje em dia em relação a isto. – Ela dá uma risadinha. – E também sabiam sobre sua linhagem, quer dizer, por exemplo, você, sua ultima encarnação, de Liliam, a família dela sabia que isto aconteceria certo?

Confirmo, li isto no diário.

- E agora você não tinha a mínima ideia de que tinha estes ancestrais não é? – Balanço a cabeça novamente. – Antes eles sabiam tudo, principalmente quando iriam escolher o marido para sua filha.

“Eu tinha cerca de quinze anos, a maioria das garotas de minha aldeia de minha mesma idade já eram casadas e com filhos, e bem, já estava ficando tarde para mim e mamãe e papai queriam muito que eu me casasse. Eu não queria, não queria casar com um velho e ter de me deitar com ele, e para minha sorte mamãe também não concordava de me casar com um velho e a maioria dos pretendentes, ricos devo acrescentar, já estavam noivos ou casados. Eu fiquei feliz claro, mas ninguém me entendia, as garotas elas esperavam ansiosamente para se casarem, mas eu não, não gostava dessa ideia de me casar com alguém que eu não amasse, alguém que eu mal conhecesse.

Olho-a rapidamente. Ela olha para frente, e parece aliviada por estar dizendo isso, e as palavras apenas saem, sem esforço:

- Eu odiava, sério, até pensava em fugir e seguir minha vida, mas não, uma garota sozinha não era uma boa ideia e não era visto muito bem. Mas então minha felicidade acabou, um homem solteiro se mudou para nossa a aldeia, lembro-me de quando o vi. Eu estava saindo da floresta que rodeava nossa aldeia, havia ido conseguir ervas para mamãe, meu vestido simples estava com lama na barra w wu tinha algumas folhas presas no meu cabelo.

“Ele estava chegando em nossa aldeia, bem na hora em que sai detrás do arbusto ele estava chegando em um cavalo negro, junto com ele outra garota também, mas eu não olhei muito para ela, ele quem chamava mais atenção. Em uma roupa fina e aparentemente cara de couro preto, ele olhou em volta, e quando ele me vi seus olhos pararam em mim, e ficou me encarando. Sério, eu fiquei desconfortável e sai andando, mas antes de me virar ou olhei rapidamente sobre o ombro e vi que ele ainda me encarava, seus olhos escuros acompanhando cada passo meu.

“ Depois soube que ele e sua irmã haviam se mudado para nossa aldeia, ele tinham algum parente ali ou seja lá o que fez, mas eu me lembro muito bem de toda vez que eu saia ele ficava me encarando. Fiquei com medo, um homem que eu não conhecia e misterioso ficava me encarando oras!! Você já deve ter passado por isso não é?

Ela dá uma risadinha, concordo, no escuridão, quando Zayn ficava me encarando eu fiquei sim com medo dele.

- Mas tenho que admitir que ele era lindo, cabelos negros, pele pálida e olhos escuros, seu nome era Damen. Eu não me aproximava, evitava o máximo principalmente depois de eu escutar uma conversa de meu pai com minha mãe sobre ele ser meu noivo, mas ele tinha um jeito de me encontrar, as vezes até tentou falar comigo, mas eu dizia qualquer coisa sem sentido e saia correndo para longe dele. Mas meu irmão estragou tudo!

“Ele do nada aparece em casa dizendo que havia conseguido noivar Evaline, a irmã de Damen, na verdade foi surpresa para mim, porque eu me concentrava tanto em não encontrar Damen que não prestava muita atenção em nada. Naquela noite fomos na casa dele e bem, tive de ser educada e falar com ele. E assim segue, ele tenta me seduzir, e bem, não vou dizer que não ficava tentada, mas tinha alguma sensação ruim a isto, e eu estava certa.

“Ele era vampiro, ele e sua querida irmãzinha, e quando percebeu que eu não caia na sua rede, me atacou e me transformou no que sou hoje. Meu irmão foi pelo mesmo caminho, mas ele estava apaixonado então sedeu-se a aquela vampirinha, e matou meu pai e minha mãe.

Agora eu me viro. Ela não olha para mim, olha diretamente para frente, como se o que ela estive me contando está passando diante de seus olhos.

- Eu não aceitei, não mesmo, fiquei com muita raiva mesmo, poderia ter matado ele. E então eu fugi, fiquei milênios escondida, sem ver Hareton. Eu não queria contato, não queria ver aquele que destruiu minha vida, não queria.

Ela fica em silêncio. Não sei o que dizer, não sei se minhas palavras a ajudariam, mas estava prestes a tentar dizer algo quando ela diz:

- Mas então Evaline deu um pé na bunda do Hareton e ele foi atrás de mim, vendo o quanto idiota foi, e estamos assim.

Ela está sorrindo, rio com alívio.

- Isso foi... interessante.

- É, foi.

E então ela me surpreende. Ela pula para mim e joga os braços sobre mim, fico meio perdida, mas retribuo seu abraço da melhor maneira possível sem jogar o carro em um buraco.


Notas Finais


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