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História A Little Crush - Quer que eu esquente você?


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


Oi amores, quero agradecer pelos comentários e por não terem desistido da fanfic, muito obrigada mesmo.

Capítulo 7 - Quer que eu esquente você?


Capítulo 07 – Quer que eu esquente você?

 

Fazia um imenso frio naquela manhã, eu até poderia pegar o carro de mamãe para ir á escola, mas tinha um problema, eu não sabia dirigir. Terminei de vestir o meu casaco e fiz o rabo de cavalo, que eu tanto gostava, em meus cabelos. Peguei minha mochila e fui me despedir de Amanda, a emprega que mamãe tinha contratado.

- Eu já vou Amanda.  –Falei e ela sorriu pra mim. Amanda deveria ter uns 35 a 40 anos, longos cabelos pretos e algumas mechas vermelhas nas pontas, seus olhos eram azuis e ela me parecia ser uma boa pessoa.

- Tenha um bom dia Emma.  –Ela falou.

- Obrigada.  –Agradeci e sai de casa.

Resolvi ir uns minutos mais cedo para pegar para um ônibus, aquele dia não dava para nadar a pé. Fiquei uns cinco minutos esperando no ponto e depois ele passou. Fiz um aceno com a mão e ele parou. Subi logo e paguei a minha passagem, sentei-me em um banco mais atrás e esperei até chegar ao colégio.

. . .

Desci em frente a escola e Jasmine me esperava.

- Oi.  –Falei.

- Emma me encontre na biblioteca na hora do intervalo.  –Foi a única coisa que ela disse antes de ir pra sala.

Fiquei ali parada por alguns segundos tentando adivinhar o porquê ela queria falar comigo e o porquê da sua expressão tão confusa. A maioria dos alunos pareciam assustados e conversavam entre si. Olhei para o chão e endireitei minha bolsa.

. . .

Tirei meu casaco colocando-o pendurado na cadeira, abri meu caderno na ultima matéria de Biologia. Na lousa havia apenas uma pequena anotação.

Passei as três primeiras aulas com muita curiosidade, quando o sinal do intervalo bateu eu fui a primeira a sair da sala. Coloquei a mochila no ombro e levei o casaco em meu braço. Cheguei ao corredor e estranhei o chão estar coberto por pedaços de vidro e alguns policiais lá, eles me obrigaram a passar pelo outro lado e eu tive que dar uma volta enorme. Eles não quiserem me contar o que tinha havido e eu não insisti.

Dei a volta até chegar a biblioteca, Jas já estava sentada me esperando. Coloquei meu material em uma das cadeiras e me sentei na outra.

- Você sabe o que aconteceu aqui?  -Fui logo perguntando.

- Não sabe ainda?  -Ela falou como se a resposta fosse obvia. Neguei com a cabeça.  – Assaltaram a escola ontem de madrugada.

- Isso explica toda aquela bagunça.  –Refleti.   – Mas o que exatamente queria falar comigo?

- Então, estão dizendo que quem está por trás disso são os amigos do Zayn.

Meus olhos se arregalaram.

- Zayn não faria uma coisa dessas, e não foi ele que roubou a escola.

- Como pode ter tanta certeza?  -Ela me encarou arqueando a sobrancelha.

- Por que...  –Parei de falar ao lembrar que eu não deveria contar que eu estive com ele durante a madrugada, ou pelo menos parte dela.  – Porque eu o conheço o suficiente para dizer que não foi ele.

Mentira, eu não o conhecia tão bem assim.

- Não importa, só sei que a policia vai descobrir quem foi e isso não vai demorar.

- Mas o que roubaram?

- Um computador com algumas respostas de provas e outro com os boletins dos alunos.  –Ela respondeu incrédula.

Daí eu me pergunto, se fosse mesmo o Zayn, o que ele iria querer ou fazer com provas e boletins?

- Isso tudo é muito estranho.  –Falei colocando o casaco.

- E muito, sorte que a escola tinha copia de todos os documentos.

Jas e eu saímos da biblioteca e fomos até a cantina, conversávamos sobre vários assuntos. No meio do caminho alguém esbarrou em mim, propositalmente.

- Olá Emma.  –Olhei para ver quem era.

- Oi.  –Respondi.

Era o pegador Harry, minha feição deveria ser de confusa. Harry nunca tinha falado uma palavra sequer comigo, acho que da escola toda, eu deveria ser uma das garotas que ele fazia questão de ignorar. Jasmine do lado estava boquiaberta provavelmente mais surpresa do que eu. Balancei os ombros e voltamos a andar.

Assalto na escola, Zayn era o culpado e Harry falando comigo. Realmente aquele dia estava muito estranho.

. . .

As aulas tinham acabado e eu resolvi passar em uma lanchonete para comer alguma coisa. Enfiei minhas mãos nos bolsos do casaco e caminhei um pouco. Será que aquele roubo na escola, tinha mesmo a ver com Zayn? Ou eram apenas vândalos tentando conseguir as respostas para tirarem notas boas? Alguém querendo incriminar Zayn?

Será que ele tinha algum tipo de inimigo? Eu não sei muita coisa sobre ele, na verdade não sei de nada. As únicas informações que eu tinha sobre ele, era que ele tinha 20 anos, morava sozinha e fumava. De resto mais nada.

Entrei na primeira lanchonete que encontrei e fui logo pedindo um Cappuccino, um pedaço de bolo de chocolate, que eu amava. Logo no balcão eles entregaram o pedido, eles colocaram tudo em uma bandeja, me virei para as mesas, o lugar estava praticamente vazio. Ouvi alguém assobiar e olhei na direção do som.

- Senta aqui comigo.  –Ele disse acenando. Não tive outra opção, na verdade eu tinha mais outras vinte mesas para sentar, mas meu corpo caminhava pra ele.   – Conseguiu dormir bem ontem Emma?

- Muito bem, obrigada.  –Respondi lembrando-me do calor infernal que estava meu corpo quando estava com ele ontem.  – Zayn preciso te perguntar uma coisa.

- Pode perguntar o que quiser.  –Ele disse e eu percebi o tom de malicia.

- O que fez ontem depois que me deixou em casa?  -Perguntei levando uma porção do bolo a minha boca.

- Porque quer saber? 

- Será que tem como você responder? É sério.  –Lá se foi mais um pedaço de bolo, cada dia eu estava mais viciada em chocolate.

Me surpreendi quando ele se levantou e se sentou ao meu lado.

- Ontem Emma, eu fui visitar uma amiga.  –Ele disse para que só eu pudesse ouvir.

- Sei esse tipo de visita.  –Revirei os olhos, nem mesma eu sabia o porquê tinha dito aquilo.

- Posso te fazer uma também, garanto que não vai se arrepender.  –Ele puxou um pouco meu casaco e acariciou minha cintura coberta pela blusa. Cerrei os olhos com força e fiquei balançando o garfo conta o pequeno prato.

- Já sabem o que estão dizendo lá na escola?  -Falei tentando ignorar seu polegar se movendo naquela área. Ele negou.  – Que você e alguns amigos assaltaram a escola na madrugada de domingo.

- Porque não disse a eles o que estávamos fazendo de madrugada?  -Dessa vez ele me puxou, apoiei minhas mãos em seu peito e foquei meus olhos nos seus.

- Porque nos não fizemos nada.  –Retruquei.

- Oportunidades não faltaram.  –Ele disse umedecendo os lábios. Observei seus lábios sem sentir que fazia isso.  – O que eu iria querer roubando uma escola? Se eu fosse assaltar algo, eu assaltaria um banco. Você acha que eu fiz isso?

- Não, mas no mundo de hoje não se pode confiar em nada.  –Minha respiração estava dificultada com toda aquela aproximação.

- Isso é uma ofensa vindo de você, não confia em mim?  -Ele entrou com a mão gélida por debaixo da minha blusa e os pelos do meu corpo de arrepiaram um por um.

- É muito cedo pra ter uma opinião formada sobre você.  –Ao dizer isso, sua mão subiu pelas minhas costas, parando no meio delas. Com a ponta dos dedos ele descia e subia, soltei um suspiro.

Então era isso, tudo que eu dissesse e ele não gostasse, iria usar pra me provocar?

- Ontem eu tinha mais coisas a fazer do que assaltar uma escola.  –Virei a cabeça fazendo cara de nojo.  – Sua pele está gelada, está com frio Emma?

Eu queria ter forças pra empurrá-lo longe, porém, meu corpo de traia.

- Quer que eu esquente você?  –Ele sussurrou em tom de provocação.

Ele estava me tocando e eu não estava fazendo absolutamente nada pra impedi-lo, coloquei minha mão em cima do seu braço e ele parou com os movimentos.

- O que você acha de mim? Que sou um delinquente ou algo assim?  -Ele perguntou.

- Não acho que seja isso.  –Falei sincera.

- Então o que pensa de mim?  Acha-me um louco? Alucinado?  -Dei risada e neguei.  – Ou me acha um cara irresistível e gostoso pra caralho?

- Você é muito covencido, sabia?  -Eu não sabia como eu estava conseguindo falar, meu cérebro estava demorando a raciocinar qualquer tipo de ação.

- Tenho meus motivos para isso.  –Deu uma piscada.  – Quem disse essas coisas pra você?

- Jasmine.  –Respondi, puxei sua mão e ele tirou-a de minhas costas.  – Não acreditei muito nela e resolvi perguntar pra você.

- Gostei disso.  –Tentei me afastar dele, mas Zayn era mais forte do que eu e não deixou que eu fizesse isso.   – Escuta, preciso da sua ajuda.

- Em que?

- Comprei presentes para minhas irmãs e preciso embrulhar aquela porra, não sei como fazer isso, sou meio... Desajeitado.  

- Porque não pediu a sua amiguinha quando a visitou ontem?  -Balbuciei tentando não parecer com ciúmes.

- Precisava de uma desculpa pra te levar lá em casa.  –Ele era sincero, sincero até demais.  – E não se preocupe não vou abusar de você e nem nada disso, até porque se eu quisesse isso, faria isso agora, em cima dessa mesa.

Engoli o seco e ele me fitou com um sorriso sádico nos lábios.

- Você é louco.  –Falei desnorteada.

- Não, mas consigo te deixar louca.  –Ele se levantou e foi até o caixa.

Bati duas vezes com a mão na minha testa e suspirei nervosamente.

Eu gostaria de entender, o que está acontecendo comigo, e porque minhas pernas bambeiam tanto. Será que eu estou mesmo enlouquecendo?

Continua...


Notas Finais


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