História Hyuuga - Capítulo I - Hinata e a Família Uchiha

Um cenário de destruição. Fumo e corpos por tudo o quanto era canto. Tudo o que antes era a alegria de um clã forte virou cinzas.

No entanto, no meio de tanta desgraça permanecia ainda um sobrevivente. Uma pequena menina de tenra idade, completamente suja devido ao fumo, com cabelos curtos de tons azulados e olhos perolados, que era a principal característica desse clã destronado.

Chorava sem parar, apertando contra si um velho boneco de pano, no qual escondia o seu rosto.

- Mamã…Papá…

Estava assustada. Tinha visto os respectivos corpos dos seus pais, estendidos no chão banhados em sangue. Estavam mortos. E, agora, não sabia o que fazer. Estava sozinha.

Nesse momento, uma pessoa se aproximou da menina, parando diante dela.

A menina, ainda um pouco assustada, levantou a cabeça para ver quem era. Quando viu que não era um estranho, arreliou-se ainda mais. Queria fugir, pois ele podia ser alguém mau que a queria matar também. Não queria morrer.

O homem tinha porte e usava o equipamento militar ninja. Cabelos pretos que davam pelos ombros e olhos da mesma cor, que a olhava fixamente. Pelos vistos, no meio daquela desgraça toda, havia alguém que ainda estava viva. Aquela menina era mesmo um prodígio, embora estivesse demasiado assustada para perceber tal gravidade.

- Como te chamas?

- Hinata… - respondeu a menina a medo, quase a sussurrar, voltando a esconder o rosto no boneco – Por favor…não me mate…

O homem franziu o sobrolho. Aquele nome lhe era familiar. Puxando um pouco pela memória soube logo que ela era a filha do chefe do clã que havia sido dizimado. Para se certificar disso, agachou-se para ficar ao mesmo nível da pequena. Queria visualizá-la de perto. Mas esta tinha medo da sua aproximação.

- Não te preocupes. Eu não te vou fazer mal, Hinata. Só quero saber como vieste aqui parar. Onde estão os teus pais?

Hinata, vendo que talvez pudesse confiar naquele homem, parou ligeiramente de chorar e fixou o seu olhar nele.

- Eu não sei… - abanava a cabeça com veemência – Num momento…estou com os meus pais…e no outro…vejo homens a atacar-nos. – tentava se lembrar do que havia acontecido momentos atrás, mas tudo ainda estava muito confuso na sua pobre cabecinha – Depois…não sei o que se passou…quando dei por mim…os meus pais estavam deitados no chão…sem se moverem… - Hinata fechou os olhos com força. Aquela recordação era-lhe muito dolorosa – Foi horrível!

- Pronto. Pronto. – colocou uma mão sobre a cabeça da menina – Já passou. – levantou-se. Já havia tomado uma decisão – A partir de agora vais passar a morar comigo e com a minha família. Passarás a estar sobre a minha guarda.

- O quê…?

- Te darei um lar. Não o queres, agora que perdeste o teu?

- S-Sim… - respondeu, Hinata, timidamente, desviando o olhar.

- Vem. Vamos para a tua nova casa.

O homem ofereceu-lhe uma mão, a qual Hinata aceitou, a tremer, já que não tinha nada nem ninguém para a ajudar do seu clã. Todos estavam mortos.

- Já agora, senhor…Como se chama? – perguntou, enquanto caminhavam e se afastavam daquele cenário de terror. Estava mais calma, já que sentia o calor que a mão do homem transmitia para a sua.

- Uchiha. Fugaku Uchiha.

- Uchiha…esse nome não me é estranho…

- Talvez o tenhas ouvido na aldeia. Sou muito conhecido lá. – deu um sorriso débil – Tenho a certeza de que vais gostar dos outros elementos da família.

- Ok.

Fugaku levou, então, a pequena Hinata para sua casa e a apresentou à sua família. Esta era composta por sua mulher, Mikoto, de cabelos compridos pretos e olhos da mesma cor; e pelos seus dois filhos: Itachi e Sasuke. O primeiro tinha 9 anos, cabelos cinzentos e duas marcas sob os olhos negros, enquanto o segundo era da mesma idade que ela e muito parecido com a mãe. Os cabelos e olhos eram da mesma cor. Apenas a forma dos seus cabelos os distanciava, já que o deste era curto e arrepiado.

Ao inicio, foi difícil conseguir se integrar nesta família, mas com o passar do teu tempo as coisas foram tomando o seu rumo. Tinha no Sasuke um bom amigo de brincadeiras e todos lhe eram muito simpáticos.

Hinata, como criança que era, não podia estar mais contente do que já estava. A vida podia ter-lhe tirado os seus pais e todos os que lhe eram mais queridos, mas…dera-lhe uma segunda família.


No entanto…com o tempo…ela iria perceber que nem tudo é o que parece…