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História Apenas amigos? - O passado que deixamos para trás.


Escrita por: Lady-Hyoko

Notas do Autor


Hi pessoinhas!
Sei muito bem que demorei para atualizar o cap. E peço desculpas por isto. Sabe, bloqueio na escrita, coisas chatas acontecendo ao mesmo tempo, deixa qualquer pessoa sem forças pra depositar a criatividade no word, ou no maldito google docs - detesto escrever por ele, mas é o milagre que tenho no momento.

O cap. tá muito fraquinho, mas eu não consegui fazer muito por ele. Se avançasse demais a estória ficaria muito corrida e sem nexo nenhum. Eu, ao meu ponto de vista, gosto de cada coisinha em seu lugar.

Então, tentarei compensá-los no próximo cap. E, talvez, invista em uma nova estória que comecei a escrever o prólogo só que ainda não terminei q mas que dou uma amostrinha para vocês depois.

Anyway,

Boa leitura.

Capítulo 8 - O passado que deixamos para trás.


O PASSADO QUE DEIXAMOS PARA TRÁS.

•••

—  Desculpa Sasuke… — balbuciou a garota. Mordeu os lábios tentando conter as lágrimas que, teimosas, caíam livremente pelo seu rosto abatido. Seu corpo jazia no interior da banheira branca, onde a água morna cobria-a. Apoiou a testa no joelhos, apertando os braços em torno das pernas, abraçando a si mesma na tentativa de ser forte, mas ela sabia que não passaria de uma tentativa.

Flash’s apareceram em sua mente, lembrando-se de como estava entusiasmada em reencontrar seus amigos de infância, e, como seu coração aumentou as batidas ao escutar as vozes dos dois homens no outro lado da linha. Sua mente a levou para o momento em que sentiu o abraço quente de Naruto e a pegada forte de Sasuke em torno de sua cintura. Prendeu a respiração. Mais um flash, agora contemplava o sorriso travesso de Itachi, e, atrás dele o rosto intrigado de Sasori deixando escapar uma única palavra: Vadia.

Desabou, entregando-se ao choro engasgado em sua garganta. Seus ombros tremiam conforme Sakura cerrava as pálpebras e apertava seus braços. Soluços escapavam dos lábios entre abertos. Internamente desejou nunca ter deixado a casa dos Uchiha’s, talvez, se tivesse permanecido com eles as coisas tomariam rumos totalmente diferentes. Talvez.

[...]

Dias se passaram desde que mandara o SMS para Sasuke na tentativa de despreocupá-lo da sua fuga desesperada. Não estava preparada para escutar os questionamentos do moreno e muito menos seu olhar intrigado pairando sobre si. Precisava urgentemente colocar seus pensamentos no lugar, e, definitivamente, encontrar uma forma de se resolver com Sasori.

Só cometi um erro, pensara a garota angustiada, e é o suficiente para me perseguir. Balançou a cabeça para dissipar tais pensamentos. Se arrepender e ficar remoendo o passado não mudaria nada agora.

Pegou a última caixa com o restante de seus pertences, embalando-a em seus braços. Depositou-as no fundo caminhão, batendo a porta metalizada no fim do processo. A decisão de fixar-se em Los Angeles fora tomada, porém, a rosada sabia internamente que aquilo traria consequências.

Suspirou pesadamente, adentrando no utilitário rumo ao seu novo lar. Passou as coordenadas para o motorista, mas interrompeu a explicação ao sentir seu celular vibrar no bolso da sua calça jeans. Ao deparar-se com o nome no visor automaticamente seus olhos claros reviraram. A primeira vontade fora desligar, porém seu sexto sentido dizia que se o fizesse pioraria ainda mais a situação de seus tímpanos.

— Estou me alimentando corretamente se é isso que vai perguntar. — Se apressou na resposta como se sua vida dependesse disso.

— SAKURA HARUNO! — A rosada pode ver uma ruga se formar na testa de sua tia. — É assim que você me trata? Que eu fiz meu Deus para merecer uma filha tão desnaturada. — E como sempre a ira seguida de chantagem emocional. — POR QUE NÃO ME LIGOU?! — E a a raiva voltava novamente, fazendo a garota afastar o aparelho telefônico da orelha para que não perdesse totalmente a audição.

— Tia, não é pra tanto. Só fiquei uma semana sem ligar, isso não quer dizer necessariamente que perdi a minha vida. — Argumentou voltando a colocar o celular na orelha, mesmo temendo pelo pior.

— Você está nos Estados Unidos, pode ter pervertidos em todos os lugares até mesmo do seu lado Sakura. — Com a visão periférica a garota examinou o motorista que estava mais distraído em trocar a estação da rádio do que olhar para frente. — Sabe que sua casa é na Inglaterra, não no meio desses loucos amantes de ovos fritos e bacon no café da manhã.

— Sim, eu sei. E, olha, vamos deixar o papo de qual lugar é melhor para se viver para depois, ok? Vou desligar, te amo.

— Não ouse… — E antes que dissesse mais alguma coisa, Sakura finalizou a chamada.

Óbvio que sua decisão não agradava sua tia e muito menos Shizune, mas uma hora ou outra aquilo aconteceria. Mudar-se sem o consentimento de Tsunade fora o primeiro passo, encontrar-se com seus amigos de infância fora o segundo. Restara as novas páginas em branco que deveriam ser preenchidas.

Ergueu as íris esverdeada para a janela do automóvel. Do lado de fora, pessoas andavam despreocupadas, outras apenas ficavam perdidas em seu próprio mundo. Casas amadeiradas passavam conforme o utilitário se movia acompanhando a massa de carros de vários modelos diferentes a sua frente. Embebedada pela nostalgia que aquelas ruas lhe causavam quando em um passado remoto corria em sua bicicleta rindo alegremente do tombo que Naruto levara e da forma debochada que Sasuke zoava o amigo, mal notou que chegara em seu destino.

Com o peito estufado de coragem, começara a carregar as caixas para dentro do apartamento localizado no terceiro andar. Como a arquitetura do prédio era antigo, não tinha espaço para incluir um elevador, e nem precisava. Alguns lances de escada para espairecer e o valor acessível era o suficiente para conquistar Sakura.

O seu cabelo róseo preso em um coque alto e alguns fios soltos davam um ar jovial para a nova moradora. Suas roupas despojadas ajudavam-na no subir e descer dos degraus. Graças ao auxílio do motorista que se prontificou em levar algumas caixas, Sakura enfim estava subindo com a último caixote nos braços, parando no segundo lance de escadas para secar com as costas da mão uma gotícula de suor em sua têmpora.

— Dia difícil? — A voz masculina chamara a atenção da garota distraída.

— Ainda não. — Replicou. Há três dias atrás diria que sim, pensou.

Abraçou a caixa e tomando folego para o último subir de escadas, mas o sujeito a surpreendeu ao tomar o peso para si segurando somente com uma mão e com a livre estendeu para Sakura que apertou-a.

— Deidara, sou do 13A. — Balançou levemente a mão de Sakura, começando a se dirigir aos degraus restantes.

Pela primeira vez ela pode contemplar os traços do rapaz de fios dourados e olhos cerúleo. Seu tom com resquício de zombaria conquistara-a parcialmente. Internamente torcia para que o vizinho não fosse anti social ou carrancudo.

— Sakura, 13B.

Acompanhou-o até dentro do apartamento onde o mesmo depositou o caixote no chão, endireitando toda sua coluna para mostrar-lhe o sorriso com os dentes bem distribuídos deixando sua face mais jovial.

— Pena que cheguei atrasado para te ajudar, mas qualquer coisa que precisar é só dar um soco na parede.

— Você pode repetir novamente? Assim eu posso gravar e utilizar para se tornar o meu cúmplice em algum tipo de crime. — soltou com uma piscadela.

— 13B, assim magoa meu coração, aliás, lindo sotaque. Inglesas sempre serão bem recebidas.

— Sinto acabar com sua felicidade, mas meu sotaque é fajuto. Nasci aqui, então sua forma de tratamento vai mudar? — brincou.

— Jamais, garotas bem-humoradas com sotaque fajuto ainda tem espaço no meu gigantesco coração. — Deidara abriu os braços para demonstrar o quão grande era. — Bom, eu infelizmente tenho que ir, mas qualquer coisa…

— Só dar um soco na parede. — completou, dando um aceno de cabeça e rindo do jeito moleque do seu vizinho ao dar uma piscadela marota. Vislumbrou suas costas largas atravessarem á porta desaparecendo completamente de seu campo de visão.

Finalmente só. Olhando em torno de si havia muito trabalho a fazer. Começara a abrir os caixotes com os utensílios da cozinha que já estava completamente montada com a bancada americana, cadeiras e armários a disposição da rosada. Em contra partida, só tinha um sofá coberto por um lençol branco e um comodo vazio que deveria ser seu quarto. Nada que alguns dias para que tudo estivesse no seu devido lugar.

Fechara a última gaveta com os talheres, supervisionando cada armário que continha pratos e copos. Crispou os lábios ao notar que faltara somente uma parte: a de bebidas. Em passos lentos procurou a caixa entre o amontoado de coisas, sentando-se no chão um tanto cansada. Achara o que procurava no caixote ao seu lado amontoado de vidros de várias cores e nomes. Franziu o cenho ao notar uma moldura entre as garrafas, mas não exitou em tomá-la e olhar o que aquela peça inesperada escondia. Seus olhos umedeceram assim que as íris esmeraldinas inspecionaram a fotografia gasta de três crianças abraçadas, sorridentes, embaladas em sua infância inocente, sem demônios e sem medos.

Ainda com a moldura em mãos, pegou uma das garrafas de vinho indo até a cozinha e retirando da gaveta o saca rolhas. O som seco da garrafa liberta ecoou pela pequena cozinha iluminada apenas pelo por do sol da cidade dos anjos. Mesmo estando a uma distancia considerável da grande metrópole, da sua janela dava-se para ver nitidamente as luzes se acendendo pouco a pouco, fazendo suas ruas movimentadas brilharem. E, apreciando a chegada da noite, Sakura não esperou que o vinho respirasse para depositar seu liquido dentro da taça. Tateou o chão livrando-se dos calçados e sentindo o piso gélido entre os dedos; não se importou, apenas posicionou-se perto da janela levando o copo á boca, apreciando o primeiro gole da bebida descendo livremente em sua garganta.

Tornou a encher a taça, engolindo e servindo-se, fitando a fotografia enquanto apreciava o aroma delicioso do vinho. Quantos copos havia digerido? Era uma ótima pergunta a se fazer. Mas, ignorando totalmente a quantidade envolvida, Sakura estava vivenciando uma dilema nostálgico. São nessas horas que o misto de saudade e solidão tomam conta do âmago fazendo com que tudo apareça rente aos seus olhos em flashback’s dos piores e maus momentos. Permitiu-se chorar baixinho tentando de alguma forma libertar-se daquele sentimento de angustia que tanto a perseguia.

E, pela segunda vez naquele fatídico dia, o celular vibra em seu bolso. Com os nós dos dedos, sente o objeto na mão, locomovendo-o até a orelha sem se certificar do nome no visor.

— Sakura? — Reconhecia aquele tom mesmo depois de pouco tempo sem contemplá-lo. A voz do moreno parecia tão tranquilizadora naquele momento que algo dentro de si suplicava para que estivesse perto o bastante para fitá-lo.

— Sasuke, preciso de você aqui. — Murmurou com a voz de choro, levando a garrafa quase vazia aos lábios carnudos.


Notas Finais


E o que será que vai acontecer? Ein?

Espero vocês na próxima.


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