SUJA
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A brutalidade do rapaz somada a sua ira fazia-o perder completamente a razão. Suas mãos tocavam a pele macia da rosada com força, deixando uma marca de vermelhidão em cada local. Não queria deixá-la escapar, e, com isso, deixou a delicadeza de lado apenas para punir aquele mulher que desprezou seus sentimentos.
Empurrou-a sem um pingo de delicadeza contra o colchão da cama, vislumbrando seu corpo tremulo enquanto seu peito descia e subia enchendo os pulmões da moça que só agora conseguia respirar após ter os lábios tomados.
Vê-la daquela forma fazia-o querer mais, muito mais. Subiu em cima da cama, colocando ambas das pernas de cada lado para deixá-la presa abaixo de si sem chance de escapatória. As mãos da rosada estavam presas pela pegada de Sasori, ficando completamente a mercê do homem que estava louco. Louco de paixão, fúria e excitação.
A mão livre passeava pela sua perna, subindo lentamente até adentrar pelo interior do vestido chegando até sua calcinha. — Ah Sakura…
— Por favor, não… — ouviu os súplicos da menor. — Você não é assim, Sasori, por favor não faça isso. — Voltou a pedir-lhe com a voz trêmula.
O ruivo balançou a cabeça negativamente, descendo lentamente o pano que cobria sua intimidade, mas antes mesmo de retirá-la por completo, Sakura remexeu o corpo tentando libertar-se em desespero. Akasuna crispou os lábios irritadiço, apertando ainda mais a pegada nos pulsos da rosada sem se importar que aquilo iria ou não machucá-la. Ele estava ferido. Estava magoada. Estava cansado. Não queria acreditar que todos os momentos que passaram juntos eram apenas uma brincadeira para ela. Não queria acreditar que era somente um brinquedo que, agora, não tinha nenhuma utilidade.
— Eu vou te foder com tanta força que você nunca mais ousará a brincar comigo. — Levou os lábios contra o lóbulo de sua orelha, Enfiando dois dedos com força dentro da intimidade da garota que estremeceu o corpo abaixo de si. — Ouviu o que eu disse, sua vadia. — Retirou e meteu com mais força os dedos, fazendo-a se contorcer.
— Sa-sasori… Nãão! — Arfou com lágrimas descendo pelo belo rosto.
O ruivo sorriu de uma forma maliciosa e maldosa para a garota. A foderia como nunca tinha feito antes, deixaria marcas por todo seu corpo para que a mesma se lembrasse de nunca mais o contrariá-lo e rejeitá-lo como se ele não significasse nada. Pouco se importava com as consequências daquilo, em visto que já perdera tudo pelo que havia batalhado. Absolutamente tudo.
Rapidamente desceu o zíper da sua calça, abaixando-a junto de sua cueca, deixando transparecer o pênis rígido de tesão. Abriu bem a pernas da garota, preparando para a devorá-la…
— Sasori? — Uma voz acompanhada de batida na porta o interrompeu. — Está ai? — Amaldiçoou internamente Itachi naquele momento, enquanto soltava a garota, saindo de cima da mesma, arrumando-se.
— Sim Itachi. — Fez um sinal de silêncio para Sakura que limpava as lágrimas que ainda teimavam em sair pelas orbes.
— Não vai comer? Se eu não me engano, a senhorita Sakura te devorará vivo se você nem se quer experimentar. — Soltou o amigo assim que o ruivo abriu a porta.
— Ah, cara, estou sem fome neste momento.
— Akasuna, ficamos um bom tempo sem comer nada naquele maldito avião, obvio que está com fome, além do mais, Naruto acabará com tudo em um piscar de olhos se você não correr logo. — Finalizou o moreno com os braços cruzados. Sasori conhecia aquele olhar determinado e Itachi definitivamente não sairia dali se a resposta não fosse positiva.
Suspirou vencido e balançou a cabeça positivamente. Assim que o amigo virou as costas, voltou sua atenção para a Sakura tremula que se abraçava com a boca levemente avermelhada e os fios de cabeço desalinhados. — Não acabei com você ainda. — dito isso o ruivo fechou a porta, deixando-a para trás.
O momento que deveria ser especial e único se transformara em um pesadelo. A garota que esboçava um sorriso verdadeiro ao reencontrar seus amigos a momentos atrás estava completamente destrupida, sentindo-se suja, imunda ao ter seu corpo violado. Nunca imaginara que Sasori pudesse agir daquela forma, nunca pensara que ele pudesse dizer tais palavras para descrevê-la. “Vadia”, repetiu mentalmente enquanto apertava os braços contra seu corpo.
Mordeu os lábios tentando conter o choro, a vergonha e o constrangimento. Não teria forças para dissimular enquanto estivesse naquele estado crítico. Teria de ir embora, e, de preferência, bem longe do ruivo que não mudara nada seu jeito possessivo. Tinha medo de ficar próxima a ele, tinha medo do que ele poderia dizer a Itachi sobre seu passado. Tinha medo de decepcionar aqueles rapazes que ela eram como uma família.
Levantou-se, fechou a porta atrás de si, e, calada, saiu pela rua do condomínio sem se importar pela frio que aquela noite proporcionava.
[...]
— A Sakura desceu pela privada? — O loiro soltou com a boca toda suja de molho.
Fazia vinte minutos desde que Sasori retornara a mesa, sem terem um berro se quer da rosada pela casa. “Estranho”, pensou Sasuke, a irritante não ficava muito tempo sem falar nada, e muito menos desaparecia daquela forma. Itachi fez menção em levantar-se, mas o Uchiha mais novo fez sinal que a procuraria.
Parou rente ao banheiro, batendo levemente na porta que abriu-se com o toque do rapaz. No seu interior a única pista de que a garota estava lá a momentos atrás era a pia que ainda possuía gotículas de água em seu interior. Suspirou preocupado. “Onde você está?” Perguntou-se, não querendo se desesperar. Ela deve estar tentando fazer uma brincadeira sem graça para deixá-lo irritado — o que era a coisa mais normal do mundo vindo dela —, e, de alguma forma, não deixaria transparecer isso.
Passou em corredores, cômodos e sacada. Desceu os degraus da escada que dava acesso a rua. Nem um sinal dos cabelos róseos, dos olhos esmeraldinos, dos berros estéricos da garota. Pela primeira vez, sentiu-se abalado pela volta dela. Como em um espaço pequeno de tempo ela se tornara tão importante em sua vida; nem mesmo Naruto era capaz disso. Colocou as mãos entre os fios de cabelo bagunçando-os para afastar a sensação de aperto em sua garganta.
— Tsc, onde você está sua idiota? — Rosnou, pegando o celular do bolso, discando o seu numero. Levou o aparelho até a orelha, escutando tum… Tum… Tum… Tum… Chamando. Mordeu a ponta do dedo, aguardando aquele barulho irritante parar.
Tum…
Tum…
Tum…
Tu. Tu. Tu. Tu.
“Argh, Sakura, sua… Por que não quer atender?” Voltou a ligar, e, a chamada tinha o mesmo fim. Chutou uma lata de lixo com força, porém teve a infelicidade de chutar o poste de luz, sentindo uma dor insuportável no pé, dando pequenos saltos. — Puta que pariu! — proferiu, sacudindo a perna sem parar.
— Teme, como pode dançar enquanto a Sakura está presa na privada, seu baka sem sentimentos. A coitada deve estar entalada suplicando por ajuda. — Naruto balançou a cabeça, mordicando um pedaço de frango que segurava.
“Senhor, dei-me paciência para não matar essa criatura desprovida de inteligência”, suplicou mentalmente, mas antes de respondê-lo o toque de seu celular anunciando uma nova mensagem tomou sua atenção.
De: Sakura
Para: Sr. Carcumido.
Desculpa ter saído sem avisá-los. Tive uma emergência e não posso atendê-lo agora. Não corte seus pulsos por sentir minha falta, sei que deve ser difícil. Até.
— Que merda de mensagem é essa? — Esbravejou, fitando o visor do seu celular.
— O QUE? VOCÊ DISSE: QUE TESUDO EU SOU? ECA, SEU NARCISISTA PERVERTIDO! — Berrou aos quatro ventos o cabeça oca, fazendo uma senhora de idade sair correndo para sua casa.
— Naruto, me faz um favor? Vê se morre. — O moreno falou entre os dentes.
Naquele momento não se decidia se o primeiro a sofrer nas suas mãos seria Naruto ou Sakura. Releu a mensagem, e, internamente, sentia que algo estava muito errado. Alguma coisa estava escondida dentro daqueles olhos verdes que o hipnotizava.
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