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História Os dois lados da mesma moeda - As teoria malucas, ou nem tão maluca assim, de Midorima


Escrita por: Nia-nya

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 5 - As teoria malucas, ou nem tão maluca assim, de Midorima


Fanfic / Fanfiction Os dois lados da mesma moeda - As teoria malucas, ou nem tão maluca assim, de Midorima

Kuroko acordou pela manhã, seu café da manhã estava em uma pequena mesa que tinha no seu quarto, junto a ele tinha um bilhete escrito.

“Espero que esteja melhor, o motorista te levará mais tarde tive que resolver uns compromissos. Ass.: Akashi Seijuuro”

Pela manhã quando Akashi acordou e viu o menor dormir resolveu que o deixaria descansar por mais um tempo; levantou-se sem acordar o azulado e dirigiu-se ao seu quarto, precisava de um banho frio para botar seus pensamentos em ordem. Durante o banho o ruivo perguntava-se o que tinha levado ele a ajudar o menor, justo o azulado. A fragilidade do irmão era realmente preocupante e ainda mais a atitude de seu pai perante a situação o irritava. Que tipo de pai ele era que não se preocupava com o filho que passara a noite ardendo em febre.

Akashi desceu pro café e encontrou seu pai ali, o mesmo estava lendo o bendito jornal, nem se preocupou em cumprimentá-lo não seria hipócrita odiava a presença do progenitor e morreria odiando-o.

“Soube que passou a noite com seu irmão”-Akashi conseguiu identificar o sarcasmo no tom do mais velho.

“Sim, ele estava doente”-Akashi disse acido, para o pai

“Oh, sinto que estou sendo repreendido. Não entendo até ontem você mesmo o chamava de bastardinho”-Sato disse de maneira irônica

“Francamente o filho é seu, sua responsabilidade, você deveria ao menos se importar, você ao menos sabia que o menino tem um sistema imunológico frágil, pessoas como você não deveriam ter filho”-Sato franziu o cenho, Seijuuro não era rebelde e não agia daquele jeito nem mesmo quando sua mãe morrera, ele o tinha enfrentado do jeito que fazia. No entanto aquele brilho peculiar nos olhos do filho era o que lhe chamava atenção, se não conhecesse o menino diria que o mesmo gostava e preocupava-se com irmão. Sato levantou-se e dirigiu-se até o filho desferindo um tapa no rosto do mesmo, segurou seu maxilar e disse

“Aprenda a controlar seus sentimentos, essa exaltação só mostra o quanto você é fraco, porte-se como um verdadeiro Akashi”-Sato largou o menino, os empregados que presenciaram a cena fingiram que não tinham visto nada, afinal aquele tratamento era normal para eles que tinham visto aquela cena varias vezes enquanto trabalhavam para aquela família.

Akashi estava irritado, limpou o filete de sangue que saiu pelo canto do lábio e sentou-se para tomar café, a situação o irritava ele não conseguia compreender o que estava sentindo, sentia que sua cabeça ia explodir a qualquer momento, levou em uma bandeja com a comida do irmão e pós a mesma numa mesinha e anotou um bilhete; saiu pro colégio tinha que resolver algo com o técnico do time.

Kuroko suspirou, o ruivo tinha sido muito atencioso com ele, precisava agradecê-lo, no entanto não sabia como. Pediria ajuda a Kise, o loiro sempre tinha ótimas idéias quando o assunto era presentear alguém e aproveitaria pra tirar uma folga daquele clima tenso e solitário que existia naquela casa. Começou a se arrumar e ficou corado ao lembrar que o ruivo tinha lhe dado banho ontem, aquilo com certeza iria para sua lista de coisas mais constrangedora que já tinham lhe acontecido.

Tetsu encontrou-se com Kise, mas antes de formular uma frase o mesmo o abraçou do mesmo jeito escandaloso de sempre.

“Kurokochi, estava tão preocupado sabia que estava doente, por que não nos disse nada?”-Kise disse enquanto sufocava o menor nos braços

“Não queria que se preocupassem desnecessariamente”-Kuroko disse

“Você está lembrado que irá dormir na minha casa hoje neh, minha mãe vai fazer aquele Milk shake de baunilha que você adora.”-Kise disse empolgado

“Tudo bem, antes eu vou precisar ir a uma loja no shopping assim que terminar a sessão de fotos”-Kise estranhou o menor não gostava de fazer compras

“Alguma ocasião especial?”-Kise estava curioso

“Apenas quero comprar algo para agradecer o Akashi-kun pelo cuidado e preocupação ontem”-Kise olhou o amigo tinha algo errado com aquele Kurokochi, ele estava corado e os olhos pareciam criar expectativas.

“Hum, claro porque não”-Kise disse despedindo-se do menor

“Vejo-te no treino”-Kuroko viu o loiro sair, e seguiu pra sua sala deparando-se com Midorima.

Midorima tinha estranhado a atitude de Akashi quando o encontrou na sala pela manhã e principalmente quando perguntou sobre Kuroko, o ruivo parecia inquieto só pela menção do nome do azulado. Enquanto pensava viu Kuroko andando pelo corredor

“Kuroko está melhor?”-Midorima perguntou enquanto dava a Tetsu um pequeno lenço de bolso de ursos; Kuroko imaginou que deveria ser seu objeto da sorte

“Estou bem, obrigado pelo lenço”-Kuroko disse ao esverdeado. Midorima notou o olhar distante do menor e como esse mesmo que inexpressivo suspirava muito e isso era estranho Kuroko Tetsuya não suspirava.

Kuroko encontrou a cabeleira ruiva na sua carteira, o problema é que era aula de laboratório ,ou seja, as carteiras estavam em dupla e a ordem fazia com que Akashi fosse seu irmão.

“Obrigada por ontem”-Kuroko agradeceu timidamente

“Sem problema”-Akashi disse vendo o menor corar

“Parece que você é minha dupla”-Akashi falou notando o obvio, mas por alguma razão desejava puxar assunto com o menor

“Vamos nos esforçar”-Kuroko disse esboçando um sorriso leve, Akashi amou o sorriso do irmão e pegou-se desejando ver mais daquilo

Midorima durante toda a aula observou a troca de olhares entre os irmãos, algo estava errado ali e ele sentia, Kuroko corava toda vez que o ruivo encostava-se a ele por acidente e Akashi parecia não tirar os olhos do menor. Midorima começou a ligar os pontos: suspiros, gestos carinhosos, vergonha sem motivo aparente e acima de tudo aquele estranho afeto que até ontem não existia. Midorima arregalou os olhos se seus instintos estavam certos e costumavam estarem, aqueles dois estavam começando a se apaixonarem um pelo outro e algo muito extraordinário deveria ter acontecido ontem, Midorima falaria com o azulado em particular e longe dos outros, não queria causar confusão por algumas teorias malucas que tinha criado.

 Assim que o sinal da aula tocou Midorima apressou-se e segurou o braço de Kuroko

“Preciso falar com você é rápido”-Kuroko concordou com a cabeça; Akashi sentiu-se incomodado pela cena, mas não disse nada exceto

“Não se atrasem ou iram ter o treino dobrado”-Midorima e Kuroko encararam o ruivo e perceberam que o mesmo falava serio.

“Tudo bem”-Kuroko respondeu e viu o ruivo sair da sala

“Algum problema Midorima-kun?”-Kuroko perguntou o amigo parecia mais serio do que o costume

“Aconteceu algo entre você e o Akashi?”-Midorima perguntou e viu o menor corar, se o azulado ficasse mais vermelho explodiria.

“Não, por quê?”-Midorima olhou desconfiado, aquela reação era no mínimo suspeita

“Vocês dois estão agindo diferente, quase como se... bom deixe pra lá, é besteira”-Kuroko sentiu que o amigo estava estranho e queria lhe perguntar algo, mas o mesmo não o disse

“Vamos, ou Akashi nos matará no treino e com certeza câncer não está nas melhores posições”-Midorima disse, antes que o menor lhe questionasse se aquilo que pensava fosse verdade ele com certeza não queria escutar uma possível confirmação; o problema de longe era eles serem homens afinal Kise e Aomine mantinham um relacionamento a muito tempo, o problema era os dois serem irmão e nem se darem conta do que estava acontecendo.

O treino foi intenso, Akashi não pegou leve, o campeonato estava se aproximando e precisavam estar prontos para ganhar. Akashi via o desenvolvimento de todo o time e tinha que admitir cada um de seu modo contribuía de um jeito especial para o sucesso das jogadas e sincronização da equipe. Kuroko tivera um treino mais leve se é que podia chamar assim sentia seu corpo todo doer graças ao esforço; Akashi tinha pegado mais leve com ele devido a doença e a febre. Durante o banho no vestiário não conseguiu tirar os olhos do menor e Midorima percebeu, ele e Murasakibara eram bem atentos ao que acontecia ao seu redor e preocupavam-se com ambos, se daquilo surgisse um romance eles passariam por muitas dificuldades.

“Akashi-kun, eu vou dormir na casa do Kise-kun hoje, já tinha acertado isso a um certo tempo”-Akashi olhou pra Kuroko e sentiu uma certa irritação ao saber que o irmão dormiria na casa do loiro tagarela, aquilo devia ser provação.

“Ok”-Akashi limitou-se a dizer

Kuroko saiu acompanhado de Kise e Akashi os acompanhou com o olhar, estava se mordendo de ciúmes, mas não diria nada, ou melhor, ele nem sabia dizer ou definir o que sentia.

“Akashi posso falar com você”-Midorima falaria com o ruivo e veria sua reação para comprovar se era loucura sua ou não

“O que você quer Shintaro?”-Akashi perguntou impaciente

“Aconteceu algo entre você e o Kuroko?”-Midorima foi direto

“Apenas o ajudei ontem, nada demais”-Midorima percebeu o pequeno brilho nos olhos do capitão, era claro como água o sentimento existente ali, no entanto parecia que o mesmo nem havia se dado conta, seria difícil mais ajudaria

“Você gosta do Kuroko?”-Midorima foi mais direto ainda

“Ele é apenas meu irmão, estou sendo atencioso só isso”-Akashi não entendia o porque da pergunta

“Não parece ser isso, mas em fim se precisar de ajuda ou alguém com quem conversar que não vá te julgar pode falar comigo”-Midorima disse de modo tranqüilo e calmo

“Não sei de onde tirou isso, não me venha com essas teorias malucas infundadas Shintaro.”-Akashi disse levemente irritado, francamente só porque estava tratando o bastardinho de maneira educada não significava que gostava dele ou algo do tipo, aquela ideia era maluca e simplesmente sem cabimento

Midorima suspirou toda aquela reação só o provava que suas teorias não eram tão malucas assim, ele podia não admitir, mas o esverdeado via o nascer de um sentimento muito maior do que carinho fraternal nos olhos do capitão.

Kuroko olhava Kise pousar pra mais uma foto, os produtores daquela campanhia pareciam não gostar de nada que o loiro fazia.

“Kurokochi, isso é tão mal, não sei, mas nem o que fazer eles não gostam de nada”-Kise reclamou enquanto abraçava o menor

“Por que não tenta algo diferente?”-Kuroko sugeriu enquanto passava a mão na cabeça de Kise em um carinho

“Ajuda-me”-Kise pediu quase chorando, não era de conhecimento geral, mas Kuroko tinha sido modelo fotográfico quando sua mãe tinha começado a carreira, Mei costumava dizer que ninguém representava melhor sua marca do que o próprio filho

“Tudo bem, me copie”-Kise balançou a cabeça seguindo os movimentos de Kuroko tal como um reflexo no espelho. Aquela interação entre os dois não passou despercebida por nenhum ali que começavam a interessar-se por eles daquela maneira era como ver dois amigos se divertindo e passavam exatamente a imagem que a empresa procurava e não aqueles esteriotipos normais

“É desculpe atrapalhar, mas você gostaria de ser um modelo”-Lily perguntou ela era a produtora da campanha

“Desculpe, mas estou apenas acompanhando o Kise-kun”-Kuroko disse de maneira modesta

“Vamos Kurokochi será divertido, como quando éramos crianças”-Kuroko olhou os olhos dourados lhe implorarem, ele sabia como aquele mundo funcionava e sabia que se recusasse Kise perderia a chance de fazer aquela campanha.

“Você é o filho de Kuroko Mei, sabia que te conhecia de algum lugar, isso será perfeito, por favor, eu preciso dessas fotos pra ontem”-Lily praticamente implorou, ela estava com a corda no pescoço

“Tudo bem, mas é só dessa vez”-Kuroko disse ao amigo e á produtora.

A sessão de fotos foi realmente divertida, tanto Kise como Kuroko tinham gostado era como quando crianças brincavam de o mestre mandou. Todos no estúdio ficaram felizes com o resultado, e tinham que admitir que aqueles amigos tinham uma química muito agradável, se o baixinho azulado tivesse disposto fechariam com os dois um contrato.

“Muito obrigado Kurokochi, você salvou minha pele hoje, vamos comprar o presente do Akashi”-Kise disse pra Kuroko o arrastando pro shopping.

No shopping Kuroko não conseguia decidir-se, não sabia o que comprar para o irmão; Akashi parecia ser o tipo de pessoa que tinha de tudo e isso tornava tudo mais difícil.

“Não sei o que comprar”-Kuroko foi sincero

“Acredito que isso não importe, o sentimento por trás do presente é o mais importante, sabe quando eu e o Aomine comemoramos nosso primeiro aniversario juntos eu fiquei perdido com o presente e lhe dei uma cesta de chocolates”-Kuroko olhou o loiro de maneira confusa

“Aomine odeia chocolates”-Kuroko disse

“Eu sei,mas na hora eu não sabia e me senti muito envergonhado no entanto o Aomine amou o presente devido o sentimento que eu tinha depositado nele”-Kuroko compreendeu o que Kise o disse, mas os sentimentos dele para com o ruivo eram diferentes dos de Kise para com Aomine certo, era nisso que o menor acreditava

“Vou continuar olhando”-Kuroko disse no final ele comprou um livro de poesia para o ruivo e seguiram para a casa do loiro.

Hannah os recebeu bastante alegre, ela abraçou e beijou a face de Kuroko, estava preocupada mas ao escutar que o mesmo estava começando a se dar bem com irmão ficou aliviada. Kuroko e Kise passaram a noite conversando, ou melhor, Kise passou a noite tagarelando enquanto Kuroko pensava no ruivo sem entender o motivo real, dos seus pensamentos sempre se voltarem para o dono de olhos heterocromáticos.

Em casa Akashi havia se refugiado na biblioteca tentando entender o que levara Midorima a falar aquelas coisas sem sentido;suspirou irritado a ideia do irmão e aquele loiro dormirem no mesmo quarto não o agradava e ele estava a ponto de ir atrás do menor, mas conteve-se. Quando deu a hora do jantar, ele sentou-se a mesa e começou a servir-se até seu pai lhe dirigir a palavra

“Onde está Tetsuya?”-Sato perguntou

“ele vai dormir na casa de um amigo”-Sato podia jurar que tinha sentido no tom de voz do filho certa irritação e só para confirmar continuou

“Que amigo?”-Akashi olhou pro pai como se desconfiasse de algo, e controlando-se perfeitamente respondeu da maneira mais educada e polida que conhecia

“Ryota, ele está na casa da madrinha”-Sato pareceu se convencer de algo que Seijuuro nem ao mesmo percebeu. Sato ficou aliviado, devia ser sua imaginação lhe pregando peças e deixou a desconfiança de lado

Após o jantar Akashi deitou-se e ficou mirando o teto, o cheiro de baunilha que seu irmão possuía estranhamente estava impregnado no seu nariz, a imagem do menor não saia da sua cabeça muito menos o pequeno sorriso que tinha visto nos lábios do mesmo; se não se conhecesse diria que estava ficando obcecado, o ruivo simplesmente pegou um remédio pra dormir e o ingeriu esperando o mesmo fazer efeito, enquanto aguarda todas as imagens que tinha do azulado passavam pela sua cabeça varias e varias vezes até que o ruivo foi vencido pelo cansaço e arrastado para o mundo dos sonhos.



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