História Crazy Love - Capítulo 4

Fomos em uma cafeteria não tão longe do ape,Justin pediu um café e donuts e eu chá e pão com nutella. Aquele era um dos meus lugares preferidos por incrível que pareça,o cheiro de café que inalava me fazia bem,eu sempre ia ali sozinha nunca levara ninguém,e aquele dia levei Justin.
-Não acredito que costuma freqüentar lugares assim. Ele soltou uma risada irônica enquanto o observava séria.
-Não seja besta.Claro que sim,sempre venho aqui... acabei por fim falando.
-Tenho lá meus lugares favoritos também Miley. Ele sorrio de novo,um sorriso largo e encantador.
-Tipo quais? Um puteiro?
Rimos juntos até ele concordar com a cabeça.
- É um dos favoritos mesmo... Ficamos em silêncio por um instante até ele continuar.
-Gosto de passear no parque a um ar livre,gosto de cinemas,gosto de está em casa,no jardim curtindo uma briza.
-Hum... Disse apenas.
-Drogados também sabem viver? Justin perguntou baixinho enquanto aproximava seu corpo sobre a mesa.
-Sabem e muito... Eu sorri e toquei seu rosto delicadamente passando por seus cabelos.Ah,aquele cabelo.
-Está muito doce hoje... Ele disse se encostando de volta a cadeira.
-Acha mesmo? Falei arqueando as sobrancelhas. E ele somente concordou com um gesto positivo. –Estou normal...
-Não está não! Pensei que você fosse meia crazy.
-E eu não sou?
-Não sei Miley... Eu confirmo que sou. Ele riu.
-O.k,vamos ver isso com o tempo?
-Tempo? Então significa que passaremos mais tempo juntos? Ele mordeu os lábios de uma forma sedutora,mas aquilo não me fez excitar,apenas sorri e ignorei a pergunta.
Passamos a maior parte da manhã lá,conversamos falamos sobre nossos hábitos como drogas e prostituição,menos da parte mais intimas como amores e família.
-Então você veio para cá em busca de?
-De produtos claro! Exclamou com um tom orgulhoso.
-Mulheres? Quer dizer que ...
-Isso mesmo,tenho um puteiro em Atlanta ,e as mulheres mais velhas ficaram desinteressantes,não conseguir achar nada por lá,ninguém de bom e resolvi fazer uma viagem.
-E achou alguma coisa?
-Não. Disse frio sem nenhum sentimento. –Ultimamente andei mais com você,e a Ke$ha disse que veria algumas mulheres para mim,más tenho que primeiro “testá-las” não é?
Apenas concordei abaixando a cabeça e focando na minha xícara já vazia.
-O que houve? Se fosse por mim,você iria viajar com a gente. Dou comida e teto para você morar...
-Não! Disse não se conformando com o que tinha acabado de ouvir. –Não sou mais esse tipo de pessoa que você pensa!
-Mas você ficou comigo noite passada não lembra?E como ficou... Ele riu.
-Foi um descuido meu. Não me imagino mais nessa vida.
-Só que você precisa não é? Não queria sair da cidade? Fugir de alguém que eu sei. Ele sorrio mais uma vez irônico e acabou por fim se levantando. –Se mudar de idéia sabe aonde me achar não é? Ele jogou uma nota de 50 reais na mesa para pagar toda conta do café e foi saindo pela porta da frente sem dizer mais nada,sem olhar para trás. Eu fiquei refletindo sobre sua proposta,seria o correto começar de novo com essa vida de se prostituir? Não era lá o tipo de emprego que eu procurava,ainda mais passar por tudo que passei. Mas e se com Justin fosse diferente. Talvez ele me seduziu para isso mesmo,para concordar em viajar com ele,para me usar como uma boneca qualquer. Respirei fundo não pensando nessas alternativas,o que eu tinha feito com ele na boate não foi o certo,da ultima vez que fizera isso foi a quase dois anos atrás.

Flashback On

     Era madrugada,todos pulavam e dançavam como loucos no meio do puteiro.Eu como de costume estava somente de calcinha,um arco com orelhas de gato estava preso em minha cabeça,estava em busca de “carnes frescas” como de costume, estava a procura do meu 3 homem na noite. Aquela hora já estava exausta más precisava ganhar mais grana,sempre com o objetivo de aumentar minhas estatísticas da noite anterior. Foi quando um homem alto de terno me pegou por trás e me pressionou contra parede,ele me apertava forte, não com tesão,mas sim para machucar,tentei empurrá-lo pro lado,mais não consegui. Foi então que ele me virou de frente fazendo eu encará-lo nos olhos ,minha expressão de alegre sumiu,meus olhos não brilhavam mais como antes,ele me puxou a forças para fora da boate me jogando na parede rochosa do estacionamento.
-Calada... Sussurrou baixinho enquanto eu tentava não encará-lo. –Tudo que acontecer aqui,permanecera aqui o.k? Não é disso que você gosta? Ele passou a língua por minha bochecha e foi abrindo sua calça as pressas.
-Porque você está fazendo isso comigo?... Falava baixo,com medo de alguma reação bruta dele.
-É um castigo!Pra mostrar o quanto isso é inútil,o quanto eu desprezo isso,sua vida.
Senti seu membro me penetrar com força,mas não sentia prazer,uma dor enorme invadia meu corpo e eu chorava em prantos em seu ombro. Ele me pressionava contra parede fazendo minhas costas arderem,seu porte físico era péssimo,más mesmo assim ele conseguia me segurar pelos braços,ele gemia de prazer e eu só gritava de dor e desprezo naquele momento. Ao fim,quando tinha chegado em seu orgasmo ele me derrubou no chão me acertando em cheio com o punho fechado. Eu gritei,mais ninguém me ouviu,poucos drogados passavam por lá e isso eu sabia que não podia contar com eles,aquela foi a pior noite da minha vida,ainda sentia as dores e o trauma,foi um castigo,que eu nunca esquecerá na vida.

Flashback Off

Depois de ter refletido no café’ fui direto para a biblioteca,arrumar os livros bagunçados e organizar os novos,esse era o meu trabalho de dia. Temia voltar para casa e encontrar ele de novo,aquele que dizia ser meu pai. Não estava tão concentrada em arrumar os livros,meu pensamento estava longe,minha alma estava em um mundo paralelo e apenas meu físico estava ali,colocando livro por livro de qualquer maneira nas prateleiras.
-Acorda Miley! O Sr. Jhon bateu em meus ombros me fazendo dar um pulo da pequena escada. –Está realmente colocando os livros nos lugares certos? Ele arqueou a sobrancelha e eu somente concordei com um gesto. Ele sorrio,más desconfiado e saiu para o outro corredor. Eu olhei na fileira que organizava,e tinha colocado tudo errado,tendo que fazer de novo.

As horas passaram e eu nem tinha almoçado,fiquei a tarde toda arrumando e limpando a biblioteca que não era tão grande más dava trabalho. O Sr. Jhon me pagou o dia e eu fui para o ape ,na esperança de não encontrar ninguém.
 As nuvens cobria o céu fazendo o ficar cinzento,e logo pingos grossos começaram a tocar em minha pele. Eu corri,tentando chegar em algum ponto coberto,más não havia nenhum ali,os comércios já estavam fechados,e as pessoas sumira de uma hora para outra,corri por alguns minutos,minha roupa já estava ensopada,minha bolsa também,e a chuva só aumentara,parei na esquina em que dava para meu ape,e a mesma caminhonete do dia anterior estava lá,estacionada em frente a calçada do velho prédio ,minhas pernas ficaram bambas,meu coração acelerou e minha cabeça começou a doer só de imaginar a cena que estaria lá dentro. Não queria que acontecesse tudo de novo,não estava preparada e estava com medo de ser internada ou de ir para um presídio. Foi então que percebi duas pessoas dentro do carro,os faróis se acenderam e logo o carro começou a dar a ré. Eu retornei a avenida anterior e corri,o máximo que podia entre a chuva caindo sobre meus olhos,ouvi o automóvel catar pinel e entrei em um beco,aonde carros não passavam por lá,ouvi as portas se baterem e olhei para trás checando,dois homens de ternos que me olhavam e saíram em disparada atrás de mim.
-Parem ela! Uma voz ecoou no beco.
Não havia sinal de policia,ou alguma pessoa para me ajudar,sai numa rua deserta,e tentava encontrar um caminho mais próximo para chegar na boate da Ke$ha ou uma casa aberta para pedir ajuda. Já estava cansando,e minhas pernas não iam agüentar por muito tempo,os homens estavam se aproximando,conseguia sentir suas respiração forte e ofegantes,eles só aceleravam enquanto eu diminuía.Aquele seria mesmo o meu fim? Eu não ia conseguir lutar com eles,nem se tentasse o máximo possível. Minhas esperanças estavam acabadas enquanto um dos homens me segurou pelo braço o apertando forte.
-Te peguei garota! Ele sorrio satisfeito,enquanto eu me debatia que nem louca,chutando seu saco. Ele se encolheu e me soltou,mas o segurança maior me pegou, logo me acertando no rosto.
-Pensa que vai escapar moça? Ele forçou meus ombros,me fazendo ficar de joelhos no meio da rua. Trovões estralavam em meus ouvidos a toda hora,meu choro veio logo em seguida enquanto um farol tampava minha vista de tudo. Queria que aquele fosse o fim do túnel ,mas não era. O carro atropelou o primeiro segurança o jogando para calçada mais próxima e ameaçou a passar por cima do segundo que me segurava,fechei meus olhos com medo de que acontecesse,e uma figura saiu do lado do motorista,foquei bem em seus traços e Justin sorrio,apontando uma arma para o guarda que logo me soltou erguendo os braços. Um disparo soou e o guarda caiu de bruços em minha frente.
-Venha logo! Justin voltou para dentro do carro e eu me apressei entrando também ,sentando do lado dele.
-Como você... Antes de eu continuar os olhos dele brilhavam e um sinal para mim ficar quieta soava em seu rosto. Ele apontou para o banco traseiro,e eu olhei uma sena absurda,duas mulheres,porte muito novas,pareciam adolescentes menores dormiam juntas nuas.
-O que é isso? Disse num sussurro.
-Minhas encomendas para Atlanta... Ele sorrio e começou a dirigir pelas ruas desertas. Não quis mais perguntar nada,apenas fiquei quieta e foquei no embaçar da janela,enquanto a chuva caia.
-Tire essa roupa imunda,pode ficar doente. Ele falou enquanto me olhava de lado. Eu apenas tirei minha blusa,ficando apenas com o sutiã, não estava frio e nem calor,mas mesmo assim me encolhi enquanto observava Justin dirigir.
-Tire tudo Miley! Toma minha camisa. Ele jogou uma camisa amarrotada em cima de mim,enquanto esperava o sinal abrir. Eu fiz,tirei toda minha roupa e coloquei a camisa dele,que cheirava ervas misturadas com perfume.
-Está com fome? Ele perguntou.
-Talvez esteja um pouco. Para onde estamos indo? Estranhei o caminho feito ,enquanto entravamos numa rodoviária.
-Para Atlanta obvio Miley.
-O que! Disse arregalando os olhos,enquanto ele olhava frustrado por não ter feito silencio. – Você esta louco,porque não me disse? Ai meu senhor. Aonde estava com a cabeça por ter entrado nessa droga de carro.
-Cala boca... Justin disse tranquilo.-Você precisava da minha ajuda naquele momento,gostaria de ter ficado lá? Claro que não,você estava fugindo,não pode mais ficar naquele lugar Miley,para onde mais você iria? Agradeça por eu esta te fazendo esse favor. Eu fiquei quieta e refletir com suas palavras,ele estava certo,não podia ficar mais lá,ia demorar para mim pensar pra onde ir. E essa ida para Atlanta,esse trabalho seria temporário,jurei para mim,ate conseguir criar forças de novo e ir embora em busca de uma vida descente,em busca da minha felicidade.