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História More Than This - Visitas.


Escrita por: Peace

Notas do Autor


BOA NOITEEEEEEE!! Prometi e cumpri (ALELUIA, CUMPRI UMA PROMESSA) disse que ia voltar hoje e aqui estou yo. Gente vocês não tem noção do quanto eu estou feliz por estar de volta e ver que vocês ainda estão aqui!! Sério, é incrivel reconhecer o user de leitoras que estão aqui desde o começo E EU AINDA ACHEI UMA LEITORA QUE ME ACOMPANHA DESDE O NYAH! GENTE COMO É MARAVILHOSO ESTAR DE VOLTA, NÃO TENHO PALAVRAS PRA DESCREVER A MINHA FELICIDADE! E como prometido, capítulo novo \o/ Bom, espero que gostem, muito obrigada por todo o apoio e toda recepção maravilhosa quando na verdade eu deveria ser recebida a tiros de canhão.

Dedico este capítulo à : Hi_Sunshine, @harryallbad e a Julia e a todas vocês que permaneceram aqui por tanto tempo. Eu amo vocês, boa leitura.

Capítulo 91 - Visitas.



 Acordei quando senti que estava sendo observada, eu estava realmente cansada e precisava continuar dormindo. Deus queira que não fosse o Styles ali me observando, porque eu estava com raiva de ter sido incomodada durante o sono, e se fosse ele, o faria se arrepender, provavelmente tacando um travesseiro com toda a força de uma mulher que estava de resguardo.
 Abri os olhos lentamente sentindo minhas retinas queimarem com a luminosidade do quarto. Mas que diabos! Eu estou cansada, totalmente, completamente, imensuravelmente dolorida, cansada e estressada, e alguém ainda me acorda dessa forma?
Por longos segundo não consegui reconhecer a mulher sorridente que estava com os braços apoiados no final de minha cama.

  - Você está bem querida? – a mulher sorridente perguntou com sua voz doce e suave.

Esfreguei os olhos com força e pisquei várias vezes para me acostumar com a luz da lâmpada. Meu corpo inteiro doía.

  - Estou – falei durante um bocejo.

  - Me desculpe acordá-la, querida. Eu entrei aqui e não sabia que estava dormindo, queria ver como você estava, mas acabei te acordando, me desculpe. – ela mordeu o lábio dando um tapinha no ferrinho na cama, o mesmo em que estava apoiada – Vou deixa-la dormir.

  - Não – pedi antes que ela se virasse para sair. – Está tudo bem, eu tinha mesmo que acordar, estou morrendo de fome – dei uma risadinha para descontrair e me arrependi de tal gesto, realmente estava dolorida.

  - Eu já vi a Sophie ainda a pouco na maternidade... Ela é simplesmente linda – disse Anne, maravilhada.

  - Graças a boa genética do pai – dei-lhe uma piscadela.

  - Sem, essa, tem muito de você lá – ela sorriu, sacudindo de leve meu pé coberto por uma manta espessa.

Eu sorri sem jeito.

  - Anne...

  - Sim, querida.

  - Sabe... eu tenho medo de ir para casa – contei um tanto quanto envergonhada.

  - Como assim? – perguntou sem entender o que eu quis dizer.

  - Enquanto eu estou aqui... – fiz uma longa pausa tentando encontrar as palavras certas – Bom, você sabe, enquanto estou aqui, eu tenho quem cuide da Sophie. Se é que me entende.

Ela inclinou a cabeça de lado como se ainda não compreendesse o que eu havia dito.

  - É que eu nunca troquei uma fralda, nunca dei banho em um criança ou troquei mamadeira. A filha da ex empregada da minha mãe, já dormiu no meu colo, mas a criança estava caindo de sono e não sei se isso conta... então podemos incluir nessa lista: não sei ninar uma criança. Aqui eu tenho quem faça isso por mim, mas uma hora, talvez daqui a dois dias, eu vou ter que voltar pra casa – conclui suspirando.

Não sei ao certo se ela pode sentir o desespero que inconscientemente estava implícito em minhas palavras, mas ela abriu um sorriso tão acolhedor, que eu senti vontade de levantar e abraçá-la.

  - Ah... então é isso? – ela deu uma gargalhada baixa, porém gostosa de ser ouvida. – Eu estava um tanto quanto sem jeito de pedir isso, pensei em falar com o Harry, mas quando cheguei ao hospital a enfermeira me disse que o Harry não estava aqui e pediu para que eu te avisasse que ele foi para casa para pegar a malinha que você deixou pronta. – ela parou de falar de repente e olhou para um ponto fixo, como se estivesse presa em pensamentos, tentando se lembrar do que estava falando antes de me dar o recado. – Ah sim, digamos que talvez, só talvez, eu desconfiasse que você fosse um pouco inexperiente, e nisso eu pensei que poderia me intrometer da vida de vocês dois e tentar oferecer a minha ajuda... Tive dois filhos, troquei tantas fraudas, e fiz tantas mamadeiras quanto você possa imaginar. E no quesito ‘ninar’ acho que nenhuma criança nesse mundo jamais foi, ou será, pior que a Gemma, ela realmente me dava trabalho na hora de dormir – ela sorriu ao recordar. – Então... será que você aceita a ajuda da ‘’vovó’’ aqui? – ela deu ênfase na palavra vovó, gesticulando para o próprio corpo como quem diz não ter idade para ser avó.

  - É lógico que eu aceito – sorri estendendo os braços pedindo seu abraço. Ela não demorou para me abraçar apertado e depositar um beijo em minha bochecha – Obrigada, Anne. Você é definitivamente incrível – agradeci.

  - Eu que agradeço por ser a melhor nora do mundo, por fazer o meu filho tão feliz como nunca vi antes, e por me fazer feliz também – eu poderia jurar que ela estava chorando.

Continuamos conversando por algum tempo e ela logo teve que ir para casa, disse que estava esperando visita.

*
   Sophie estava novamente no meu colo, e eu estava disfrutando novamente do prazer de amamentar.
  Olhei ao meu redor e mais uma vez conclui que eu era a mulher mais sortuda do mundo, o quarto estava repleto de rosas e de balões, e não era sortuda apenas pelo material, era sortuda por tê-lo ao meu lado, poder demonstrar todo o meu amor e poder usufruir de todo aquele que ele sentia por mim.


 Quase como se soubesse que meus pensamentos estavam direitos para si, Harry esgueirou-se na porta, deixando apenas sua cabeça à mostra.

Pus o indicador na boca, pedindo silêncio. Não sentia mais sugadas na mama, então não sabia dizer se Sophie ainda estava acordada.

Harry sumiu novamente por trás da porta e então ela foi aberta mais um pouco e a minha mãe esgueirou-se por ela.

Espera, minha mãe?

  - Posso entrar? – ela apenas moveu os lábios.

Assenti com a cabeça uma vez, convidando-a para dentro. Rapidamente cobri meu seio com a camisola.

Mas não foi apenas a minha mãe que entrou. Foram praticamente todos e nesse todos eu incluo: Mamãe, meu padrasto (cujo não via bem antes de me mudar pelo fato de que o mesmo estava viajando), tia Alicia, Wilmer, meu irmão Matheus e por fim, mas não menos importante, Harry.

Harry se dirigiu até uma bancada na parte mais afastada do quarto, perto do banheiro, e depositou uma malinha que eu logo reconheci, sobre ela.

  - Uau – foi tudo o que saiu de minha boca.

  - Ela está dormindo? – Minha mãe perguntou.

  - Eu acho que não. – respondi – Eu não tenho certeza ela estava mamando pouco antes de vocês chegarem.

  - Posso pegá-la um pouco? – minha mãe pediu.

Fiquei um pouco receosa e me senti uma mãe super protetora, mas logo entreguei-a.

  - Então quer dizer que você some por seis dias, volta pra casa, coloca mais palha na fogueira que era a discussão da sua mãe e tia pela sua guarda na justiça, se muda pra Inglaterra, fica sem me ver por um tempo que nem eu mesmo sei, e quando nos reencontramos eu já sou avô? – Phillip, meu padrasto, pergunta com um sorriso adorável no rosto.

 Não sei ao certo, mas parece que mamãe e meu padrasto ficaram muito mais legais comigo depois que eu sai de casa. Será que eu era tão insuportável assim pra minha mãe mudar da água pro vinho comigo? Bom, estou sendo injusta ao falar que Phillip melhorou, ele sempre fez de tudo pra me agradar e acho que eu só não gostava dele porque sentia que ele só estava lá tentando substituir o meu pai de um jeito que não podia, mas acho que o tempo me fez perceber que era eu quem o via como um monstro, mas na verdade ele era uma pessoa agradável que sempre quis o melhor para mim e me tratava como se fosse sua filha, ele poderia simplesmente me ignorar ou me odiar por ser filha do falecido marido de sua atual mulher, mas agora eu até poderia arriscar e dizer que ele me amava como se fosse seu primogênito.

  - Pra você ver como as coisas são. – ri com ele.

  - Acho que você fez um bom trabalho por aqui, rapaz – Phillip pôr a mão no ombro de Harry e deu-lhe três tapinhas.

  - Muito obrigado, senhor – Harry sorriu meio sem jeito.

  - Ahh, por favor, me chame de Phill.

  - Você recebe alta hoje? – Minha mãe perguntou ainda ninando Sophie.

  - Talvez sim, ainda estou esperando o médico dizer – respondi.

 Tia Alicia e Wilmer sentaram-se no sofá, perto da janela, e apenas observaram em silêncio.
Alguma coisa na expressão de tia Alicia fazia com que eu ficasse nervosa.

Mamãe continuou a paparicar Sophie, juntamente com Phillip. Harry sorria de lado para eles  enquanto segurava minha mão.

  - Você vai conseguir cuidar dela sozinha? – minha mãe perguntou fazendo uma voz infantil, sem desviar sua atenção da bebê que agora estava no colo de Phill.

  - A mãe de Harry vai me ajudar – respondi me lembrando da promessa de Anne.

  - Será que você teria lugar na sua casa para a sua mãe? – ela perguntou mordendo o lábio. – Juro que não vou ficar por muito tempo, só quero estar com você nesses primeiros dias. É a minha primeira neta... – ela sorriu de lado como se desculpasse pelo pedido e quisesse me fazer compreender que o que pedia era totalmente aceitável.

   Harry e eu nos entreolhamos e ele deu de ombros demonstrando que não se importava. Eu engoli em seco.

  - Vocês nem precisam se preocupar comigo, está noite – ele olhou para o relógio em seu pulso – estarei viajando a negócios para o Japão, mas passei aqui pois não poderia deixar isso passar em branco.

  - Bom, eu acho que não haverá problemas, certo? – Harry perguntou para mim.

  - Não, claro que não – sorri e ela bateu palmas de alegria em seu gesto comemorativo.

Tiramos fotos juntos, Sophie em meus braços e todos ao meu redor enquanto Harry registrava o momento, depois foi a vez de Wilmer bater a foto, em seguida ele tirou outra, só que dessa vez era apenas eu, Sophie e Harry.  Hazza se se inclinava e dobrava os joelhos para tentar ficar da minha altura e selar nossos lábios para uma foto perfeita, apenas de nós dois.

*

  Minha mãe e meu padrasto saíram da sala acompanhados de Harry, estavam afim de comer algo na lanchonete, minha tia e Wilmer recusaram e continuaram sentados no sofá.

  - Então... – Wilmer juntou a palma das mãos e as esfregou vindo em minha direção – Quer dizer que essa pequena princesa é minha sobrinha? – ele sorriu e afastou um pedaço de manta, a qual ela estava envolta, para que pudesse vê-la melhor.

  - Você quer segurar? – perguntei. Ainda me sentia uma mãe coruja, mas eu gostava de ver o modo que minha filhinha conquistava as pessoas e era tão adorada por elas.

  - Ah não, por favor, eu não levo jeito – ele ergueu as mãos.

  - Por favor, sem essa. O Harry falou a mesma coisa quando chegou a vez dele, agora ele fica com ela sempre que pode – encorajei-o.

Ele andou rapidamente para o banheiro, lavou as mãos e quando saiu ainda passou álcool gel. Ah se ele soubesse como apreciei tal gesto.

  - Acho falta de respeito segurar um recém nascido e logo o expor a bactérias – ele deu de ombros tentando explicar.

O modo como ele segurava Sophie era encantador e eu podia jurar que vi tia Alicia chorar. Ela logo repetiu o processo de higienização e perguntou se poderia pegá-la também, eu assenti.

 Deixei que eles desfrutassem do momento, sem em segundo algum desgrudar meus olhos de minha pequena, vez ou outra respondia algumas perguntas banais. Não demorou muito para que a enfermeira aparecesse no quarto e logo tivesse que leva-la novamente. Suspirei quando a porta foi fechada e eu não a tinha mais ao alcance de meus olhos.

  - Wilmer, querido, será que você poderia me deixar um pouquinho a sós com a Kath? – titia perguntou.

  - Ah, claro, eu realmente queria comer algo, vou ver se ainda encontro Harry por aí. Até mais... hm... boa recuperação – ele me desejou antes de sair do quarto.

Minha tia ficou ali, parada, ao meu lado, sem falar absolutamente nada, apenas me observava.

  - Então.. – incentivei-a.

Nada.

  - Tia? – perguntei depois de um minuto ou dois.

Ela se virou e foi até sua bolsa, me deixando completamente confusa. Quando ela voltou, depositou algo em minha mão. Encarei-a perplexa, sem dar a mínima para aquilo que continha em mãos. Ela gesticulou com a cabeça para minhas mãos, sem dizer uma única palavra.

  - Oh céus! Tia... isso é seu? – perguntei ao observar o objeto.

Ela assentiu.

  - Dois tracinhos, exatamente igual ao seu – seus olhos lacrimejavam e ela parecia emocionada.

  - Meus parabéns! – exclamei totalmente feliz por ela. – O Wilmer já sabe que você está grávida?

  - Não. Por favor, mantenha esse segredo, pretendo contar hoje à noite, vamos sair para jantar.

Eu ficava tão feliz por ela que era impossível dizer o quanto ou tentar expressar.

  - E tem mais uma coisa...

Fiz um gesto com a mão pedindo a para prosseguir.

  - Você, Harry, no altar, sendo padrinhos do meu casamento, e aí? Topa? – ela fez uma expressão divertida, levando os dois polegares para o ar em um sinal positivo.

 -  É claro que sim! – exclamei dessa vez mais alto.

Conversamos por mais um tempo, até eu me sentir mais cansada no que já estava e tia Alicia concluir que era sua deixa e perceber que já estava mais que na hora de ir se encontrar com Wilmer e dar a notícia sobre sua gravidez.

*

  Eu acordei mais cansada do que quando fui dormir, parecia que todas as minhas energias haviam sido sugadas com as visitas. Eu estava dolorida como se tivesse tomado uma surra de pauladas e nenhum advil diminuía essa sensação.

  - Droga, eu te acordei- Harry praguejou.

Estendi minha mão, ainda de olhos fechados, a sua procura.

  - Estou aqui – ele segurou minha mão. Levei a para perto de meu rosto e depositei um beijo em seus dedos. – Está tão cansada que não consegue nem abrir os olhos? – ele perguntou brincalhão.

Soltei sua mão e fiz sinal de positivo com o polegar sem evitar o sorriso que se abriu.

  - Acho que terei que te dar na boca... – ele falou com certa malicia.

Dessa vez eu tive que abrir os olhos, mesmo que pouco por conta da luminosidade incômoda.
  Pude vê-lo se deslocando com uma cadeira até o meu lado. Caminhou até a bancada e pegou um potinho de isopor.

  - Está com sede?

Assenti.

  - Água ou suco?

  - Água.

Ele foi até a mini geladeira e pegou uma garrada. Entregou-me a já aberta e com um canudo.

  - Uau, realmente estava com sede – ele murmurou ao ver que eu havia bebido mais que a metade. – Está com fome?

E naquele momento eu percebi que estava faminta. Não sei dizer bem quando foi a última vez que eu me alimentei, estava meio desnorteada sobre que horas eram, não saberia dizer se era de dia ou de noite.

  - Que horas são? – perguntei tentando me nortear.

  - São – ele olhou para o relógio na parede – 11:27.

  - Credo! Eu estou dormindo desde que horas?

  - Sua tia saiu daqui as 20h, você foi acordada as 1:30 para amamentar – disso eu não recordava. – e a Sophie mamou enquanto você permanecia num estado acordada/dormindo, e eu vim agora te trazer essa sopa – ele ergueu o potinho – e consequentemente te acordei. Juro que me preocupei com seu estado inconsciente, mas as enfermeiras me disseram que eram normal e você precisava desse descanso – ele deu de ombros enquanto tirava a tampinha da sopa.

  - Eu posso fazer isso – revirei os olhos tentando me ajeitar na cama, mas eu ainda me sentia molenga pelo sono e dolorida pelo parto.

  - Nada disso, me deixe cuidar de você – ele pediu de um jeito carinhoso, olhando nos meus olhos. Isso era jogo baixo, não tinha como resistir.

  - Tudo bem – revirei os olhos tentando esconder minha comoção.

Ele pegou uma colherada de sopa e assoprou para mim.

  - Olha o aviãozinho, abre o bocão – ele brincou com a colher, cautelosamente para não derramar – Vruuuummmmmmm.

Encarei-o de boca fechada.

  - Kath, abra a boca, não podemos brincar de aviãozinho se a passagem dele estiver  bloqueada pela sua boquinha fechada, amor – ele explicou como se fizesse com uma criança.

  - Harry, por favor – revirei os olhos rindo.

  - Você é uma menina muito, muito, muito má, vai ficar sem beijo de sobremesa – ele fechou a cara enquanto colocava a colher na minha boca aberta.

Deixei que ele continuasse me dando a sopa e aproveitei para devanear, já que não precisava fazer absolutamente nada. Apenas comer, claro.

 Harry estava tão concentrado, na sua tarefa tão simples, que havia vinco entre suas sobrancelhas franzidas. Sua boca rosada, tão perfeita que eu poderia jurar que havia sido desenhada, formava uma linha reta. Eu sentia vontade de tocá-lo, de me levantar e pular em seus braços, mas eu não estava em condições. Lembrei-me vagamente de quando nos conhecemos, lembrei-me de meu breve envolvimento com Josh, que foi ótimo, mas não posso negar que com o Harry foi melhor, afinal, passamos por tantas coisas juntos e hoje até temos uma filha.

 Quando estava dentro daquele avião que saía do Brasil e vinha aqui para Londres, eu jamais poderia dizer que minha vida tomaria um rumo tão certo, jamais poderia dizer que aquela definitivamente seria a melhor parte da minha vida. Cometi tantos erros que nem em um milhão de anos poderia dizer que as coisas dariam certo da forma que estão dando, mas como dizem “as coisas tem que dar errado primeiro para depois darem certo”. É, acho que nunca ouvi nada tão certo.

  - Um milhão de libras pelos seus pensamentos. – Harry disse com seu encantador sorriso de lado.

  - Hã? O que? – pisquei algumas vezes tentado retornar a realidade.

  - Você ficou me olhando com esses olhinhos e esse sorriso no rosto, eu que devia te perguntar “O que?” – ele deu ênfase na última palavra, numa imitação péssima da minha voz.

 Ri baixo de sua imitação fajuta de uma voz feminina.

  - E então, no que estava pensando? – ele perguntou me dando a última colherada.

  - Em você.

  - Hmmm, interessante – ele colocou a colher dentro do recipiente da sopa e pôs a mão, agora livre, sob o queixo, como se pensasse a respeito. – E quais eram esses pensamentos sobre mim? – ele perguntou um pouco malicioso, tocando na ponta do meu nariz com seu dedo indicador.

  - Estava pensando sobre como a Sophie foi gerada – respondi ao seu tom malicioso.

  - Sério? – seu queixo caiu um pouco em surpresa só para depois ser fechado em um sorriso pra lá de malicioso.

  - Não – respondi esticando risonha, esticando minha mão para tocar seus cachos. Ele inclinou a cabeça em direção ao meu toque, seus olhos fechados enquanto ele apreciava o carinho. – Estava pensando em como as coisas estão dando certo na minha vida. Estou pensando em como eu estou feliz, em como foi bom ter me mudado para cá, em como foi bom te conhecer, como foi bom terminar com o Josh, como foi bom te dar uma segunda chance e depois uma terceira – eu ri com o final.

  - Eu fui um idiota por ter feito o que fiz com você, me desc...

  - Shhhh – eu o interrompi, tirando minha mão de seu cabelo e colando a ponta de meus dedos em seus lábios para silencia-lo. Ele abriu os olhos um tanto quanto confuso. – Já conversamos sobre isso, não precisa pedir desculpas, não há nada a ser perdoado. Não mais.

  - Eu te amo – seus olhos eram como duas esmeraldas em estado líquido, brilhavam com um tanta intensidade, ele me olhava com tanto carinho que, mais uma vez, eu me colocava no pedestal de primeiro lugar da mulher mais sortuda do mundo.

  - Eu também te amo – consegui responder antes que ele colasse nossos lábios e nossas línguas dançassem.

*

  A TV estava ligada em um canal infantil que exibia Bob Esponja. Eu posso ter 18 anos, mas ainda sou apaixonada por esse desenho.

Houveram duas batidinhas na porta e, sem desgrudar os olhos da TV, falei em um tom de voz alto o suficiente para ser ouvida.

  - Pode entrar.


Notas Finais


Se encontrarem erros, pfvor me avisem!! Espero que tenham gostado. É engraçado ver vocês comentando "eu sei que você não vai ler meu comentário..." gente, eu leio T O D O S, pode ter mil comentários e eu vou ler um por um com o maior carinho do mundo, eu amo os comentários de vocês, me deixa feliz, animada pra escrever mais e mais, é ótimo entrar e ver um comentário novo. Talvez seja desnecessário confessar, mas chorei com os comentários de vocês no último capítulo. Isso faz de mim uma retardada? uashuahsuh. SEMANA QUE VEM TEM MAIS CAPÍTULOS, ME DIGAM O QUE ACHARAM, BOM FINAL DE SEMANA, OBRIGADA POR TUDO E AMO VOCÊS!!!!!!!!!! <3


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