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História More Than This - Um grande notícia - Parte II


Escrita por: Peace

Notas do Autor


MEU SENHOR, QUE SAUDADES DISSO! PELO AMOR!!! EU NEM SEI O QUE ESCREVER AQUI, NÃO ABANDONEI A FIC!!! TO AQUI! VOLTEI PRA VCS <333333 Vou fazer um resumido de explicações: Colégio novo, ensino médio, muito mais dever de casa, meus pais controlando minha internet, viagem e imprevistos. O cap já era pra ter saído a muitoooo tempo mas aconteceu muita coisa e eu não consegui antes, mas eu estou aqui trazendo o (ah :( ) penúltimo capítulo :c Estou triste com isso, mas fazer o que. Bom se tiver sobrado alguma leitora, me desculpe pela demora, mesmo. E é isso, espero que vocês gostem desse capítulo tanto quanto eu gostei e dou todos os créditos a dlç, maravilhosa, gatona da Giovanna <3 Boa leitura amores :3

Capítulo 89 - Um grande notícia - Parte II


As ruas estavam vazias. Mas é claro, já que se passavam de uma hora da manhã. Quase nenhum carro frequentavam os sinais de trânsitos e a neve havia parado de cair um pouco. As pistas estavam escorregadias demais o que nos obrigava a andar irritantemente devagar. Encarei uma cafeteria que estava aberta ao nosso lado, abri o vidro e o cheiro hipnotizante de café misturado ao bolo de chocolate entrou pelas minhas narinas e um desejo incontrolável de comer brigadeiro invadiu-me. Eu podia sentir o gosto, a textura, minha boca salivava de desejo. Mordi os lábios tentando afastar esse pensamento mas fora impossível. 

  - Brigadeiro! – exclamei e segurei a barra de meu sobretudo. 

  - O que? – Harry deu uma freada brusca que fez nossos corpos irem para frente apenas para chocarem-se novamente contra o assento do carro. Os pneus cantaram no asfalto e quando o carro parou no meio da avenida vazia, virou-se para mim. – O que você disse?

  - Você quer me matar? – perguntei e percebi que estava agora com as unhas cravadas no estofado do banco.

  - Desculpe amor, mas é que eu estava tão distraído e de repente você berra...” brigadeiro”? – Ouvi-lo falar brigadeiro era tão engraçado por culpa de seu sotaque britânico. 

 - Ah sim, brigadeiro – lembrei-me do meu desejo.

  - Brigadeiro? Como assim? – sua expressão era de tremenda confusão e seus olhos estavam apertados tentando entender-me. 

  - Desejo, amor. Estou com desejo de brigadeiro, de panela, feito em casa – apenas por ter aquele pensamento, imaginei que já estava babando.

  - Ok, seu primeiro desejo, brigadeiro. Uau... ok. Brigadeiro. Onde compra isso? Ele vende em potinho? Mercado? – encarou-me. 

 E então eu me toquei que aqui não tem leite condensado. Não tem brigadeiro. E as poucas vezes que eu fiz desde que cheguei em Londres foi do estoque que minha tia trouxe do Brasil, que inclusive já acabou há muito tempo.
Meus olhos começaram a lacrimejar e meus lábios tremeram quando percebi que teria que encarar a realidade. Sem brigadeiro. Cruzei os braços na altura dos seios e olhei para fora da janela, ainda com os lábios formando um biquinho. Hormônios. Eu não conseguia controlar meu choro.

  - Você está chorando? Não chore. – Harry me abraçou forte e eu escondi meu rosto em seu peito. – Nós vamos achar seu brigadeiro, ok? Nem que fiquemos até as 5 horas da manhã procurando os ingredientes. – sorriu tentando me animar e eu sorri, um pouco mais esperançosa. Harry me deu um selinho e voltou a andar com o carro. Sua mão direita estava em cima da minha coxa acariciando-a enquanto usava a outra para controlar o volante. 

Nos três mercados em que fomos, não encontramos. Toda vez que perguntávamos se tinha leite condensado, éramos recebidos com expressões de confusão. Acabou que encontrei em uma conveniência, chocolate em pó. Já que fazia parte da receita compramos de uma vez pois não tínhamos a certeza se tinha no apartamento. 

E lá fomos nós. E ainda assim não encontramos. A maioria das lojas estavam fechadas devido ao horário. O desejo não passava de jeito nenhum e eu só conseguia imaginar uma panela de brigadeiro na minha frente. Harry tentou comprar uma barra de chocolate pra mim, mas aquilo me deu vontade de vomitar. 

  - Não há mais onde procurar – Harry suspirou. – Seu primeiro desejo e eu não sou capaz de realizar – ele deu um soco no volante. – Agora meu filho vai nascer com cara de brigadeiro! – exclamou irritado. Tive que rir, mas ele não achou graça. Girou a chave na ignição ligando o carro e deu a partida.

Rodamos, rodamos e rodamos por todos os mercados, padarias e conveniências possíveis, até que Harry parou em um restaurante que estava aberto a essa hora. 

  - Amor...- disse com a voz risonha. – Não acho que você vá encontrar em um restaurante! 

  - Quem sabe? – perguntou e dei de ombros. 

Harry entrou correndo no restaurante e passou um tempo conversando com a atendente pelo que pude ver do carro. Depois eles tiraram uma foto juntos e Harry assinou um papel. Devia ser autógrafo. Logo após ele sumiu do meu campo de visão e retornou correndo para o carro com uma sacola na mão. 

  - Achou? – exclamei com a boca formando um “o” e cobrindo-a com as mãos. Meus olhos se iluminaram assim que vi as latas e eu senti um prazer imenso. – Mas... Por que é que venderiam latas de leite condensado em um restaurante? – perguntei confusa. 

  - Eles não vendem... A atendente me explicou que eles trabalham com culinárias de várias culturas diferentes e usam o leite condensado para fazer sobremesas brasileiras. Então eu perguntei se ela me venderia e ela disse que sim. Eles têm um estoque imenso, e todo mês a proprietária viaja para renovar, então não teria problemas! E na verdade também, ela era uma fã, o que ajudou bastante... – deu uma piscadela e gargalhou depois. – Ela nem queria cobrar, mas fiz questão de deixar dinheiro em cima do balcão... 

  - Que bom que achamos! Finalmente! – exclamei triunfante. Harry concordou e dirigimos rumo ao apartamento. 

*

  Não há coisa mais torturante no mundo do que ter que esperar o Brigadeiro esfriar. Eu não me importava em comer quente, afinal, estava frio o bastante para isso. Mas só de pensar que uma possível dor de barriga viria depois, eu já desanimava e preferia aguardar.

Eu estava sentada na cadeira da mesa da cozinha vigiando o brigadeiro que estava em cima da pia. Conferia o relógio a todo minuto vendo se já tinha tempo suficiente para esfriar e poder comer.

  - Hey... – Harry apareceu e me abraçou por trás. Respirei seu perfume maravilhoso e inclinei-me para trás deixando um beijo em seu pescoço. – Só pra avisar... o Brigadeiro não vai fugir não! – falou rindo e eu o encarei brava. Ele riu ainda mais e apertou meu nariz. 

  - Já posso comer? – fiz biquinho e olhei em seus olhos.

  - Bom, diz você. Já faz meia hora que está sentada aqui cuidando pra que nenhum mosquito passe por cima da panela... – disse e eu dei uma risada irônica. – Você que sabe... Já quer comer? 

  - Quero! – respondi feliz e saí correndo em busca de uma colher. Enfiei ela na panela e tirei uma quantidade exagerada colocando tudo na boca. Estava quente. Bem quente. Mas eu não me importei. Continuei comendo até que meu olhar foi parar em Harry que estava com os olhos minimamente arregalados. – Aceita? – dei um sorriso amarelo, ou melhor, marrom, após terminar de engolir minha terceira colher e ele se aproximou. Tomou a colher da minha mão e a levou em direção a boca. 

Eu encarava tudo atentamente, até que um pouco de chocolate escorreu por seus lábios e ele passou a língua limpando lentamente. Mordi os lábios tentando controlar o desejo e tesão que eu estava sentindo mas era praticamente impossível. 

  - Isso é bom... Muito bom. – disse e soltou um “hmm” com a boca o que fez parecer um gemido, me instigando ainda mais. Ele encheu mais uma colher e eu coloquei a panela em cima da mesa, tomando a colher da sua mão assim que ele colocou na boca. Harry encarou-me confuso e eu o empurrei o fazendo bater as costas na parede. Observei ele lamber os lábios novamente, e rápido os ataquei com os meus. 

Sua boca, quente como sempre, fez com que um calafrio corresse por todo meu corpo e eu suspirei durante o beijo. Eu não pensava em mais nada, apenas no prazer que eu queria que Harry me proporcionasse. Eu não precisava mais de brigadeiro, ou de qualquer outra coisa. Só queria o corpo dele colado ao meu. 

Suas mãos foram até minha cintura e apertou-a fortemente, girando nossos corpos, fazendo-me ficar encostada na parede dessa vez. Sua língua explorava minha boca intensamente, deixando o gosto de chocolate como um rastro. Suguei seus lábios tentando sentir mais desse sabor e Harry afastou a boca da minha, beijando meu pescoço em seguida. 

Com rapidez, coloquei minhas mãos na fivela do seu cinto e eu o desabotoei, fazendo o mesmo com a calça, o que a fez escorregar até a canela. Minhas unhas arranharam seu abdome por baixo da camiseta e contornaram o umbigo, seguindo pelo “caminho da felicidade”. 

Enfiei minha mão dentro da boxe preta que ele usava e massageei seu membro devagar. Harry já estava duro, e seu pênis ficou ainda mais ereto quando sentiu o contato de minha mão gelada em sua carne quente. Ele gemeu rouco em meu ouvido me deixando ainda mais excitada. Suspirei mais uma vez e pressionei o membro de Harry. 

Ele tirou minha mão de dentro da boxe mas eu consegui abaixá-la antes deixando seu pênis exposto. Mordi os lábios e gemi baixo. Harry foi me empurrando até chegarmos perto de uma bancada baixa que tinha na cozinha, onde tinha apenas uma tolha de enfeite . Jogou-a no chão e me colocou deitada em cima, fazendo minhas pernas ficarem abertas e posicionando-se no meio delas. 

Tirou meus sapatos, arrancou meus shorts e rasgou a meia calça na parte próxima a virilha e coxa, deixando me apenas de blusa, semi meia calça e calcinha. Harry pegou seu membro e começou a se masturbar na minha frente, eu estava com um tesão que eu nunca havia sentido em toda minha vida e Harry sorriu ao ver minha calcinha molhar levemente, devido sua cor clara. Ele arrastou-a para o lado e passou o dedo por toda minha extensão. 

Ele ainda se tocava quando introduziu um dos dedos, provocando em mim um gemido que o fez gemer junto. Ele parou com seus movimentos e retirou seu dedo de mim, aproximando sua boca e começou a lamber minha intimidade. Gemia alto cada vez que sua língua brincava com meu clitóris e acabei gozando em sua boca. 

Harry me desceu da bancada e foi nos guiando até o sofá da sala. Aquele sofá trazia boas recordações... Deitou por cima de mim e quando estava preste a penetrar, encarou-me preocupado. 

  - Você está gravida... Tem certeza que não há problemas? – perguntou. 

  - Tenho... Mete logo que eu não aguento mais. – gemi quando Harry encostou sua glande em minha entrada, brincando comigo e depois me penetrou, fazendo-me ter uma noite maravilhosa e ter o melhor orgasmo da minha vida. 

*

  Minha vida já estava um caos, passei o dia inteiro correndo de um lado para o outro, atendendo ligações, indo atrás de tudo e eu tinha a sensação de que nada ia dar certo. Já eram 15:00h e o bolo que encomendei para Harry ainda não havia chegado, duas horas de atraso. O buffet não veio o que foi pedido e eu estava tentando resolver isso. O espaço que eu havia alugado ainda estava desorganizado. Pela manhã umas vieram fazer faxina, o que já foi ótimo. Eu precisava arrumar tanta coisa e o tempo parecia correr contra mim. Quando Liam passou aqui para trazer meu almoço, me desejou boa sorte e disse que achava pouco provável eu conseguir arrumar tudo.

Niall me ligou dizendo que Harry estava indo parar nas mãos de Zayn, pois já não aguentava mais tentar mantê-lo entretido e sem vontade de me encontrar. Dou graças por ter os meninos me ajudando nessa, eles prometeram que iriam passar o dia com o Harry. Menti pra ele dizendo que iria passar o dia ocupada resolvendo tudo o que estava pendente na faculdade.

  - Senhora, a moça do buffet está na linha à sua espera – o segurança me chamou. “Que dê tudo certo, vai dar tudo certo”, pedi em pensamento. 

Graças aos céus eu consegui o buffet certo e bem à tempo. Mas ainda faltavam outras coisas.

  - Dara, por favor, tome conta de tudo, e quando os organizadores chegarem, peça para eles olharem o modelo de festa escolhido que deixei em cima da bancada da cozinha, os ajustes estão na folha de trás. Agora eu vou ir atrás do bolo, qualquer coisa é só me ligar. 
 Peguei um táxi e fui direto para a confeitaria que ficava, mais ou menos a uns vinte minutos dali.

Eu havia planejado tudo em exatamente um dia. Ontem, enquanto Harry saiu para algumas reuniões e resolver assuntos da banda, comecei a tentar organizar sua festa de aniversário ,junto a Eleanor, que inclusive era hoje. Nós andávamos de um lado para o outro tentando encontrar buffet e decoradores disponíveis de um dia para o outro e tudo pareceu conspirar contra meu favor.

O combinado foi para todos chegarem às nove horas da noite. Louis e Zayn iriam trazer Harry quando fosse 21:30. Eu só tenho praticamente seis horas pra fazer tudo, incluindo me arrumar para estar apresentável na festa.

Minha lista de convidados era mínima, alguns amigos próximos e familiares, mas depois, quando resolvemos fazer algo maior que o esperado, decidimos chamar muita gente. Foram enviados muitos convites, alegando que a festa seria surpresa. Cheguei na confeitaria e me avisaram que o bolo já havia sido enviado. Ótimo.

Quando voltei para o salão de festas, vi que ele já estava começando a se transformar, e quase chorei de alegria. Haviam pelo menos umas trinta pessoas trabalhando ali para por tudo em ordem. O buffet já arrumava as mesas, os decoradores já começaram a fazer o rebaixamento e todo o resto da decoração, e o DJ já estava montando seus equipamentos no mini palco.

No local onde resolvi colocar o bolo, os decoradores conseguiram ligar uma cascata de água que ficava por trás da parede de vidro que envolvia as três paredes da área onde ficaria as mesas de doces e o bolo. O chão era de vidro e por isso era possível ver a piscina abaixo que estava repleta de luzes. 

Fiquei contente ao ver o bolo de quatro andares, que era um cupcake imenso com um bonequinho idêntico ao Harry em cima como vela. Já havia sido posto em uma mesa de vidro, os doces já estavam sendo organizados, e os cupcakes eram de cores diversas e estavam sendo postos de modo que se parecessem com um belo arco-íris. As mesas e cadeiras foram forradas com toalhas de seda. Em um ponto mais afastado, as luzes neon pipocavam, lançando feixes de luz colorida de um lado para o outro em meio a fumaça artificial. 

Algumas bolas brancas estavam sendo penduradas no teto em meio a fitas de papel crepom e um enorme globo fora colocado no meio da pista de dança. O barman já estava colocando suas garrafas em cima do balcão e começando a preparar algumas bebidas que serviriam no começo da festa.

Harry me ligou diversas vezes e eu dei a desculpa de que me enrolei na faculdade e tive que fazer alguns trabalhos para recuperar a nota e que logo após iria passar na casa de minha tia, para só assim ir encontra-lo. Tenho certeza de que o convenci. 
Faltavam apenas duas horas para a festa começar e eu estava completamente desesperada ajudando o pessoal do Buffet organizar tudo corretamente. Eu ainda tinha que me arrumar e eu previa que não daria tempo. 

Minha salvação foi quando Eleanor apareceu correndo em cima de seus saltos e já toda arrumada e maquiada. Cumprimentou-me com um beijo no rosto e me abraçou.

  - Pega o meu carro e corre pra casa da sua tia. Acabei de deixar todas as coisas que você vai precisar lá e lembrei que se você se arrumasse em casa poderia topar com o Harry. – estendeu-me a chave do seu carro. – Corre que eu dou um jeito aqui. 

  - Muito obrigada! – agradeci e a abracei e fui andando até a saída. Evitava correr para não ter o risco de cair e acontecer algo ruim ao bebê. Enquanto andava, ouvi Eleanor batendo palmas. 

  - Vamos lá gente! Falta pouco tempo e isso aqui tá desorganizado demais pro meu gosto! – ouvi-a gritar com autoridade e sorri. Eu tinha uma amiga ótima. 

*
  Já tinha tomado um banho e lavado meu cabelo. Estava apenas de roupão e sentada de frente para a penteadeira do quarto de Tia Alicia enquanto ela secava meu cabelo fazendo-o ficar com ondas. 

Wilmer guardou o carro de Eleanor na garagem da casa já que seria mais seguro se eu fosse no carro com eles. Concordei pois sabia que ele estava certo e, a cada minuto que passava, eu rezava para que nada desse errado. O plano todo era que Zayn e Louis conseguissem convence-lo a ir a uma boate e passar a noite bebendo e se divertindo. Eu só não tinha a certeza se Harry aceitaria. 

Depois que tia Alicia terminou de arrumar meu cabelo, eu ainda tinha 50 minutos para ficar pronta. Ela saiu do quarto e eu tirei o roupão. Coloquei a lingerie que Eleanor tinha deixado para mim, que afinal, era muito linda e sexy, e comecei a passar creme no corpo, quando meu telefone tocou. Harry.

  - Hey meu amor. – atendi apoiando o celular entre a bochecha e os ombros, continuando a passar meu creme de baunilha. 

  - Hey Kath... – sua voz aparentava nervosismo.
 
 - Está tudo bem com você? Não te vejo faz um bom tempinho... – soltei uma risadinha fraca. 
 
 - Sim... Está tudo bem comigo... E com vocês? 

 - Estamos ótimos, querido. – sorri a perceber sua preocupação com nosso bebê. Era por isso que eu o amava tanto. 

  - Bom, eu te liguei pra saber como você estava e que...

  - E...? – o incentivei a continuar. 

  - Então... é que o Louis e o Zayn estão me perturbando para irmos a uma boate nova que abriu e bom, eu não sei se é uma boa ideia. Não quero deixar você sozinha e eu não estou muito afim de ir...Preferia ficar em casa com você, até porque não nos vemos desde cedo.

 - Amor... É o seu aniversário! Vá! Se divirta, vai ser bom pra você... E faz um bom tempinho que você não sai com seus amigos pra uma boate... Vá sim! – tentei-o convencer de forma que não demonstrasse meu desespero e nervosismo. 

 - Tem certeza? 

 - Claro que sim, amor. Eu espero você, ok? 

 - Tudo bem então... Voltarei cedo pra ficar com você. – prometeu. – Eu te amo. – disse e eu sorri. 

 - Eu te amo. Muito. 

 - Até mais tarde... Fiquem bem. 
 

 - Até. – disse e desliguei o aparelho. 

Perfeito, tudo certo.

Comecei a me maquiar e como já estou um pouco acostumada, não demorei muito. Havíamos comprado ontem, eu e Eleanor, um vestido longo para que eu usasse. De acordo com Eleanor seria melhor se eu me comportasse melhor em relação às minhas vestimentas, agora que estava grávida. Ela informou que a mídia não teria uma boa impressão se me visse com roupas curtas, esperando um bebê, ainda mais depois das fotos de lingerie que eu havia feito meses antes. 

Tive que concordar, ela estava com toda a razão. O vestido, pra mim, era o mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida. Minha barriga não tinha crescido nenhum milímetro ainda, o que era ótimo e eu não tinha que me preocupar de estar gorda nele. Realçava meus seios, apenas. Mas eu não importava, espero que Harry também não se importe. Mas ele sabe, que tudo o que guardo, é apenas para ele. 

Minha tia entrou no quarto novamente e com ajuda dela, coloquei o vestido (1). Todo o bordado de brilhantes foi realçado em meu corpo, e eu sorri ao ver o quão lindo havia ficado. Calcei os saltos, borrifei meu perfume e fomos embora. Eu estava bem atrasada por ser uma das principais. 

Entramos no carro e partimos em direção ao salão. Assim que entrei, Wilmer me ajudou a sair do carro e caminhei lentamente até a porta de entrada. Assim que entrei, vi que já estava lotado e todos os olhares se direcionaram para mim. Todos começaram a bater palmas e ouvi alguns assobios. Sorri agradecida enquanto tentava controlar a vermelhidão em meu rosto. 

Eleanor surgiu do além e veio correndo em minha direção de braços abertos, praticamente se jogando em cima de mim. 

  - Opa! Não esquece que sou uma grávida, ok? – havia contado pra ela ontem sobre a minha gravidez, e após um mini surto, ela me abraçou e me parabenizou, praticamente me ameaçando depois se eu não coloca-la como madrinha. 

  - Me desculpa, me desculpa! Oh meu Deus! Você está tão linda! Harry vai pirar de vez! – falou rindo e me abraçou forte. 

  - Obrigada por tudo Els, você não sabe o quanto eu te amo e o tanto que eu agradeço por ter uma amiga como você. Obrigada por sempre me apoiar e estar sempre do meu lado. Está pra nascer alguém melhor do que você. – a abracei apertado e me segurei para não chorar. 

  - Vou te matar Kath, me fez chorar... – olhei pra ela e ela estava definitivamente chorando. – Eu também te amo, e muito. E eu quem deveria te agradecer, por tudo! E agradecer a Deus por ter colocado na minha vida uma pessoa tão maravilhosa! – nos abraçamos mais uma vez mas fomos interrompidos por Niall que apareceu. 

  - Hey! Uau Kath! Você está muito linda! – falou e me deu um abraço.

  - Obrigada Niall! – respondi e dei um beijo em sua bochecha. Logo Liam apareceu. 

  - Harry vai ter um ataque quando te ver com todo esse decote. – Liam chegou brincando e deu um beijo em minha testa. – Mas você está linda. 

  - Ai meu Deus gente, obrigada! – falei sorridente. 

  - Eles já estão chegando! – Eleanor falou depois de voltar correndo já que tinha saído para atender o telefone. – Louis falou que dentro de 5 minutos estão aqui! 
Depois disso foi uma correria que só. Liam e Niall começaram a gritar para que todos ficassem quietos e se escondessem. Eu levei vários empurrões e quase caí uma vez, sorte que Liam segurou minha cintura. 

Com a algazarra toda ainda acontecendo, andei devagar até um cantinho um pouco escondido e me encostei na parede. Tinha um pufe perto que fazia parte da decoração e eu aproveitei para sentar um pouco. Toda essa movimentação não me fez muito bem e eu estava começando a ter um mal estar. 

Respirava fundo tentando me acalmar mas não estava adiantando muito. Niall chegou correndo de repente e se sentou ao meu lado. 

  - Eles chegaram! Vamos lá pra porta? – ainda respirava fundo mas mesmo assim assenti. – Hey, ta tudo bem? 

  - Sim, é só um mal estar. 

  - Quer alguma coisa? Uma água? – perguntou. Ele estava realmente preocupado. 

  - Não, tá tudo bem. Só me ajuda a ir até a entrada? Quero ver o Harry. 

  - Claro! Vem... – ele pegou minha mão e me ajudou a ir até um lugar perto da porta. Assim que Harry entrasse, me viria de imediato. Niall ficou ao meu lado o tempo todo. 

As luzes estavam apagadas e quando os três apareceram na porta, todas se ascenderam e todo mundo gritou “SURPRESA!”. Todos gritavam, batiam palmas e cantavam ao mesmo tempo, enquanto Harry encarava tudo atônito. Seu olhar encontrou o meu e ele veio correndo em minha direção. Pegou-me no colo e me girou por um bom tempo até parar, me abraçar e beijar meus lábios. Correspondi ao seu calmo e apaixonante beijo e quando terminou, depositei um selinho em seu queixo. 

  - Espero que tenha gostado da surpresa... – sussurrei contra seus lábios, o beijando novamente. 

  - Eu amei ! Meu Deus! – segurou meu rosto com as mãos e continuou me beijando. – Eu te amo tanto! Você é a melhor mulher que eu poderia encontrar... Obrigado por tudo. – beijou-me novamente, e fomos recebidos com mais salva de palmas.

  - Parabéns pelo seu dia, meu amor! Espero que todos seus sonhos se realizem, que você tenha muitos anos de vida ao meu lado, que nosso amor seja eterno. Espero que não mude seu jeito por nada nem por ninguém... Feliz aniversário! Espero que seja feliz... – sussurrei. 

  - Eu só vou ser feliz, se for ao seu lado. – disse também em forma de sussurro. – Eu amo você.

  - Eu também amo você. – nos separamos um pouco e Harry aproveitou para me examinar. Fez uma cara feia ao ver meu decote e estreitou os olhos para mim. Puxou minha cintura contra si e apertou meu corpo ao seu. 

  - Você tá maravilhosa... – falou roçando os lábios em meu pescoço. O lugar em que estávamos era um pouco escuro e ninguém nos observava. Estavam mais preocupados em comer e se divertir, e depois parabenizariam Harry. – Mas não acha que esse decote tá muito grande não? – mordeu o lóbulo da minha orelha e lambeu uma parte do meu pescoço, cheirando-o depois. – Adoro seu cheiro. Me excita. 

  - Harry...- saiu como um gemido. 

  - Terminamos isso em casa...- deu um sorrisinho irônico e eu suspirei, tentando conter o riso. – Guarde isso aqui, – apertou discretamente meus seios, por cima do vestido. – pra mim. – mordeu os lábios assim que terminou de dizer. 

  - Não só isso mas como todo o resto. – sussurrei provocante contra seu ouvido e o senti arrepiar. 

  - Não me deixe duro no meio da festa Kath... Sabe que eu não resisto.- soltei uma gargalhada e sai andando puxando-o pela mão, rumo aos convidados. 

*


  Naquela mesma semana, Harry anunciou que eu iria a turnê com ele, e ainda disse que não adiantava argumentar contra, ele já havia conversado com seus produtores e explicado a situação, disse que seria melhor se eu os acompanhasse já que não sabia qual seria sua reação ao ficar tanto tempo longe de mim e perdendo toda a minha gestação. Disse que tinha certeza que seu desempenho no palco não seria bom, pois com certeza ficaria preocupado comigo, querendo saber como eu estava e assim não poderia dar o melhor de si. Então, me ajudou a arrumar minhas malas.

 Uma semana antes da turnê começar, Harry me levou a um médico para checarmos se estava tudo bem com a minha saúde e se não era uma gravidez de risco. Ele já torcia para saber o sexo do bebê, porém até eu mesma sabia que ainda era cedo demais para isso.

Tudo o que descobrimos foi: gravidez segura, aproximadamente um mês e meio de gestação e sexo... bom, cedo demais para isso.

*
 Contei para minha mãe sobre a gravidez, e sua reação foi a mesma que a de minha tia, menos a parte de “meu sonho é ficar grávida.”

Eu estava louca para contar para Matt, mas quando liguei ele estava ocupado, assim como Gemma. Bem mais tarde Harry conseguiu contar para sua irmã que teve uma reação oposta a da mãe e os dois irmãos ficaram gritando por bastante tempo no telefone.

 As semanas se passaram, os desejos aumentaram, as náuseas, o vomito e tudo aquilo me deixava bem irritada. Eu já me sentia um pouquinho inchada e o barulho que estava fazendo na arena 02 era ensurdecedor e incrível. Milhões de vozes os clamavam. Finalzinho do mês de fevereiro, inicio da Take Me Home Tour, aqui estamos nós. O primeiro show da turnê estava sendo na arena 02 em Londres. Estávamos todos atrás do palco apenas esperando a hora do show começar.

Como sempre eles fizeram seus cumprimentos e brincadeiras. Já corriam para a escadaria para subir ao palco, Harry foi o último, ele correu até mim, beijou minha barriga e depois me deu um beijo rápido e subiu no palco.

 A turnê se deslocou para outras cidades e eu acompanhei. Primeiro Europa, logo depois, houve o evento do Red Nose Day que foi no dia 25 de março. Harry aproveitou então para anunciar ao mundo o novo bebê que estava a caminho. 

 A reação foi enlouquecedora. Fãs revoltadas, algumas felizes e outras queriam me matar. Depois disso, Harry contratou seguranças para ficar tomando conta de mim. O mundo inteiro sabia da minha gravidez e ele tinha medo que algo de ruim acontecesse comigo e com nosso filho. Todos os dias eu recebia mensagens de ódio no Twitter, mas eu pouco me importava. Eu estava feliz e o mais importante era isso. Nossa felicidade e Saúde. 

 Depois disso voltamos a turnê, passamos pelos Eua, Autrália e Japão. Foram feitos shows da turnê, entrevistas, tarde de autógrafos, encontro com fãs, sessões de fotos e em grande parte eu acompanhei tudo de perto, menos quando não estava me sentindo muito bem. 

 Chegamos em maio. Quarto mês de gestação. Harry conseguiu agendar com urgência algum médico que nos atendesse na cidade em que seria o show e aqui estamos nós, na recepção, esperando sermos atendidos. 

 Minha barriga está com pouco volume, e, de acordo com o último médico que eu visitei, ele avisou que era provável que eu não ficasse com um barrigão tão grande devido a minha estrutura e a cintura fina. Fiquei feliz com isso, afinal, não queria parecer um elefante fugitivo do zoológico toda vez que caminhasse pela rua. Exagerada? Bastante. 

Fomos chamados e caminhamos até a sala de ultrassom. Troquei de roupa colocando aquelas camisolas ridículas de hospitais e me deitei na maca. A enfermeira que estava perto passou o gel na minha barriga e ligou o aparelho. Saiu para chamar o doutor e logo ele apareceu. 

Já era um senhor de idade e nos cumprimentou com um sorriso simpático. Começou a passar o aparelho sobre a minha barriga e foi nos mostrando cada membro já semi formado do feto. 

  - Querem saber o sexo? – perguntou. 

  - Sim! Por favor! – Harry disse exasperado e o doutor soltou um risinho. 

  - Parece que vai ter que ficar de olhos bem abertos papai... Vai ter que tomar conta agora de duas mulheres! – soltou uma risada. – Parabéns, você tá esperando uma saudável e com certeza, linda menininha! – Harry e eu abrimos um largo sorriso e lágrimas de felicidade saíram pelos meus olhos. 

Depois que o médico tirou o aparelhinho do meu ventre, Harry me beijou, sussurrando depois um “ganhei a aposta”. Soltei uma risada e o beijei novamente. 

O doutor falou que eu já podia trocar de roupa e ir embora, apenas assinar uns documentos na recepção. Assenti e fomos embora do hospital, completamente feliz, por estar gerando uma linda princesinha.

*

  Os dias, semanas e meses passavam voando. A cada hora que se passavam pareciam segundos. E quando nem percebemos, já estávamos entrando no mês de outubro. Outubro. Era um mês importante para nós. Ao mesmo tempo que encerrava a Tour, eu entrava em meu nono mês de gestação. Minhas costas doíam e eu mal conseguia andar. A saúde de minha pequena não tinha como estar melhor, mas a minha, eu mal sabia.

Havia engordado ao todo apenas nove quilos, o que foi uma dádiva. Mas mesmo assim, eu mal suportava o peso da minha barriga. Harry sempre me ajudava e as vezes até nos banhos. Eu vomitava pouco agora, quase nunca, mas tinha náuseas e tonturas. Meu humor era péssimo alguns dias mas Harry e eu sempre evitávamos brigas para o bem dos dois. 

 Já estávamos em Londres novamente. Havíamos dado um jeito no apartamento e deixado tudo muito bem organizado. Os entulhos foram colocados em um quarto que sobrava no apartamento por enquanto até arrumarmos tudo completamente. Era agradável viver ali e me fazia bem. Não tínhamos tido tempo para organizar o quartinho de Sophie. Sim, esse era o nome da nossa menininha. Ela ainda nem havia nascido mas já estávamos tão apegados a ela! 

  Com a turnê e todas as viagens, não conseguimos arrumar o quartinho com decorador e tudo mais, além disso, as bagunças que tinham em nosso apartamento foram parar no quarto que deveria ser dela. Mas não nos importamos com isso, ainda tínhamos tempo depois que ela nascesse, já que mesmo com quartinho pronto ela teria que dormir em nosso quarto por longos meses ainda. 

 Compramos um berço branco, junto com enxoval rosa de desenhinhos, que colocamos ao lado da nossa cama e próximo a janela, já que assim receberia claridade do sol todos os dias e ficaria bem quentinho para o resto da noite. Compramos também uma cômoda na cor branca para deixar as coisinhas dela arrumadinhas, junto com as roupinhas e sapatinhos. O quarto era enorme, não deixando que nada ficasse apertado.

 Compramos um carrinho, bebe conforto que seria usado como cadeirinha de carro e um berço móvel para deixarmos na sala para que ela ficasse dormindo próxima a nós e mais confortável do que no carrinho. Além, é claro, de vários outros itens básicos como mamadeira, frauda, e etc.

  Estava parada em frente a cômoda do bebê terminando de dobrar as roupinhas que tinha comprado hoje e fechando as duas bolsas que levaríamos para o hospital quando eu entrasse em trabalho de parto. Poderia ser a qualquer momento já que já estava no nono mês. 

Guardei o macacãozinho na gaveta e tive que me apoiar no móvel quando uma dor absurda me atingiu. Olhei para baixo e o chão estava inteiro molhado. Minha bolsa havia estourado. E então começou as contrações. Eu mal conseguia falar ou me mexer. Eu chorava. Só não sabia se era de dor ou de felicidade. Coloquei a mão em minha barriga e comecei a respirar fundo. 

 Em meio a dor, as contrações, ao desespero e tudo o mais. Consegui pegar o tanto de ar possível, e por fim conseguir gritar. 

  - HARRY!


Notas Finais


Link do vestido (1) http://data1.whicdn.com/images/106294145/large.jpg

Se ainda houver leitoras aqui, me desculpem novamente, prometo nunca mais demorar tanto :c Estou aceitando xingamentos( faz parte), criticas, sugestões tudoo! E eu quero saber o que vocês gostariam que acontecesse no último capítulo, então fiquem a vontade para falarem o que quiserem. E acho que é isso, amo vocês amores <3 E vou deixar o discurso pro final. Então é isso, beijinhoos e até o último cap <3


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