História More Than This - Duvidas.

Infelizmente já é domingo, meu último dia aqui, o que não me deixava nada feliz.

  - Bom dia – Eleanor desejou entrando no quarto. – Não desceu para tomar café, por quê?

  - Estou sem fome.

  - Você acordou agora? – ela perguntou estranhando.

  - Sim, cedo demais.

  - Acordei às 5h, é uma droga ter que acordar cedo por culpa do Louis, agora todo dia eu acordo cedo porque eles tem algum compromisso – ela revirou os olhos.

  - O Harry foi? Você o viu hoje? – perguntei esperançosa.

  - Sim, ele tomou café com a  gente. Por quê?

  - Curiosidade – dei de ombros.

Eu não sabia bem se isso ajudava em algo, mas aliviou um terço do aperto que eu sinto no coração, se ele estava no hotel hoje tão cedo, é provável que ele tenha voltado para o hotel e passado a noite comigo, é bem provável que ele tenha voltado e eu não tenha notado.

Voltei para o quarto, tomei um banho e estudei mais um pouco. Pedi para levarem meu almoço no quarto.

* Já era fim de tarde quando ouvi os gritos histéricos das fãs que estavam na porta do hotel, isso significava que eles estavam de volta.
 Corri até minha mala e peguei uma roupa “bonita”: Pus um vestido amarelo cuja saia era soltinha, um pouco rodada, já o corpete era mais justinho realçando minhas curvas, calcei um sapatinho branco, soltei o cabelo e fiz uma maquiagem leve apenas para disfarçar meus olhos inchados. Eu estava bonita, e era isso o que eu queria.

*
Eles estavam na recepção.

Senti meu coração pulsando, como um pássaro batendo asas para voar, assim que o vi.

Uma coragem cresceu dentro de mim, uma vontade de esclarecer as coisas e descobrir o porque disso tudo, não da mais para viver desse jeito, ele pode estar lidando bem com essa situação, mas eu não estou.

Ele estava encostado no balcão da recepção perguntando algo ao atendente.

  - Podemos conversar? – pus minha mão sobre seu ombro.

Ele se virou para mim.

  - Claro – me olhou um pouco desconfiado.

Eu o guiei até a área de alimentação, é uma das áreas menos movimentadas nesse horário. Fomos até um pequeno café que ficava numa área mais afastada dentro do hotel.

  - O que está havendo? – ele perguntou sem entender assim que eu me sentei em uma das cadeiras.

  - Eu que te pergunto – cruzei os braços.

  - Querem fazer o pedido? – a garçonete perguntou sorridente.

  - Por enquanto não, obrigada – dispensei-a.

  - Não estou entendendo  – Harry sussurrou desentendido.

  - As coisas estão estranhas, você não me trata como antes – desabei – Você não tem mais interesse em mim – minha voz falhou no final.

Ele estava sem palavras, sem reação.

  - Todas as noites você some e eu não sei pra onde você vai...

  - Eu lhe digo para onde vou... – ele me interrompeu e eu o interrompi antes que ele pudesse terminar a frase.

  - Você me diz que vai a farmácia, mas eu simplesmente não sei se posso acreditar. Você tem agido com indiferença como se não se importasse comigo. Você mal conversa comigo, você não me beija como beijava antes, você não é mais o mesmo comigo! – eu praticamente gritava conforme ia chegando ao fim.

Minhas mãos agarraram a lateral da mesa e eu as apertei tentando não chorar, obrigando as lagrimas a voltarem.

  - Eu ando muito estressado, eu só não quero te por no meio disso tudo. Eu tenho tantos problemas, e estou com tantos problemas ultimamente, e a única coisa que eu não quero fazer é te preocupar com isso – ele confessou.

  - Mas o fato de você sair todas as noites, os seus problemas justificam isso? – perguntei ironicamente.

  - Não.

  - Então o que justifica isso? – retruquei.

  - O fato de que eu tenho que esfriar a cabeça. Quando eu ponho minha cabeça no travesseiro, tudo vem à tona, e como já disse, eu não quero te perturbar com isso. Então eu dou uma volta para esfriar a cabeça – ele respondeu convicto.

  - Mas você está estranho comigo... – murmurei e ele me interrompeu:

  - Eu não sei quanto tempo terei que ficar aqui para poder te explicar isso, mas estou disposto a ficar o tempo que for necessário para tentar fazer você entender que – ele pegou minhas mãos que ainda seguravam a lateral da mesa de madeira e as segurou sobre a mesa – eu te amo! Eu te amo Katherine Jowett, e nada nesse mundo vai mudar o que eu sinto por você, nada, você está me ouvindo? Eu te amo, lembre-se disso pra sempre.

Eu não sabia que reação ter, mas se eu duvidava de alguma coisa, agora já eram dúvidas, se era foi tudo mentira, eu não sei, mas ele conseguiu me convencer com isso

  - Ei, ei, ei, pare de chorar –ele pediu enxugando as lágrimas do meu rosto.

Eu me levantei e ele abriu os braços para me receber. Sentei-me em seu colo e nos beijamos por um bom tempo.

  - Vamos para o quarto? – ele sussurrou de um modo tentador assim que paramos de nos beijar.

Assenti.

*
Ele me jogou sobre a cama assim que adentramos o quarto. Uma mão acariciava minha coxa enquanto a outra sustentava o corpo sobre o meu. Não hesitamos, para que preliminares? Eu o queria agora, sem demora.
  Eu o empurrei para que ele ficasse de pé, levantei-me também.

  - Abre para mim? – pedi me virando para que ele abrisse meu vestido.

Ele teve dificuldades de encontrar o zíper, o que me deixou agoniada.

  - Pronto – sussurrou satisfeito.

Ele se despiu e eu tirei o resto de roupa que me restava.

  - Você está rápida hoje – ele me empurrou levemente para cima da cama.

Ele beijou meu pescoço e distribuiu chupões pelo mesmo. Ele tomou meus seios em suas mãos e chupou-os.

  - Para de enrolar – implorei.

  - Você quem manda – respondeu.

E antes que eu pudesse ter tempo de respirar, lá estava ele afastando minhas pernas e me penetrando.

Gemi de prazer enquanto arranhava suas costas.

  - Eu. Te. Amo – ele gemeu com uma voz rouca e excitada entre estocadas.

Arranhei suas costas com um pouco mais de força fazendo com que ele gemesse mais alto.

Logo nós estávamos no chegando ao ápice. Gozamos junto.

  - Espero que sua pílula realmente faça efeito – ele riu depois de ejacular dentro de mim.

*
Ele me deixou no aeroporto, e lá estava eu voltando para Londres para as provas finais.