Com um sobressalto eu acordei, eram 8:50 da manhã e eu fui despertada por um barulho de panelas sendo derrubadas no chão e vidro sendo quebrado
Que merda era aquela? Eu dormi tarde demais para conseguir acordar cedo. Decidi ignorar o baralho me virando para o lado e cobrindo o rosto com a colcha para evitar a claridade do sol que adentrava o recinto.
Quando havia conseguido pegar no sono novamente outro som agudo de uma vassoura sendo derrubada no chão.
Respirei fundo e contei até três. É a última vez que eu vou tentar dormir.
Antes que eu pudesse ter fechado os meus olhos, uma cadeira fora arrastada, o som estridente ecoou o quarto.
Será que o Harry não estava ouvindo isso?
E foi nesse instante que eu me dei de conta de que ele não estava deitado na cama.
Eu estava ciente de que com todo esse barulho seria impossível dormir. Então o jeito era levantar.
Quando sai do quarto tropecei em uma vassoura que estava caída no chão da sala.
Peguei a vassoura e segui em direção a cozinha.
Harry estava lá, sem camiseta, com apenas uma calça moletom puída que o deixava sexy. Ele estava cortando laranjas para fazer suco
Ele se assustou quando entrei repentinamente na cozinha.
- Que susto! – ele pôs a mão sobre o peito.
- Um furacão passou por aqui? – perguntei ao ver várias panelas caídas no chão.
- Eu abri o armário e caiu tudo.
- O que você está fazendo? – perguntei mesmo que a resposta fosse óbvia, ele estava cortando laranjas ao meio.
- Estava tentando fazer uma surpresa pra você. Mas acho que acabei te acordando – ele torceu a boca.
- Eu já estava acordada... – menti. – Então, quer ajuda?
- Quero que você volte a dormir que daqui a pouco eu vou lá te chamar.
- Tem certeza? – perguntei arqueando a sobrancelha.
- Absolu... Merda, caralho, merda! – ele xingou pulando de um pé para o outro.
- O que foi? – perguntei preocupada.
- Eu cortei o dedo mindinho – ele choramingou.
- Deixe-me ver – pedi.
- Não toca, ta doendo.
- Não acredito que você fez esse show todo porque causa disso. A faca só arranhou o seu dedo! – revirei os olhos.
- Mas está sangrando.
- Nossa, é verdade, é melhor irmos em um médico dar pontos porque esse corte está muito feio. Não quero te assustar não, mas acho que todo o sangue do seu corpo vai sair nesse corte – brinquei sarcástica.
- Que engraçadinha você – ele resmungou.
- Lava isso e põe um band-aid . Eu espremo as laranjas pra você – me ofereci enquanto o empurrei para fora da cozinha.
Procurei no armário o espremedor. Quando o achei, deixei-o em cima da bancada e fui organizar as panelas que estavam espalhadas pelo chão.
*
A jarra do espremedor já estava cheia mais que a metade, eu já havia perdido a conta de quantas laranjas havia espremido.
Coloquei aquela jarra na mesa. Ele teve todo o cuidado de colocar os pratos virados para baixo, de sobrar os guardanapos. Na mesa havia pães, queijo, peito de peru fatiado, manteiga, requeijão, um pequeno bolo, e Danone.
Eu estava lavando a sujeira que eu fiz no espremedor de laranja quando ele surgiu de repente atrás de mim e deu um tapa na minha bunda e depois a apertou.
- Espera aí – ele falou de repente.
- O que? – perguntei com o coração acelerado.
- Você está com a minha cueca, Katherine?
Merda, eu tinha me esquecido disso.
- Ela é bastante confortável. Achei que você não fosse se importar – dei de ombros.
- Isso é tão sexy – percebi que ele estava excitado pelo tom de voz.
Eu me virei de frente para ele e fui pega de surpresa por um beijo. Suas mãos apertavam com força minha cintura puxando-me para mais perto de si. Me pendurei em seu pescoço e ele me pegou no colo me colocando em cima da pia. Enrosquei minhas pernas ao redor de sua cintura.
Ele me segurou pela coxa e fomos para o quarto.
Ele me pôs na cama com ternura e ficou sobre mim.
- Eu te amo – sussurrou espalhando beijos em meu pescoço.
- Eu te amo ainda mais.
Suas mãos estavam apertando meus seios enquanto nos beijávamos. Com o pé eu empurrei sua calça para baixo, despindo-o. E para a minha sorte ele estava sem cueca.
Não importa quantas vezes eu o veja nu, vou continuar me surpreendendo com o que vejo.
Quando ele estava prestes a retirar minha cueca, o telefone tocou.
- Deixa cair na caixa de mensagem – ele sugeriu.
* - Harry cadê você cara? Tem show hoje à noite, a gente está aqui ensaiando. Vem logo, você está atrasado – reconheci a voz de Liam mensagem.
- Caramba, eu havia me esquecido – ele se levantou correndo para o banheiro.
Eu me sentei na cama suspirando. O dia já não começou com o pé direito.
* Nós tomamos o café da manhã. Ele deixou a chave em cima da bancada e pediu para que quando eu saísse fechasse tudo. Ele deixou o dinheiro em cima da bancada para que eu uma copia das chaves para mim.
* Lavei a louça e organizei a bagunça.
Vesti minha roupa e saí de lá. No meu celular havia uma mensagem de Eleanor pedindo para que eu fosse para sua casa.
*
- Els? – bati na porta de sua casa assim que cheguei.
Ela abriu a porta. Ela estava mais animada do que nunca.
- E então?
- Vamos para uma boate? – ela saltitou.
- Agora?
- Não né, de noite – ela revirou os olhos.
- Els, eles vão fazer um show hoje e nós temos que ir – lembrei-a.
- Não temos não. Não se quisermos.
- Como assim?
- Podemos dizer que estamos passando mal, e assim não vamos para o show – ela sorriu.
- Não sei não...
- Eles nunca vão saber. Eu já fiz isso várias vezes e o Louis nem desconfiou.
- Eles vão estranhar.
- Não vão não. Vamos, por favor – ela implorou.
- Mas Els... – ela me interrompeu antes que eu pudesse terminar.
- Por favor Kath! Eu não quero ir sozinha. Todo mundo da faculdade estará lá. E eu não quero ir sozinha. Por favor, vamos – ela fez cara de cachorro pidão – O Harry nunca irá saber, eu prometo, e essa será a primeira e última vez em que fazemos isso, eu juro.
Eu não conseguia dizer não para as pessoas, e esse é o meu maior defeito de todos. Eu sabia que era errado, mas se o Harry não iria saber. Que mal pode haver nisso?
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