Acordei-me com o barulho de uma porta sendo fechada. Era Zayn saindo do banheiro, ele sorriu para mim com um olhar malicioso.
Então eu senti; Harry estava com sua mão por debaixo do edredom repousada em minha barriga, abraçando-me por trás. Olhei-o por sobre o ombro e pude ver que dormia tranquilamente. Peguei meu celular debaixo do travesseiro, eram 5:30h da manhã, ainda eu estava morta de sono.
Meticulosamente, tentei livrar-me de seu abraço. Deitei-me de bruços e tentei escorregar até o chão. Sem sucesso.
- Kevin, volta aqui – Harry gritou puxando-me novamente para perto de si e me dando um abraço de urso.
- Você me chamou de que? – perguntei elevando meu tom de voz.
Ele acordou-se espantado.
- O que? – perguntou sem entender.
Acho que percebeu que estava agarrado em mim e riu em meu pescoço provocando uma sensação gostosa, logo depois depositou um beijo no mesmo eriçando os pelos de minha nuca.
Bufei.
- Você que dormiu agarrado comigo e ainda me chamou de Kevin – Revirei os olhos levantando-me rumo ao banheiro.
Antes de fechar a porta do banheiro tive um rápido vislumbre dele olhando-me maliciosamente. Idiota.
Fiz minha higiene matinal, antes de tomar um longo banho.
Pus um jeans justo, uma regata preta e uma jaqueta preta de couro por cima. Depois de por uma maquiagem básica, voltei para o quarto.
Harry estava abotoando sua calça jeans. Ufa foi por pouco, pensei.
Encostei-me na soleira da porta enquanto observava-o atrapalhar-se com o furo do cinto. Por um segundo me vi perdida admirando seu abdômen definido e... Uau! Ele levantou o olhar sorrindo para mim. Droga. Fui flagrada, pensei desviando o olhar.
- Katherine, eu sei que você esta me olhando – ele reprimia o riso.
Senti-me enrubescendo.
Depois de guardar minhas coisas na mala, sentei-me na cama para calçar meus sapatos. Podia sentir o olhar de Harry disparando-se para mim a todo instante.
- Onde estão Lou e Zayn? – perguntei sentindo a ausência dos dois.
- Estão todos lá embaixo tomando o café da manha.
- Ah sim.
Depois de pegar tudo fui até a porta pronta para descer.
- Me espera – pediu enquanto colocava a blusa.
Fiquei imóvel junto a porta aguardando, enquanto observava-o andar de um lado para o outro procurando seus sapatos.
Jogou, de qualquer jeito, algumas roupas dentro da mala.
- Deixa que eu te ajudo – ofereci ajoelhando-me ao lado de sua mala.
- Obrigado – agradeceu colocando os sapatos.
Depois de dobrar suas roupas e organizá-las na mala, descemos juntos.
Eu estava sem fome, tomei apenas um suco enquanto Harry comeu um sanduíche e tomou um cappuccino.
Todos estavam reunidos na porta do hotel quando eu e Harry chegamos. Ele logo foi atrás dos outros garotos, e eu me vi sozinha em frente a porta.
- A discussão de ontem a noite foi boa não é mesmo? – Ah não, ela não! São 6h da manhã, eu estou caindo de sono e a última coisa que eu quero nesse mundo é ouvir a voz da Ashley novamente.
- Não ouvi nenhuma – respondi indiferente.
- Ah claro que não ouviu, você era a ridícula que estava discutindo, não é mesmo? – Ai garota vaza daqui, parece que você está com um congestionamento nasal irritante, pensei.
- Ah não, eu não gosto de imitar ninguém. Ridícula já basta você – bufei.
- Não sei se você tem razão – deu-me uma piscadela e sumiu de perto de mim. Ufa, a voz dela era como um purgante para meus tímpanos.
Josh olhava desconfiado de longe, mas não veio até mim. Eu sabia que precisávamos conversar, mas não aqui e nem agora. Eu sabia bem a pessoa maravilhosa que ele é, e para ser sincera, eu ainda gosto dele. Não me importava com o incidente de ontem. Ele é incrível e de modo algum queria perde-lo. Não me importava que agora, fossemos apenas amigos. Eu ainda o queria perto de mim.
Não demorou muito para que o ônibus chegasse.
Sentei-me junto a janela, com Harry a meu lado. Josh passou por nós, para ir sentar-se no fundo do veiculo. Ele olhou para mim e pude ver triste em seu olhar. Parecia inconsolável. Senti-me culpada, resisti ao impulso de ir reconfortá-lo.
Era perceptível; Harry me olhava constantemente pelo quando do olho. Mas não demorou muito para que eu fosse vencida pelo sono avassalador.
Acordei sentindo uma movimentação suspeita embaixo de mim.
- Você está louco? – indaguei alarmada – Me ponha no chão.
Eu estava no colo de Harry dentro do estacionamento do aeroporto. Minha tia e alguns que estavam ao nosso redor riram baixo.
Ele me colocou deliberadamente de pé.
- Você estava dormindo tão tranquilamente... Não quis te acordar – explicou dando de ombros.
Revirei os olhos bufando.
Era claro que eles tinham o próprio avião.
Sentei-me ao lado da janela, mas não percebi quando Josh sentou-se a meu lado.
Ele suspirou pesarosamente.
- Precisamos conversar – falei assim que o vi.
Ele apensar assentiu uma vez sem me olhar.
- Me desculpe, pelo que aconteceu ontem, eu não queria ter brigado com você – disparei tudo de uma vez só.
Ele comprimiu os lábios e abaixou a cabeça enquanto brincava com os dedos.
- Eu fui um idiota – sua voz era tristonha, mas algo me dizia que ele não falava apenas sobre nossa briga.
- Foi tudo culpa minha.
- Eu queria ser bom o suficiente para você – ele sussurrava.
- Para ser sincera, eu que queria ser boa o suficiente para merecer te ter a meu lado.
- Eu só estava com ciúmes. Tenho medo de te perder – confessou.
- E por que iria me perder? – perguntei.
Ele engoliu em seco e me olhou rapidamente, pude ver arrependimento em seus olhos. Ele deveria estar escondendo algo, não perguntei, não queria pressioná-lo.
- Então está tudo como era antes? – perguntou.
- Espero que sim – sorri.
- Selamos nossos lábios saciando o desejo ardente de nos tocarmos.
- Eu preciso conversar com o Sandy – disse interrompendo o beijo.
- Vai lá, mas volta logo – respondi selando nosso lábios novamente.
Logo ele havia ido. Era como se eu estivesse carregando um peso imenso nas costas e agora ele estivesse sido aliviado, como se não houvesse mais nada, eu me sentia livre.
Agora que o avião estava em movimento na pista, pude perceber que a todo instante, Ashley e Maggie olhavam para trás dando risadinhas.
- Acabei de ter uma conversa com o Josh – disse Harry algum tempo depois sentando se a meu lado.
- O que? – perguntei esbaforida.
- Falei com ele. Não podia deixar o que aconteceu ontem passar em branco – ele parecia orgulhoso de seu ato – Ainda por cima se o motivo de todo o ocorrido era eu.
- Harry, eu já tinha resolvido tudo com ele – choraminguei cansada.
- A já? – perguntou surpreso.
- Já – estalei a língua.
- E então? – perguntou ansioso.
- E então, que nós nos resolvemos. Acabou tudo bem – respondi alegremente.
- Ah – ele parecia lamentar enquanto colocava o cinto e se virava para frente.
- Onde ele está? – perguntei.
- Lá atrás conversando com o Sandy – respondeu friamente.
Pude sentir a mudança em seu humor. Estaria descontente?
Alguns minutos se passaram e o silêncio já estava ficando incômodo, ele permanecia impassível, lendo uma revista cujo entrevistado era si próprio, mas parecia desinteressado.
Por um breve instante seu olhar levantou-se de encontro ao meu, porém não durou mais que a fração de um segundo.
- Que tipo que música você Kath? – perguntou alguns minutos depois do contato visual.
- Pop, música eletrônica, de tudo um pouco, sou meio eclética. – respondi.
- Cantores, bandas – ele queria que eu fosse especifica.
- Hm.. Gosto da Katy Perry... Cantoras desse gênero – respondi indiferente.
- É, ela é legal. – respondeu – E eu ainda não acredito que você não conhecia a One Direction – Graças a Deus, seu bom humor estava de volta. Ele me olhava.
- Agora eu conheço e gosto – dei-lhe uma piscadela.
Continuamos a conversar, embora não tenha durado muito, ele logo dormiu e eu segui seu exemplo.
- Kath – Josh me sacudiu levemente pelos ombros para que eu desperta-se.
- Hã? – balbuciei sonolenta esfregando os olhos.
- Chegamos – sussurrou em meu ouvido.
O avião estava pousando na pista na pista e Harry ainda roncava a meu lado.
- Bom dia cinderela – balancei-o levemente em uma tentativa de acordá-lo.
- Chegamos? – perguntou desnorteado.
- Parece que sim.
Logo nos levantamos e pela primeira vez estávamos nós três juntos na mesma hora, Josh, Harry e eu.
- E aí Harold – Josh o cumprimentou. Graças a Deus, tudo tinha se acertado.
- Oi Jojo – Harry sorriu.
Nós fomos todos para o hotel, e sim, agora eram quartos individuais, cada um com o seu.
- Você tem certeza que não vai conosco? – perguntou minha tia pela milésima vez, entrando em meu quarto. Eu havia me recusado veemente a participar de coletivas de imprensa.
- Não tia.
- Mas depois disso eu não vou voltar tão cedo, você vai ficar aqui sozinha?
- Não se preocupa não tia, eu ou ficar bem – assegurei-lhe.
- Então ta querida, qualquer coisa me liga – disse dando-me um abraço rápido e saindo do quarto.
Eu realmente não sabia o que fazer e o tédio estava começando a ser realmente um empecilho a minha felicidade.
Resolvi descer, peguei o cartão do quarto e saí sem rumo vagando pelos corredores do hotel. Eu não tinha havia reparado, agora era mais perceptível já que estavam em massa, havia seguranças nos corredores; as garotas da banda, minha tia e eu, estávamos no acima dos garotos do One Direction, e em ambos andares haviam seguranças em cada esquina dos corredores.
Desci para o saguão lotado à procura de informação.
Depois de um enfrentar a fila para falar com o recepcionista – se houvesse outra pessoa que trabalhasse no hotel e estivesse disponível, eu nunca que teria enfrentado aquela fila imensa – perguntei o que tinha de bom para se fazer no hotel. Ele me indicou a área de lazer e a piscina.
Claro que eu não havia levado nenhum biquíni, tive que usar um top e um short mesmo.
- Tia Katherine, quantos anos você tem? – perguntou Cameron com sua voz sedosa, ela tinha apenas sete anos.
- Eu tenho 17 anos – responde e ela arfou e surpresa.
- Você já é grande – disse Lola, sua irmã.
- Mas você é muito bonita – elogiou-me Mike. O engraçado é que mesmo com oito anos de idade ele parecia um mine Bad Boy.
- Obrigada, Mike – sorri lisonjeada.
- Então eu mereço um beijinho? – perguntou arqueando a sobrancelha.
- Que atrevidinho você é Mike – brinquei jogando água nele.
- Não me enrole, responda Katherine – exigiu impaciente.
Chegava ser cômico como ele era capaz de ter tanta autoridade em sua voz.
Movimentei-me na água até ele e me agachei até ficar na sua altura, logo depositei um beijo rápido em sua bochecha.
- Katherine, eu também te acho muito bonita – disse Brad mexendo no cabelo. Aquilo era um gesto tão adulto, não parecia vir de uma criança de oito anos. – então, eu também vou ganhar um beijinho?
- Garotos abusados – Bridget resmungou, enquanto eu beijava a bochecha de Brad.
- Espera! Mas eu queria um beijo na boca – Mike reclamou fazendo biquinho.
- Quando você crescer nós conversamos – sorri bagunçando seu cabelo.
- Mas eu já sou crescido, olha – ele deu um sorriso amarelo apontando para os dentes e eu pude ver que um de seus dentes havia caído. – eu nem chorei quando o papai arrancou, a mamãe disse que eu estou virando um homenzinho – ele sorria satisfeito.
- Vamos brincar de que agora? – perguntou Brad.
- De pique-pega – sugeriu Bridget.
- Já brincamos disso – disse Lola impaciente.
- Que tal pique esconde? – sugeri.
Seus olhinhos brilhavam de expectativa.
- Mas dentro do hotel – impôs Cameron.
- Podemos brincar no segundo andar – sugeriu Brad.
- Ótimo, a minha mamãe está no corredor B do segundo andar – disse Lola.
- Minha mãe no D – contou Mike.
- Eu também – disse Brad – e você Katherine?
- Terceiro andar – aonde eu vou me esconder? Pensei.
- Então vamos subir? – Bridget me puxou.
- Não vão avisar aos seus pais? – perguntei.
- Somos independentes – disse Mike utilizando toda sua marra de Bad Boy.
- Então ta – respondi risonha.
- Vale se esconder nos quartos – anunciou Cameron.
- Sim, mas não pode demorar – impôs Mike.
Subimos todos juntos. Lógico eu era a que tinha que procurá-los primeiro. Depois de contar até cinqüenta e ir procurá-los, o único quer consegui encontrar foi Brad, então ele iria contar agora.
Droga! Aonde eu iria me esconder? As crianças de esconderam nos quartos de seus pais, mas e eu?
Corri até o primeiro corredor, o corredor onde os garotos estavam hospedados, rezando para que um quarto estivesse aberto. Os garotos ainda estavam na coletiva.
- Trinta e cinco... Trinta e seis – Brad gritava.
Eu estava sem tempo. Tentei desesperadamente abrir a porta dos quartos. Mas era em vão.
- Quarenta e dois... – contou Brad.
Não acreditei quando girei a maçaneta de um quarto e ela estava destrancada. Pulei para dentro. Mesmo que fosse só uma brincadeira sem nenhum significado importante, além da diversão, eu podia sentir a adrenalina pulsante dentro de mim
Permaneci com a cabeça encostada na porta, logo me virei.
Droga eu não acredito que isso está acontecendo comigo, péssima hora para entrar.
Por favor, que abra um portal com destino a Nárnia na minha frente, agora!
Harry e uma garota me olhavam assustados. Ele mantinha as mãos da cintura dela e ela segurava os seios tampando-os. E eu tentei não olhar para o volume na cueca Box dele.
Droga! Ele não estava na coletiva?
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