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História A fonte termal - Gon x e x Killua


Escrita por: Jude_Melody

Notas do Autor


Hunter x Hunter pertence a Yoshihiro Togashi. Apesar dos longos hiatos, mestre, seus leitores sempre permanecerão fiéis.

Este texto é apenas uma fanfic e não possui fins lucrativos.

A história a seguir apresenta conteúdo shonen-ai/yaoi leve (sem cenas de sexo). Se não gosta, não leia.

Apreciem sem moderação!

Aviso (19/09/2015): mudei a classificação da fanfic de 16 para 18 anos. Continuo sem a intenção de escrever capítulos lemon ou hentai (com cenas de sexo explícitas). Mas, considerando que há cenas de nudez e que os personagens não são tão santinhos assim, preferi modificar a classificação para evitar possíveis problemas com as regras do site. Ah, mas uma coisa, se alguém tiver alguma sugestão de casal e/ou situação engraçada em uma fonte termal, pode enviar por comentário! Abraços!



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Capítulo 1 - Gon x e x Killua


O coração do Zoldyck batia a mil. Lá estava ele, em uma clareira no meio da floresta, o rosto iluminado pela suave luz do luar. Diante de si, uma fonte termal se estendia, profunda e quente.

Um menino não muito mais novo do que ele caminhava pelas pedras lisas, esforçando-se para manter o equilíbrio. Seus braços e pernas, finos como o de uma criança, balançavam comicamente no ar, mas Gon era habilidoso demais para cair. E, ah, sim, ele estava pelado.

Em uma fonte termal, no meio de uma noite fria de outono, e pelado.

Killua engoliu em seco e olhou em volta, procurando o cretino que o colocara naquela situação deplorável. Ah, quando ele pusesse suas mãos naquele porco-espinho aspirante a médico, ia arrancar seu coração tão rápido que...

- Killua! – chamou o Freecs, acenando alegremente – Vem! A água tá quentinha!

O jovem assassino ergueu os olhos timidamente. Uma grossa cortina de vapor envolvia seu amigo e, por uma curiosa ironia, parecia um pouco mais consistente exatamente ali. Sim, ali mesmo.

O Zoldyck sentiu seu estômago revirar. Não que estivesse enojado. O Freecs jamais lhe inspiraria esse sentimento! Ele apenas não se sentia muito confortável com a ideia de, sabe como é, dividir uma fonte quentinha com seu amigo, no meio do nada, sem testemunhas...

“Parece até que estou pensando em uma cena de assassinato.” lastimou-se, suspirando profundamente.

- Vem, Killua! – exclamou o mais novo, subindo outra pedra e balançando outra vez. Os braços, seu pervertido.

- Gon, eu não estou muito a fim de mergulhar ag...

A água quente atingiu seu rosto, deixando-o em brasa. Não porque estivesse tão quente, e estava, mas porque o Freecs acabara de mergulhar na fonte em seu melhor estilo de bala de canhão. Emergiu logo em seguida, sacudindo a cabeça com um sorriso moleque no rosto.

- Tão quentinha!

- Eu vou voltar para o hotel. – disse Killua, decidido.

Mal virou o corpo, ouviu o choramingo indiscreto de Gon.

- Ah, fica aqui. Você prometeu que ia tomar banho comigo!

O rubor de seu rosto se expandiu, alçando o pescoço e as orelhas. Killua voltou-se para o amigo com um olhar furioso.

- Eu não prometi nada! Não quero tomar banho com você!

Gon fitou-o com olhos magoados.

- Mas achei que a gente fosse brincar...

Brincar. A única palavra que aquele maldito sabia dizer. Vamos, Killua, vamos brincar! Na água. Em uma fonte termal. No meio do nada.

Merda.

“Controle-se, Killua!” disse a si mesmo, balançando a cabeça “Não é disso que ele está falando! E você sabe muito bem.”

- Você pode brincar sozinho.

Resposta errada. Gon fez uma careta infantil e choramingou mais alto, chamando Killua de “mentiroso sem coração”. O Zoldyck perdeu a paciência.

- Está bem! Está bem! Eu vou.

E ficou parado, olhando a água.

- Vem, Killua. – chamou Gon, inocente, estendendo o braço.

- Ok. Ok.

O jovem assassinou tirou a camiseta, os sapatos e as calças e os jogou em um canto, sem o menor cuidado. Kurapika provavelmente desaprovaria a conduta, mas...

“Eu quero mais é que ele sofra nas mãos daquele maldito.” pensou, lembrando-se de seu irritante e abestalhado amigo de nome Leorio.

Na verdade, ele queria que Leorio sofresse nas mãos de Kurapika, já que fora ideia dele ir àquelas fontes termais. Detalhes. Detalhes.

- Você não vai tirar a cueca? – perguntou o Freecs.

- Como? – o rubor estava ali de novo.

- Você toma banho com a roupa de baixo? – o outro franziu o cenho.

- Ah, normalmente não, mas...

O sorriso teria sido pervertido se não estivesse no rosto de Gon.

- Então, tira!

Killua queria arrancar o coração do Paradinight e entregá-lo aos corvos.

- Tá bom. – concordou, a contragosto – Mas feche os olhos! – ordenou, lançando ao Freecs o olhar mais assustador que consegui.

- Tá bom! – o amigo respondeu alegremente, colocando as mãos sobre os olhos.

O Zoldyck virou-se de costas – não confiava no Freecs, ha! – e alisou sua roupa de baixo, as mãos tremendo. Pensando bem, aquela coisa acontecera de novo na noite passada... Ficar ali na fonte com Gon era perigoso. E se... aquela coisa acontecesse de novo?

- Killua?

- Fica quieto! Tá me desconcentrando!

- Não sabia que precisava de concentração para tirar a roupa. – zombou Gon, rindo-se.

- Eu tô tentando desamarrar o laço.

A cueca era de elástico.

- Tá demoraaaando. – resmungou o Freecs.

- Já vou. Já vou. – respondeu Killua, pensando, de repente, em como seu rosto devia estar corado.

Leorio era um homem morto.

- Bem... – Killua fez uma bolinha com sua roupa de baixo e olhou em volta – Vai ali mesmo. – disse, jogando a peça sobre sua calça.

Ele estava prestes a virar quando ouviu um som baixo, quase imperceptível. Virou o rosto e olhou por cima do ombro. No meio da fonte, Gon espiava-o por entre os dedos. O cretino.

- Você disse que não ia olhar!

- Eu menti. – o Freecs riu ainda mais, mergulhando os braços na água – Ah, deixa de frescura! O que você tem que eu não ten...?

Zush! Em menos de um segundo, Killua estava imerso da cintura para baixo. Entrara na água com tanta rapidez que Gon sequer acompanhara seus movimentos. Em um momento estava de pé na clareira e no outro, puf!, estava bem na frente.

Pronto. Killua estava seguro agora. Gon não perceberia... aquela coisa.

Mas um perigo maior estava a caminho.

- Eeeeeee! – exclamou o Freecs, jogando-se em cima do amigo – Vamos brincar na água!

Killua afastou-o com um empurrão, os olhos arregalados de terror e surpresa. Aquela proximidade... Não era saudável. Fazia seu coração bater tão rápido que parecia ser capaz de saltar pela boca.

Pensou em Leorio e no momento infeliz em que ele pegou aquele panfleto e teve uma ideia. Aquele momento em que sugeriu a todos uma ida às fontes termais. E Killua sabia por quê. Ele estava de olho no loiro, o safado.

“Kurapika, por favor, perca a paciência e mate esse miserável!”

- Ei, Killua. Olha aqui.

- O quê?

Gon encarava-o de forma estranhamente sóbria. Parecia genuinamente preocupado com alguma coisa. O Zoldyck aproximou-se, cauteloso, e arqueou a sobrancelha.

- Aqui. – o Freecs indicou as mãos fechadas em concha – Tem... Alguma coisa...

“Oh, será que ele pegou algum bichinho?” pensou Killua, agora curioso. Do jeito que Gon era, parecia provável que tivesse capturado um desses bichinhos que ficam perto da água.

Ele aproximou o rosto das mãos do amigo e tentou espiar pelo buraquinho entre os dedos. Nesse instante, Gon fechou as mãos rapidamente, esguichado água em seu olho.

- Aaaaaai! Seu...!

- Hahahaha! Não acredito que caiu nessa! – o Freecs riu com gosto.

Enfurecido, o Zoldyck mergulhou os braços na água e puxou, veloz, o pezinho nu de seu companheiro de banho. Gon não conseguiu reagir enquanto seu corpo era puxado para dentro da água pelo pé e foi obrigado a emergir, a boca ainda aberta de surpresa.

Killua soltou-o, triunfante, e se afastou um pouco, deleitando-se com a visão de seu amigo lutando na água.

“Ah, droga...” pensou, tomado por uma vergonha súbita “O que foi que eu fiz?”

Gon conseguiu se erguer, ainda tossindo muito. Tentou fitar o Zoldyck com olhos levemente avermelhados. Lindo.

“Acalme-se! Acalme-se!” pensou Killua, virando-se de costas para o Freecs “Foi só uma brincadeirinha. Nada demais. É só você ficar quietinho agora e agir normalmente. Assim, não irá magoar o Gon. É, isso. Aja calma e controladamente.”

- Cof, cof... Ah... Killua?

- Que foi, caralho? – ele gritou, sentindo o rosto ruborizar.

Gon arregalou os olhos, mais surpreso ainda. Então, abriu seu característico sorriso moleque e deu um puxão digno de um Zoldyck no pé do amigo. Killua mal enxergou seu rosto ao submergir.

O Freecs ria sem parar quando o amigo voltou à superfície, tossindo. Não imaginava, é claro, mas acabara de comprar uma luta daquelas.

- Você vai ver só! – exclamou Killua, jogando-se sobre o mais novo.

Gon soltou um gritinho e pôs-se a rir enquanto brincava de lutar. Em meio aos risos e pescotapas, Killua esqueceu-se completamente de suas preocupações e de seu ódio de Leorio. Esqueceu-se de tudo, pois estava ali com seu melhor amigo, divertindo-se. Nem mesmo seus sentimentos tão confusos eram capazes de atrapalhá-lo naquele momento.

Ele estava com Gon, e era apenas isso que importava.

 

 



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