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História Herança Veela - Cap 07 - Atração:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Oh, me desculpe essa demora, por favor... Eu lamento tanto, mas foi um pouco difícil postar esse cap, tipo eu agora estou morrendo de sono mas acabei de terminar... é exatamente 5:10 da manha. Mesmo assim, aqui estou eu, não quero atrasar muito mais do que já está atrasado, desculpe se houver algum erro, qualquer coisa eu edito depois. Bom, de qualquer forma... Beijo para vocês, meus leitores queridos, fiquem com esse capítulo que em compensação tem uma bela aparição do meu lindo, maravilhoso Draco Malfoy.

Capítulo 7 - Cap 07 - Atração:



Cap 07 - Atração:


Harry estava animado com a ideia de voltar para Hogwarts. Jogar quadribol, visitar Hagrid, comer aquela deliciosa comida — Não que a comida da Sra. Weasley fosse ruim, de jeito nenhum, mas de qualquer forma... — Sem falar que a vida no Quartel-General da Ordem da Fênix não era nada do que ele esperava, afinal, eles só faziam limpar e ficar de fora das reuniões, ninguém parecia achar que Harry merecia saber alguma coisa, como se ele não fizesse parte desta guerra.


Era por essas e outras que o garoto andava contando os dias para voltar a Hogwarts, mas só lamentava em deixar Sirius, o homem não parecia tão triste com a perspectiva de ficar ali, pelo contrario... De qualquer forma ele não iria ficar sozinho, ele iria ficar com Remus. 


Mas a cabeça de Harry estava em uma confusão. Ao mesmo tempo em que ele estava completamente feliz com a ideia de voltar as aulas, em outra hora estava preocupado com as reações das pessoas em Hogwarts. Ele viu muito bem a expressão no rosto das pessoas no ministério de completo espanto. Como seria em Hogwarts, que ele passaria vinte e quatro horas por dias, sete dias por semana. Ele já teve a experiência de ser rechaçado por todos em seu segundo ano, não queria passar por isso novamente. Mas, muito provavelmente esse é o tratamento que receberia, afinal, todos os jornais ainda o retratavam como louco e mentiroso e agora com toda essa historia de veela... Ah, ele não queria nem pensar nessas coisas, mas era impossível. 


Ainda mais quando todos no Grimmauld Place pareciam ser cuidadosos com ele, ou até o evitavam... Não todos, em sua maioria os meninos. Rony mesmo, andava acordando um pouco mais cedo do que ele— uma coisa muito estranha, pois em nenhum dos anos que passaram em Hogwarts isso aconteceu — e sempre que Harry acordava ele estava no banheiro. Ele ainda não conseguia falar com Jorge Weasley normalmente, sem que seu rosto ficasse em brasas e ele desviasse olhar.


Harry estava deitado em seu quarto, tentando ficar um tempo sozinho e pensando em tudo isso quando Rony chegou, abrindo a porta. O ruivo parecia um pouco pálido. 


      — Harry, olha isso! — Falou entregando uma insígnia dourada com um "M" no meio — Dá pra acreditar?


      — Em que...? — Falou, olhando bobamente a insígnia. Era-lhe familiar, só não conseguia lembrar onde havia visto antes. — O que é isso?


      — Monitor! — O ruivo exclamou — Eu sou monitor! Dá pra acreditar?


Então de repente ele lembrou-se de onde reconhecia a insígnia dourada em sua mão. Olhou perplexo para o objeto, e então para o garoto a sua frente. Forçou-se a sorrir e entregou o broche de monitor.


      — Q-Que legal Rony! — Harry sorriu, gesto que não se estendeu até seus olhos. — Fico feliz por você.


      — Mas... Eu achei... Que fosse ser você! — Rony disse de repente, apontando para ele. Como se o garoto fosse culpado. — Achei que você seria o monitor.


      — Eu... Bom, eu não sou. — Ele respondeu. Afinal, não sabia o que fazer, não tinha culpa de não ser o monitor, na verdade ele até havia se esquecido que a escolha dos monitores seria esse ano, com tudo o mais que estava acontecendo... Harry não sabia como estava se sentindo, por um lado estava feliz por Rony, mas por outro... Ele não sabia dizer.


Nesse momento, porém a porta foi aberta e por ela Hermione vinha radiante, segurando em uma mão um pedaço de pergaminho e na outra o mesmo broche dourado. O estomago de Harry pareceu afundar um pouco ao ver aquilo, mas ao ver a expressão feliz de Hermione dirigida a si, sorrio de volta.


      — Você recebeu também? — Ela perguntou esperançosa, olhando suas mãos ansiosamente. Quando não viu nada sua expressão se tornou confusa, então seus olhos cairão em Rony, até a insígnia dourada em suas mãos e ela sorrio novamente e o abraçou. — Ah, eu sabia! Isso não é muito legal?


Rony pareceu completamente ofendido. Mesmo que fosse ele segurando o broche de monitor, Hermione ainda achava que era de Harry.


      — Não, Mione — O moreno falou se afastando — É o Rony, não eu... Ele é o monitor.


      — O que... ? — Ela olhou confusa para o outro garoto, que cruzou os braços, indignado. — Tem certeza?


      — É né. Pelo menos, é o meu nome que esta na carta.


      — Oh... Uau, eu... Que surpresa. — Ela sorriu com simpatia, tentando esconder sua surpresa. Então seu olhar voltou para Harry, o observando atentamente. — Mas, eu ainda... Eu achei que fosse ser você. 


      — Ah, está tudo bem. — Ele abriu o sorriso mais verdadeiroque pode, logo desviando os olhos. 

      — Tem certeza? — A garota lhe tocou o ombro.

      — Tenho.


      — Hey, vocês acham que eu posso ganhar uma vassoura? — Rony falou, de repente olhando para seu broche. — Quero dizer, Percy ganhou uma coruja nova quando se tornou monitor, então... 


      — Não sei. Não acha melhor perguntar isso á sua mãe? — A morena disse — Já mostrou a ela?


      — Ah, ainda não.


Então Rony saiu do quarto, deixando Hermione e Harry sozinhos. O garoto tentava ao máximo manter sua expressão agradável, mas Hermione o olhou ainda assim, com desconfiança.


      — Tem certeza? Tem certeza de que está tudo bem? — Ela perguntou novamente o olhando nos olhos, Harry achou difícil manter aquele olhar, seus olhos já estavam começando arder com o trabalho de não piscar, quando sem jeito ele desviou o olhar.


      — Tenho Mione. Na verdade, eu já até tinha esquecido essa coisa monitor. — Não era um mentira. — Com todo esse negócio de veela e julgamento... Mas, eu estou feliz por vocês! Não precisa se preocupar comigo.


      — Tudo bem. — Ela observou sua insígnia e sorrio. — Bom, então... Eu vou escrever aos meus pais, dar a nova noticia. Ah, eles vão ficar tão felizes! Posso pegar a sua coruja?


      — É claro. — Ele acentiu, ansioso para ficar á só no quarto.


Então ela também saiu do quarto, deixando o jovem veela sozinho. Harry deitou-se em sua cama, se encolhendo em posição fetal. Não sabia o que estava sentindo. Inveja? Mas como? Ele até esqueceu-se dos monitores esse ano, então não poderia estar esperando por isso. Ressentimento? Talvez... Pois, como Rony e Hermione, todos achavam que ele é quem devia ser o monitor. Mas, depois de tudo... Além do fato de que parecia que Dumbledore o estava ignorando. "Queria estar feliz pelo Rony... Então, porque... Por que eu não consigo?" Ele pensou, se encolhendo mais ainda. "Será que sou tão ruim a ponto de não ficar feliz pelo meu amigo... Por simples inveja? O que á de errado comigo?" Fechou os olhos com força, não querendo mais ter aquele tipo de pensamento, mas parecia que seu cérebro estava de mal com ele, pois cada vez mais coisas estúpidas se passavam por sua cabeça.


Harry nem percebeu quanto tempo ficou assim, mas em algum momento, Rony veio chama-lo para ir para festa de comemoração dos novos monitores e lhe dizer que ia ganhar uma nova vassoura. O menino deu tudo de si para se mostrar feliz, para todos. Mesmo quando diziam que ele deveria ser o monitor.
                                                                     oOo
Harry teve uma noite de sono difícil. Entre as varias vezes que acordou suando e com o coração acelerado, as únicas coisas com que podia lembrar-se eram um lugar claustrofóbico e uma sensação de ansiedade, como se uma coisa que ele quisesse muito não tivesse acontecido, mas por pouco. Muito pouco. Quando finalmente pegou no sono, só acordou novamente quando Rony o chamou, já vestido.


      — É melhor se arrumar logo ou mamãe vai explodir... Fica repetindo o tempo todo que vamos perder o trem.


O moreno sentou e esfregou os olhos com os nos dos dedos. Não tinha conseguindo dormir quase nada, mas... Ele não tinha olheiras, seus olhos não estavam vermelhos e foi necessário apenas pesar a mão para que seu cabelo se arrumasse. Ele sabia que nada adiantava, pois já tentara esfregar os olhos até deixa-los vermelhos e não funcionou, se descabelou todo e também não funcionou... Ele sempre ficava bonito, de alguma forma.


Assim que terminou de se vestir e saiu do quarto, percebeu a agitação da casa. Achou que ia ficar surdo com a Sra. Weasley gritando com Fred e Jorge que não paravam de usar magia um segundo e agora, aparentemente alguma coisa tinha acontecido á Gina e a Sra. Black xingando todo mundo. Harry tinha aprendido pelo menos, cinco palavrões novos desde que chegou ali. 


Desceu as escadas para saber que Gina havia rolado dois lances de escada. Hermione logo chegou, descendo as escadas apresada com Bichento no colo e Edwiges no ombro. Assim que a coruja o viu, voou até seu ombro.


Algum tempo depois, tudo estava pronto. Todos os animais em suas devidas gaiolas, todas as malas prontas e arrumadas, assim como os adolescentes. O único problema é que ainda não podiam sair e Harry não entedia o porquê.


      — Olho-Tonto está se queixando que não podemos sair até Sturgis Podmore chegar. Se não, apenas um fara a guarda. — Hermione lhe explicou, falando baixo.


      — Como assim? Não precisamos de uma guarda apenas para ir até a estação de trem. — Harry sussurrou. — O que eles acham? Que Voldemort vai pular de trás da primeira lixeira? Na luz do dia?


Depois de se encolher visivelmente ao som do nome "Voldemort" a garota falou.


      — Você precisa de uma guarda Harry. Não reclame comigo, vá falar com eles. 
Harry ignorou a ultima parte, achando que definitivamente não era uma boa ideia.


      — Ok, Harry você vai comigo e Tonks — Disse a Sra. Weasley depois de pouco tempo. — Deixe suas coisas aqui, Alastor vai cuidar delas e... Sirius! Dumbledore disse que não.


Antes que o garoto pudesse se virar para ver onde estava seu padrinho, um cachorro enorme e negro do tamanho de um urso pulou em cima de si, ficando de pé com as patas em seus ombros, quase o fazendo cair. Então o enorme cão começou a lambê-lo, fazendo cosquinhas. Harry gargalhou e se afastou. Sirius não se deixou abalar e andou entre as pernas dos adolescentes e as malas até ficar na frente da porta de entrada.


      — Ah, tudo bem então. — A Sra. Weasley grunhiu — Não é a minha cabeça que está a premio.


Então ela abriu a porta e o cachorro saiu, feliz e contente. Correndo como se não houvesse amanha, mas logo voltando para o lado deles. Harry não pode evitar sorrir com a cena, mas ao mesmo tempo se sentir triste. Tudo que ele queria agora era que seu padrinho fosse inocentado, para que momentos como esse não fossem tão raros, principalmente em forma de homem e não de cachorro.


Eles levaram vinte minutos para chegar a estação. Acompanhados de Tonks disfarçada e a Sra. Weasley. Harry supunha que a sua "guarda" devia estar escondida. Além, é claro de um enorme cachorro negro que não parava de correr de um lado para o outro, mas sempre voltando para perto.
                                                                      oOo
      
Assim que Harry atravessou a barreira e pode finalmente observar o grande e vermelho expresso Hogwarts, não consegui evitar sorrir. Afinal ele estava voltando, finalmente voltando para Hogwarts. Deu graças a Deus também por estar usando um moletom com capuz, pois ali estava cheio de bruxos adolescentes curiosos, andando de um lado para o outro com seus animais e malas. Puxou um pouco mais o capuz para esconder seu rosto e se afastou, dando espaço para o resto dos Weasley e Hermione passarem, com Sirius em forma de cachorro logo a seu lado.


Então quando todos já estavam ali, um homem vestindo uma capa e um chapéu tapando seu olho se aproximou.


      — Oh, ótimo. Alastor está trazendo as bagagens. — Falou a Sra. Weasley, aliviada.


Já todos com suas bagagens, começaram a se despedir pois logo o trem iria partir. Mas, quando Harry estava quase entrando no trem um latido chamou sua atenção, alto o suficiente para chamar a atenção de todos se não estivessem ocupados em também embarcar no trem. O moreno se virou só para mais uma vez quase cair com o peso do enorme cachorro preto, que colocou as patas em seus ombros como se tentasse abraça-lo. O garoto riu e acariciou a cabeça do cachorro.


      — Eu também vou sentir saudades Sirius. — Ele sussurrou, sorrindo tristemente.


Sirius desceu ficando de quatro novamente e ganiu se lamentando. Com a Sra. Weasley ralhando com eles por estarem atrasados Harry finalmente embarcou no trem.


Então o trem finalmente partiu e Fred e Jorge se despediram também, aparentemente precisavam falar com Lino Jordan. 


      — Bom, vamos procurar uma cabine então? — Harry perguntou se virando para Rony e Hermione que imediatamente se olharam discretamente.


      — Err... Não vai dar Harry. — A garota desviou olhar. — Nós precisamos estar no vagão dos monitores... Mas é só por um tempo, eu...


      — Ah, está tudo bem. — Harry valou rápido, não querendo esticar muito aquele assunto.


      — Então... Nós vemos logo.


      — É, nós não vamos demorar. — Falou Rony sem jeito. — Sabe, eu realmente não queria ir lá, mas é preciso.


      — Está tudo bem Rony. — Ele já havia perdido a conta das vezes que dissera isso, mas podia contar nos dedos de uma mão as vezes que isso foi verdade.


Assistiu enquanto seus dois melhores amigos se afastavam, suspirando discretamente.


      — Vem, vamos procurar uma cabine. — Gina falou de repente, o puxando pelo braço. — Com alguma sorte nós poderemos achar uma cabine vazia e guardar um lugar para eles.


Então pegando seu malão e a gaiola de Edwiges Harry seguiu Gina, ainda com o capuz tapando o seu rosto. Eles passaram por toda a extensão do trem olhando para dentro das cabines, procurando uma que estivesse vazia. Harry evitava olhar duas vezes pois mesmo com o capuz, estar acompanhado de Gina era quase como usar um crachá onde estaria escrito "Olá, meu nome é Harry Potter e eu adoro quando vocês ficam me olhando fixamente." 


Finalmente acharam uma cabine porém, ela não estava vazia e sim ocupada por Neville, que parecia mais nervoso do que de costume e outra menina loira lendo uma revista de cabeça para baixo. Gina abriu a porta, perguntando se poderiam sentar. O garoto de rosto redondo não poderia ter parecido mais feliz com essa ideia, logo a menina ruiva e Harry se sentaram. Harry ao lado da garota loira, de frente para Neville com Gina logo a seu lado.


Um silêncio constrangedor tomou conta da cabine. Harry olhava de canto de olho para a garota logo a seu lado, não sabia se ela estava fazendo de proposito, ou se deveria avisa-la que sua revista estava de cabeça para baixo. O garoto nem percebeu o olhar nervoso que constantemente era lhe dado por Neville, que parecia não estar se contendo no banco, mudando as mãos de lugar o tempo inteiro. Harry tirou o capuz da cabeça com uma mão e com a outra tentou ajeitar o cabelo, achando que estava muito quente daquele jeito.


      — Nossa... — Neville murmurou, olhando maravilhado a figura a sua frente.


      — O que? — Harry perguntou confuso, olhando para si mesmo checando se não tinha nada de errado no seu moletom. Neville piscou e fechou a boca que não havia percebido que tinha aberto.


      — Então era verdade? — Ele perguntou — Você é mesmo um veela?


      — Ah. Isso. — Harry desviou olhar. Por um momento, um feliz momento, ele se permitiu esquecer a sua "condição especial" — Sim... É verdade.


      — Espera aí. — Gina disse de repente. — Como você pode saber disso? Quero dizer, é obvio que ela está diferente mas... Sei lá, nem tanto assim... Eu acho. De qualquer forma, isso foi um chute ou você de alguma forma realmente sabia que ele era um veela?


O garoto de rosto redondo pareceu ficar confuso por um momento.


      — Ah, vocês ainda não viram? — Ele perguntou — É por que...


      — Você é Harry Potter?


Depois de vários momentos de silencio onde os três adolescentes apenas ficaram encarando a garota loira que havia interrompida e que agora fitava Harry com uma expressão agradável, como se ele não tivesse ignorado sou pergunta.


      — Sou... — O moreno respondeu hesitante.


      — Você é bonito. — Ela disse simplesmente e voltou sua atenção para a revista novamente.


      — Obrigado. — Harry disse de forma indecisa. Ficaram em mais alguns minutos de silencio, até finalmente Harry não poder mais suportar o olhar de Neville em si. — Eu... Eu vou ao banheiro. Já volto.


E saiu da cabine.
                                                                    oOo 
Draco Malfoy estava em uma cabine vazia, olhando pela janela a plataforma cheia de pessoas, andando de um lado para o outro com seus malões, se despedindo amorosamente de seus familiares para mais um ano em Hogwarts. Normalmente ele estaria entediado, mas agora não conseguia parar de pensar em como o ano seria interessante. Em como ele poderia fazer seu ano ficar interessante. Ele esperou o seu aniversario de quinze anos ansiosamente para isso e já que tinha dado tudo certo... Por que não aproveitar não é mesmo?


      — Draco, olha o que eu consegui com um primeiranista. — Blaise Zabine entrou abruptamente na cabine, sendo extremamente rude na opinião do loiro, que se limitou a apenas olha-lo com irritação. — Você definitivamente precisa ler isso.


Então lhe entregou uma pagina do profeta diário com o titulo "Harry Potter um veela? Verdade ou apenas mais uma mentira?" Seus olhos azuis se arregalaram e sua atenção rapidamente foi multiplicada. Olhou duvidoso para Blaise, mas o garoto apenas fez um gesto o incitando a continuar a ler e assim ele fez. Era uma extensa reportagem sobre Potter, dizendo que ele era um veela. Algo sobre seu julgamento no dia 12 de agosto. Draco já tinha ouvido falar disso pelo seu pai, mas nunca imaginou como ela tinha saindo tão bem disso. Agora era obvio o porquê. Draco passou seus olhos pela folha, pegando uma palavra ali e outra ali, a maior parte da matéria era sobre veelas em geral, não havia nem uma única foto do Potter ali. A reportagem apenas falava sobre "A grande revelação" como estavam chamando, aparentemente foi por isso que ele foi absorvido do julgamento tão facilmente e também era por isso que estavam chamando isso de mentira, afinal ele poderia estar apenas inventando para sair fácil disso certo? 


Isso era realmente interessante... Harry Potter um veela? Como o mundo poderia ser irônico não? Afinal... Ele também era um veela, um veela dominante. Claro, seu pai pagava muito bem o profeta, o ministério e quem mais fosse preciso para não dizer uma palavra sobre isso, não queria que ninguém soubesse que o sangue dos Malfoys não era inteiramente puro. Como todos os Malfoy até ali foram veelas dominantes não era muito difícil esconder, já que parecia apenas que eles haviam malhado um pouquinho. Draco por exemplo, sempre um lindo. Mas, agora seu corpo tinha todos os músculos definidos e ele ganhara mais altura. Seu cabelo loiro platinado parecia brilhar mais do nunca, seus olhos azuis ganharam um tom prateado e sua voz se tornou extremamente sexy. Além é claro de sua força, mas isso ninguém precisava saber. 
Com certo descaso devolveu o jornal para Blaise.


      — Isso não deve passar de apenas mais uma mentira. — E voltou seu olhar para a janela.


      — O que? Mas... — O outro falou, olhando o jornal duvidoso. — Está bem então.


Blaise saiu da cabine, deixando Draco sozinho com seus pensamentos. Será que era verdade? Potter era mesmo um veela? Droga, outro veela dominante em Hogwarts poderia estragar seus planos. E claro que tinha que ser Potter, afinal estragar seus planos era tipo um talento especial do outro. Bom, de qualquer forma esse era o seu ano, não iria deixar Potter pegar toda a atenção para si.


Então um som chamou sua atenção, aquilo se parecia com um latido. Tentou discretamente observar o que foi aquilo pela sua janela, mas aparentemente ou não tinha nada ou estava mais afastado, no final do trem. Em alguns poucos segundos um cheiro muito forte invadiu sua cabine. Era como se tivessem acabado de jogar um frasco de perfumo em cima de si. Um perfume doce e inebriante... Cheirava a lírios, maçãs recém-colhidas e... Canela. Era simplesmente a melhor coisa do mundo, ele precisava de mais disso. Porém quando estava para levantar dali e ir procurar a fonte desta maravilhosa fragrância, Blaise Zabine, Pansy Parkinson, Crabbe e Goyle entraram em sua cabine conversando. Ele imediatamente se ajeitou em seu banco, como se nada tivesse acontecido.


Alguns minutos se passaram, parecendo uma eternidade para Draco. Ele tentava responder normalmente quanto seus colegas lhe dirigiam a palavra, tentando não parecer completamente drogado com o cheiro que aparentemente apena ele podia sentir. Realmente aquilo era uma droga, pois ele precisava de mais, não poderia aguentar mais nem um segundo sem estar com a fonte desse doce perfume.


      — Com licença. — Ele se levantou.


      — Hum, aonde vai Draco? — Pansy perguntou.


      — Ao toalete. — Respondeu, já abrindo a porta da cabine e saindo.


Ah, o cheiro estava mais forte agora, ele quase podia sentir na pele. De uma forma ironica, realmente vinha do banheiro, então foi para lá que ele seguiu.
                                                               oOo
Harry entrou no minúsculo banheiro do trem e se olhou no pequeno espelho acima da pia. Ele realmente havia mudado. Mas, isso era motivo para ficar o encarando o tempo todo? Ninguém se tocava o quanto isso era desagradável? No caminho de sua cabine até o banheiro não foi uma nem duas vezes que percebeu que as conversas dentro das outras cabines paravam quando ele passava. Será possível que ele esta chamando tanta atenção assim? Passou a mão pelos cabelos cansadamente... Sentia uma falta daqueles fios bagunçados e desajeitados que tinha antes... 


Tentando evitar ao voltar para todo aquele inferno — que só iria piorar quando chegassem a Hogwarts. Ele ainda não acreditava no quanto foi ingênuo ao pensar que não seria assim. — Ficou alguns minutos ali, escorado a parede, sem fazer nada. Porém mais cedo ou mais tarde ele teria que sair, se não alguma hora iriam verificar se ele não tinha ficado entalado no vaso. Querendo evitar uma cena como essa ele saiu.


Mas ao abrir a porta e dar o primeiro passo bateu em algo extremamente duro, quase caiu para trás, porém um braço musculoso pousou em suas costas o trazendo para perto, tão parto que agora tudo o que ele podia ver era apenas um pedaço de pano branco... Provavelmente uma camisa, tentou se afastar mas era quase impossível, tentou mais uma vez fazendo força mais aquele aperto não cedia. Seu coração começou a acelerar e com um pouco de medo ele finalmente olhou para cima, em direção ao rosto da pessoa que o segurava. Quase teve um ataque cardíaco.
                                                                     oOo
Draco seguiu na direção dos banheiros, sempre "farejando" o doce aroma que cada vez ficava mais intenso, mais provocativo, mais tentador. Parou em uma pequena bifurcação bem no fim do ultimo vagão que dava para dois mínimos corredores, um para o banheiro feminino e outro para o banheiro masculino. O cheiro vinha da direita. O banheiro masculino. Ele logo se adiantou naquela direção. 


Colocou sua mão sobre a maçaneta, mas sem fazer movimento nenhum ela girou e a porta se abriu, nem deu tempo de ver quem estava saindo apressado e eles colidiram. Claro, Draco não sofreu nada com essa batida, dês de seu aniversario ele estava muito mais resistente, porém a pequena criatura bateu com tudo em seu peito. Algo como o extinto o fez agarrar rapidamente a figura, puxando para si, tentando proteger. 


Ah, isso. Finalmente... Aquela era a fonte do cheiro. Olhou para baixo maravilhado, quem era aquela pessoa? O assistiu forçar-se para trás inutilmente, afinal Draco nunca mais a deixaria escapar, nunca mais se afastaria de si. Foi quando viu... Aquelas belas esmeraldas.
 


Notas Finais


Então é isso ai, espero não demorar tanto para postar o próximo capítulo e mais um beijo para vocês.

E é claro, não esqueça de comentar, é de graça de indolor.


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