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História Herança Veela - Cap 05 - Um Lar.


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Então... Eu sei que eu demorei e prometi que o julgamento seria nesse cap mas... Não deu. Foi ali, na trave. Mas, com certeza (dessa vez de verdade) o próximo cap vai ser o julgamento, além disso, eu vou tentar postar o mais rapido possível para poder compensar, Ok?

Capítulo 5 - Cap 05 - Um Lar.



Cap 05 - Um Lar:


Harry teve o sonho mais louco de sua vida. Primeiro ele sonhou que seu corpo havia mudado magicamente, então seu primo o atacará e o beijara na boca. Como se essa não fosse a parte mais estranha do sonho, ainda ficava pior. Ele fora expulso de Hogwarts e homens do ministério iriam quebrar a sua varinha! Então ele é resgatado pro um esquadrão chamado a ordem da fênix e lavado até um lugar chamado Grimmauld Place. Então, para piorar, ele descobre que é um veela e logo depois disso, Jorge Weasley o agarra enquanto tomava banho... Como isso poderia ser real? É simplesmente loucura.


Remexeu-se inquieto em sua cama de armar, ouvindo os passos do lado de fora do quarto. Estava bem naquela cama, estava confortável ali, ele não queria acordar. Porém, alguém tinha planos diferentes e abriu a porta do quarto, deixando a luz de fora entrar no quarto escuro, pegando bem no rosto sonolento do jovem veela. 


      — Harry, acorda, mamãe esta mandando se levantar, seu café está na cozinha e ela precisa de você na sala de desenho, tem uma porção de Fadas Mordentes, muito mais do que ela pensava e encontrou um ninho de pelúcios embaixo do sofá. — Rony falou, mas pareceu não ter efeito nenhum no menino adormecido. Sua expressão era suave e sua respiração saia calma pelos lábios vermelhos e cheios, o ruivo se pegou pensando em como seria o gosto daqueles lábios... Sacudiu a cabeça e se bateu mentalmente, oras... Aquele era Harry, seu melhor amigo, seu irmão. Não poderia ter pensamentos como aquele com seu próprio irmão. — Harry... Harry, esta me ouvindo? 


O moreno então, ainda meio adormecido, rolou tentando escapar da claridade, ficando com a rosto enterrado em seu travesseiro. Rony suspirou e se aproximou da cama, parou ao lado dela e se inclinou, tocando os ombros do garoto e chacoalhando.


      — Harry! Acorda! — Rony exclamou chacoalhando mais forte.


Então o moreno soltou indignado um gemido abafado pela fronha do travesseiro, já se virando para levantar e brigar com o outro por tê-lo acordado de forma tão rude. Mas como já estava muito na beirada da cama, acabou rolando para fora dela, em cima do ruivo. Os dois caíram no chão em um amontoado de cobertas. Rony em baixo, que confuso com a súbita queda segurou na cintura estreita do outro para que não se machucasse e caísse em cima de si. Harry por sua vez não poderia estar mais confuso, na verdade ele estava mais confuso do que acordado. 


Piscou tentando focar sua visão, quando finalmente conseguiu, pulou de susto e tentou afastar seu corpo que estava perigosamente próximo do corpo do outro. Quando tentou se levantar, percebeu as mãos em sua cintura, o impedindo de se afastar. Corou e tentou não olhar nos olhos do outro enquanto falava.


      — Rony, pode me soltar agora... Por favor. — adicionou ao não ver reação do ruivo. Esse por sua vez piscou e olhou para o local onde suas mãos estavam.


      — Ah! M-Me deculpe... Ahn... Pronto. — Demorou um pouco para soltar a cintura do outro, a textura da pele contra seus dedos era extremamente agradável, junto com o cheiro doce que o outro exalava. 


Harry se apressou em se levantar. Puxou as cobertas de volta para a cama e assistiu enquanto o outro se levantava também. Os dois se encararam com vergonha, sem dizer nada e saíram.
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Meia hora depois Harry tinha se vestido e tomado café, rapidamente se dirigiu até a sala de desenho. A maior parte do Grimmauld Place estava em um estado lastimável, pois apesar de ter um elfo domestico por todos os anos que ficou sem ninguém, o mesmo não limpara nem as mesinhas com um paninho. A parte mais limpa era as que os membros da ordem na fênix usavam, então na maior parte do tempo os que estavam morando ali, se aventuravam limpando os outros cômodos. Sim, era uma aventura. Já que tinham que enfrentar os mais diversos tipos de criaturas magicas... Na sala de desenho por um exemplo, além dos pelúcios e as fadas mortendes, — Que Fred e Jorge pegaram uma "amostra" para sua nova caixinha de travessuras — lá também acharam o que achavam ser um bicho-papão.


Ficaram limpando basicamente a tarde inteira, até a Sra. Weasley finalmente os liberar para ser arrumarem para o jantar. Mas, quando Harry e Rony iam para o seu quarto, foram parados por Hermione.


      — Hey, esperem vocês dois! — Ela disse no final do corredor, correndo para alcança-los — Harry, eu estivesse pesquisando algumas coisas hoje de manha, e acho que vai gostar de saber.


      — Pesquisando? O que? 


      — Bem, sobre... Veelas. — A garota disse um pouco sem jeito, desviando o olhar. Não queria que seu amigo ficasse bravo com ela ou algo do gênero, afinal, ele quase não havia mostrado reação para com sua atual situação, então ela não sabia se esperava uma resposta boa ou ruim.


      — Ah... Tudo bem... — O moreno falou. Era verdade que estava ansioso para saber mais sobre veelas, já que a única vez que havia visto algum fora em seu quarto ano, mas ao mesmo tempo... Tinha medo do que poderia vir a ficar sabendo.


Então os três se dirigiram até a biblioteca da mansão Black, o lugar já tinha sido "limpo", ou seja, nenhuma criatura magica habitava as gavetas das escrivaninhas. 


O lugar era enorme, todas as paredes cobertas pó estantes enormes e cheias de livros, do inicio ao fim. No centro da sala, duas mesas compridas de madeira, uma delas com vários livros empilhados na ponta, provavelmente onde Hermione estivera pesquisando de manha. Sentaram-se na mesa, Harry e Rony um de frente para o outro com Hermione logo ao lado, na ponta da mesa. A garota pegou o primeiro livro da pilha mais alta e foleou até achar a pagina que queria, quando finalmente achou pigarreou e começou a ler.


      — "Veela é um ser de trejeitos femininos capaz de enfeitiçar os demais (especialmente os de sexo masculino) com sua beleza. As veelas nascem mulheres e apresentam pele lisa e cabelos dourados que esvoaçam atrás dela mesmo na ausência de vento. Também têm o poder de se transformar em pássaros semi-humanos - semelhantemente a harpias - que são capazes de atirar bolas de fogo. Têm um temperamento muito forte e por vezes esnobe." — Leu ela claramente. — Ok, isso é o que eu achei sobre as veelas puras e...


      — Espera um minuto... O Harry vai poder criar asas e um bico que joga bolas de fogo? — Rony perguntou olhando perplexo para o moreno na sua frente. Talvez esperando que ele começasse um incêndio a qualquer momento, e depois saísse voando por ai.


      — Claro que não Rony. Eu já tava chegando lá, se você me deixar terminar... Talvez, não tenha que ficar fazendo perguntas cuja a respostas você vai saber logo. — A garota respondeu, dando um olhar afiado ao ruivo e guardando o livro em uma nova pilha menor, pegou o próximo e folheou até achar a pagina que queria. — Esse livro aqui, é só sobre veelas. 
"O amor veela é o amor mais puro e leal que poderia existir, uma vez escolhido o parceiro, o dominante ira proteger e cuidar do outro com toda a sua vida. As veelas puras, por serem apenas mulheres, na maiorias das vezes se uniam apenas com homens, mas seus filhos podem ser tanto homens quanto mulheres. Os descendentes veelas herdam apenas algumas das características de seus ancestrais, tais como, a beleza, o encanto, alguns traços de personalidade e etc... 


Os meio veelas tendem a ser atraídos por outros meio veelas, na maioria das vezes, é algo que não se pode evitar já que o sangue veela, uma vez misturado com o de um humano, ira sempre buscar se mantar o mais puro possível, ou seja, se ligar com outros veelas ou meio veelas. A herança veela só é recebida aos quinze anos, antes disso a pessoa seria completamente normal e nem se notaria a sua herança, porém o dia que antecede o decimo quinto aniversario, pode ocorrer de o jovem veela ter enjoos, náuseas, dores de cabeças e alguns sintomas mais graves que se dão origem por causa das mudanças físicas e até psicológicas.

Entre os meios veelas nós temos os dominantes, e os submissos “... Bom, sobre isso, eu achei um assunto mais detalhado, nesse livro aqui...


Ela fechou o livro, colocando na pilha menor assim como fez com e de antes, e repetiu o processo de procurar as paginas no outro livro da pilha maior.


      — "Os veelas dominantes, são em sua maioria homens é extremamente raro uma meia veela ser a dominante. Esses veelas normalmente ganham traços mais 'masculinos' e rudes quando completam a idade de quinze anos, e uma força sobre humana, usada na maioria das vezes para proteger o seu escolhido." — "Traços rudes... Força sobre humana... Droga." Harry pensou, com toda certeza ele não era um veela dominante, e a mínima ideia de ser protegido... Ser de alguém... Não era bem a sua ideia de relacionamento... Ah, claro, além do fato de que, ou ele se uniria á um homem, ou a uma mulher um tanto... Emília Bustrode poderia ser uma veela? — " É extremamente raro um meio veela submisso, apenas um a cada cem homens veelas é um submisso. Os submissos ganham ao quinze anos, traços mais femininos e delicados, além de um encanto que atrai em sua maiorias as pessoas de sexo masculino. Todos os submissos podem engravidar..."


      — Oi? Como assim "engravidar" — Harry falou quase com desespero — Eu não vou engravidar!


      — Lamento Harry, mas... Você com certeza é um submisso... Quero dizer, olhe só para você. — Hermione falou em um tom calmo. — Você não quer ser pai? Não é tão ruim assim.


      — Você diz isso por que não é com você! — Harry se levantou, quase fazendo a cadeira cair.


      — Mas eu posso engravidar, também. — A garota rolou os olhos.


      — É diferente! Você sempre soube disso. 


      — Harry, respira, se acalma... — Hermione disse — Ainda tem algumas coisas aqui que eu acho que você tem que saber.


Ele respirou, uma, duas, três vezes. Até finalmente se sentir calmo o suficiente para continuar a ouvir. Hermione pigarreou.


      — "Quando sentem uma emoção realmente forte ou apenas se sentem assustados, os veelas submissos emitem um brilho, que funciona como uma espécie de encanto que os deixa mais bonitos, ressaltando os seus melhores traços. Isso funciona como uma defesa, um jeito de tirar a atenção de quem o esta atacando. O encanto porém, é só uma das defesas de um veelas submisso, por ser tão frágil e propenso a 'ataques' quando se sentem em perigo eles ainda dispõem de unhas maiores e cinco vezes mais forte do que as normais, acontecendo a mesma coisa com os dentes." — Então aquele brilho era isso? Agora Harry se lembrava de que alguns dias atrás estava brilhando tanto e sentindo tanto medo de ser espancado, que seu tio o deixou em paz e foi embora. Ontem mesmo, suas unhas e dentes mudaram e se tornaram mais afiadas quando foi atacado por seu primo. — Ok, eu também achei mais algumas coisinhas... Escutem só.


Hermione fechou o livro e o colocou na pilha de livros que já tinham sido lidos, pegou e outro e folheou.


      — "Há três etapas no cortejo veela, a primeira de reconhecimento, cheiro e toque. A segunda o beijo. E a terceira e ultima, a ligação. A primeira é composta pela duas partes do elo, primeiramente o veela dominante sempre saberá quem é o seu escolhido pelo seu cheiro, o veela submisso escolhido cheirara diferente para ele e somente para ele, como se o outro estivesse sobre o efeito de amortentia, porém o sentimento será totalmente verdadeiro. O veela submisso reconhecerá o seu companheiro pelo toque. O toque do dominante é o único toque que alguma vez causará prazer no submisso, ou seja, qualquer outro toque não causará nada além de dor ou asco"...


      — Como assim? O Harry vai sentir nojo quando a gente tocar nele? — Rony falou, logo depois olhando para Harry receoso. O mesmo correspondeu o olhando de forma confusa, afinal não tinha sentido nojo nem dor quando fora tocado por ninguém até ali.


      — Não, eu acho que o livro quer dizer um toque mais... Um toque mais... Intimo. — Hermione corou com as ultimas palavras, e assim que a compreensão caiu sobre os outros dois, uma cor carmim se apoderou das bochechas de Harry encanto Rony arregalava os olhos.


Agora ele se lembrava... A sensação que teve ao ser beijado por seu primo, foi terrível. Era como se estive se afogando, a boca do outro tinha gosto de terra. Arrepiou-se ao lembrar-se disso e fez um gesto que a garota continuasse a ler.


      — "Após o reconhecimento, a próxima etapa seria o beijo. O primeiro beijo do casal veela é extremamente importante e significativo, após isso eles se tornaram oficialmente um casal, e qualquer outro veela poderá reconhecê-los como tal. A próxima etapa e o enlace, ou seja, a relação sexual. Após a primeira relação sexual do casal veela, a união se torna realmente forte, porém se torna tão forte que nos primeiros meses que seguem depois do enlace, se algo acontecer de muito grave á uma das duas partes da relação, é possível que a outra entre em coma, ou muito provavelmente, morra também."


Neste momento Harry engoliu em seco. Qualquer pessoa que se ligasse a ele... Estaria correndo risco de vida. Não que ele quisesse se ligar a alguém, mas... Bom, então é melhor que isso nem aconteça. Não queria ser responsável por mais uma morte.


     — Ah, isso é romântico sabe? — Hermione falou, fechando o livro e jogando em cima da mesa.


     — Você acha? — Rony olhou de canto de olho para ele, ainda tinha uma expressão entranha no rosto. — Eu achei isso estranho.


     — Rony! — A garota exclamou — É do Harry que você tá falando, sabia?


      — Tudo bem Mione... Eu também achei isso estranho. — Harry falou em um tom baixo. — Vamos? Eu estou com fome.


Os dois se olharam mais não falaram nada, apenas se levantaram e seguiram para a cozinha junto a Harry, nessas horas o jantar já devia estar sendo servido.


Apesar de ter dito que estava com fome, o garoto não conseguiu comer muito. Ficava o tempo todo pensando no que tinha descoberto sobre sua condição veela. Ele poderia engravidar, também poderia se ligar á alguém, mas essa pessoa correria risco de vida. Então seria melhor que ele não se ligasse á ninguém. É isso mesmo que ele iria fazer, se não se ligasse a ninguém, então não teria de se preocupar com a vida de outra pessoa, muito menos com gravidez.


Logo depois do jantar, Harry mentiu que estava com sono e saiu, direto para o seu quarto, sendo acompanhado pelo preocupado olhar de seus amigos. Ele foi para o quarto e se deitou na cama, porém não dormiu. Ficou muito tempo pensando sobre sua vida.
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Mas uma vez naquela noite ele se acordou. Por mais que tentasse não conseguia dormir, parecia que não podia pensar em mais nada a não ser o julgamento que seria dali a algumas horas. Olhou no seu relógio de pulso... Cinco e meia da manha. Ele tentaria ficar mais um pouco na cama e depois iria para a cozinha tomar café, não podia mais tentar dormir, era algo impossível.


Após alguns poucos minutos ele se levantou e se vestiu. Antes de sair do quarto deu uma olhada em Rony que estava de barraca para cima e com a boca aperta rocando alto. Tentou não pensar se continuaria a ser o seu companheiro de quarto em Hogwarts. 


Após os vários dias que teve ali, Harry já se acostumara com as cabeças de elfo, agora eles nem pareciam mais tão assustadores e sim, um pouco mórbido, mesmo. Pensou que não haveria ninguém na cozinha mais estava muito enganado. Empurrou a porta e viu o Sr. e a Sra. Weasley, Sirius, Remus e Tonks sentados ali. Todos estavam bem vestidos exceto pela Sra, Weasley.


A gentil mulher o forçou a comer um farto café da manha, enquanto lhe era explicado o que iria fazer até chegar ao ministério. Ele iria junto ao Sr. Weasley para o ministério, o seguiria até a sua sala e depois iria ao julgamento.

— Fique tranquilo Harry, Amélia Bones é quem vai lhe julgar, ela é uma mulher justa — disse Remus, tentando tranquiliza-lo.

— A lei está a seu lado, como veela você pode se defender de moleques nojentos e atrevidos. — Sirius disse serrando os dentes nas ultimas palavras. 


O moreno tentou por tudo tentar se acalmar, mas era quase impossível. Quando finalmente chegou a hora deles partirem, Harry se levantou de um pulo. Recebeu varias despedidas com palavras positivas, mas nenhuma tão eficaz quanto o abraço apertado que Sirius lhe deu. Antes de solta-lo sussurrou "Não importa que resultado dê, você não vai voltar para os Dursley ok? Eu não vou deixar." Harry teve que ter muita força para não chorar de emoção neste momento. Sorriu com gratidão e os olhos brilhando para Sirius que retribuiu o sorriso. 


Agora independente do resultado, ele teria um lar para voltar. Isso o fez se sentir extremamente melhor, ele até se sentia minimamente feliz enquanto caminhava ao lado do Sr. Weasley a caminho do ministério para ser julgado.
 


Notas Finais


Bom, é isso. Até muito em breve, Beijos!

E não deixe de comentar, é de graça e indolor!


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