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História Herança Veela - Cap 32 - Natal:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


OoooOOOoOoOoOoLÁÁ seus lindus!

Oh Merlin, a quanto tempo, não é mesmo? e.e Que saudades!

Eu juro que ta muito difícil de arranjar tempo para escrever, e olhem que estou dando prioridade para essa fic... A outra está ainda mais atrasada e.e. Aliás, pra quem lê, segura a xana aí que o capítulo dela também já sai, já to escrevendo... Mas ta realmente difícil gente, tanque que agora é nove hora das noite eu já to morrida de sono aqui.

Mas, ai ai... Não posso deixa-los na mão, né? Portante, está aqui um suado e sofrido capítulo! A musica da vez é "Stay With Me" de Danity Kane. Já tava a algum tempo pra colocar ela, finalmente deu e.e''

Espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 32 - Cap 32 - Natal:



Cap 32 - Natal:



      — Eu quase ia me esquecendo... Tem algumas pessoas que querem falar com você.


      — O que...? — Harry olhou confuso para o loiro e para a porta, que já se abrira.


Então Ginny, Rony, Hermione, Fred e Jorge, entraram no quarto. Todos se espremeram o melhor que puderam na cama de Rony, logo em frente a que ele e Draco estavam sentados. Harry percebeu que Hermione segurava uma câmera e Ginny a olhava ressentida.


O menor corou ao lembrar que apenas alguns momentos atrás, ele estava beijando seu namorado bem em cima do colo dele... E esse belo momento tinha sido registrado em uma câmera, aquela câmera que estava agora nas mãos de Mione. Aliás, que mania estranha essa de sua amiga ruiva, quem poderia imaginar?


Voltando a atenção a cena, Harry percebeu que todos escaravam ele e Draco.


      — Vocês... Queriam falar comigo? — O menor perguntou lentamente, temendo o assunto da conversa.


      — Sim, nós queremos Harry. — Hermione quem falou, como esperado. — Aliás, nós vamos. Mas antes, Rony, não quer falar nada?


A garota o olhou sugestivamente e o ruivo corou, em seguida virando seu rosto em direção a Harry, apesar de seus olhos fitarem o chão.


      — Harry — Ele começou, como se ainda estivesse tentando organizar os pensamentos antes de falar. — E-Eu quero me desculpar.


      — Hum? — O moreno olhou de canto de olho para Draco e então encarou o ruivo com interesse. Não esperava por isso, em sua cabeça, ele quem deveria se desculpar... Por estar sendo possuído, ou algo do tipo. 


      — Lamento ter te tratado... Daquela forma. — Rony ainda não o olhava. — Eu só... Só pensei que você deveria ter nos contado. Você confiou mais no Malfoy do que em nós, que somos seus amigos desde sempre.
E finalmente os olhos azuis encontraram os verdes. Harry se sentiu extremamente culpado.


      — Eu lamento por isso Rony... Eu tinha medo do que vocês poderiam pensar... No inicio nem eu queria aceitar, sabe? Não me sentia completamente seguro e nem queria meter vocês nisso, mas eu sempre quis contar. — Parecia que um grande peso estava saindo de seu peito. — Você me desculpa? 


      — Só se você me desculpar também. 


E eles sorriram cumplices, como não faziam a muito tempo. Ao mesmo tempo se levantaram e se encontraram em um abraço de puramente amizade. Harry se sentia tão feliz, quase leve, seus olhos lacrimejaram levemente.


Sentiu sua cintura ser puxados e largou Rony.


      — Ok, pronto. Que momento lindo. Deu. — caiu sentado na cama com os braços de Draco em volta de sua cintura.


Corou intensamente e olhou para Draco com a cara mais brava que podia no momento. Mas ele escarava Rony como quem dizia claramente "Está vendo essa linha? Não passe." Olhou para o amigo esperando ver ele retribuir o olhar carrancudo, mas ele estava quase tão corado quando ele, enquanto se sentava no meio de dois outros ruivos que o encaravam segurando riso.


Ginny ria de uma forma extremamente esquisita, que Harry preferiu ignorar. 


Tirando os braços de Draco de volta de si com certa dificuldade, o menor começou a falar de novo.


      — Hermione. — Ele chamou e a garota lhe sorriu levemente. — Você me desculpa também?


      — Ah Harry, nem precisa se desculpar. — Ele se levantou e ele também, não antes de olhar carrancudo para Draco, alertando para não repetir a mesma besteira de antes e ir abraçar a amiga. — Sabe que estarei sempre aqui, não é?


Oh, não chore... Harry pensava. Era besteira, mas ele se sentia tão feliz. Estava se sentindo tão sozinho a poucos momentos atrás e... Tencionou-se de repente, lembrando-se dos fatos que o levaram a estar sozinho naquele quarto.


      — O que me lembra. — Hermione o agarrou pelo ombro, o encarando diretamente nos ombros. — Sente-se, ainda precisamos conversar.


E ele fez o que foi pedido. O braço de Draco indo para sua cintura quase automaticamente.


      — Bem Harry, sobre o que ouvimos hoje no hospital... — Ela começou e o moreno fechou as mãos em punhos, se sentindo extremamente nervoso. Draco se aproximou levemente como se sentisse sua insegurança. — Não tem por que você se afastar de nós dessa forma entendeu? Não estamos com medo, nem com raiva, nem com nada desse tipo. Não importa nada do que ouvimos naquela hora, pois você é nosso amigo, entendeu?


Harry a encarou por alguns segundos, pensando no que falar. Relutava em se sentir aliviado, talvez fosse sensato fazer seus amigos verem o quanto ele era perigoso.


      — M-Mas Mione e se for verdade? E se de alguma forma Voldemort me transportou para Londres...? — Ele tentou argumentar, mas a garota apenas revirou os olhos.


      — Um dia — Ela falou. — Você finalmente vai ler Hogwarts uma historia, ou apenas me ouvir e saberá que ninguém pode aparatar ou desaparatar em Hogwarts! O que pensa que aconteceu? Que simplesmente saiu voando do seu quarto até Londres?


      — Você não saiu do quarto cara, ouvi você sussurrar alguns minutos antes. — Rony falou quando ele fez menção de dizer alguma coisa.


E ela o olhava com segurança, tornando impossível contradizer.


      — Mas...


      — E também, Voldemort não está sempre possuindo você, eu lembro que quando ele fez isso comigo, eu não conseguia lembrar de varias coisas, como um buraco escuro em minha memória onde não conseguia lembrar o que estava fazendo naqueles momentos... E Rony disse que você estava lá momentos antes do sonho, então você não foi possuído realmente Harry. — Ginny falou e o menor se sentiu melhor, por que sabia lá no fundo que ela tinha razão, mas ainda assim, não conseguia se sentir realmente tranquilo.


      — E Harry, mesmo que tudo isso fosse verdade, nós nunca o deixaremos sozinho. Não se afaste de nós dessa forma. — Hermione falou.


      — É cara, Mione tem razão. — Rony falou, ainda levemente vermelho. — E nada de mal aconteceu, não tem por que se sentir assim, você salvou nosso pai, afinal.


Lentamente, seu coração se enchia de felicidade. Era bom ouvir aquilo, saber que tudo o que o atormentava até agora não passava de delírios seus... Talvez não devesse se preocupar tanto, afinal, agora tinha seus amigos ali.


      — É... Tudo bem, vocês tem razão. — Ele falou mirando o chão. Então olhou para cima e encontrou os rostos sorridentes de seus amigos e foi impossível não abrir nem um sorrisinho se quer. Estava definitivamente feliz.


      — Ok ok, que bom que está tudo certo agora. — Ginny surpreendeu os presentes. — Mas tem algo que eu ainda não entendi... Como vocês estiveram juntos esse tempo todo sem que ninguém tenha percebido?


A felicidade murchou ligeiramente.


      — Oh, bem, Ginny... — Harry murmurou, corando.


      — Eu acho que isso não é nece- 


      — Encontros ás escondidas depois do horário de dormir, amassos nos corredores... Sabe, o de sempre. — Draco interrompeu Hermione.


"Oh, por favor, preciso de detalhes!" Ginny falou, mas a voz de Harry abafou o comentário.


      — Draco! — O menor corou intensamente.


      — Eu sabia! — Rony falou. — Sabia que aquilo no seu pescoço era um chupão!


      — Rony! — Harry corou ainda mais, quase a ponto de sair fumaça.


      — Realmente, eu desconfiei quando ele chegou todo amaçado na sala precisa, mas nada desse tipo. — Hermione observou e o moreno queria cavar um buraco ali mesmo e se enterrar.


      — Harry, Harry... — Começou Fred.


      — Tsc, tsc... — Continuou Jorge. — Quem diria que você é desses hein? Malfoy tudo bem, mas você? Com essa cara de anjinho e essas coisas.


      — Bem que dizem, os quietinhos sãos os piores. — Fred disse, falsamente desapontado.


Ao ouvir "cara de anjinho", Harry com o rosto muito vermelho, olhou para Draco que o encarava sorrindo triunfantemente.


      — O-Ora, calem-se vocês. — Ele cruzou os braços emburrado. Arrancando risos dos outros.


      — Ok, tudo bem. Mas... — "Droga Ginny, não pode apenas ficar calada?" o menor pensou quando mais uma vez a ruiva abriu a boca. Todo sentimento de gratidão que sentira antes, indo embora. — O que Pansy Parkinson tem a ver com isso?


O casal de veelas gelou levemente ao ouvir aquele nome, o sorriso desaparecendo do rosto do loiro.


      — Parkinson? — Hermione perguntou confusa.


      — É, naquele dia, eles falaram alguma coisa sobre ela ter descoberto e... Não sei, eu não estava prestando atenção na historia. — O rosto de Ginny ganhou um tom levemente avermelhado.


      — Ela tem razão, eu também me lembro disso. — Rony concordou.


E então, todos estavam encarando os dois em uma pergunta muda.


      — B-Bem... — Harry olhou incerto para o maior, mas esse segurou sua mão, o incentivando a continuar. Era um assunto bastante desagradável, mas o momento não poderia ser melhor para contar. — E-Em um desses... Encontros...


Ele tentou furiosamente não lembrar-se das cenas no banheiro dos monitores.


      — Ela nos viu e... Acabou descobrindo tudo. — Ele falou. — Ela ameaçou contar tudo para Voldemort e obrigou Draco a terminar tudo comigo. M-Mas...


Sua voz falhou. Sabia que estava sendo muito pouco específico, mas a ideia de contar uma historia rica em detalhes e fatos não o agradava nesse momento.


      — Mas eu não consegui fazer isso. — Draco tomou voz, vendo a tristeza no rosto de seu pequeno. Sentindo mais uma vez aquela vontade de socar Parkinson. — Então, ela me colocou sob a Imperius e me fez dizer... Coisas horríveis.


      — Imperius?! — Hermione exclamou. — Essa maldição é uma das imperdoáveis!


      — Os pais delas são comensais Hermione, o que você esperava? — Rony falou, logo lançando um olhar nervoso a Draco e tentou concertar. — Nada pessoal, Malfoy.


      — Tudo bem Weasley. — O loiro respondeu frio.


      — Então, quando Hagrid te achou daquela forma e você passou dias triste... Foi por isso? — Hermione finalmente chegou a conclusão. 


Enquanto olhava nos olhos da amiga, o menor assentiu. Lembrar-se disso não trazia nada de bom.


      — Sim... — Ele murmurou.


      — Ora! O que aquela vaca estava pensando? — Ginny explodiu e todos a olharam confusos. — Como ela ousa acabar com um casal tão... Tão...


E mais uma vez seu rosto se avermelhou, junto com o de Harry. Os demais riram da situação. Passaram mais alguns minutos conversando até que a Sra. Weasley os chamou para jantar. Todos então se levantaram para ir, mas quando só restou o casal no quarto. Draco puxou Harry para um beijo rápido, mas para sentir o doce sabor do menor novamente. Logo, também estavam jantando.


                                                                          oOo


E então tudo estava bem. 


Sirius fez questão de deixar todos o mais ocupados possíveis com as preparações para a véspera de natal, ele fez questão de organizar em dois grupos de "ajudantes do Sirius Noel" que o único requisito era basicamente, Harry em um grupo, Draco em outro.


Depois de colocar barba e chapéu de Papai Noel em cada cabeça de elfo, Harry finalmente chegou a conclusão que toda essa coisa de "Sirius Noel" não passava de uma desculpa para manter Draco longe de si. O que, infelizmente, estava funcionando muito bem. O menor torcia para que os gêmeos e Hermione não estivessem pegando pesado com seu namorado. Fora muito inteligente da parte de seu padrinho coloca-lo no mesmo grupo que Fred e Jorge... Por razões obvias. Esperava que Mione conseguisse controlar a situação.


No entanto, Sirius nunca pareceu tão feliz com a casa cheia e isso meio que fazia valer a pena. Queria poder morar com ele... Quem sabe, tudo não desse certo no final? Esperava que sim, já que o mínimo pensamento de voltar para os Dursleys, fazia suas mãos suarem frio.


                                                                                       oOo


Então a manhã de natal chegou e como sempre, foi acordado por Rony.


      — Bom Natal este ano. — Ele disse, já abrindo os próprios presentes empilhados aos pés da cama.


Harry observou a sua própria pilha de presentes e esfregou os olhos, ainda com sono, mas como qualquer pessoa normal, ansiosa para abrir os presentes.


Foi abrindo um por um, ganhou vários livros de Hermione, Sirius e Remus. Hagrid tinha lhe dado uma carteira peludo marrom, Tonks um pequeno modelo de sua vassoura, Rony lhe deu uma enorme caixa de feijõezinhos de todos os sabores e costumeiro suéter Weasley do Sr. e Sra. Weasley. E ainda, um quadro dele mesmo que ele suspeitava ter sido pintado por Dobby.


Estava pronto para se levantar quando ouviu um alto "Crack", Fred e Jorge aparataram ao lado de sua cama.


      — Feliz Natal! — Disse Jorge. 


      — É, Feliz Natal Harry, espero que goste do nosso presente! — Fred falou sorrindo brilhantemente, fazendo um arrepio correr pela nuca do menor. Nada de bom poderia vir de um sorriso daqueles, principalmente dos gêmeos.


      — Presen... — Ele murmurou, olhando para a pilha de presentes já abertos, não se lembrava de ter recebido nenhum presente com o nome deles.


Foi então, que aconteceu.


      — AAAH! — Ouviu o berro do quarto ao lado e já sabia de quem era.


Rony com a empada de carne meio mordida em direção a boca, o encarou confuso. Harry então olhou os gêmeos e os viu sorrindo brilhantemente. Automaticamente mil coisas se passaram por sua cabeça, mas sabia que nunca poderia imaginar o que se passava por aquelas duas cabeças, então se levantou e foi ver com os próprios olhos.


Saiu do quarto apressado e desejou um rápido feliz natal para Hermione que estava a meio caminho do quarto, passando por ela e entrando no quarto dos gêmeos. Suspirou aliviado quando viu Draco sentado em sua cama, de costas, mas parecia bem. Estava inteiro e da mesma cor de sempre, então, o que poderia ter acontecido?


      — Draco? — Ele chamou, se aproximando lentamente. — Está tudo bem?


Percebeu que o loiro segurava um espelho e apalpava o rosto freticamente, não parecendo ter percebido sua presença no quarto ainda. O que foi definitivamente estranho.


      — Draco...? — Ele tentou mais uma vez, chegando mais perto.


      — Harry! — O outro exclamou, se virando rápido.


E então o pequeno veela finalmente viu, seu presente de natal. Draco Noel. Ou quase isso. Aparentemente os gêmeos fizeram uma barba grande e densa crescer no rosto de seu namorado.


      — Ahn... — Ele tentou não rir. — O-O que aconteceu?


      — O que aconteceu? — Os olhos pratas se estreitaram e o maior depositou o espelho em cima da mesinha de cabeceira. Então começou a apalpar e puxar a barba freneticamente, tornando difícil não rir. — Olhe para isso! Não importa quantas vezes eu tire, sempre volta a crescer! E eu não posso nem mesmo usar um feitiço!


      — M-Mas... Mphm- — Harry começou a gargalhar.


      — Oh. — O loiro arqueou as sobrancelhas. — Acha engraçado?


O menor apenas continuou a rir. Parecendo indignado, o outro se levantou, se aproximando lentamente do menor.


      — Vou mostrar o que é engraçado. — E avançou no menor.


      — Não! — Harry exclamou em meio ás gargalhadas.


Correram ridiculamente pelo quarto, Draco conseguindo alcançar Harry poucos segundos depois o jogando na cama mais próxima e subindo sobre ele em seguida, segurando os braços do outro acima da cabeça.


O maior então, afundou a cara barbuda no pescoço do outro, dando beijos, mas ao mesmo tempo causando cosquinhas por conta da barba. Harry já se encontrava sem ar de tanto rir. Lentamente a boca do loiro foi subindo até encontrar a do moreno. Iniciando então um beijo atrapalhado, mas cheio de amor.

I've searched my heart over
(Eu tenho procurado por todos os lugares)
So many many times
(Por muito muito tempo)
No you and I is like no stars to light the sky at night
(Por você e eu, é como essas estrelas que clareiam o céu toda noite)


No fim, se separaram, apenas afastando levemente os rostos e fitaram-se.


      — Feliz Natal Harry. — Draco disse baixinho, olhando intensamente os olhos verdes brilhantes.


O menor sorriu, tornando o rosto rosado pelo esforço e pelas risadas, ainda mais lindo. Ainda estava de pijama e completamente descabelado, porém não poderia estar mais perfeito.


      — Feliz Natal... — O menor respondeu, ficando serio por alguns segundos enquanto retribuía o olhar intenso, até um sorriso travesso surgir em sua face. — Papai Noel.


E começou a rir novamente, Draco apenas se deleitava com o belo som, era bom ver seu parceiro tão feliz, para variar, mesmo que fosse ás suas custas.


      — Ora vamos Harry, não seja tão mal. — Ele reclamou, manhoso. — Vai dizer que não continuo extremamente sexy? 


      — Hum... — O outro fez uma falsa expressão avaliativa, passando a mão de leve na barba. Realmente, era tão macia quanto parecia, talvez tanto quanto a do próprio bom velhinho deveria ser. — Sabe, barbudos não fizeram bem o meu tipo...


      — É? — O loiro perguntou. Se sentando sobre o outro e erguendo o tronco, apenas para levar as mãos até os botões do pijama. Harry observava hipnotizado enquanto seu namorado abria a camisa lentamente, pouco a pouco o peito musculoso ficava a mostra. — E agora?


      — A-Acho que... — Ele se atrapalhou, tentando manter a linha de pensamento. Porém, seu rosto estava corando. — Que posso fazer uma exceção.


Sorrindo vitorioso por baixo de toda aquela barba, o maior se abaixou novamente e tomou os doces lábios de seu parceiro. Mordendo de leve e chupando em seguida.


Harry não se sentiu incomodado pela barba, deveria, mas os beijos do outro o deixavam completamente alheio a qualquer outra coisa. Qualquer coisa, a não ser o fato de que sua mão foi agarrada e levada lentamente até entre os dois, direto no peito nu e firme de Draco. Sentiu a pele quente e macia e tocou por ele mesmo, gostando da sensação.


Suspirou entre o beijo e arranhou de leve a barriga do outro, lembrando-se de quando recebeu a mesma coisa. Sentia-se envergonhado em fazer esse tipo de coisa, mas já que era com Draco, estava tudo bem.


Antes de continuar uma serie de beijos pelo pescoço do menor, Draco teve que se segurar e separar os rostos.


      — Harry. — Ele chamou, levemente sem folego.


      — Hum? — O outro apenas murmurou em resposta, os olhos ainda fechados e o rosto corado.


      — Preciso te dar uma coisa.


      — Hum? — Ele repetiu o som, dessa vez com uma entonação diferente e abrindo os olhos. O maior parecia serio de repente, mas ainda era difícil manter uma conversa com aquela coisa em seu rosto. — Ahn, Draco... Não pode tirar isso antes?


O veela apenas rolou os olhos.


      — Se pudesse, acredite, eu já teria tirado. — Ele respondeu. — Além do mais, preciso fazer isso rápido, nunca se sabe quando seu padrinho vai aparecer do nada, ele parece que fareja esse tipo de coisa. Temos que aproveitar esse tempo sozinhos.


Harry concordou internamente com tudo que ele disse, realmente Sirius parecia ter desenvolvido algum tipo de dom especial para saber quando eles estavam querendo ficar sozinhos. Era um milagre que estivessem ali agora. 


Enquanto o menor observava, Draco foi até suas coisas, perto da cama em que dormia e retirou do meio das roupas uma caixinha de veludo.


      — Draco? — Harry falou, confuso e de repente, se sentindo ansioso.


      — Harry. — O maior ao seu lado e virou-se em sua direção. Apesar da barba ainda estar ali, a camisa aberta o fazia parecer um Papai Noel extremamente sexy. Os pensamentos de Harry sobre a aparência de seu namorado logo foram cortados quando o mesmo abriu a pequena caixinha em suas mãos. — Feliz Natal.


      — O... O que...? — Ele balbuciou, observando os dois lindos anéis a sua frente.


Eram dois anéis de prata com três pedras, dois pequenos diamantes com uma pedra diferente no meio. Em um deles, uma esmeralda e no outro, um diamante azulado.


      — Bem, eu... Eu não estou te pedindo em casamento nem nada, antes que possa pensar em alguma coisa assim. Pelo menos não ainda, quero dizer. — Era notável que ele estava nervoso, com a forma em que enrolava as palavras. — M-Mas... São para oficializar nosso namoro.


      — Oh Draco... — Harry não conseguia acreditar, ninguém nunca tinha lhe dado algo tão bonito. O maior colocou a caixinha sobre a cama e retirou o anel com a pedra azul.

Our picture hangs up to
(Nossos retratos pendurados)
Remind me of the days
(Me lembram dos dias)
You promised me we'd always
(Você me prometeu que nós sempre)
Be and never go away
(Ficaríamos juntos, e que você nuca iria embora)
Thats why I need you to stay
(Por isso é que eu preciso que você fique)


      — Este é o seu, eles são diferentes por insistência de Granger q-


      — O que? — O pequeno veela o desviou os olhos do anel rápido e o encarou. — Hermione?


      — Ora, sim, eu não poderia simplesmente sair daqui, não é?


      — Mas ela não me falou nada! — O menor resmungou infantilmente.


      — É claro que não, eu pedi que não falasse. — Mais uma vez rolou os olhos e continuou. — Voltando, ela falou que alguém poderia notar a semelhança... Não que eu ache que mais alguém além dela seria tão louco assim, mas não podemos arriscar novamente, não é? Então... Fiz questão que o seu tivesse esta cor, pode adivinhar por quê?


      — Sim. — Harry sorriu enquanto encarava os olhos da mesma cor do anel. — Agora você vai estar sempre comigo.


E corou. Draco sorriu com a vergonha de seu companheiro e carinhosamente pegou a pequena mão direita. 


      — Espere! — O menor exclamou. — O que está escrito ali?


E indicou as discretas palavras dentro da aliança.


      — Oh, isso? — Então Draco se aproximou. — Mon cœur est a vous.


As palavras sussurradas em o que Harry supunha ser francês, o fizeram se arrepiar, deveria ser proibido que alguém ficasse tão sexy apenas falando francês. Até mesmo com aquela barba.


      — Significa... "Meu coração é seu". — E acabou com o espaço entre os rosto, assim como ao mesmo tempo colocava a aliança na delicada mão. O beijo não durou muito, apenas o suficiente para roubar todo o ar dos pulmões do pequeno veela. — Sua vez.


Ainda tremulo por conta do beijo, Harry pegou desajeitadamente a mão direita de seu parceiro e o olhou intensa e longamente nos olhos.


      — Meu coração é seu. — Ele repetiu baixinho as palavras de dentro da aliança, logo o colocando da mesma forma que Draco tinha feito consigo.


Sem conseguir mais esperar, mais uma vez Draco agarrou a cintura de seu namorado e lhe roubou um beijo, que prontamente foi correspondido. Harry se sentia completamente feliz, sabia que estava brilhando levemente nesse momento, mas não podia evitar. Estava onde mais queria estar, em Grimmauld Place, com seus amigos, seu padrinho e principalmente, nos braços de seu parceiro.


Ali e agora, não conseguia lembrar-se do por que de ter lutado tão arduamente contra aquilo. Talvez se não tivesse pensado tanto, as coisas poderiam ter sido mais fáceis. Não que importasse agora, tudo estava bem. Pelo menos por enquanto. 


Stay With Me
(Fique comigo)
Don't let Me go
(Não me deixe ir)
Cause I Cant Be Without You
(Porque eu não posso ficar sem você)
Just Stay With Me
(Só fique comigo)
And Hold Me Close
(E me abraçe forte)
Because I've Built My World Around You
(Porque eu construi meu mundo em sua volta)
And I Don't Wanna Know whats it Like Without You
(E eu não quero saber como é sem você)
So Stay with Me
(Então fique comigo)
Just Stay With Me
(Só fique comigo)


      — Draco! — Harry separou o beijo, segurando o maior pelos ombros para afasta-lo e o olhando assustado.


      — Por Mordred, o que houve? — Perguntou tenso, não entendendo a repentina reação de seu anjinho.


      — Eu não consegui comprar nada para te dar de natal! — Harry se lamentou, como se fosse a pior coisa do mundo e pela terceira vez, Draco rolou os olhos.


      — Oh por Melin... — Ele murmurou, então, colocando uma das mãos no bonito rosto do outro. — Não ouse se preocupar com algo como isso anjinho, só de estar com você aqui, é mais do que qualquer coisa que eu poderia pedir.


      — Mas... 


      — Mas... — Draco repetiu. — Se quer mesmo fazer isso, tem outra forma que você pode me presentear...


O tom sugestivo não deixava duvidas do que o loiro falava, Harry corou até a raiz dos cabelos e antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta se abriu.
      
      — FELIZ NA- — Sirius apareceu na porta, vestido de vermelho e com barba e chapéu de Papai Noel. — QUE POUCA VERGONHA É ESSA AQUI? E o que pensa que está fazendo Malfoy? Essa casa já tem um Papai Noel!


Indignado, Draco tirou a mão de Harry, sabendo que essa era a "pouca vergonha" a que o homem se referia. Ah, se tivesse chegado alguns minutos antes...


      — O-Ok, vamos Draco... Tirar essa barba. — Harry se levantou, com a cabeça baixa por conta do rosto ainda corado.


      — Isso mesmo! — Sirius falou. — Você pode colocar orelhas falsas e ser o coelhinho na Páscoa, mas nesse Natal não!


      — Ora! Como seu eu tivess-


      — Certo, tudo bem Sirius. — Harry interrompeu, antes que Draco começasse a discutir. No fundo era bom que seu padrinho estivesse bravo por conta da barba e não por causa dos dois estarem sozinhos juntos. Tentou falar isso a seu parceiro apenas com um olhar.


      — Que seja. — O loiro murmurou, logo saindo pela porta, se espremendo para passar o mais longe possível do homem vestido de Papai Noel. Provavelmente estava indo tirar as caras com Fred e Jorge.


      — Ok, ele já foi. Feliz Natal Harry. 


      — Feliz Natal Sirius. — O menor abraçou seu padrinho, se sentindo feliz novamente.


      — Hum... Er... — Lá vinha coisa. — Ele não fez nada, não é?


      — Não... — Harry murmurou, ainda no abraço.


      — É sério, é só me dizer que eu vou lá e-


      — Ele não fez nada Sirius! — Harry se separou e revirou os olhos, apesar de seu rosto corado. Escondia a mão direita discretamente atrás das costas. — Por que não vamos lá tomar café, aposto que a Sra. Weasley fez algo ótimo.


Ele tentou disfarçar, sorrindo angelicalmente para o mais velho.


      — Oh, sim sim... — Black parecia desapontado em não ter nenhum motivo para castrar o namorado de seu afilhado. — Vamos, vamos logo.


Então, saíram do quarto e desceram para tomar o delicioso café da manhã de natal.


O que ninguém viu, foi que em menos de dois minutos depois de toda a cena, Ginny Weasley entrava no quarto, indo direto vasculhar a pilha de roupas estrategicamente posta no canto do quarto. De lá, ela tirou uma câmera, logo checando as ultimas fotos e sorrindo brilhantemente ao ver o conteúdo das imagens. Estar no mesmo ano que Collin Creevey, tinha suas vantagens, afinal de contas.
 


Notas Finais




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