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História Herança Veela - Cap 26 - Banheiro dos monitores:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


MEU DEUS DO CÉU! EU TERMINEI! TERMINEI!

Como foi difícil! Droga de escola!

Sabiam que o sono acumula se você não dormir por cinco dias??? Eu tentei escrever eu juro que tentei, e escrevi na verdade eu escrevi, um pouquinho por cada dia, eu não tinha tempo para mais nada e eu queria escrever tanto! Eu dormia pensando nos próximos quatro capítulos, com preguiça pra anotar as falas que eu planejei e as musicas que vão tocar... Droga, elas não vão "tocar" mas você me entenderam né? Os próximos capítulos são tão importantes, estou tão animada, eu só queria ter tempo... Mas não se desesperem! Não vai demorar... Esse nem demorou tanto na verdade, né? Só uma semana a mais do previsto.

E.... AH! IMPORTANTE! Eu achei super interessante uma sugestão que... Que... Só um estantinho gente.
...
Ah sim, CarrotDrew. Essa pessoinha, deu uma sugestão muito interessante... Como eu acabei dei dizer mas acabei esquecendo por que tive que abrir outra aba pra ver quem tinha sugerido... Desculpa Drew... Mas enfim. Ele sugeriu que... Vou usar as palavras dele.(sono) "Você tem WhatsApp? Se sim,você deveria fazer um grupo no WhatsApp para os leitores da Fanfic ;-; seria beemmmm legal! O nome poderia ser... " Então... Eu achei super interessante isso por que, sei lá, grupos do wpp são legais. Falar com vocês também é, só que eu não sei se vocês vão achar tão interessante assim, se não, simplesmente ignorem essa parte, me desculpem, mas caso se interessem, podem mandar o numero de vocês por mensagem, ou se se sentir confortavel, nos comentarios mesmo... Eu nem sei muito bem como se monta um grupo, mas não deve ser tão complicado né? É isso, vou fazer isso se pelo menos algumas pessoas quisserem.

É isso, espero que gostem. Bjs!

Capítulo 26 - Cap 26 - Banheiro dos monitores:



Cap 26 - O banheiro dos monitores:



Tudo estava tão escuro, ele se sentia caindo. Caindo eternamente naquela imensidão negra. 


Não soube quanto tempo se passou, mas de repente sentiu algo agarrando sua cintura e ele parou de cair, queria ver quem era o seu salvador, mas não conseguia enxergar nada naquele escuro, tentou falar, chamar, quem quer que fosse, mas sua voz não saia. Seu coração começou a se apertar, nervosismo tomando conta e ele tentava se soltar se debatendo. 


Então o que quer que fosse o soltou, deixando cair dessa vez no chão, feito de um piso negro, assim como as paredes, iluminadas apenas por tochas cuja luz era esverdeada e bruxuleante. Levantou-se com cuidado, sentindo seu corpo reclamar de dor, olhou para baixo e viu sangue em suas vestes, no lado direito de seu corpo, era uma dor chata e latejante.


Olhou em volta e uma breve sensação de familiaridade tomou conta de si, mesmo que achasse que não conhecesse o lugar, era como se já estivesse ali. Observando ao redor, ele percebeu o corredor longo e escuro, atrás de si não tinha nada além de uma parede, porém a frente estava uma porta, feita de madeira escura. Sem ter escolha, andou até a porta, a cada passo suas constelas latejavam dolorosamente e a porta se afastava no mesmo ritmo. Tentou acelerar o passo, mas o machucado fisgou o fazendo ver estrelas e seus joelhos falharem. Caiu de joelhos e uma ventania começou tão de repente quanto acabou. 


Levantou a cabeça levemente e percebeu que a porta, antes a alguns metros de distancia, não estava a mais do que um palmo de distancia de seus olhos agora. Usou-a de apoio para se levantar e apenas respirou, por alguns segundos... Mirando a maçaneta prateada. Aquele simples objeto o chamava, quase que sedutoramente, com promessas de coisas incríveis, ele tinha que abrir aquela porta.


Então por impulso tocou a maçaneta e lentamente a girou, apreciando o momento, uma alegria estranha tomando conta de si. Pela brecha que abriu, uma luz entrou, forte e intensa o ofuscando. Cada vez mais a luz de intensificava e ele se sentiu ser puxado para ela.


                                                                       oOo


      — Harry! — Ouviu uma voz distante. — Acorda cara!

Lentamente abriu os olhos, piscando por conta da claridade. Assim que seus olhos se acostumaram, focou na figura ruiva acima de si, ele parecia nervoso e lhe sacudia pelos ombros.


      — Ah, finalmente... — Ele murmura aliviado. Se afastando. — Você estava tendo um pesadelo, eu acho, quer dizer, estava se debatendo e suando e murmurava algumas coisas estranhas também.


      — Rony... — Harry resmunga com a voz ainda meio grogue. Não estava certo se ouvira tudo o que o outro dissera, mas sentia seu corpo molhado pelo suor. — Que horas são?


      — Ainda falta uma hora para o café da manhã, Rony e eu queríamos vir cedo por que... — Só agora tinha percebido a presença de Hermione, do outro lado da cama. Ela olhou para os lados um pouco hesitando e o moreno não soube o porquê. — Hagrid está de volta.


Isso foi o suficiente para acorda-lo completamente. Esfregou os olhos e sentou-se na cama.


      — É sério Mione? — Pergunta retoricamente. — Quando?


      — Ontem a noite, queríamos ir quando vimos, mas achamos melhor de esperar e é claro, não podíamos sair tal horário sem sermos notados. — A garota respondeu.


O peito de Harry é mergulhado em uma sensação quente, ao mesmo tempo de ansiedade. Ele não estivera pensando muito em Hagrid nesses tempos, talvez por sua cabeça estar ocupada com outras coisas, mas agora notou o quanto sentia saudade, das tardes em que tomavam chá na casa do amigo e principalmente, queria saber se estava bem.


Com certa presa, jogou a coberta de lado, se destapando e colocando os pés para fora da cama, onde balançavam ligeiramente por conta de sua falta de altura.


      — Sr. Potter! — Ouviu a voz estridente da enfermeira, surgindo de lugar nenhum. Não tinha ouvido nem seus passos se aproximando e agora ela caminhava nervosamente em sua direção. — O que pensa que está fazendo? Deite-se já!


      — M-Mas, Madame Pomfrey... — Ele tentou dizer. — Eu já estou bem.


      — Isso é o que você diz, agora vamos, deite-se, quero examinar por mim mesma. — Torcendo para que fosse rápido, ele o fez. Então a enfermeira se aproximou, empurrando Rony ligeiramente que se afastou a olhando de forma afetada. Ela passa a varinha por cima do peito de Harry, perto da região dos machucados e murmura alguma coisa, imediatamente ele sente aquela área aquecendo, não é dolorosa, na verdade chega a ser agradável. Então ela finalmente abaixa a varinha e estala os lábios, parecendo satisfeita. — Hum, suas costelas não estão mais partidas, Sr. Potter, no entanto, peço para ter cuidado, quantas vezes tenho que dizer que o senhor é... Menos resistente do que costumava ser? Imagino o estrago que faria se aquele balaço terrível tivesse pegado mais perto dos órgãos, ou se o Sr. Malfoy não tivesse chego a tempo. Oh, não devo nem pensar em algo assim...


      — Tudo bem, Madame Pomfrey. — O pequeno veela concorda cabisbaixo, ignorando deliberadamente a parte sobre Draco. Enquanto isso a mulher se preocupa em levantar a camisa do pijama do pequeno, para retirar as bandagens. Estranhamente Rony desvia o olhar, suas bochechas ganhando um tom a mais. — De qualquer forma, eu não posso mais jogar quadribol.


A enfermeira observa sua expressão, quase desolada e uma sombra de pena passa por seus olhos, mas ela definitivamente não parecia tão triste com a perspectiva de ter seu paciente mais frequente longe dos campos de quadribol.


      — Anime-se Sr. Potter, olhe, não ficara nenhum marca. — Observou a área machucada, não mais machucada. — E poderá ir tomar café da manhã normalmente assim que se trocar. E espero não vê-lo aqui tão cedo, lembre-se de ter cuidado!


Sem mais recomendações a mulher se foi, o deixando sozinho com seus amigos.


      — Que bom que já está bem Harry! — Hermione sorri. — Assim que trocar de roupa, podemos ir ver Hagrid.


Então sem mais, ele pega suas roupas em cima da cadeira e fecha o biombo de onde seus amigos já tinham saído. Troca-se rapidamente, com presa em visitar Hagrid. Em menos de alguns minutos eles já estão no caminho da casa do meio gigante, tentando ser o mais discretos possíveis já que não havia muitos alunos circulando pela escola aquela hora, os que já tinham acordado seguiam direto para tomar o café da manhã.


Foi com certa nostalgia que revisaram aquele caminho, que por todo aquele ano ainda não tinha sido trilhado, já que não encontrariam nada além de uma cabana fazia. Mas agora, Harry via com alegria a fumaça branca saindo da chaminé. Pararam ansiosamente em frente a porta, o menor sendo o primeiro e levantar o punho e dar três batidas na porta.


      — Hagrid... ? — Harry tentou. — Somos nós.


      — Já estavam demorando... — Ouviu a tão familiar voz por trás da porta, seu tom parecia feliz. Ouviram o som de passos pesados se aproximando, então a porta abriu rangendo e Hagrid apareceu. Fazendo Hermione gritar e Harry quase engasgar de susto. — Por Merlin, não façam escândalos á essa hora! Vamos entrem, entrem.


Ele se afastou, dando espaço para os três entrarem.


      — Desculpe, mas... Oh, Hagrid... — Hermione colocou as mãos sobre a boca, observando a face disforme do meio gigante. Seu rosto estava de marcas roxas e dolorosos cortes, um de seus olhos não era nada mais do que uma grande fenda roxa e inchada. Ele andava com cuidado, e Harry teve a impressão de que suas costelas talvez estivessem quebradas e, por Merlin, ele sabia como podia ser doloroso. Seu coração se apertou ainda mais.


      — Não é nada, não precisa ficar desse jeito. — Hagrid disse, indo em direção a lareira e colocando um pouco de agua para ferver.


      — Hagrid... O-O que aconteceu? — O moreno perguntou.


      — Já disse que não foi nada. Parem de se preocupar. — Como algo como aquilo poderia ser "nada"? — Querem uma xicara?


      — Deixa disso, — Rony falou — Olhe como você está!


      — Estou falando, estou bem. — E finalmente se virou para encarar os três, mas se encolhendo assim que seus olhos pousaram em Harry. — Oh, Harry...


"Não é nada" Ficou tentando á dizer, no entanto apenas abaixou o rosto, subitamente se sentindo envergonhado. Esperava que Hagrid não o tratasse diferente, ele definitivamente não iria suportar.


      — Que coisa incrível... — Ouviram o homem murmurar. Será que tinha algo a ver com o amor que Hagrid nutria por criaturas magicas? Tecnicamente, Harry era metade uma agora. Então ele pigarreou alto e continuou. — Bem, vocês cresceram. É bom ver vocês três de novo. Tiveram um bom verão, não foi?


      — Você foi atacado. — Rony cortou, aparentemente não ciente do clima estranha de agora a pouco. O que foi bom, já que o pequeno veela não queria ter que relatar como seu verão tinha "bom".


      — Pelas calças de Merlin, quantas vezes tenho que falar que não é nada? — Ele voltou a afirmar.


      — Hagrid! Você deveria ir ver  Madame Pomfrey! — Hermione exclamou, ignorando os argumentos do outro. — Esses cortes podem infecionar.


      — Estou lidando com isso, está bem? — E caminhou até a enorme mesa de madeira no meio da cabana, puxando a toalha de chá que havia sobre ela e revelando o que parecia ser um bife, um enorme bife ensanguentado e meio verde. Aquilo era duas vezes maior que a cabeça de Harry. Viram mortificados o meio gigante pegar o pedaço de carne e colocar sobre o olho machucado, gemendo em alivio.


      — É carne de Dragão. — Ele informou. — Ajuda com a ardência, sabe?


      — Hagrid... — Harry chamou, conseguindo atenção imediatamente. Observou os machucados no rosto do seu querido amigo e sentiu seu coração pesar, o que teria ocorrido? — Por favor, nos conte o que aconteceu.


Tratou de piscar os olhos algumas vezes. Ora, não o julgue, era uma veela afinal de contas, por que não podia tirar proveito disso? Só um pouquinho? Não estava fazendo mal algum, apenas queria saber o por que do estado de Hagrid. Era o que Harry repetia para si mesmo em sua mente, sempre se sentia culpado ao fazer coisas desse tipo. O meio gigante o encarou por alguns segundos, antes de sacudir a cabeça com veemência e fechar os olhos.


      — Não posso, Harry. É segredo! — Disse firme, e o menor quase ficou feliz com isso, considerando que seu encanto não afetava em nada... Ou quase, Hagrid. — Meu emprego vale mais do que dizer isso a vocês.


      — Os gigantes bateram em você, não foi? — Hermione perguntou, com certo receio.


Imediatamente o homem ficou rígido e deixou que o grande bife escorregasse de seu rosto, caindo pesadamente em seu peito.


      — Gigante? — Ele perguntou, quase retoricamente, pegando o bife e o voltando para o lugar de antes. — Quem falou qualquer coisa sobre gigantes? Com quem estão falando? Quem disse que eu tenho... Quem... Hein?


      — Nós adivinhamos. — A garota respondeu meio que se desculpando.


      — Ah, adivinharam, foi?


     — Foi um pouco óbvio, na verdade. — Disse Rony, fazendo Harry se sentir idiota por não ter pensado nada disso, mas a culpa não era sua se sua cabeça estava ocupada com outras coisas ultimamente.


Hagrid, no entanto os encarou e logo sorriu, jogando o bife de volta na mesa e indo pegar a chaleira que já apitava.


      — Sinceramente, nunca vi crianças como vocês para saber mais do que deveriam. — O ouviram murmurar, servindo a agua fervente em três canecas que mais pareciam baldes. — Mas não estou apoiando vocês, que fique claro.


     — Hum... Então tem procurado gigantes? — O menor perguntou.


E então, ouviram toda á historia de Hagrid sobre os gigantes. De como eles viviam nas montanhas, do contato líder deles, dos comensais, das lutas e dos imprevistos. Harry se pegou pensando se era assim que se sentiam quando ouviam as situações que ele mesmo passava, por que ele estava achando tudo aquilo loucura e muito perigoso... Um pouco hipócrita, ele sabia.


Estava tudo ocorrendo bem até Hagrid deixar escapar que Umbridge estivera ali, ontem a noite, enquanto ele estava n enfermaria.


      — O que? Umbridge? — Harry se exaltou. — O que ela queria?


      — Oh... — Ele parecia ter mordido a língua. — Nada, nada...


      — Hagrid! — Os três exclamaram em uníssono.


      — Merlin, vocês são impossíveis. — Sua barba tremeu. — Ela queria saber onde estive e como consegui esses machucados. E... Falou algo sobre estar inspecionando os professores.


      — Oh não. — Hermione arfou.


      — ... — Harry pensou o mesmo que ela. Tinha certeza que aquela sapa velha não teria simpatizado com o meio gigante, se é que ela simpatizava com alguém, que não fosse completamente mal igual a ela pelo menos. — Foi só isso?


      — Bem, sim. — Ele respondeu, tomando um gole de seu chá e logo limpando o que tinha escorrido na barba. — Se você chama de estar inspecionando os professores de "só isso".


      — Hum... O que tem planejado para nossas aulas, Hagrid? — Hermione perguntou, quase inocentemente.


      — Oh, não se preocupe com isso, tenho um bocado de aulas planejadas. — O homem disse entusiasmado e Harry sentiu seu estomago afundar ao pensar sobre o que seriam essas aulas. Ele só rezava para que não fosse nada muito perigoso ou tinha certeza que Umbridge o mandaria para Azkaban, de algum jeito. — Tenho guardado algumas criaturas para os N.O.M.'s, algumas coisas bem especiais.


      — E-Especial como? — Rony perguntou, olhando nervoso para Mione.


      — É uma supressa. — Hagrid sorriu entusiasmado.


Isso definitivamente não era bom sinal. Hermione ainda tentou convence-lo a falar, recomendou não trazer nenhum tipo de criatura perigosa, mas ele continuava insistindo que estava tudo sob controle... Resolveram concordar, por enquanto, já que estava na hora do café da manhã.


Porém Hermione estava determinada a ajudar Hagrid, disposta a planejar as aulas se fosse necessário. Umbridge não iria vencer tão fácil.


                                                      oOo


Oh meu bom Merlin... O que tinham acabado de presenciar? A aula tinha sido um completo desastre. E tudo por culpa daquela sapa velha, gorda e nojenta! Como alguém podia ser tão detestável?

Rony teve que segurar Hermione para que ela não fizesse nenhuma besteira.


A aula tinha começado... Razoavelmente bem, com os alunos sendo guiados para a floresta proibida. Nisso a maioria dos Sonserinos já estava tendo um ataque e Harry teve que segurar o riso quando viu Draco meio verde seguindo a trilha, quase se misturando a paisagem. Era engraçado como alguém com aqueles... Aquela força, poderia ter medo da floresta proibida, mas a ultima vez que esteve ali foi no primeiro ano e as lembranças não eram realmente boas. De qualquer forma o menor já estava feliz por não ter que ouvi-lo falando de nada disso e principalmente não falando nada de mal sobre Hagrid, tinha certeza que a culpa era sua e se orgulhava disso.


Porém isso não evitou que Pansy Parkinson gargalhasse como uma galinha e falasse como uma também aproposito, ela estava especialmente irritante aquele dia. E Harry quis mata-la quando começou a insinuar que Hagrid grunhia o tempo todo, tornando difícil entender o que ele falava. Umbridge claro, estava se esbaldando, essa já fora sua intenção ao chamar um dos alunos que estava rindo e principalmente um Sonserino.


O animal escolhido tinham sido os testrálias, o qual Harry descobriu ser aquelas cavalos estranhos que ele vira puxando a carruagem. Muitos poucos alunos conseguiam vê-los, o que deixava os outros alunos com ainda mais medo ao ver metade de uma vaca sendo despedaçada no ar.


A sapa cor de rosa ficava fazendo uma mimica no mínimo ridícula para se comunicar com Hagrid, como se ele tivesse algum tipo de problema. Harry tremia de raiva, tentando não extravasar tanto por que já estava começando a cintilar levemente, respirou fundo algumas vezes, mas as risadas dos Sonserinos não ajudavam em nada. Olhou furiosamente para trás, vendo certo loiro parar de rir imediatamente, limpando a garganta e disfarçando. Quase achou graça disso. Quase.


                                                           oOo


Disposta a fazer tudo para que Hagrid mantivesse seu emprego, Hermione arrastou seus dois amigos, também chamados de Harry Potter e Ronald Weasley, para a biblioteca. 


Ela os fez procurar dezenas de livros sobre criaturas mágicas e agora estavam lendo um por um para formular qual seria a melhor opção para uma aula e o que fariam nela.


Desnecessário comentar que os dois garotos estavam se esforçando apenas por que gostavam muito de Hagrid, já que passar o dia inteiro na biblioteca estava fora das opções para um dia legal.


Harry já estava quase dormindo em cima daquele capítulo sobre quimeras, as palavras simplesmente passavam por seus olhos, o fazendo voltar e ler duas ou três vezes até que finalmente entendesse o que estava escrito. Sua cabeça á pendia para frente quando ouviu algo estranho. Piscou lentamente, olhando em volta um pouco perdido devido ao sono e então ouviu novamente, "psssiiu".


Rony e Hermione também tinham ouvido e olharam para trás, de onde aparentemente vinha o som.


      — Ué... Achei ter ouvido alguém chamando. — O ruivo falou.


      — Eu também. — Concordou Hermione, que sentava a seu lado, de frente para Harry.


O pequeno veela ainda encarava a estante repleta de livros atrás de seus amigos, ele também podia jurar que tinha escutado alguma coisa.


      — Deve ter sido em outro lugar, de qualquer forma. — A garota disse, se virando para frente novamente. — Voltem a ler, precisamos pelo menos formular alguma aulas para Hagrid.


Desanimado Rony se virou para frente, apoiando a cabeça na mão em quanto lia, esmagando sua bochecha. O moreno suspirou e também voltou á leitura. Porém não demorou mais do que alguns minutos para que algo chamasse sua atenção novamente. Observou a estante de livros novamente. Não tinha nada de errado ali, os livros eram todos parecidos, separados por ordem alfabética. Tinha o "Ataque dos Hipogrifos" "Basilisco" "Cinzal, tudo o que você precisa saber sobre eles" um olho prateado, "Dragões ao redor do mundo" e... Um olho prateado? 


Harry se sobressaltou, olhando abismado para aquele olho... Ele conhecia aquele olho. Então os livros foram separados mais um pouco e ele pode ver o rosto de um certo loiro. Viu quando ele gesticulou com os lábios algo como "Preciso falar com você" e juntou os livros rapidamente quando Rony virou para trás.


      — O que está olhando Harry? — Ele perguntou.


      — Ahn... — O menor olhou a estante, então Rony e então a estante novamente. — Eu acho que vi um livro interessante... Vou ali pegar.


Sem deixar que falassem mais nada ele se levantou. Dissimuladamente desviando a estante e indo para trás dela, onde Draco deveria estar.


Mas ele não estava ali, Harry caminhou até o meio do corredor entre os livros e olhou ao redor, um pouco decepcionado. Assustou-se quando sentiu uma mão tapando sua boca, mas se acalmou, ou melhor, arrepiou-se ao sentir um beijo em seu pescoço e uma mão em sua cintura.


      — Estava com saudade. — Ouviu a voz rouca sussurrar em seu ouvido.


Virou-se ainda nos braços do maior, finalmente conseguindo ver com clareza seu parceiro atrevido. Como sempre ele estava lindo... Sorriu tímido.


      — E-Eu também. — Respondeu. Suas bochechas corando.


O loiro se abaixou, aproximando seus rostos. Harry queria corresponder, ansiava por isso. Mas por impulso se afastou.


      — Não! — Sussurrou. — Estamos na biblioteca, qualquer um pode nos ver!


      — Oh... — O outro concordou sem vontade. — Bem, eu queria lhe fazer um convite, de qualquer forma.


      — Convite? 


      — Sim, sabe onde é o banheiro dos monitores? — O moreno assentiu lentamente, lembrando da vez em que estivera lá durando o quarto ano. — Vá até lá hoje, está bem? Depois do toque de recolher. Leve roupa de banho ou... Ou não leve, eu sinceramente prefiro que esteja nu. De qualquer forma, a senha é "rosas silvestres"... Tenho um presente para você.


Ainda muito corado com o que Draco dissera, o menor não conseguiu reagir quando o loiro se aproximou  rapidamente e lhe roubou um selinho, saindo a tempo de não ser visto por Hermione que acabava de entrar no corredor.


      — Achou o livro Harry? — Ela perguntou, mas parando de andar assim que viu sua face vermelha. — O que houve?


      — N-Nada... Erm... — Harry se amaldiçoou mentalmente por sua lerdeza. Virou-se bruscamente e encarou os livros, pegando um aleatoriamente. — A-Achei, vamos voltar a ler, precisamos formular as aulas.


E saiu de cabeça baixa, voltando a se sentar-se à mesa de estudos com Hermione logo atrás de si ainda o observando com cuidado. Fingiu estar concentrado lendo o que quer que fosse, já que ele não sabia realmente do que se tratava. Qualquer coisa para não ter responder nada para sua amiga.


Não conseguiu ler mais nada, se concentrar em mais nada. O encontro não saia de sua cabeça. O que será que era o "presente" que Draco tinha para si? Nunca tinha recebido um presente assim antes, que fosse fora de uma data especial. Não conseguiu se impedir de sorrir bobamente e não viu quando Mione o encarou como se estivesse comendo os próprios sapatos por estar sorrindo daquela forma em um capítulo sobre "reprodução dos explosivins"

                                                              oOo


      — Pode fazer isso por mim, não pode? — E passou a mão por seus cabelos loiros, a olhando de forma lasciva.


      — É-É... É claro... Ahm... — Pansy piscava pateticamente. Quase babando com a visão do loiro musculoso a sua frente.


      — Obrigada, você é doce. — Sorriu de lado e deu meia volta. Deixando Parkinson sozinha para a patrulha dos corredores enquanto ele, Draco Malfoy, ia em direção a um banho refrescante no banheiro dos monitores.


A garota via aquele deus grego se afastar e não poderia estar mais... Furiosa. 


Merda! Ela tinha feito de novo. Ele tinha feito de novo!


Não sabia com quem ela estava mais furiosa. Se era com ela mesma por cair nessa de novo, ou com Malfoy por ter feito isso de novo. Em defesa dela mesma, o garoto era lindo, loiro, musculoso e aquela camisa o valorizava e muito. A culpa não era dela. Mas isso não ia ficar assim, logo ela saio em disparada, torcendo para que Draco tivesse ido muito longe.


Conseguiu vê-lo cinco corredores a frente, já estava esbaforida de tanto correr, mas não podia parar. Andava rápida e silenciosamente atrás dele, o mais afastado possível, mas nem tanto para não perdê-lo de vista. 


Estranhou aquele caminho, era familiar demais. Ele estava indo para o banheiro dos monitores? Como se atrevia?!


Quase teve um ataque de pelancas quando viu que realmente estava certa e o loiro entrou no banheiro. Será que ele só queria tomar banho?


... Não, não no meio de um ronda. Quer dizer, ele não seria tão cara de pau a esse ponto, seria? Muito provavelmente estava ali com algumazinha, que ela não vira entrar mais estava certa que já devia estar ali, certamente ele dera a senha a ela.


O que esperavam? Que ela ficasse andando por aí caçando casais apaixonados pelas salas vazias enquanto eles mesmos eram um casal apaixonado desfrutando de um banho refrescante e até mais caricias ousadas, ou algo mais? Mas não mesmo!


Estava disposta a desmascarar aquilo de uma vez por todas, ia flagrar os dois e fosse quem fosse que estivesse ali com o SEU Draco, ela iria arrastar para fora pelos cabelos.


Aproximou-se da porta e girou a maçaneta. Nada.


Era obvio que não abria, precisava de uma senha.


      — Tulipas silvestres. — Falou alta e claramente. Mas nada da porta abrir. — Hum? ... Margaridas? ... Silvestres?


... Mas qual era a senha mesmo?


                                                                         oOo


Novamente ele tinha ido dormir cedo.


Seus amigos poderiam estranhar tanto sono, mas não tinham dito nada, a não ser sua amiga o olhando de forma esquisita. Quem sabe seu bocejo não tenha sido convincente? De qualquer forma, lá estava ele de baixo da capa de invisibilidade, em frente a porta do banheiro dos monitores. Respirou fundo e falou a senha, vendo a porta se abrir. 


Entrou com cuidado para não fazer barulho. Não sabia o porquê, já que não tinha ninguém ali.


Fechou a porta e observou o banheiro. Tudo estava igual a um ano atrás, a mesma banheira enorme, quase uma piscina. A mesma decoração, e a mesma sereia, o observando enquanto arrumava o cabelo e movimentava a cauda.


Não sabia o que faria agora... Começava a se banhar? Já trocava de roupa? Ficava ali mesmo esperando? Ele não sabia, o que deveria fazer? Não queria que ninguém que não fosse Draco chegasse ali e o visse nu, então resolveu ficar escorado a parede, ainda em baixo da capa, esperando.


Não demorou muito e viu a porta se abrindo. Draco Malfoy entrou no banheiro e olhou em volta, sua testa se franzindo ligeiramente com a possibilidade de Harry não estar ali. Aproveitando que não podia ser visto, o moreno observou seu parceiro. Aquela camisa branca o deixava lindo, ele suspeitava que fosse apenas o uniforme, mas de qualquer forma será impossível uma roupa desvalorizar o loiro.


A camisa não ficou muito, de qualquer forma. O maior estava desabotoando botão por botão e Harry pode ver cada pedaço de pele do peito ficando disponível a cada botão que era desfeito... Arfou e corou, sem saber se continuava de baixo da capa. A camisa já estava no chão e agora era a vez da calça, que foi descida lentamente dando uma perfeita visão do bumbum firme e das pernas torneadas. A sereia parecia estar completamente hipnotizada, até havia se esquecido de arrumar o cabelo. Harry não estava muito longe, sentindo calor mesmo com a neve caindo lá fora. Sentia suas bochechas queimando, mas não conseguia parar de olhar.


      — Harry, Harry, Harry... — Ouviu seu nome ser falado lentamente e pulou de susto. — Como espera me convencer de que não é um safadinho se fica me tarando dessa forma? 


      — Ah! Ahn... — Gaguejou pateticamente, tirando a capa de cima da cabeça. — M-Me desculpe! Não foi m-minha intenção, eu só... Como sabia que eu estava aqui?


      — Eu não sabia. — O loiro se virou para ele deu um sorriso tão grande que era possível ver todos seus brancos dentes. — Foi só um golpe de sorte... Mas então quer dizer que estava realmente me tarando? Oh, Harry... Que menino mal.


O pequeno veela estava completamente mortificado. Mortificado o suficiente para não brigar com Draco por seu golpe sujo, ao invés, ficando mais envergonhado ainda. O maior se aproximou lentamente, vestindo apenas uma cueca preta. Como se estivesse sendo repelido por um imã, Harry se afastou no mesmo ritmo em que o outro se aproximava, parando apenas quando suas costas encontraram a parede. Encarou petrificado o corpo grande e com músculos definidos se aproximando, os olhos de Draco o estava matando, ele não conseguia desviar daqueles olhos pratas.


Sem nenhuma palavra as mãos grandes foram de encontro a sua cintura e a outra para sua nuca, o trazendo para perto. Viu a boca fina e rosada se aproximar e não pode fazer mais nada a não ser corresponder entreabrindo seus lábios. Gemeu em satisfação quando as bocas finalmente se encontraram. Primeiro apenas sentindo, se tocando. E então a pressão foi ficando maior, até sentir uma língua atrevida pedindo passagem. Abriu mais os lábios de bom grado, sentindo sua própria língua sendo massageada e sua boca explorada, o gosto era inebriante, assim como as mãos passeando por seu corpo.


Quando finalmente tiveram que tomar folego, separaram seus rostos minimamente, ainda sendo possível sentir a respiração um do outro. Harry abriu seus olhos lentamente, nem se lembrava de tê-los fechado e... Oh, aquela cor prata estava tão perto agora, o mirando com intensidade e roubando o pouco ar que ainda tinha. Então o maior sorriu e roubou mais um selinho.


      — Por que não vai se trocando? — Ouviu a voz gostosamente rouca, arrepiando sua nuca. — Vou arrumar o nosso banho.


Se sentindo muito tímido, Harry dobrou a capa de invisibilidade e colocou em cima da pia, enquanto o outro tratava de encher a banheira e escolar um tipo das dezenas de espumas que tinha. Tirou o suéter e lentamente começou a desabotoar sua camisa, evitando olhar o outro. Relutou, mas tirou a peça de roupa e dobrou junto com sua capa, sentindo sua pele se arrepiar com o ar gelado do banheiro que lentamente ganhava uma fina neblina de vapor, mas ainda não o suficiente para esquentar. Então finalmente retirou a calça e também ficou apenas com sua cueca vermelha. Não tinha roupa de banho, afinal por que teria? Então trataria de se secar depois com um feitiço.


      — Eu devia imaginar que seria Grifinório até na hora de escolher a roupa de baixo. — Não teve tempo de replicar, por que sentia sua cintura sendo enlaçado por dois braços possesivos e uma boca em seu pescoço.


Gemeu sendo pego de surpresa, vendo o seu eu do espelho a sua frente que ficava em cima da pia corar intensamente, ficando mais rubro ainda ao ver a sua imagem seminua sendo abraçado pela imagem seminua de seu parceiro. Draco também olhou para o espelho e sorriu. Subindo uma mão boba pelo peito do menor e passeando um dedo em volta do anel rosado. Harry mordeu os lábios ao ver a imagem, não conseguia desviar seus olhos apesar de haver uma vozinha em sua cabeça dizendo para pegar suas roupas e se tapar. Não conseguiu pensar em mais nada quando sentiu seu mamilo ser pressionado, os dedos do outro em forma de pinça, puxando e torcendo levemente. Sua boca se abriu e por ela um gemido languido saiu. Tapou a boca, por impulso ao ver sua imagem no espelho. Isso era realmente vergonhoso...


      — D-Draco... — Arfou.


      — Harry... — E foi virado, tendo sua boca tomada logo em seguida em um beijo lento. — Tenho uma surpresa para você.


Mas uma vez o loiro se afastou e Harry teve de controlar o impulso de segura-lo e dizer "volta aqui", mas... Segurou-se. Observou intrigado enquanto o outro vasculhava o bolso de suas vestes em busca do que quer que fosse. O maior voltou segurando algo que emitia um brilho dourado, aquilo era uma correntinha?


      — O que... ? — Ele murmurou, vendo Draco erguer o que realmente era uma correntinha, com um pingente de bolinha dourada, do tamanho de uma bola de gude. O menor ergueu a mão e tocou a pequena esfera, se surpreendendo quando pequenas asinhas douradas saíram dali e bateram lentamente, não o suficiente para sair do lugar. 


      — É o pomo que pegou no ultimo jogo. — O outro respondeu. — Eu peguei do chão, quando você foi para a enfermaria. Ninguém parece ter dado falta, de qualquer forma. Coloquei um feitiço para encolher e outro para que não pudesse voar por aí, além é claro de ter conjurado essa corrente... E eu pensei... Quer dizer... Que gostaria de ficar com ele, já que não pode mais jogar e... Queria lhe dar um presente. Você pode esconder dentro das vestes, então não precisa se preocupar, eu só queria... Que tivesse algo para lembrar-se de mim.


      — Oh... Draco... — O menor murmurou, piscando mais do que o necessário, mas seus olhos insistiam em permaneceram húmidos. Sem ter certeza do que fazer, se virou, oferecendo o pescoço para que o loiro colocasse o colar em si.


Aceitando o convite, foi o que Draco fez, colocando com cuidado a corrente. Harry pode ver tudo do espelho, apreciando o momento e a beleza daquela pequena joia.


      — É lindo. — Falou por fim, tocando o pingente. E então arregalou os olhos, a terrível compreensão chegando. Virou-se bruscamente. — M-Mas eu não tenho nada para dar pra você!


Em resposta, Draco sorriu. Um sorriso tão bonito e sincero, seus olhos brilhando. Tocou o rosto do menor e falou.


      — Eu não preciso de nada Harry. — Falou baixo, devido a aproximação dos rostos. — Só você, já é mais do que o suficiente para me fazer feliz.


Uma força sobrenatural, mais do que o magnetismo do momento atraiu os rosto, em um beijo longo e necessitado. As línguas se encontravam em uma dança continua, assim como as mãos exploravam cada pedacinho da pele disponível. Mas uma vez a inconveniente necessidade de respirar se fez presente, obrigando os dois separar o beijo. Ficaram da mesma forma, com as testas juntas, apenas respirando, sentindo um ao outro. Era bom. Era quente.


Quente assim como o banheiro se encontrava, com mais vapor do que o necessário. Sinalizando que o banho já estava pronto.


Se atentando a isso, Draco conduziu Harry pela mão até a enorme banheira. Entrando primeiro e ajudando o menor a entrar logo depois. A agua batia em seu peito, mas no moreno ficava no pescoço, a espuma tapava sua boca, sendo visíveis apenas os grandes olhos verdes que o miravam atentos. Era adorável.


O pequeno veela sentiu a agua quente acariciando seu corpo, era uma sensação tão boa... Ainda não tinha largado a mão de Draco, não se sentia completamente confortável em uma banheira tão grande considerando que não sabia nadar, então mantinha o aperto como forma de segurança.


      — Eu posso lavar as suas... — Harry nunca soube o que Draco gostaria de lavar, talvez fosse suas costas, quem sabe. De qualquer forma sua fala foi interrompida pelo som da porta se abrindo abruptamente.


      — AHÁ! — Pansy Parkinson acabava de entrar no banheiro.


Notas Finais


Eeeeh, Hagrid apareceu!! Meu fofo e... Ops, Pansy também. :x

O que será que ela viu? shaushaushauhsauhsauh

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