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História Herança Veela - Cap 10 Encontro á meia noite


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Ah... Vou dizer o que, né? Demorei pra ca@#$ de novo. Desculpa gente, serio. MAS, em compensação, esse é o maior capítulo que eu já escrevi... Além de ter ficado também o mais safadinho, com um mini, mini lemon desses dois perfeitos. Logo no próximo capítulo é o acerto dos dois, com direito á musica e um beijão. Espero que gostem desse capítulo, bjs!

Capítulo 10 - Cap 10 Encontro á meia noite



Cap 10 – Encontro á meia noite.


O primeiro dia de aula tinha sido um inferno, Harry não aguentava mais tanta atenção, ele preferia mil vezes que todos o estivessem ignorando, chamando de mentiroso, o achando louco... Qualquer coisa! Mas eles insistiam em, sei lá... Mandar beijos, apertar sua bunda — coisa que se repetiu na entrada do salão principal e agora o moreno tinha a seria impressão de que teria que sentar de lado por um bom tempo — até as meninas tinham um ataque de risinhos assim que ele chegava perto, achavam que ele era algum tipo de ursinho de pelúcia que podiam apertar, apertar e apertar. "Ah ele é tão lindo!" ou "Dá vontade de morder!" Harry tinha arrepios só de lembrar. Por que ninguém lembrava que ele mentiu sobre Voldemort ter voltado? Oi! Eu sou perigoso, lembra?


Claro, é muito difícil parecer perigoso quando se é um veela submisso. Provavelmente ele não pareceria perigoso nem segurando uma faca ensanguentada. 


Agora ele estava na frente da sala onde aconteceria a aula de defesa contra as artes das trevas, junto com Hermione e Rony e claro, bem afastado dos outros, mas próximo o bastante para saber quando entrar. Depois de mais ou menos dez minutos e sinal finalmente tocou e eles entraram, Harry fazendo questão de esperar todos entrarem. Porém em consequência disso havia apenas três carteiras na primeira fileira disponíveis.


A sala estava em silencio, não sabendo como agir já que era a primeira aula com a professora. Essa por sua vez, estava sentada em sua mesa na frente da sala, com as sempre tão chamativas roupas rosa e peludas. Então quando o silencio absoluto reinou na sala de aula a mulher se levantou e andou até a frente de sua mesa.

— Boa tarde! — Ela disse em uma voz doce, que de acordo com Harry não combinava com ela, talvez se ela começasse a coaxar, aí sim combinasse mais.


Alguns alunos se olharam hesitantes e murmuraram boa tarde.


      — Tsc, tsc — Ela os olhou com falsa tristeza. — Eu gostaria que vocês respondessem da maneira correta, por favor, "boa tarde professora Umbridge". Vamos lá, boa tarde classe!


      — Boa tarde professora Umbridge — Disseram com vontade, um pouco mais alto do que o necessário.


      — Assim esta melhor. — Ela sorriu docilmente, uma imagem nada agradável. — Isso não foi difícil, não é? Agora guardem as varinhas, penas na mão, por favor.


Uma onda de suspiros se segui, junto com vários alunos se olhando melancólicos, pois guardar as varinhas era outro jeito de dizer que a aula seria chata. Todos pegaram suas penas enquanto a mulher escrevia no quadro negro com sua varinha.


Harry deixou de prestar a atenção essa hora, estava pensando sobre o sonho estranho que tivera. Não era o primeiro, ele sabia disso, já havia acordado suando e se sentindo sufocado varias e varias vezes, mas... Parecia estar ficando pior, estava ficando mas... Intenso. Ele quase podia sentir como se fosse real. Como se ele precisasse de algo.


      — Ótimo. Gostaria que vocês abrissem e lessem a página cinco, Capitulo um, Básico par iniciantes. Não é preciso falar.


Ao som desta frase Harry retornou a sala de aula, percebeu que todos já estavam com seus livros abertos e o mais rápido e discretamente que conseguiu ele tirou o livro de sua mochila, tudo do que não precisava agora era Umbridge no seu pé. Com um suspiro ele começou a ler o capítulo... Na verdade, ler era uma expressão muito forte, sua atenção se fora na primeira data. Mas, ele continuava a passar os olhos pela pagina enquanto sua mente ia longe, ele sabia que teria de ler tudo novamente, mas de qualquer forma, ele não iria fazer isso agora.


Ainda entediado o menino resolveu dar uma olhada em volta, apenas para saber se todos estavam achando a aula tão interessante quanto ele, se surpreendeu ao ver Hermione Granger ignorando completamente a ordem de ler o capítulo, ela estava olhando fixamente Umbridge com a mão no ar. Vendo que era observada a garota apenas o fitou rapidamente e voltou seu olhar de volta a professora. Harry piscou.


Vários minutos se passaram e agora o moreno não era o único olhando para a garota. Todos estavam tão desesperados por algo mais interessante, que até olhar Hermione havia se tornado melhor do que a tarefa imposta pela professora, essa por sua fez ignorava olimpicamente todos os olhares nervosos.


Porém, ela finalmente decidiu que não poderia mais ignorar a situação, levantou a cabeça do que estava fingindo ler e a fitou seus alunos amavelmente, seus olhos ganhando um brilho perigoso ao se fixarem em Hermione.


      — Oh, desculpe... Você deseja perguntar algo sobre o capítulo? — Indagou-lhe com uma voz doce


      — Não, sobre o capítulo não.


      — Uma pena, pois agora nós estamos lendo o capítulo, então, se não tiver mais nenhuma...
      — Professora, eu tenho uma duvida sobre o propósito deste curso. — Hermione interrompeu, nada mais justo já que seu braço devera estar doendo de tanto tempo entendido, porém a mulher não deviria ter a mesma opinião. Disfarçou com um sorriso, mostrando os dentes pontudos.


      — E seu nome é?


      — Hermione Granger.


      — Bem Srta. Granger, acho que os propósitos deste curso então bem claros, se você ler com atenção.


      — Bem, eu não acho isso. — A morena respondeu, fazendo varias pessoas se olharam nervosas pela cena inédita — Não tem nada ali sobre usar magias defensivas.


      — Usar feitiços defensivos? — Ela riu divertida, coisa que fez os pelos da nuca de Harry se arrepiarem — Não imagino situação alguma para que crianças como vocês, tenham de usar feitiços defensivos.


      — Nós não vamos usar magia? — Rony exclamou alto.


      — Todos os estudantes que quiserem falar na minha aula levantam a mão Sr...?


      — Weasley. — Disse o ruivo jogando a mão para o alto.


A partir daí o humor de Harry foi indo de mal a pior, ele levantara a mão imediatamente, mas Umbridge parecia estar disposta a ignora-lo. Aos poucos, vários alunos foram de indignando com as respostas da professora. Aparentemente eles não iriam usar magia para nada, uma coisa terrível, afinal os N.O.M.s eram esse ano. Como iriam passar sem praticar? Porém, essa não foi a pior parte, a pequena discussão se tornou maior quando o assunto "Voldemort" entrou, mesmo que subliminarmente na conversa. O moreno já estava com o ombro dolorido de ficar com o braço erguido, Umbridge parecia ter esquecido sua existência.


      — Foi dito a vocês que certo mago negro retornara dos mortos...


      — Ele não estava morto! — Harry finalmente se pronunciara, atraindo o olhar de todos na sala. Se arrependera na hora que abrira a boca mas agora não tinha mais volta, sua paciência tinha esgotado. — M-Mas é, ele voltou.


      — Dez pontos da Grifinória Sr. Potter, por contar mentiras. 


      — Não é mentira!


    — Detenção Sr. Potter! — Ah, naquele momento nada parecia tê-la feito mais feliz, seus olhos brilharam em triunfo. — Amanha de tarde. Cinco horas. Meu escritório. Eu repito, isso é uma mentira e você sabe disso. Não vou deixar que meu alunos me desafiem... Eu sou amiga de vocês. Agora, venha até aqui Sr. Potter, querido.


Harry estava pasmo, um conflito de sentimentos dentro dele tornando impossível de respirar. Sentiu as lagrimas se acumulando em seus olhos, "Droga, não, não, não, não posso chorar agora. Eu não vou chorar agora." Tudo o que não podia fazer agora era demostrar esse tipo de fraqueza, portanto levantou-se, seus punhos fechados do lado do corpo, ele todo estava tremendo. Caminhou até a mesa da professora com o olhar baixo, não se atrevia encarar ninguém, mas sabia que todos o encaravam... Isso o deixou mais irritado, se possível. Pareciam sentir pena. Não raiva, nem nojo por ele ser um mentiroso e um aluno revoltado, mas Parvati e Lilá principalmente, estavam com caras de quem iriam abraça-lo a qualquer momento. 


Umbridge abriu uma gaveta de sua mesa e de lá pegou um pergaminho, parecia estar apreciando imensamente a situação, se esforçando para escrever o mais lento possível, enquanto o menino a sua frente tentava controlar suas emoções.


      — Leve isso á professora McGonagall, querido — Disse selando o pergaminho para que ele não lesse e entregando logo depois.


Ele deu meia volta, andando em direção a porta. Em quanto andava olhou para Hermione, que retornou seu olhar com piedade e desviou um olhar de ódio para a mulher sentada na frente da sala. Também olhou para Rony que encarava a mesma vermelho de raiva.


Finalmente chegou a porta. Lá fora ele caminhou o mais rápido possível para se afastar. Quando achou que já estava longe o suficiente, ele parou se deixando escorar na parede do corredor vazio. Uma lagrima de agonia escorreu por sua face, foi rapidamente detida por seus dedos.


      — Eu não estou chorando. — Ele murmurou em uma voz tremula. — Aquela mulher não vai me fazer chorar.


Respirou fundo varias vezes, concentrado em impedir que suas emoções idiotas o dominassem, ele parecia uma menininha. Nem mesmo percebeu o som de passos se aproximando, chegando cada vez mais perto, até finalmente dobrar no corredor onde ele estava.


      — Hey, Potter! — Uma voz grave ecoou pelo corredor, finalmente chamando sua atenção.
Olhou naquela direção. Ali vinha um garoto alto e forte, olhos azuis e cabelo loiro, usando o uniforme da Grifinória... Era-lhe familiar. Foi preciso apenas ele chegar mais perto para reconhecer, Cormac McLaggen. Assim que teve noção disso, começou a andar na direção contraria, ignorando completamente os chamados.


     — Espera! Potter! Hey, espera! — Ele continuava — Eu só quero que me ajude em uma coisa!


Um pouco hesitante Harry parou, olhou para trás, descobrindo que o garoto já estava bem perto. Deu um passo cauteloso para trás, mas á cada passo seu o outro garoto se aproximava cinco. 

      — Q-Quer que eu te ajude com oque? — Ele tentou não parecer tão patético enquanto sua voz tremia.


      — É que eu perdi uma coisa... — O maior se aproximou, invadindo o espaço pessoal de Harry.


      — O que?


      — Perdi minha virgindade. — Ele sussurrou. — Posso ficar com a sua?


      — O-O-O que? — O moreno exclamou, ficando tão vermelho quanto a bandeira da Grifinória.

Os braços musculosos se apressaram em toca-lo, tentando agarrar sua cintura, porém Harry já havia se acostumado com esse ato o suficiente para se afastar rapidamente. Começou a correr pelos corredores, não ousando virar para trás para saber se estava sendo seguindo ou não. Quase caiu quando uma porta repentinamente foi aberta na sua frente e de lá sua professora, McGonagall saiu.


      — O que você pensa que está fazendo Potter? Por que está correndo pelos corredores enquanto deveria estar em aula? — A mulher falou rispidamente.


      — Eu... Eu...  — Harry tentou recuperar o folego e falar ao mesmo tempo, ainda estava nervoso, olhando para trás o tempo inteiro.


McGonagall reparou no estado de seu aluno, seus olhos brilhante e aquosos e a respiração ofegante, sem falar a nítida tensão enquanto olhava freneticamente por cima do ombro. Ela poderia adivinhar o que aconteceu.


      — Entre aqui Harry.


Sem falar nada o menino seguiu sua ordem, entrando logo após a mais velha. Lá dentro ele parou logo a frente da mesa da professora, esperando enquanto ela sentava-se a mesa.


      — Agora me diga, o que aconteceu?


      — Eu... Me mandaram entregar isso á senhora. — Ele falou ainda ofegando, desviando o olhar. Achou que não precisava contar certos detalhes.


Ele estendeu a mão entregando o pergaminho. A professora McGonagall a pegou franzindo levemente as sobrancelhas. Seus olhos corriam de um lado para o outro do pergaminho, a cada linha seus olhos se estreitando mais e mais.


      — É verdade o que esta aqui? — Ela falou, sua voz uma pouco mais fria do que antes — Você desafiou a professora?


      — Acho que sim...


      — Disse que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está de volta?


      — Sim...


Ela depositou o pergaminho em cima da mesa e o fitou seriamente.


      — Sente-se Potter. — Ela falou — E pegue um biscoito.


O moreno se sentou na cadeira em frente a mesa da professora, no entanto a fitou confuso pela ultima ordem.


      — Vamos, pegue logo um biscoito. 


Hesitando ele esticou a mão até o pode no canto direito da mesa e retirou um biscoito, apenas mantendo ele na mão. Ele até poderia se sentir confuso com toda a situação mas... Não era a coisa mais esquisita que já lhe havia acontecido, nem no ultimo mês, muito menos na ultima semana.


O diálogo que se seguiu o impressionou um pouco, mas ele não pode deixar de concordar com sua professora. Umbridge era perigosa... Ele teria que ser muito mais cauteloso... Claro, se suas emoções conflitantes deixassem. Uma coisa difícil considerando a semana inteira de detenção.

                                                          oOo
Draco Malfoy chegou á seu ponto mais baixo. Estava nesse momento trancado em um armário de vassouras, se agarrando a uma garota chamada... Chamada... Ele não sabia. Mas sabia que era uma Corvinal... Ou será que era uma Lufa-lufa? Ok, ele tinha certeza de que era morena. 


Está manha ela estava tão desesperado que não viu alternativa do que seduzir a primeira garota que visse na sua frente. Por sorte ela estava sozinha, agora lá estavam eles. Se enroscando apertados em um armário de vassouras. Não que a garota tivesse sido obrigada, não muito pelo contrario, ela parecia estar bem feliz na verdade.


Ao contrario do loiro, que mesmo correspondendo aos toques, não se sentia excitado. Não era o que ele queria. Não ele quem ele queria. A verdade era que a cada dia que se passava ele estava cada vez mais louco. Louco por Potter. Ele precisava dele, precisava toca-lo, beija-lo — A garota encostada contra a parede gemeu, tentando abrir os botões de sua camisa. — sentir seu cheiro mais de perto. Aquele cheiro que era como uma droga para si, que ninguém mais parecia sentir.


A cada dia seu desejo por Potter aumentava, a cada dia ele se via tendo pensamentos estranhos por aquele garoto idiota. Aquela besta devia ter lhe enfeitiçado em algum momento, não era possível. Tá certo que ele estava um delicia e todos pareciam perceber isso, mas o que não parecia era que tinham o mesmo desejo, a mesma atração que ele sentia.


Tudo nele era tentador. O corpo delgado, a pele macia, os lábios vermelhos e cheios... Seu delicioso cheiro. — De novo a garota gemeu, mordendo seu lábio e levando uma mão sua até um de seus seios — Mas ele continuava sem entender. Por que diabos, ele tinha pensamentos pra lá de estranhos. Quando alguém olhava Potter com desejo, ou até mesmo chegava perto, era como se uma animal se apoderasse dele, pedindo e gritando para que ele acabasse com a raça de todo mundo que ousasse olhar para o que era seu, outra coisa confusa por que Potter definitivamente não era seu... Até que não seria algo ruim... Assim ele poderia abraça-lo toda vez que se sentisse triste, poderia fazê-lo sorrir cada vez que seu olhar ganha um tom melancólico, poderia possui-lo cada vez que... Droga, esses pensamentos idiotas de novo.


Observou a garota a sua frente. Ela parecia estar imersa em prazer, saboreando cada toque seu, cada beijo seu. Óbvio, afinal ele era Draco Malfoy. Porém, o ponto não era esse. O ponto era que ele não estava sentindo prazer algum com aquilo. Achou que seu desejo ardente se aplacaria com a primeira pessoa que conseguisse encontrar. Como estava enganado.
As mãos da garota procuravam uma maneira de abrir o cinto de sua calça, em um movimento rápido ele tirou as mãos delas de lá, se afastando e fechando os botões da camisa normalmente.


      — O-O que esta fazendo? — Ela perguntou, o olhando duvidosa, porém ainda era presente o desejo em seu olhar.


— Eu enjoei de você. — Ele falou normalmente — Pode ir embora, pra mim já deu.


A garota parecia ter tomado o maior tapa na cara de sua vida. Estava pasma, piscando abobalhada. Então, quando a compreensão finalmente a atingiu, ela tratou de fechar sua camisa, arrumar a saia e dar um verdadeiro tapa na cara do loiro. Saindo logo em seguida.


Draco ficou chocado com esse ultimo ato. Quem aquele menina pensava que era? Na verdade não importava, por que ele nem mesmo sabia quem ela era... Imagina quem ela pensava que era. Simplesmente ajeitou seu cabelo e saiu daquele armário de vassouras. 


Em quanto andava, o cheiro adocicado se fazia presente. Inspirou com gosto, apreciando a doce fragrância. Ele estava ficando louco com todo esse desejo, precisava fazer alguma coisa rápido... Então, a ideia veio até ele como um estalo. Como pode ser tão idiota? Ele era um veela. Era tão simples. A única coisa que ele precisava fazer era seduzir Potter. É, é isso mesmo que ele iria fazer, iria seduzir aquela delicia morena assim que fosse possível, então faria tudo o que quisesse e problema resolvido. Estava contando que seu encanto funcionasse com outro veela... Supunha que sim, afinal não era assim com ele? O encanto do outro só era tão forte por que ele era outro veela, não é mesmo?


Iria por seu plano em pratica assim que possível.

                                                                          oOo
Finalmente. Um pouco de paz. 


Harry estava sentado perto da lareira da sala comunal da Grifinória junto com Rony e Hermione. Os três já haviam conversado sobre o que acontecera na sala de aula, Mione tinha achado aquilo um absurdo, é claro. Todos tinham falado muito mais, porém foi só Harry se manifestar que recebera uma represália. O menino também havia contado da sua conversa com a professora McGonagall. Mione também concorda com aquilo, assim como Rony.


Agora eles tentavam terminar de fazer as inúmeras tarefas que tinham recebido em tão poucas aulas. A garota na verdade já havia terminado boa parte, agora estava só ajudando seus dois amigos, Rony principalmente.


O moreno estava agitado, não aguentava mais tenta atenção, tenta pressão. Precisava de um pouquinho de calma. Por isso se levantou, imediatamente chamando a atenção de Hermione.


      — Harry, onde vai? — Ela perguntou, ainda com o lápis parado onde estava fazendo a correção da redação do ruivo.


      — Vou... Caminhar um pouco. — Ele respondeu como se não fosse nada.


      — O que? Mas...


      — Pode deixar Mione, eu vou levar a capa de invisibilidade. — Ele sorriu, tentando passar alguma calma a ela.


      — Tem certeza de que isso é uma boa ideia Harry... Quero dizer, você sabe. — Rony o olhou nervoso. Dês do início das aulas ele vinha mantando sua promessa de protege-lo, estava fazendo um ótimo trabalho sem considerar as duas apertadas de bunda, os flertes e as atentivas de abuso. 


      — Tenho, pode ficar despreocupado. — O menor assegurou — Como eu disse, vou levar a capa.


O ruivo e a garota se olharam discretamente, então voltaram ao dever de casa. Harry festejou internamente por isso, subiu as escadas até seu dormitório e pegou a sua capa de dentro do malão. Verificou se ninguém estava entrando no quarto e vestiu a capa. Desceu e tomou cuidado para não esbarrar com ninguém até chegar ao quadro da mulher gorda, por sorte um aluno do primeiro ano entrou quase um minuto depois, momento em que ele aproveitou para sair.


Ficou vagando pelos corredores por um bom tempo, apenas apreciando o silencio, a calma, a sua liberdade de poder andar por aí sem cuidar se as pessoas estão perto demais, ou se incomodar com olhares... Queria poder usar a capa no horário de aulas. Quando estava passando distraído por um corredor do terceiro andar, apreciando a paisagem da lua entre as nuvens que era visível das grande janelas que forneciam a fraca iluminação aos corredores, não percebeu a porta de uma das salas de aula se abrir, nem viu quem o puxava para dentro do lugar.
                                                    oOo
Draco estava fazendo a ronda, andando pelos corredores do segundo andar, tentando achar alguém fora de sua sala comunal. Ser monitor não era tão legal como ele achou que seria. A única coisa que ele fazia era ter de ficar andando de um lado para o outro enquanto seus colegas conversavam na sala comunal da Sonserina, até agora ele havia pegado em flagrante apenas um casal... Muito ironicamente dentro do mesmo armário de vassouras que ele dias usado algumas horas antes. 


Se bem que ser monitor ainda tinha suas vantagens... Ele podia sair depois do horário de recolher, podia entrar no banheiro dos monitores, além de ficar implicando com qualquer um e eles nem podiam falar nada contra isso.


Já estava descendo as escadas para o primeiro andar quando o cheiro de lírios, canela e maçãs lhe assaltou subitamente. Virou-se e encarou o corredor vazio. Aquele cheiro indicava que Potter estava perto, melhor ainda ele provavelmente tinha saído da sala comunal da a Grifinória. Ah, nunca achou tão conveniente o senso de regras que Potter tinha. 


Já que ele era um monitor... Ele tinha que punir os alunos nos corredores fora de hora não é? Punir Potter... Esse pensamento fez sua imaginação voar longe. Tentou se controlar, ainda não era hora para tanto, agora ele tinha que acha-lo.


O cheiro ficava cada vez mais forte enquanto se aproximava das escadas. Subiu e andou o mais rápida e silenciosamente que conseguiu pelos corredores, em certo momento ouviu o som de passar vindo em sua direção, não queria que Potter lhe visse por isso entrou na porta de uma das salas de aula que estava vazia no momento. Deixou apenas uma fresta para que pudesse ver quando o outro estivesse perto.


Os passos se aproximavam mais e mais, assim como o delicioso aroma. Era um tortura estar tão perto sem poder fazer nada. 


Estava próximo, próximo demais na verdade... Por que não podia vê-lo então? De  acordo com seu nariz ele não devia estar nem a cinco metros de distancia. Os passos chegaram bem ao lado da porta, neste momento ela a abriu rápido e agarrou sem ver, apenas rápido suficiente para o outro não fugir. Segurou Potter em um dos braços e com o outro fechou a porta.


Com um sorriso triunfante ela observou a figura nos seus braços... Onde estava? Ele tinha certeza que tinha agarrado Potter, por que ele... O estranho era que seu braço continuava na mesma posição como se estivesse abraçando alguma coisa, ele se sentia segurando alguma coisa e mais importante. O cheiro indicava que Potter estava ali, aquela era a mesma deliciosa sensação que tinha sentido no banheiro do trem. Ele finalmente estava completo.


Confuso ele apertou o que quer que fosse que estivesse em seu abraço, ouviu um gemido. Ficou mais confuso ainda quando viu aparecendo devagar a imagem mais linda do mundo.
                                                   oOo
Harry estava completamente confuso em um momento estava andando calmamente pelo corredor, observando a noite e no outro era puxado abruptamente pelo braço para dentro de uma sala vazia.


Ficou mais confuso ainda quando tentou se mexer e não conseguiu, ainda meio atordoado ele observou sua situação. Aquilo na sua frente era... Quem era aquilo na sua frente? Subiu os olhos devagar, uma sensação de dejá-vu tomando conta de sua mente, então finalmente chegou até o rosto da pessoa. Ah, claro, tinha que ser aquele idiota.


Draco Malfoy o olhava confuso, sentiu-se ser apertado e gemeu em desconforto. Apenas nessa hora lembrou-se que estava com a capa, se moveu sem querer tentando se soltar e o fino tecido começou a escorregar. Tentou segura-lo mais seus braços estavam preços, observou com indignação em quanto um sorriso bobo tomava conta da expressão do maior.


      — Me solta! — Disse com raiva, imediatamente sentiu o aperto em volta de si se afrouxar, aproveitou para empurrar o maior. Não adiantou de muita coisa, mas mesmo assim ele próprio se afastou, deu alguns passos para trás até sentir a parede atrás de si. — O que é que você quer? Por que me puxou pra cá?


      — Uou, calma mocinho. — Ele disse divertido — Quem tem que responder as perguntas aqui é você. O que pensa que está fazendo fora da sala comunal depois do horário?


      — O que? Eu... — Ele estava muito irritado agora. Além de quase ter sido apertado até a morte, ele ainda tinha que se explicar? — Então eu vou voltar para a minha sala comunal, boa noite Malfoy.


Ele  andou até a porta, porém quando suas mãos estavam a centímetros da maçaneta sentiu seu braço ser agarrado firmemente. 


      — Espera aí, acho mesmo que eu vou te deixar ir embora simplesmente?


      — Já disse para me soltar! — Harry puxou o braço com violência, se virando e olhando bravo para o outro.


      — Hum... Você fica uma graça com essa sobrancelha franzida. — O loiro disse com um sorriso travesso. — Oh, não faça esse beicinho... Ou eu terei que beija-lo.


Ao ouvir isso as bochechas de Harry queimaram em vergonha, ao mesmo tempo em que ele se afastava, fitando indignado o outro. Ao perceber o primeiro de Draco que já estava se aproximando o moreno se alarmou.


      — Não ouse fazer isso Malfoy! — Ao receber em resposta um sorriso divertido ele olhou nervosamente até a porta, deu um passo para o lado, porém o outro o acompanhou, em um movimento rápido demais para alguém tão... Grande, Malfoy o estava prendendo contra a parede, segurando seus braços a cima da cabeça com apenas uma das mãos. Harry o encarou assustado, forçou seus braços para baixo, tentando se soltar mas era completamente inútil. Sentiu a outra mão de Malfoy lhe segurando a face, levantando em sua direção. Encolheu-se contra a parede quando sentiu a respiração do loiro se aproximando — Faça isso e eu te arranco o beiço a dentadas, seu idiota!


Ouviu uma risada divertida, ficou ainda mais tenso com isso. Ficou surpreso, porém, quando a boca do outro passou direto da sua, indo de encontro á pele de seu pescoço, sentiu os lábios quentes tocando-lhe e inconscientemente fechou os olhos. 


Aquilo era bom... Aqueles pequenos beijinhos, seguidos de pequenas lambidas, fazendo um trilha por sua pele... O faziam se arrepiar inteiro. Por que aquilo era bom? De acordo com o livro que Hermione tinha achado, qualquer toque mais intimo lhe traria desconforto, não é? Como quando Duda o beijou... Talvez, toque mais intimo significasse mais... Intimo. Talvez sim, afinal aquilo estava realmente bom. 


Sentiu a mão que segurava seu rosto descendo, devagar, fazendo carinho na pele. Sentiu enquanto por cima de sua camisa, apertava levemente seu mamilo. Gemeu com aquilo, desta vez de prazer. 


      — Você é muito sensível... Sabia disso? — O outro sussurrou no seu ouvido, passando a mão mais fortemente por cima da camisa. Harry se contorceu discretamente em baixo dele. Vendo que o outro estava gostando lhe beliscou o mamilo, ouvindo um gemido alto em resposta. — Gosta disso? Me diz... Diz que está gostando e talvez... Eu lhe de um pouco mais.
Dito isso sua mão foi abaixando, até chegar no cinto da calça do menor. 


Então finalmente Harry abriu os olhos, assustado. Não podia deixar que aquilo fosse mais longe, podia estar bom até ali, mas... Se chegasse á toques mais íntimos não iria ficar nada legal.


      — Não... Não faça isso. — Ele disse em uma voz fraca. Tentou parecer mais convicto ou aquilo não ia funcionar. — Malfoy me solta. Para com isso, me solta agora.


      — Você tem certeza que quer que eu pare? — Ele sussurrou com a voz rouca perto do ouvido do moreno, logo em seguida lambendo o lóbulo. Harry mordeu os lábios para não gemer.


      — Tenho... Me solta... P-Por favor. — Como ele era patético... Mas não podia evitar, tinha que acabar com aquilo.


      — Como desejar. — E se afastou, deixando livre o moreno. — Apesar de eu achar que você mereça ser punido... Eu vou ser bonzinho com você.


Harry não conseguia encara-lo, apenas recolheu sua capa do chão o mais rápido que pode, e saiu abrindo a porta e a fechando com uma forte batida, correu pelos corredores sem olhar para trás, tentando chegar o mais rápido possível na sua sala comunal. 


Ainda ofegante disse a senha para a mulher gorda, o quadro girou e deu-lhe passagem, antes de entrar colocou a capa. Não queria que ninguém o visse naquele estado. Andou sem muito cuidado pela sala comunal, mas felizmente não esbarrou em ninguém.


Finalmente chegou ao seu dormitório, tirou a capa e se jogou em sua cama, fechando as cortinas em volta. Ficou apenas deitado por vários minutos, olhando para o teto. Lembrou-se do que havia acontecido a apenas alguns momentos antes... Sorriu bobamente, tocando a linha vermelha em seu pescoço.


      — Você está aqui? — Uma brecha das suas cortinas foi aberta sem que ele percebesse, nem ouvisse as palavras sussurradas. — Harry? 


Rony abriu completamente a cortina, olhando confuso para o outro que mais rápido do que era possível se recompôs, tirando a expressão de bobo de rosto e  ajeitando a gola da camisa.


      — O que é isso no seu pesc... — Ele aproximou a mão apenas para apontar, mas foi detido por um tapa do outro.


      — Não é nada. — Harry respondeu desviando o olhar.


      — Harry, alguém... Você sabe.


      — Não! — Ele diminuiu a voz para não dar tanto na cara de que estava nervoso — Quer dizer, é claro que não aconteceu nada... Pode ficar tranquilo.


O outro ainda não parecia convencido, mas como não queria tratar disso agora, ele simplesmente se deitou de lado, virado em direção oposta ao outro de modo que não conseguisse ver sua face.


      — Agora, se não se importa... Eu estou com muito sono.


      — Tudo bem, cara. Se você está dizendo. — E saiu, fechando as cortinas.


Harry virou de barriga para cima e suspirou. Não conseguia parar de pensar no que havia acontecido... Não conseguia esquecer aqueles toques, aquela voz rouca sussurrada no seu ouvido, a boca quente no seu pescoço... Não pode deixar de pensar que foi uma pena não poder continuar.


"Espera, Harry Potter, controle-se!" Ele se repreendeu mentalmente. "Aquele era Malfoy. Malfoy. Aquele que sempre implicou com você e seus amigos, lembra? Não dá para fazer essa coisas com alguém como ele."


Mesmo assim... Tinha sido tão bom. Com mais um suspiro ele se deixou cair no sono, talvez essa noite ele sonhasse com algo mais agradável.
 


Notas Finais


Então é isso. Não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor.


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