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História Falling in love for the last time. - National Anthem.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Quero pedir desculpas pela demora, meninas, me perdoem. ): Mas tive uma semana agitada e esses dois últimos dias estou sofrendo por conta de uma cólica f*****. Bom, vocês são mulheres como eu, espero que entendam. Mas hoje mesmo com dor, me esforcei ao máximo e terminei o capítulo. Está ai, espero que gostem. ♥ ps: Qualquer erro, já sabem, vou consertar depois.

Capítulo 35 - National Anthem.


 

Lauren POV.

 

 : - Camila, senta.

Aquela era a quarta ou a quinta vez eu que a mandava sentar, já estava perdendo o pouco da paciência que tinha. Pedir algo repetidas vezes e não ser atendida era algo que me irritava muito. Estávamos em um voo fretado para o Brasil, nós e o resto das pessoas que trabalhavam conosco. Desde os músicos, maquiadores, cabeleireiros, figurinistas, até uma mulher alta e com cara de mal comida que contrataram para nos vigiar, vulgo eu e Camila. Assim que pisássemos em solo brasileiro teríamos que agir como duas estranhas, como um casal indiferente que terminou o relacionamento.

Por mais que eu já soubesse de tudo isso, estava me sentindo incomodada. Todos os presentes naquele voo sabiam que eu e Camila ainda namorávamos, menos aquela mulher. Pela graça do senhor ela se sentou bem longe de nossas poltronas, assim eu poderia manter um contato a mais com Camila durante toda a viagem, bom, isso se ela resolvesse sentar a droga na bunda ao meu lado.

: - Camila?

Chamei pela milésima vez retirando meus fones de meus ouvidos, largando o Iphone sobre as coxas. Ela virou-se para me olhar, tinha um sorriso no rosto e uma risada retida. Vestia calça preta, botas pretas, blusa de manga comprida branca e os cabelos presos naquele nó frouxo no alto da cabeça.

: - Oi, Lo.

: - Você poderia, por favor, sentar-se ao meu lado?

Perguntei tentando usar de toda a calma possível, não queria fazer com que ela perdesse aquele sorriso que vi em seu rosto, muito menos demonstrar o meu estresse importuno. Dinah e Normani estavam sentadas nas poltronas detrás, Ally mais ao fundo. Camz estava de pé no meio do corredor do avião rindo com os garotos da banda, automaticamente travando a passagem de quem ousasse tentar. 

: - Já estou indo, espera.

Disse-me fazendo um sinal com a mão direita, para que eu esperasse. Rolei os olhos e encarei o banco na minha frente, se eu pudesse dormiria por um bom tempo, se eu pudesse esqueceria certas coisas que ainda faziam meu estômago revirar. Estiquei os joelhos e cruzei as pernas cobertas por um jeans claro na altura dos tornozelos, puxando as mangas do casaco bege que eu vestia para cima, até os meus cotovelos. Não estava calor, mas eu me sentia um pouco sufocada. Senti a poltrona ao meu lado tremer novamente e virei meus olhos, encontrando o sorriso de Camila.

: - Pronto, estou aqui.

Disse se aproximando para encostar o nariz em meu ombro direito, inalando rapidamente ao fechar os olhos.

: - Pensei que fosse se sentar com os meninos, já que demorou tanto.

Desviei meus olhos de seu rosto e a ouvi rir. Por que diabos ela estava rindo? Sabia que rir da cara de uma pessoa quando ela está estressada faz tudo piorar triplamente? Pois é, acho que Camila não sabia disso.

: - Sério que você está com ciúmes deles? Logo deles, amor?

Levantei os ombros quando ela tentou beijar minha bochecha, impedindo. Seu corpo já estava todo debruçado para o lado, caindo sobre o meu.

: - Não estou com ciúmes de ninguém, Camila.

: - Está sim. – Ela riu novamente, pousando sua mão direita sobre minha coxa esquerda, roçando o nariz na minha orelha. Filha da mãe, qual era a dela? Fechei os olhos e sorri de canto, não dava para ficar estressada quando ela fazia aquilo. – Com ciúmes logo de homens... Quantas vezes terei que dizer que gosto de mulheres? E no momento a única que me interessa é você.

: - Para. – Eu disse bem baixinho para não chamar atenção enquanto me encolhia contra a parede do avião. O sorriso que nasceu em meus lábios resolveu ficar, minha pele arrepiada e a boca de Camila beijando a minha orelha. – Confesso, estava com ciúmes sim, mas já passou. Você já pode... Parar.

: - Não tem ninguém olhando. Dá-me um beijo.

O quê?

: - Camz, não... – Mordi o lábio inferior para esconder uma risada e ergui minhas mãos, a empurrando para trás de forma gentil pelos ombros. – Jodi está sentada bem ali atrás, se ela nos pega estaremos ferradas pelo resto dos dias.

: - Eu não me importo.

E ela não se importava mesmo, pois pisquei e seus lábios estavam grudados nos meus de forma sufocante. Camila praticamente me encurralou contra a parede do avião, enfiando sua língua ansiosa dentro da minha boca sem hesitação. Eu resfoleguei e me vi perdida em um beijo com ela bem ali, escorregando para baixo no banco para que ninguém nos enxergasse. Agarrei minhas mãos suadas pela adrenalina em sua nuca, aprofundando mais o beijo. Nossas línguas se acariciavam deliciosamente, aquele atrito molhado me fazendo puxar o ar com mais força. Eu a empurrei para trás quando não consegui mais respirar, meus olhos se abrindo rapidamente para fitar atrás dela, correndo para seus olhos fulminantes logo depois.

: - Louca.

Foi tudo o que consegui dizer enquanto ofegava. Camz riu mordendo o lábio inferior daquele jeito sexy e fofo ao mesmo tempo, antes de beijar a ponta do meu nariz.

: - Gostosa.

Eu ri incrédula e senti minhas bochechas arderem. O estresse, cadê? Sumiu.

: - Olha a putaria ai, vocês duas. Lembrem-se que Dinah Jane está sentada atrás de vocês e com o Iphone na mão, para gravar um Vine não me custa nada.

A voz de Dinah se fez presente pela brecha entre a minha poltrona e a poltrona de Camila, nos dando um susto. Soltamos uma risada abafada contra nossas mãos enquanto sentávamos direito.

: - Que susto, Dinah. Cacete!

Camila tinha uma mão sobre o peito e os olhos fechados, os lábios vermelhos por conta de nosso beijo separados em um sorriso.

: - Susto vocês vão levar com o Vine que vou soltar no Twitter se essa putaria rolar de novo.

: - Você não seria maluca.

Eu disse passando a mão pelo cabelo, puxando um prendedor do bolso da calça para prendê-lo em um rabo de cavalo frouxo.

: - Você está duvidando mesmo? Você sabe que comigo é oito ou oitenta, né? Ainda não aprendeu, Lauren, acho que o feijão que taquei na sua cara não estava quente o bastante.

: - Façam suas apostas, treta Laurinah ao vivo no voo para o Brasil.

Normani disse com a mão fechada ao redor da boca, aumentando o volume de sua voz. Nós soltamos uma gargalhada harmônica, alguns olhares incomodados voltados para nós, olhares de pessoas que convivam com a gente todos os dias e nunca se acostumavam com o tamanho da nossa idiotice. 

: - Espero que você tranque muito bem a porta do seu quarto no hotel quando chegarmos, Dinah, nunca se sabe o que pode acontecer enquanto você dorme.

Estreitei meus olhos a olhando pela brecha da poltrona. Ela fez o mesmo que eu e ergueu a sobrancelha.

: - Está me ameaçando?

Camila ria inconsolável ao meu lado.

: - Tire como quiser.

Eu disse piscando um dos olhos antes de me sentar reta, encostando minha cabeça no banco. Eu queria rir, mas se queria provocar Dinah teria que me manter séria.

: - Me aguarde, Jauregui.

Aquele “me aguarde” me fez tremer dos pés a cabeça, porque eu sabia que coisa pesada chegaria em breve. Comecei a me perguntar como que eu tinha a coragem de duvidar da Dinah, como? Ela já havia tirado a minha moral há anos, se quisesse tirar uma foto minha pelada e postar na internet apenas com duas faixas pretas em cima e embaixo, ela faria. Maldito seja!

: - Acho que você arrumou um problema.

Camz sussurrou se debruçando para o meu lado, passei meu braço direito ao redor de seus ombros.

: - Só um? Arrumei vários.

Ri baixinho antes de dar um beijo em sua têmpora esquerda, onde ela logo deitou a cabeça em meu peito. Encostei minha bochecha direita em sua testa.

: - Você vai superar.

Ela sorriu de canto e pegou meu Iphone, destravando o visor. Observei quando Camila foi direto para as minhas mensagens, depois para o local de números bloqueados. Ela estava verificando sem receio o que me mandou fazer naquela noite conturbada. Eu não disse nada, apenas mantive uma carícia leve em seu braço direito, minha boca dando pequenos beijinhos em poucos intervalos em sua testa. Como aquele assunto me incomodava, agradeci mentalmente por ele não ter sido iniciado.

: - Quer dormir um pouco?

Perguntei depois de alguns minutos, minha mão livre acariciando a mão que Camz pousou sobre minhas coxas.

: - Não, não estou com sono. Só com um pouco de fome, espero que não demorem para servir alguma coisa pra comer.

Ela disse encolhendo os ombros e eu ri.

: - Eu trouxe biscoito recheado na bolsa, você quer? Forre o estômago enquanto não vem algo maior, ainda vamos demorar bastante para chegar.

: - Depois eu como.

Camz virou a palma da minha mão para cima, deslizando a ponta de suas pequenas unhas por ela.

: - Come agora, não quero você com fome.

: - Amor, eu disse depois.

Rebateu daquele jeito pirracento de sempre. Rolei os olhos e suspirei, entrelaçando nossos dedos.

: - Teimosa. – Beijei a ponta de seu nariz.

: - Lo, será que as coisas lá no Brasil estão mais calmas do que nos EUA? Digo, será que o assunto sobre o nosso relacionamento está menos falado por lá?

: - Sinceramente, Camz? Duvido muito. – Nós suspiramos juntas, acho que foi um suspiro de receio e nervoso. – Nossos fãs brasileiros são muito mais intensos do que os americanos, por isso posso apostar como as coisas estão muito mais agitadas por lá. O bom é que não precisamos fingir que terminamos para eles. Até porque eles nunca acreditariam que eu e você terminamos mesmo, não sabendo do que sabem. Podemos agir com toda a indiferença em cima dos palcos, mas eles saberão que por trás continuamos juntas.

: - Exatamente. – Ela riu um pouco sem vontade. – Espero que essa jogada dê certo, caso contrário me manter longe de você no palco e nos bastidores terá sido triste e em vão.

: - Vai dar certo. – A apertei mais contra mim gentilmente, fechando meus olhos para inalar o cheiro de seus cabelos. – Estamos começando uma nova etapa agora, e como você me disse a semana toda, vai valer a pena.

Camila não disse mais nada, apenas concordou com a cabeça e se acomodou melhor em meu peito. Estiquei meu braço um pouco e abri minha bolsa com a mão livre, pegando a manta branca que estava dobrada perfeitamente dentro dela. Cobri Camz até a altura de seus seios, jogando a outra ponta sobre minhas coxas. Acomodei-me melhor na poltrona e fechei meus olhos, a abraçando mais forte quando passei o outro braço ao seu redor.

Deixei meus pensamentos vagarem para um tempo não muito longe, naquele tempo em que sentávamos separadas nos aviões nas voltas para Miami, ou quando sentávamos uma ao lado da outra, mas permanecíamos tão distantes que era como se não estivéssemos perto.

Perdi as contas de quantas vezes desejei descansar minha mão sobre a dela no braço da poltrona, ou quando desejei deitar minha cabeça em seu ombro para dormir o resto da viagem. Fechei os olhos e sorri ao me lembrar das vezes que peguei Camila me encarando, onde ela logo desviava seus olhos e corava intensamente quando eu devolvia o olhar. E o que falar das vezes que ela adormecia ao meu lado e eu me debruçava sobre ela para sentir o cheiro de Camomila que seus cabelos exalavam? E as vezes que eu inventava de ir ao banheiro de dez em dez minutos apenas para passar ao lado da poltrona dela quando sentávamos separadas? Tudo porque eu queria apenas olhá-la, saber o que estava fazendo, se estava lendo ou ouvindo música, dormindo ou quem sabe pensando... Em mim. Aquele tempo era tão complicado e incompleto, que ter Camila dormindo no calor dos meus braços em um avião me pareceu surreal demais. Abaixei meus olhos para observar seu rosto quando a ouvi soltar um suspiro longo, seus lábios levemente separados, sua mão direita fechada sobre o meu peito, sua respiração tranquila e cheirosa. Eu não conseguia me lembrar de uma parte da minha vida que eu tenha sido mais completa que isso.  

: - Jauregui?

Sentei unhas se arrastando no meu couro cabeludo, ficando um pouco tonta pela forma que sai de meus pensamentos.

: - Oi?

Respondi baixinho o chamado de Dinah, que estava com o rosto praticamente enfiado entre as duas poltronas e a mão esticada por cima da minha, tocando minha cabeça.

: - Já pode preparar a testa para quando chegarmos ao Brasil, em.

Dinah disse séria e eu ergui as sobrancelhas, ajeitando o corpo de Camila que escorregava um pouco para baixo.

: - Por quê? – Perguntei no mesmo tom.

: - Para receber os chifres, ué. Você sabe o que dizem sobre o Brasil, né? Que lá estão as mulheres mais gostosas do mundo. Eu já imagino a Chancho perdidinha naquele lugar.

Quando você acha que as coisas não podem piorar, você descobre que tem uma amiga muito, muito filha da puta.

: - Tu és idiota?

: - Idiota não, realista. Só falo a verdade, e a verdade é que se aparecer uma preta mais gostosa que a Mani perto da Mila, acho melhor você ficar rondando, vai que... Ainda mais se for fã. Tu sabe que a Mila curte a cor, né? Mani e eu só não caímos nas graças dela por causa de você, caso contrário...

Se a intenção de Dinah era me provocar, ela conseguiu de forma rápida e pratica. Não que eu achasse que Camila fosse me trair, nunca, aquilo chegava a ser hilário. Depois do que ocorreu em Paris eu confiava nela mais do que tudo, mas não pude deixar de começar a sentir um ciúme imenso ao imaginar todas aquelas brasileiras abraçando a minha namorada. Sem contar que Camila adorava trepar nas fãs, aquilo me rendia uma boa crise de ódio quando eu presenciava a cena. E se formos levar em consideração a intensidade dos fãs brasileiros, Camila iria sair de uma brincadeira como aquela sem a calcinha. Eu praticamente rosnei com os dentes travados, apertando mais o seu corpo mole contra o meu em um surto de posse.

: - O que eu sei é que ela não vai olhar para outro alguém, não mesmo.

Eu disse mantendo a minha autoconfiança.

: - Para de se gabar, Lauren, não é porque ela namora contigo que não pode olhar para outras mulheres. – Dinah riu e eu rosnei de novo. – Veja, eu namoro Siope e vou olhar para os machos brasileiros, e para as fêmeas também porque não estou dormindo no ponto. E Siope? Nunca saberá, querida.

: - Por que tu é assim? – Perguntei dando um tapa em sua mão que ainda estava em minha cabeça, inalando com força. – Você não pode chegar e colocar lenha nos meus ciúmes desse jeito, é algo que eu realmente não sei controlar. Você é muito filha da puta.

: - Você me provocou, não foi? Pois saiba que é só o começo.

Ouvi sua risada maliciosa e debochada, me irritando profundamente ao mesmo tempo em que me dava vontade de rir. Quando eu iria aprender que brincar com Dinah deveria ser algo fora de cogitação?

O resto da viagem passou tranquila e sonolenta, dormimos quase o tempo todo. Quando ouvi o aviso de que iríamos pousar, acordei Camz e ajeitei as coisas dentro da bolsa, colocando o rayban preto no rosto, ninguém era obrigado a me ver com cara de maconheira nas revistas durante a semana. Quando o avião finalmente pousou e nós levantamos, eu segurei o braço de Camila antes que ela pudesse seguir as pessoas para a saída.

: - Espera.

Eu disse ao me lembrar de uma coisa.

: - O que foi, amor?

Ela perguntou enquanto colocava um rayban de lentes castanhas na frente de seus olhos.

: - A aliança. Você precisa tirá-la.

Camila desceu o olhar para a mão, sorrindo triste ao deslizar a aliança para fora de seu dedo.

: - Eu havia me esquecido. – Soltei seu braço e ajeitei a bolsa de couro branco em meu ombro. – Você trouxe a caixinha dela?

: - Não. Guarda na bolsa que quando chegarmos ao hotel eu arrumo um lugar para você colocá-la, ok?

: - Tá bom.

Sorrimos uma para a outra e eu estava quase roubando um selinho quando senti um pequeno empurrão no ombro, de uma pessoa menor ainda.

: - Vão ficar ai namorando por detrás das lentes dos óculos ou vão descer?

A voz sonolenta de Ally nos rendeu uma risada, onde eu rapidamente passei meu braço ao redor do ombro dela, rumando para a saída com Camila atrás de nós.

: - Você fica tão resmungona quando está com sono, sabia?

Beijei sua cabeça e ela riu, passando seu braço esquerdo ao redor do meu quadril.

: - Você precisa dar as mãos para o Troy, pois ele fala a mesma coisa.

: - Ele está certo, assim como eu estou certa sempre.

Eu disse rindo e ganhei um tapa de Camila no braço.

: - Cala a boca, Lauren.

Foi sob risadas e provocações que saímos do avião, onde rapidamente fomos separadas do resto das pessoas que nos acompanhavam. Cerca de uns dez seguranças nos cercaram perto do saguão do aeroporto, eu comecei a me assustar por conta da intensidade dos gritos que ouvia de onde estava. Tudo o que queria era dar a mão para Camila, mas... Não podia. Ela estava ao meu lado com um sorriso no rosto, podia ver sua euforia exalando, por mais que estivesse cansada.

Rio de Janeiro, era onde estávamos, seria o primeiro lugar onde faríamos uma coletiva de imprensa, mas não seria o primeiro estado a receber nossa Tour. Preciso deixar claro que nunca me acostumei com multidões, com euforia e com paparazzi’s, sempre foram coisas que me deixavam nervosa e amedrontada, por mais que eu passasse por isso quase todos os dias.

O que vi quando começamos a andar me deixou em um estado de alerta tão vermelho que todo o meu corpo tremeu. Eu nunca havia presenciado um aglomerado de pessoas tão grande como naquele aeroporto, gritos tão fortes que fizeram meu ouvido doer. Rapidamente elas nos cercaram, os seguranças ao redor de nós fazendo um esforço descomunal para que elas não nos tocassem.

Meu coração estava acelerado por duas coisas: Susto e felicidade. Eu estava feliz de uma forma irracional, uma felicidade que me fez colocar um sorriso no rosto quando aquelas pessoas começaram a gritar os nossos nomes, uma felicidade tão fora do normal que não fazia sentido nenhum impedir aquelas garotas com seus olhos molhados de se aproximarem. Era por causa deles e delas que estávamos ali, era por causa de todos aqueles adolescentes e adultos que chegamos aonde chegamos, era por causa do amor de cada um deles que eu me sentia mais viva.

Abri meus braços e balancei para trás quando o corpo de uma menina se chocou contra o meu. A abracei com toda a força, eu não podia entender nada do que ela estava me falando, mas a emoção em sua voz me fez levar lágrimas aos olhos. Afaguei seus cabelos e ergui o rayban que usava sobre os meus, me separando dela gentilmente para segurar seu rosto entre as mãos, encontrando seu olhar profundo e inundado. Sequei as lágrimas violentas que ela derramava e sorri de canto, suspirando antes de dizer com toda a intensidade que eu podia, porque era exatamente daquele jeito que me sentia.

: - I love you.

Ela sorriu abertamente e beijou a palma da minha mão antes de me abraçar de novo. Deixei-me curtir um pouco daquele mesmo amor nos braços de tantas outras garotas e garotos que praticamente perdi a noção de onde estava. Tiramos fotos e mais fotos, gravamos vídeos e mais vídeos, todas envolvidas na intensidade daquele país, daquele povo.

O Brasil era mesmo um lugar único e olha que mal havíamos pisado nele. Mas sabe quando você tem a certeza de alguma coisa mesmo sem conhecer completamente? Eu tinha a certeza que no final daquela viagem, iria sair daquele país com o seu Hino Nacional gravado no peito, como uma nova paixão, uma segunda casa.

Nos despedidos de nossos fãs e fomos guiadas para fora do aeroporto, deixando lágrimas e lamentações ganhando eco naquele ambiente gelado. Meu coração estava apertado, se eu pudesse ficaria mais um pouco ali os fazendo felizes, mas estava tão cansada que tudo o que fiz quando entrei na van prateada foi bocejar. Camila logo sentou-se ao meu lado, o mesmo sorriso em seu rosto.

: - Eu estou eufórica, isso foi... Tão intenso que nem sei como explicar o que estou sentindo. – Ela disse de olhos fechados. – Você viu como eles choravam? Derramavam lágrimas iguais as que eu derramei quando conheci a Ellen no programa dela. Isso é incrível, Lo.

: - Nossos fãs são perfeitos. – Acariciei sua coxa e a puxei para os meus braços. – Tudo o que eu puder fazer para mantê-los cada vez mais perto, farei.

: - Gente, eu não entendi nada do que eles falaram, mas eu chorei junto umas quinze vezes.

Normani disse se colocando de joelhos sobre seu banco, olhando para trás. Nós rimos da cara emocionada que ela fez.

: - Você não é a única Mani, pode apostar.

Eu disse enquanto esfregava o braço de Camz.

: - Eu acho que vou chorar por uma semana por causa dessa recepção.

Ally fungou no banco atrás de mim.

: - Ally, você choraria por uma semana com qualquer coisa, então...

Dinah cutucou no banco da frente, ganhando um tapa na cabeça de Normani. Nós rimos de novo, estávamos tão felizes que não sabíamos se mantínhamos o sorriso no rosto, ou as lágrimas teimosas que ousavam em aparecer em poucos intervalos. É bom demais se sentir amada por todos os lados, é bom demais.

Chegamos ao hotel localizado na beira da praia por volta das 21:00 da noite. Fazia um calor enorme na rua, as pessoas estavam sentadas confortavelmente nos quiosques, conversando, bebendo, comendo, uma animação invejável. Como aquele povo era pra cima, algo que contagiava.

Subimos para os nossos quartos separados, não precisávamos dividir mais. Eu fiquei com o 702, Dinah com o 703, Ally com o 704, Camila com o 705, Normani com o 706 e Jodi? Sim, Jodi mal comida ficou com o 707. Eu nunca iria me conformar com aquela mulher ali, estava me sentindo quase uma criança rebelde necessitada de uma SuperNanny.

Nem pude me despedir de Camila, a sargento estava grudada no pé dela. Troquei com ela apenas um tchauzinho rápido e um sorriso triste antes de sumir na tranquilidade do meu quarto, me jogando na cama enorme e fofa assim que fechei a porta. Comecei a me perguntar se eu estava mesmo preparada para enfrentar aquela situação. Será que eu aguentaria aquela marcação? Eu PRECISAVA aguentar, era questão de honra e mérito.

Deixei meus pensamentos de lado e tomei um banho para relaxar, iria sentar-me naquela varanda maravilhosa para ler um livro antes de dormir, a vista que eu tinha do meu quarto era inspiradora. Mas meus planos foram mudados rapidamente quando ouvi meu celular tocar em cima da cama, onde corri para atender. Era Camila.

: - Oi, amor.

Eu disse melancólica andando para a varanda com os pés descalços, vestindo apenas uma das minhas cuecas femininas de cor púrpura e uma blusa de alcinha preta. Como eu disse, estava fazendo muito calor e eu não havia me preocupado em ligar o ar condicionado, já que a porta da varanda estava completamente aberta deixando um ventinho gostoso entrar.

: - Eu não vou aguentar essa sapatão encubada no meu pé, Lauren.

 Foi à primeira coisa que Camila disse ao ouvir minha voz. Eu comecei a rir desesperadamente por causa da forma que ela se expressou, um tom tão raivoso e engraçado que senti minhas bochechas arderem quando alcancei o piso gelado da varanda.

: - Amor, o que é isso? Como se você fosse menos que ela, né?

Respondi deslizando as mãos pelo cabelo, o cheiro da água do mar entrando na minha respiração.

: - Sapatão sim, encubada nunca. Ah, merda! Ela praticamente me levou para dentro do quarto pelo braço, dando ordens para trancar a porta e blábláblá.

 Eu ri de novo, era engraçado demais ouvir Camila nervosa daquele jeito.

: - Amor, infelizmente teremos que nos acostumar com isso até segunda ordem. – Suspirei frustrada. – Mas não sei se vou aguentar dormir de novo sem você.

: - Dormir sem mim? – Camila bufou do outro lado da linha. – Você vai atravessar esse corredor e bater na minha porta pela madrugada, dá o teu jeito.

 : - Camz, é perigoso...

: - Preciso dizer novamente que não me importo? Não vou dormir sem você. – Sorri mordendo o lábio inferior. – Lá pelas 2:00 da manhã você vem, Jodi já deve estar no décimo sono por essa hora.

 : - Está certo. – Tinha como discutir com ela? Nunca. – Vou correr esse perigo por você. Se eu for pega pela sargento, por favor, fique solteira eternamente depois da minha morte.

: - Idiota. – Nós rimos juntas. – Eu te salvo. Confia em mim?

 : - Mais do que tudo.

Camz suspirou e eu podia enxergar aquele sorriso lindo em seu rosto. Senti vontade de segurar sua mão e descer até a praia, andar pela areia, mergulhar naquela água, passar a noite sentada em um daqueles quiosques apenas jogando conversa fora, a beijando, dizendo para quem perguntasse que ela era a minha namorada, que eu a amava. Aquela vontade era tão impossível que fez minha expressão sorridente mudar no mesmo instante.

: - Isso. Eu amo você. – Eu iria responder, mas ela me interrompeu. – Agora eu vou desligar, tomar um banho, pedir algo para comer e esperar você chegar. Não demore, viu? Já estou com saudades.

 : - Ok, boo, coma direitinho. Mas coma algo que te alimente direito, nada de pizza e pizza.

Adverti voltando para o quarto, sentando-me na beirada da cama.

: - Ai, vai começar. – Camila riu do outro lado me fazendo sorrir. – Pode deixar, Sinu, vou comer. Agora tchau. Até mais tarde.

 : - Até mais tarde, amor. Eu te amo.

Foi tudo o que eu disse antes de ouvir o sinal de que a ligação havia sido desligada, me deixando ali sozinha e frustrada. É, as coisas seriam mais difíceis do que imaginei.

2:00 em ponto, aquele foi o horário que pulei para fora da cama, catando meu Iphone e o cartão de acesso ao quarto. Destravei o visor e mandei rapidamente uma mensagem no wpp para Camila.

 “Deixa a porta encostada, eu estou indo.”

 Enviei e abri a porta do meu quarto, colocando a cabeça para fora e espiando sorrateiramente. Quando vi que o local estava deserto, fechei a porta atrás de mim e andei pelo longo corredor branco nas pontas dos pés. Eu contive uma risada quando comecei a imaginar aquela música do filme “Missão impossível” tocando, estava me sentindo o próprio agente em mais uma de suas missões. Por que eu tinha que ser tão idiota em momentos que deveria me manter séria? Ri baixinho quando parei em frente ao quarto 705, empurrando a porta destravada.

Entrei ainda rindo e travei a mesma, permanecendo parada no mesmo lugar.

: - Do que está rindo, Lo?

Ouvi a voz de Camila vindo do banheiro e suspirei, levando a mão ao peito para conter minhas risadas.

: - Ai, amor, eu me senti o Tom Cruise enquanto caminhava por esse corredor vazio em direção ao seu quarto. Ainda bem que foi uma missão realizada com sucesso e nada impossível.

: - Você é uma agente muito sagaz.

Neguei com a cabeça e me aproximei da cama, jogado meu Iphone sobre ela e me sentando na beirada. Curvei minha coluna para trás e apoiei meu corpo nas mãos espalmadas no colchão, mantendo as coxas separadas levemente por conta do calor. A Varanda daquele quarto não ficava completamente voltada para a praia, mas sim para as laterais, de frente para os outros prédios ao lado. Já iria me levantar para andar até lá  quando vi Camila sair do banheiro, minha boca se abrindo em um perfeito O com a visão que me sacudiu.

Ela parou com uma mão na cintura e a outra escorada na parede, o corpo coberto até o início das coxas por uma camisa da seleção brasileira de futebol. Eu engoli a saliva que se formou em minha garganta quando ela se aproximou, não vestia nada mais que aquela camisa e uma calcinha branca que eu consegui notar enquanto ela se movia.

: - Você está babando.

Ela disse sorrindo quando parou na minha frente, no meio de meus joelhos afastados. A olhei de cima até embaixo e passei a língua no canto dos lábios.

: - Acho que era essa a tua intenção.

Subi minhas mãos abertas pela parte detrás de seus joelhos até sua bunda gostosa enfeitada pela calcinha pequena.

: - Olha só o que tem atrás.

Camila girou sensualmente em seus calcanhares, virando-se de costas para mim e jogando seus cabelos sobre o ombro esquerdo. Nas costas da camisa tinha o número 10 e o “Cabello” escrito logo em cima. Eu queria beijar os pés da fã que provavelmente presenteou Camila com aquela camisa.

 : - Você é uma atacante de qualidade, Cabello, muita qualidade.

Desci meus olhos por suas costas e parei com eles em sua grande bunda, erguendo a camisa do Brasil que ela vestia até que suas covinhas perfeitas ficassem de fora.

: - Está vendo se não viesse dormir comigo? Iria perder o presente que ganhei no aeroporto, que na verdade é um presente mais seu do que meu.

Enfiei minhas mãos sedentas por baixo de sua blusa e toquei sua barriga quente, a puxando um pouco para trás.

: - Com certeza eu vou aproveitá-lo muito mais que você.

Rocei meu nariz por sua pele cheirosa e depositei um beijo sobre as duas covinhas lindas que ela tinha nas costas, sentindo seu corpo se arrepiar em minhas mãos.

: - Você sabe o tempo certo de uma partida de futebol, Lauren? – Camila me perguntou ao retirar minhas mãos de sua barriga, ajeitando a blusa no corpo para se afastar de mim. Eu quase gemi em frustração, tentei agarrar o pano amarelo, mas ela foi mais rápida e se desvencilhou com uma risada. Mordi o lábio inferior com força e passei a mão pelo cabelo, minha nuca estava suando, na verdade meu corpo inteiro estava suando. – Sabe ou não sabe?

Tornou a perguntar enquanto andava até a porta da varanda, fechando em uma lentidão eterna. Se ela queria nos matar de calor por dois motivos, estava a um passo.

: - Sei. Dois tempos de quarenta e cinco minutos, sem contar os acréscimos.

Respondi acompanhando o balanço sensual de seu quadril com olhos famintos. Sabe a coloração escura? Então, posso apostar que ela já estava lá.  

: - Isso mesmo. – Camz andou até a porta e verificou se estava trancada. – Eu pensei em uma coisa. Já que estamos no país do futebol, nada melhor do que homenageá-lo, certo?

: - Você está fazendo uma homenagem e tanto.

O clima no quarto estava tão quente que eu levei os dedos até o pano fino da minha blusa, puxando para frente e soprando um pouco de ar para dentro dela, entre os meus seios. Estava completamente suada. Em nenhum momento Camila se moveu para ligar o ar condicionado, e eu percebi sob um sorriso de malícia que era exatamente daquele jeito que ela queria, então, quem ousaria reclamar?

: - Não vou entrar em campo sozinha, Jauregui. Nós temos dois tempos de quarenta e cinco minutos para jogar. Acha que dá conta?

Se eu dava conta? Se eu D A V A conta? Como dizer a ela que eu dava muitas coisas além da conta? Passei a ponta do dedo indicador pelo canto dos lábios antes de suspirar. Sabe o que mais estava me excitando além daquela imagem erótica de Camila naquela camisa da seleção brasileira? O duplo sentido em suas palavras, aquilo estava criando o cenário perfeito para a minha fantasia.

: - Dou conta dos acréscimos também, e eu espero longos minutos nesses acréscimos.

Camila sorriu e deslizou os dedos pelo cabelo, aquele gesto sensual mandando uma pontada certeira para a minha virilha. Desligou a luz do quarto ao lado da porta e tudo o que enxerguei naquele ambiente iluminado apenas pelas luzes do lado de fora, foi sua silhueta se aproximar como um vulto. Eu gemi de surpresa quando me senti empurrada pelos ombros, seu corpo pesando sobre o meu quadril. Suspirei e corri as unhas por suas coxas, sentindo-a tremer gostosamente.

: - Você tem os quarenta e cinco minutos do 1° tempo para me dar um orgasmo glorioso, Lauren. – Eu não conseguia enxergar seus movimentos direito por causa da quase escuridão, apenas seus vultos, por isso gemi mais uma vez de surpresa e prazer quando sua língua quente traçou o contorno da minha orelha. Arrepiei-me inteira. - Depois mais quarenta e cinco minutos do 2° tempo para me dar mais um orgasmo. – Usando da mesma calma ela rebolou o seu quadril sobre o meu, nossos sexos colados, os tecidos finos de nossas calcinhas impedindo o contato por completo. Naquela altura do campeonato eu já estava completamente louca e molhada por ela. – E se você mandar bem durante toda a partida, eu lhe dou mais cinco minutos de acréscimo.

Cinco minutos? Girei nossos corpos de forma rápida e a prendi no meio das minhas coxas, deitando meus seios sobre os seus.

: - Acho que iremos precisar de mais uma partida, Camila, quem sabe três. – Chupei seu lábio inferior antes de correr a pontinha da língua por seu queixo. Camila suspirou. – Do jeito que você está molhada, lhe farei gozar mais de uma vez durante os quarenta e cinco minutos do 1° tempo.

Meus dedos estavam correndo pelo pano encharcado de sua calcinha, ela gemia baixinho com o contato mais ousado.

: - Está esperando o que para dar início? Mostra-me o que você sabe fazer em campo, Jauregui.

Como continuar mantendo o controle, não é mesmo? O meu foi para o espaço quando colei minha boca na dela, nossas línguas se encontrando em uma explosão de sensações, o tesão e a paixão lado a lado no topo. Você não pode imaginar como uma fantasia pode fazer de você um verdadeiro fantoche. Você não tem noção de que uma brincadeira com palavras em duplo sentido pode te deixar louca de uma forma inimaginável. Vestir personagens e cair na estória de cabeça te faz atingir um grau de prazer esplêndido.

Passamos a madrugada inteira em uma verdadeira final de Copa do Mundo, não sei quantos primeiros tempos e quantos segundos tempos de quarenta e cinco minutos tivemos, não sei dizer quantas vezes gozamos juntas e separadas, quantas vezes buscamos forças em nossos corpos cansados para continuar o que o desejo fazia queimar. Camila se comportou como uma atacante de primeira, rebatendo tudo e qualquer coisa, nunca jogando na defensiva. Molhamos o lençol da cama de suor e outras coisas, o quarto fechado juntamente daquela garota me fazendo sentir um calor que nunca senti na vida. E depois de viver aquela madrugada intensa com Camila, eu te pergunto: Você acha mesmo que futebol é coisa apenas para homens? Porque eu posso te dizer com todas as letras que fazer gols não é algo apenas para eles. Nada como uma partida longa para comprovar isso. Fica ai o duplo sentido.  

Acordei no dia seguinte com batidas insistentes na porta, sentei na cama com uma dificuldade maldita para abrir os olhos. Não fazia mais de três horas que Camz eu havíamos deitado para dormir. Esfreguei as mãos pelo rosto e bocejei, me enrolando no lençol branco antes de descer da cama.

: - Já vai, caramba.

Gritei deslizando a mão pelo cabelo na intenção de ajeitá-lo um pouco, sem muito sucesso. Praticamente me arrastei até a porta e a abri, mantendo meu corpo atrás dela.

: - Mas que merda, em.

Encontrei uma Dinah afoita, sua respiração completamente agitada. Ergui as sobrancelhas e olhei rapidamente para Camila que se sentava na cama, nua.

: - O que foi?

Perguntei bocejando de novo com uma vontade de tacar a primeira peça de roupa que achasse na direção de Camila, para que ela se vestisse.

: - Pega tuas coisas e vai para o teu quarto agora, Jodi está subindo para verificar se vocês já acordaram. Se ela te pega aqui, Lauren, vocês estão fodidas pelo resto do ano. Mais fodidas do que já estão agora, pelo visto.

Dinah passou seus olhos por dentro do quarto com uma risada. Aquela piadinha não passou despercebida.

: - Merda!

Foi tudo o que eu disse antes de soltar a porta e sair catando minhas roupas pelo chão, quase tropeçando no lençol enrolado em meu corpo.

: - O que foi, amor? – Camila bocejou e coçou os olhos. – E Dinah, mas o que...? Ai, droga!

Ao se dar conta de que estava nua, Camz pegou meu travesseiro e o colocou na frente de seu corpo, tampando seus seios e seu sexo. O que iria adiantar se cobrir? Não é como se Dinah nunca tivesse nos visto nuas antes.

: - A Jodi. – Eu dizia sem fôlego correndo de um lado para o outro até reunir tudo o que era meu em minhas mãos. – A sargento está subindo, amor, se... – Tossi rapidamente quando parei na frente dela, estava com a garganta seca. – Se ela me pegar aqui nua com você, eu não sei o que será de nossas vidas.

Camila me olhava espantada, seus olhos quase saltando de sua face.

: - Anda, Lauren.

Dinah disse nervosa da porta, batendo os pés no chão.

: - Então vai logo, Lo, pelo amor de Deus.

Ela começou a rir nervosamente, onde me curvei para frente e beijei seus lábios.

: - Nos vemos na coletiva.

Beijei sua testa e sai correndo para a porta, escorrendo pela milésima vez no lençol.

: - Depois devolve o meu lençol, amor.

Camila gritou rindo e eu me deixei rir quando passei por Dinah, a ouvindo travar a porta. Coloquei-me na ponta dos pés e beijei suas bochechas.

: - Obrigado por avisar, DJ, você nos salvou de uma.

: - Vai logo para o teu quarto antes que o zumbi apareça. – Eu já estava correndo para o meu quando Dinah gritou. – Toma um banho, Jauregui, você cheira a sexo até nos fios de cabelo.

Ela riu divertida e eu me virei apenas para dar língua, corando imensamente antes de tentar abrir a porta toda atrapalhada. Mas que porra de adrenalina era aquela? Meu corpo vibrava de medo e diversão. A única coisa que pensei quando finalmente entrei na segurança do meu quarto foi: Eu vou correr esse perigo de novo se for para ter Camila em meus braços por todas as madrugadas que passarmos aqui. Não era blasfêmia, era certeza. 



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