1. Spirit Fanfics >
  2. Falling in love for the last time. >
  3. Dinah Jane.

História Falling in love for the last time. - Dinah Jane.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Mais um cap, meninas. Acho que posto dois hoje, quando terminar de postar esse vou começar a escrever mais um, se terminar a tempo volto e posto.

Capítulo 14 - Dinah Jane.


 

Eu estava tendo um sonho muito bom, mas acabei esquecendo do que se tratava quando fui retirada da minha inconsciência por alguém. Permaneci de olhos fechados, virada de bruços e as mãos embaixo do travesseiro. Sorri de canto quando senti que lábios quentes e molhados beijavam levemente minha nádega esquerda, pontas de um cabelo pesado arrastando-se por minhas coxas, pequenos dedos desenhando círculos no meu quadril. Segurei um suspiro, mas deixei escapar um arrepio quando esses mesmos lábios foram subindo por minha coluna, o mesmo cabelo agora pesando sobre a minha bunda, os mesmos dedos pontilhando minhas costelas. Ofeguei e enfiei mais o rosto no travesseiro, me deixando levar pela sensação gostosa. Mordi o lábio inferior em um sorriso escondido quando a ponta de uma língua quente acariciou minha nuca, todo meu corpo estava arrepiado, meu coração acelerado, minha alma em êxtase.

Com certeza aquele momento era muito melhor que o sonho que eu deveria estar tendo, era a minha garota me acordando e nada poderia ser mais gostoso que isso. Quando uma cortina de cabelo castanho escuro caiu sobre o meu rosto, segurei um pouco na mão direita e levei até o nariz, aspirando o cheiro gostoso que escapava dele. Seus lábios logo tocaram minha orelha e eu ri baixinho pela cosquinha que me provocou.

: - Bom dia, meu amor.

Ela disse rouca bem no pé do meu ouvido, seus seios apertados em minhas costas, eu ainda estava nua e ela também. Sua mão repousou sobre a minha embaixo do travesseiro e ela entrelaçou nossos dedos.

: - Bom dia, mô.

Eu disse baixinho, ela sorriu contra a minha bochecha.

: - Mô?

Sua pergunta saiu manhosa, eu tinha certeza que ela estava fazendo aquela carinha de bebê que eu tanto amava.

: - Uhum, mô. – Suspirei. – Meu amor, minha garota.

Ela riu toda apaixonada e puxou meu corpo rapidamente, me deixando de barriga para cima embaixo dela. Pisquei um pouco para enxergar melhor seus olhos castanhos e quentes, acolhedores de uma maneira intensa. Camz tinha um sorriso lindo no canto dos lábios, as bochechas coradas, a franja caindo sobre um de seus olhos e eu me apaixonando pela milésima vez. Ergui a mão e acariciei sua bochecha, ela fechou os olhos para repousar em meu toque.

: - Você estava dormindo tão gostosa que não resisti e me aproveitei de você um pouco. Não consegui manter minha boca longe da tua pele, desse teu calor, não consigo parar de pensar na noite de ontem.

Suspirei prolongadamente, as lembranças da noite passada sacudindo a minha cabeça como um furacão. Nossos gemidos, nossos corpos suados, seus olhos amorosos, o meu amor, o nosso fogo, seu coração acelerado, minha cabeça rodando, toda a nossa bolha nos sufocando em um mar sem volta de felicidade e plenitude. Sorri e ergui um pouco a cabeça para beijar seus lábios.

: -  Ontem foi a noite mais perfeita da minha vida e você recebe a honra por isso. – Ela sorriu tímida e beijou a palma da minha mão. – E você pode se aproveitar de mim o quanto quiser, eu não me importo, viu?

Rimos juntas e ela afundou a cabeça no meu pescoço, sua mão correndo para o seu lugar preferido em meu corpo, entre os meus cabelos.

: - Safada. – Beijei sua cabeça. – Sua mãe sabe o quão pervertida a filha dela é?

Eu dei uma risada rouca e alta, sacudindo nossos corpos sobre a cama.

: - Camz, se nossos pais soubessem o quão pervertidas fomos ontem, pode apostar que o último lugar que poderíamos morar é na Terra.

: - Eu não ligo se moraríamos na Terra ou em Marte, estando com você o lugar é o que menos me importa.

Nem preciso dizer que derreti, não é? Fiquei sorrindo que nem idiota encarando o teto.

: - Eu amo você. – A apertei mais em meus braços.

: - Eu também te amo.

Camz disse abafado contra a curva do meu pescoço, me fazendo fechar os olhos e ficar ali com ela daquele jeito durante um bom tempo.

Quando a fome bateu, nos arrumamos e fomos almoçar na rua. Paris estava fria, mas já não nevava mais. Comemos em um restaurante perto do hotel, andamos de mãos dadas pelas ruas, trocamos beijos no banheiro da uma lanchonete, a olhei com um daqueles meus olhares apaixonados enquanto ela se melava toda com um bombom. Passei a língua rapidamente sobre seu lábio inferior para limpar o chocolate quando entramos no elevador, a agarrei contra a parede do mesmo e lhe dei um beijo de tirar o ar dos pulmões até a porta se abrir e pararmos em frente ao nosso quarto. Resumindo, passamos o dia como um casal apaixonado aproveitando a lua de mel naquela cidade maravilhosa.

Quando a noite caiu, fui ficar na internet um pouco enquanto Camz se ocupava em ler um livro. Respondi algumas pessoas no Twitter, fiquei um pouco no Tumblr, falei com minha irmã e umas coisas a mais. Estava concentrada no que fazia quando ela me interrompeu com uma pergunta, chamando a minha atenção.

: - Amor, você acha que quando eu contar pra minha mãe que sou lésbica ela vai surtar pouco ou surtar muito?

A encarei seriamente, minha sobrancelha erguida e minhas mãos sobre o not em meu colo.

: - E você é lésbica?

Perguntei querendo mesmo saber a resposta. O fato de Camila nunca ter namorado um homem nunca me deu a entender que ela fosse lésbica, apenas que não estava pronta para namoros. E o fato de eu sempre ter namorado meninos nunca me fez acreditar que eu era hétero, porque héteros não se sentem atraídas por garotas, não é mesmo? Héteros de verdade não descobrem que perderam tempo demais na vida beijando homens ao invés da boca macia de uma mulher. Pois é.

: - Bom... – Ela começou, fechando o livro e o colocando sobre suas pernas. – Eu estou com você, me sinto atraída por você de um jeito que garoto nenhum me atraiu até hoje. Seu beijo é muito melhor do que o beijo do único garoto que beijei e eu acredito fielmente que garoto nenhum beija melhor que você. – Sorri, ela corou. – Transamos ontem e aposto que não há nada melhor do que o carinho de uma mulher para te deixar relaxada e confortável nesse momento. – Um pouco sem graça, ela colocou uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. – Eu gosto de cabelo grande, gosto das unhas, gosto do corpo e do jeito que as mulheres se vestem, eu gosto do cheiro que elas têm e sem contar que todas as vezes que eu... Você sabe, todas as vezes que eu me masturbei eu só consegui gozar por estar pensando em você, e antes de conhecer você por estar pensando em alguma mulher que eu achava bonita. Então, isso quer dizer que sou lésbica.

Engoli a saliva que havia se formado em minha boca com toda aquela informação, meu corpo ficou quente quando ela disse que já se masturbou pensando em mim, não que eu nunca tivesse feito aquilo pensando nela, muito pelo contrário, eu fazia sim. Respirei fundo e balancei a cabeça para expulsar os pensamentos impuros na hora errada.

: - É, então isso quer dizer que você é lésbica. – Sorri colocando o not de lado e me virando de frente. – Ou talvez tudo isso seja apenas por mim. – Cocei o queixo. – E sabe que às vezes também acabo pensando que sou gay e que só ficava com homens porque achava que era hétero. Acho que eu não queria aceitar que gostava mais do jeito das meninas do que dos meninos. Mas às vezes eu penso que não, que sou bi e que gosto dos dois. – Ri sem graça. – Não me importo muito com isso, é só um rótulo. Vero sempre me disse que eu nunca consegui esconder muito bem esse meu lado gay, e eu nunca levei fé. Mas vendo uns vídeos nossos nos shows e entrevistas, meu Deus, eu sou quase o macho alfa com você, querendo te proteger e ficar ao seu lado o tempo todo. Isso é estranho.

Camila riu abertamente me deixando encantada, amava o som de sua risada.

: - Amor, sinceramente? Você era a única pessoa no mundo que achava que você era hétero. – Fiz cara de brava e ela riu mais ainda. – O que é você com calça jeans rasgada, regata preta, jaqueta de couro preta e ray-ban? Por favor, mais gay que isso impossível.

Ela ainda estava rindo, o que me fez levar a mão até o travesseiro e tacar em sua direção. Minha barriga estava doendo pelas risadas.

: - Para, ok? Eu gostava daquela roupa.

: - Todo mundo gostava, amor, você ficava gostosa por toda uma vida. Gostosa e muito gay, diga-se de passagem. – Ri sem graça. – Mas você não respondeu minha pergunta. Acha que minha mãe iria querer me matar?

Parei para pensar e conhecendo Sinu o pouco que eu conhecia...

: - Acho que não. – Respondi sincera. – Tua mãe te ama muito e acho que de início ficaria assustada sim, mas com o tempo creio que iria pensar na tua felicidade acima de qualquer coisa.

: - Não sei, realmente não sei dizer que reação ela teria.

: - Mas por que a pergunta? Pretende contar à ela?

Perguntei um pouco nervosa, sabia que não era o momento de fazer aquilo.

: - Não, agora não. – Suspirei aliviada. – Mas uma hora eu vou ter que contar, Lolo, não vou poder passar o resto da minha vida mentindo sobre o que sou pra ela. – Concordei, ela tinha razão. Se ela contaria um dia, eu também teria que fazê-lo. – Só perguntei para saber tua opinião mesmo.

: - Agora já sabe. – Eu disse me levantando da cama e indo em sua direção, sentando-me em seu colo depois de retirar o livro de lá. Camila suspirou e abraçou minha cintura. – Quando isso acontecer um dia, se estivermos juntas eu estarei lá ao seu lado.

: - Nós estaremos. – Ela disse sorrindo, selei seus lábios.

: - É tudo o que mais quero.

Iniciei um beijo calmo e gostoso, sua língua atrevida se enfiando entre os meus lábios para alcançar a minha. Nos beijávamos com saudades, como se não tivéssemos passado o dia todo fazendo aquilo. Corri minha mão por seus cabelos e parei em sua nuca, trazendo-a mais para mim, para que pudesse beijá-la mais fundo. Suspiramos juntas quando chupei seu lábio inferior, e minha mão já estava dentro de sua blusa fina de algodão quando ouvi seu celular começar a tocar.

: - Hmmmm.

Resmunguei em sua boca, a segurando em mim.

: - Amor... – Ela riu, minha mão correndo suas costas e meus dentes puxando seu lábio. – Amor, preciso atender o celular.

: - Não. – Eu disse firme sem parar de beija-la.

: - Preciso, pode ser minha mãe. – Ela conseguiu dizer quando desviei meus lábios para seu queixo. – Lauren...

A olhei inconformada e me afastei, cruzando os braços embaixo do peito e fazendo bico.

: - Merda!

: - Para de ser bebê. – Mordeu meu bico e se levantou, fazendo-me sair de seu colo. – Eu atendo e já volto pra você.

Dito isso ela saiu correndo atrás de seu celular sobre a mesinha ao lado da cama, eu fiquei ali sentada e emburrada.

Camila ficou um tempo no telefone, não parei para prestar atenção na conversa, estava frustrada demais pela falta da boca dela para pensar em outra coisa. Uns quinze minutos depois ela se aproximou já sem o celular, a expressão um pouco estranha. Passei a mão pelo cabelo e ergui a sobrancelha.

: - Quem era? – Perguntei tediosa.

: - Dinah.

Camz sentou-se em meu colo, envolvi sua cintura com os braços.

: - Tinha que ser. – Eu ri, ela continuou séria. – O que ela queria?

: - Ligou para dizer que está chegando aqui amanhã, sem Siope.

Fiquei encarando o rosto de Camila acho que por longos minutos tentando engolir o que ela disse. Sentia falta de Dinah e queria abraçá-la mais que tudo, mas tê-la ali com a gente significava que Camila e eu teríamos que manter uma distância necessária. Torci os lábios em desgosto.

: - Eu sei que você está pensando o mesmo que eu.

Ela disse com um olhar triste, fazendo bico. Suspirei.

: - É, acho que nossa lua de mel vai ter que dar uma pausa, Camz.

A puxei para um abraço e demos uma risada triste juntas. Estava bom demais para ser verdade. Ficamos ali na poltrona aproveitando o resto do tempo que tínhamos completamente sozinhas por um longo período. Lhe fiz carinho, lhe dei beijinho, lhe deixei arrepiada, lhe disse muitos “eu te amo” ao pé do ouvido, entrelacei nossos dedos, cheirei seu cabelo, a apertei em meus braços, beijei sua boca, era tudo tão bom que eu não queria acreditar que ia acabar. O fato de ter Dinah com a gente significava ela sair do nosso quarto apenas para ir dormir no dela. Eu estava ansiosa para vê-la e passar o dia perto dela, mas também triste por ter que ficar um pouco distante de Camila.

: - Independente de qualquer coisa, eu estou morrendo de saudades daquela nega, Lolo. – Ela disse manhosa me fazendo sorrir. – Saudades daquele abraço de urso que só ela sabe me dar.

: - Exatamente. – Concordei enquanto acariciava seus cabelos. – Às vezes sinto vontade de falar sobre nós para alguém e tenho certeza que a primeira pessoa que eu contaria, seria pra ela. Não por não confiar nas outras meninas, claro que não, mas é que Dinah tem  uma percepção mais avançada sobre o que rola entre nós.

: - Você acha que ela entenderia?

Sua voz era baixa e calma, quase um sussurro.

: - Se ela entenderia? Ela iria amar. – Rimos juntas. – Você sabe que Dinah é porra louca, acho que ela iria até querer dormir na mesma cama que a nossa só pra ver a gente se abraçando a noite.

Ela riu baixinho, seu corpo sacudindo com sua risada. Sua cabeça estava em meu ombro, ela estava meio que deitada de lado em meu colo.

: - Vai ser bom ter alguém ao nosso lado se alguma coisa de errado.

Engoli a seco, aquilo era o que mais me assustava.

: - Não vamos pensar nisso agora, eles não sabem sobre nós, ou fingem que não sabem e também não precisam saber. Vamos deixar para pensar sobre isso mais para frente.

Ela concordou em silêncio, suspirando.

: - Você tem medo, não tem?

Perguntou-me com a voz um pouco triste, a abracei com mais força.

: - Tenho. – Confessei. – Tenho medo de te fazer sofrer, medo do que as pessoas vão dizer sobre nós e medo das meninas saírem prejudicadas por nossa causa.

Camila ergueu a cabeça para me olhar, seus dedos pequenos tocando minha bochecha.

: - Eu também tenho, mas se não arriscarmos como poderemos saber se vai dar certo? Não podemos deixar de viver com medo do que vão falar, Lauren.

: - Eu sei. – Peguei sua mão e a beijei. – Eu tenho medo, mas não importa se eu estiver com você. Eu vou te proteger e não vou deixar que ninguém lhe ofenda, nem mesmo seus pais ou meus pais. Estamos juntas nessa e quando chegar a hora vamos passar por isso lado a lado.

: - Promete?

: - Prometo.

Sorri ao responder e puxei sua cabeça para lhe dar um beijo. Eu nunca deixaria que alguém fizesse mal à Camila, nem que eu tivesse que arriscar tudo para protegê-la. Eu sabia que estávamos entre a cruz e a espada e que tínhamos que nos preocupar com tudo e mais um pouco. Eu não podia dizer o que faríamos dali para frente ou como as coisas seriam, eu só podia afirmar que na minha garota ninguém encostaria nenhum dedo, não mesmo. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...