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História Marry Me - Quase um casal de verdade


Escrita por: Mercer

Notas do Autor


Nossa, último capítulo! Quero agradecer a todos que comentaram/favoritaram, principalmente a NoRedemption que comentou em todos os capítulos, muitíssimo obrigada!

Eu realmente gostei de escrever esta fic, e espero que vocês tenham gostado também. Boa leitura!

Capítulo 7 - Quase um casal de verdade


No dia seguinte, Natsu apesar de não ter dormido muito acordou mais cedo, por volta das oito da manhã. Levantou-se e fitou a maga que ainda estava em um sono pesado, e cobriu-a com o lençol dali, tomando a liberdade para dar um rápido beijo na bochecha da loira.

– Bom dia, Lucy. – ele diz baixinho, passando os dedos nos cabelos da garota.

Levantou-se da cama e foi ao banheiro tomar um banho frio para tirar os resquícios de sono. Logo em seguida trocou de roupa e foi em direção à cozinha. No caminho, acabou encontrando a empregada.

– Oh, bom dia! Não esperava ver você por aqui a esta hora. – ela disse no mesmo tom alegre de sempre.

– Bom dia. – respondeu um pouco tímido. – Queria me desculpar por ontem, fui meio mal educado. – falou abaixando o rosto e coçando uma coceira inexistente na nuca.

A outra ovem revirou os olhos e acenou vagamente com as mãos, em um claro sinal de “esqueça isso”.

– Você e Lucy já se entenderam? – perguntou cruzando os braços.

– Uh... eu acho que sim. – falou com um sorrisinho torto no rosto.

– Ótimo! Venha, vou colocar o café à mesa, me acompanhe!

Natsu não ousou questionar do porque a jovem continuar tratando-o tão bem, mesmo depois da pequena discussão de ontem. Decidiu deixar quieto e não tocar mais no assunto, já que ela mesma pareceu não se importar muito.

Chegando a cozinha, encontrou o casal mais velho sentados à mesa. Ambos tomando café juntos, conversando, trocando sorrisos como se fossem recém-casados. O rosado riu baixinho e decidiu tomar café no cômodo ao lado para não atrapalhar o momento dos dois pombinhos. Não demorou muito para que Lucy acordasse e fosse também tomar café junto ao draconato.

– Olá Natsu. – disse timidamente.

– Oi Lucy! Dormiu bem? Claro que dormiu, estava comigo afinal de contas.

A loira deu uma risadinha forçada, mas logo voltou a se concentrar em seu café. Natsu desconfiou de que a maga não havia gostado muito da piada logo de manhã, ainda mais depois daquela noite. Os dois comeram em silêncio, nem sequer trocaram olhares, e quando o mesmo ocorria, distraiam-se olhando para outro lugar da sala.

– Lucy, por que ficou brava comigo? – perguntou engolindo o último pedaço de biscoito e encarando a loira.

Lucy arregalou os olhos e quase se engasgou com o pedaço de torrada que estava em sua boca. Tomou um gole de seu café para passar a sensação ruim e engoliu seco, sentindo a ponta das orelhas queimarem.

– Natsu, entenda que você dormiu comigo sem a minha permissão.

– Mas sabe muito bem que eu nunca faria nada de mal com você, não é?

– Eu sei Natsu, eu só fiquei um pouco assustada... só isso.

O rosado não falou mais, não queria acabar brigando com Lucy novamente.

– Parece eu aqueles dois se resolveram não? – ela fala se levantando da mesa e tirando os farelos de torrada que caíram em seu pijama.

– Eu não sei que tipo de magia você usou, mas deu certo.

– Agradeça aos meus pais – disse rindo.

– Por que?

– Roubei a ideia deles, mas foi um chute. Não pensei que fosse funcionar tão bem.

– E que ideia milagrosa foi essa? – perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Depois eu conto, melhor nós começarmos a arrumar nossas coisas. Não devemos demorar muito para voltar a guilda e...

– Oh! Vocês estão aqui! – a conversa foi interrompida pela jovem morena.

– Lara, bom dia! Não tinha visto você na cozinha, como passou a noite?

– Foi ótima. – lançou um olhar que só a loira entendeu o que a frese significou. Natsu olhou confuso para as duas, mas deu de ombros logo em seguida. – Ouvi que vocês irão embora logo. Por que não passam mais uma noite aqui? Hoje a noite terá lua cheia e a vista da varanda é uma maravilha!

– Nós não queremos incomodar-

– Qual é Lucy, vai ser legal! – disse Natsu alegremente. – E a comida aqui é ótima. – sussurrou a última parte.

A loira então concordou em ficar mais uma noite (mesmo se ela fizesse o contrário, seria obrigada a ficar de qualquer maneira).

•| ⊱✿⊰ |•

Com o passar do dia, Natsu e Lucy conversaram sobre absolutamente tudo, se esquecendo completamente da noite anterior. Entretanto, o que os dois queriam realmente dizer um ao outro acabou ficando para trás. Estavam naquele mesmo banco no jardim ao final da tarde, com apenas alguns poucos raios de Sol iluminando o céu. Conversavam sobre a casa em que ficaram hospedados, sobre sentir falta da guilda e até mesmo sobre o café delicioso daquele dia. Lucy tentava prestar atenção, mas uma perguntinha batucava em sua mente desde o dia anterior.

– Natsu, posso perguntar algo?

O rosado parou de tagarelar e encarou os olhos castanhos da maga.

– Claro... o que foi? – perguntou num tom confuso.

– Por que naquela tarde você me deu as flores?

O jovem não espera aquele tipo de pergunta tão de repente. Encarou a loira com os olhos arregalados e depois de um tempo pensando na resposta, conseguiu pronunciar algumas poucas palavras.

– Eu achei elas bonitas... assim como você. – desviou o olhar, sendo agora a sua vez de ter a ponta das orelhas vermelhas, junto com as bochechas.

Lucy demorou para associar as palavras, e demorou um pouco para seu cérebro perceber que aquilo fora um elogio. Natsu havia respondido com um sorriso no rosto, mesmo que ainda estivesse um pouco tímido. Ainda não sabia como responder propriamente o outro, então apenas sorriu fraco e deu um leve balançar de cabeça.

Não demorou muito para a noite cair. Os dois então foram em direção ao quarto, Lucy entrando primeiro para se trocar. Natsu faria o mesmo, mas sentiu um cutucão em seu braço que o fez parar no meio do caminho e virar o corpo para ver quem era.

– Ah, é o senhor...

– Esqueceu meu nome de novo? – o homem mais velho bufou. – Enfim, minha esposa disse que haverá lua cheia hoje certo? – Natsu concorda com a cabeça. – Então, meu rapaz, você sabe o que a maioria dos casais fazem enquanto observa a lua cheia?

– Não sei, nunca vi lua cheia com ninguém. – disse como se fosse o fato mais óbvio de sua vida, não se esforçando nem um pouco para pensa nas possibilidades.

– Você é lerdo assim mesmo ou foi algo que você comeu no café da manhã? – perguntou indignado. – Eles se beijam! É tão difícil assim ligar os pontos?

– Natsu? Está falando sozinho? – a loira perguntou se aproximando da porta.

– Não é nada importante Lucy! – disse tentando disfarçar.

O homem mais velho revirou os olhos e deu um leve tapinha nas costas de Natsu, o rosado ainda o ouviu dizer bem baixinho “agora ou nunca!”

Iria demorar um pouco até a Lua ficar totalmente no centro do céu, onde os dois conseguiriam vê-la da varanda do quarto. Lucy passou o tempo lendo um livro que havia trazido na viagem e Natsu estava assistindo à TV do quarto. Os dois estavam deitados na cama, e o rosado nem sequer conseguia prestar atenção ao programa que estava passando.

Estava pensando sobre o que o homem disse a ele antes de entrar no quarto, e isso o fez desviar seu olhar da televisão para Lucy. A loira estava bem concentrada em seu livro e parecia sequer notar a presença do garoto ao seu lado. Natsu, foi aos poucos aproximando sua mão da loira, que estava apoiada na cama. Chegou bem perto e encostou a ponta do indicador na suave pele da maga, e a mesma imediatamente desviou seu olhar do livro para as írises escuras do mago por alguns segundos. Sem nenhum indicativo de que se incomodou, juntou seus dedos, os deixando entrelaçados com os do outro.

– Eu não mordo. – ela disse dando um sorriso e voltando sua atenção no livro.

– Ainda bem... – respondeu meio sem reação. Não espera isso vindo de Lucy. Parece que a loira estava começando a demonstrar um pouco seus sentimentos.

Natsu não demorou muito tempo para dormir, até porque teve seu sono interrompido várias vezes nas últimas duas noites. Lucy por outro lado, estava interessada em ler mais algumas páginas do livro e apreciar a luz fraca da Lua. Quando o relógio marcou uma da madrugada, levantou-se da cama com calma para não acordar o outro e seguiu até a pequena varanda que o cômodo tinha.

Abriu a porta de correr que dava a vista para o jardim e procurou pela Lua que Lara parecia estar tão ansiosa sobre. Contido, era possível ver apenas algumas pequenas partes da mesma, as nuvens escuras cobriam grande parte dela. Mas isso não a impediu de continuar ali, ainda que sem a vista esperada, a brisa gélida que batia em seu rosto era confortável.

Depois de alguns minutos respirando o ar puro e gelado, olhou para trás e viu Natsu ainda dormindo. Seu sono provavelmente não viria tão cedo, então decidiu acordar ao rosado para lhe fazer companhia. Se aproximou e tocou a bochecha dele com leveza, não querendo assustá-lo.

– Nhg... – Natsu resmungou, ainda de olhos fechados. – Lucy...? – perguntou abrindo apenas um dos olhos.

– Sim, esperava outra pessoa? – sorriu fraco. – Pode se levantar um pouco?

– O quê? Aconteceu alguma coisa? Está passando mal? – sentou-se na cama em um pulo, segurando os braços da loira com preocupação.

– Passando mal? Não! Estou bem Natsu, só queria que você me acompanhasse.

– Mas isso eu já estou fazendo há quase três dias.

Lucy revirou os olhos com um sorrisinho nos lábios e segurou a mão do rosado para irem até a varanda. Para sua surpresa, a Lua tinha aparecido, tão bonita quanto tinha imaginado. Estava tão cheia e brilhante, era possível ver também pequenas estrelas ao redor dela. Ficou tão distraída que até esqueceu-se que ainda segurava a mão do Dragon Slayer. E Natsu? Não poderia estar mais feliz e envergonhado.

Seus instintos e todas as células de seu corpo suplicavam por apenas um gesto, um movimento para acalmar todo aquele nervoso e ansiedade que estava tomando conta de sua mente há um bom tempo. Se aproximou dela e a abraçou por trás, apoiando o rosto sobre o ombro da loira e sentindo o cheirinho doce do shampoo recém usado.

Lucy sentiu um arrepio nervoso correr por seu corpo, mas o calor do corpo do draconato era como o melhor calmante que poderia ter. Balançou rapidamente a cabeça e apoiou seus braços sobre os dele.

– Posso te perguntar algo? – Natsu sussurrou.

– Isso já foi uma pergunta. – Lucy riu baixinho e sentiu o rosado sorrir contra sua nuca. – Vá em frente.

Antes de mais nada, Natsu levou calmamente uma das mãos até o peito da loira, apoiando a palma ali e sentindo os batimentos cardíacos da maga que estavam tão acelerados quanto os seus.

– Eu estou aqui dentro? Do seu coração?

A loira no mesmo instante empurra o garoto. Mas também no mesmo instante percebe a idiotice que tinha feito. Parecia que iria enfartar, seu coração batia em uma velocidade jamais sentida pela loira.

– Me desculpe, Natsu. Eu não queria... – acabou se perdendo um pouco nas palavras.

– Você...? – perguntou esperançoso.

– Sim. Sim, você está. Feliz?  – Respondeu como se estivesse impaciente por receber a pergunta mais óbvia do mundo, mas a vontade de virou o rosto e se esconder no ombro do rosado era enorme.

Natsu riu baixinho, virando o corpo da loira para si e segurando o rosto bonito em suas mãos.

– Diz mais uma vez, agora olhando nos meus olhos. –Diz ele se aproximando cada vez mais seu rosto do de Lucy, até suas testas se encontrarem.

– Sim, você está. E com o tempo que passamos aqui percebi que gosto de você mais do que eu imaiginei. – explicou lentamente, levando suas mãos ao rosto do Dragon Slayer.

– Você sempre tira as palavras de minha boca.

O rosado dá um pequeno sorriso, seu rosto corado assim como o da loira. Ambos se aproximaram em silencio, aos poucos fechando os olhos até que a pequena distância entre eles não existisse mais. O beijo foi calmo, doce, tudo o que Natsu sonhou durante horas e horas de sua vida. Se afastaram com os rostos vermelhos, respirando pesadamente como se tivessem feito uma maratona pela cidade inteira.

– Parece que agora você está conseguindo demonstrar mais o que sente, não é?

Lucy o encarou com confusão, e então se lembrou de que havia dito a mesma frase naquela noite que havia se tornado tão especial para ambos.

– Você não estava dormindo na noite em que eu disse isso, não é? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

– Claro que não. – ele ri. – Mas podemos ir dormir agora, o que acha?

A loira sorriu mais uma vez e encostou o rosto no pescoço do rosado, o abraçando com força antes de se afastar.

– É claro, já faz tempo que não temos uma noite de sono completa.

•| ⊱✿⊰ |•

O homem iria começar a fumar o cigarro sofisticado, até que sentiu uma delicada mão se aproximando de sua boca e puxando o objeto para longe. Antes que pudesse reclamar, sentiu um par de lábios macios nos seus.

– Quantas vezes terei que dizer que fumar não é bom? – Lara comentou baixinho, fingindo estar chateada.

– Se continuar me beijando toda vez que coloco um cigarro na boca, vou começar a fumar trinta caixas por dia. – falou acariciando o rosto da esposa.

– Olhe lá aqueles dois. – ela apontou para os dois pombinhos que poderiam ser vistos pela janela dos mais velhos. –Eu não disse que eram um lindo casal? – concluiu orgulhosa, entrelaçando seu braço com o do marido.

– Talvez eles sejam mesmo um casal.

 

 

⊱ FIM ⊰


Notas Finais


Mais um vez, muito obrigada! Espero de coração que tenham gostado.
Um grande abraço e até a próxima!


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