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História Stockholm Syndrome - Dor


Escrita por: fuckinpcy

Notas do Autor


relou ~~
bem, pediram capítulos maiores, é o que eu vou dar u-u
talvez as atts demorem mais pq eu tive que juntar os capítulos já prontos pra ficarem maiores :')
boa leitura <3

Capítulo 5 - Dor


Fanfic / Fanfiction Stockholm Syndrome - Dor

 

Dor

 

A voz baixa de Chanyeol fez Baekhyun se afastar bruscamente, arregalando os olhos. Mesmo tendo uma noção de que aconteceria, Baekhyun não imaginou que Chanyeol realmente fosse acordar e vê-lo fazendo aquilo.

- N-Nada.

- Então sai daqui.

Chanyeol deitou-se de barriga para cima novamente, sentindo os olhos pesarem.

- Você está doente.

- E daí?

- Esse... Esse corte em sua nuca... Foi de quando você foi me salvar, não foi? Você bateu em algum lugar? Sangrou bastante e...

- Cale a boca.

Baekhyun não disse mais nada, apenas fechou sua boca, observando parado o maior deitado na cama. Por mais arrogante que ele fosse, Baekhyun percebeu que não estava bem. Seu subconsciente dizia que não devia se importar, e ele realmente tentava fazer isso, mas se tratava de algo sério, poderia ser uma doença realmente séria.

- Deixe-me fazer algo em agradecimento por ter me salvado daquele lago.

- Você não tem nada para me agradecer, eu não fiz isso por você, fiz por que você precisa estar saudável quando eu for te entregar. Foi um dos requisitos.

- Eu sei.

Silêncio. Nenhum dos dois disse mais nada.

Baekhyun saiu do quarto, indo até a cozinha. Colocou metade de uma panela de água para ferver. Arrumou um pano seco dentro do armário e molhou o mesmo com a água quente. Tirou o excesso do líquido e voltou para o quarto de Chanyeol, que dessa vez estava acordado, tocando a própria nuca, que provavelmente estava doendo bastante.

As orbes grandes do maior voltaram-se para Baekhyun, que tentou ignorar o olhar felino que era lançado sobre si.

- Vire de costas, por favor.

- Por que eu deveria?

- Eu vou apenas limpar essa mancha em sua nuca.

Chanyeol não confiava no garoto, mas fez o que lhe foi pedido.

Baekhyun, ainda trêmulo, aproximou-se do maior, passando o pano úmido contra o corte, e com isso, percebeu os músculos dele ficarem tensos. Continuou limpando a pele manchada, descendo o pano cada vez mais pela linha das costas de Chanyeol.

Impaciente, o Park arrancou de vez a regata de si, dando espaço livre para que Baekhyun terminasse de limpar a área. O menor, por sua vez, assustou-se com o ato repentino, mas passou a admirar a pele alva do maior, cheia de pintinhas delicadas, o que contrastava bastante com a personalidade do dono.

Ao terminar de tirar os resíduos de sangue dali, Baekhyun afastou-se consideravelmente, brincando com o pano entre suas mãos.

- Tome um banho frio agora, para ajudar a controlar a temperatura do corpo.

- Não acha que está mandando demais não?

- Não, eu sou apenas a vítima de um sequestro, nem sei porque estou fazendo isso. Você está quente demais, Chanyeol. A febre pode acelerar muito o coração, se não cooperar comigo e com si mesmo, pode ter uma parada cardíaca.

Depois de revirar os olhos, Chanyeol apenas levantou da cama, fechando numa batida forte a porta do banheiro. Baekhyun achou graça, lembrava-se de si mesmo quando era pequeno e estava doente, as empregadas cuidavam dele, mesmo sendo teimoso demais.

Saiu do quarto, indo procurar pelos armários e gavetas do local algum remédio, mas não achou nenhum. Bufou alto quando percebeu que não havia mais nada naquela casa além dos alimentos que Chanyeol havia lhe oferecido no café da manhã cheio de lactose. Fez o que pôde, esquentando leite e pão com queijo. Colocou tudo na bandeja prateada e foi para o quarto do maior, mas percebeu que a porta estava trancada.

Por algum motivo, sentiu-se decepcionado.

Baekhyun sabia que não devia estar preocupado com Chanyeol, na verdade, deveria estar desejando sua morte, odiando-o como odiava a tantas outras coisas naquele momento.

Entretanto, naquele momento, odiava aquela bandeja prateada. Odiava o queijo amarelado, odiava também aquele leite estúpido, odiava tudo que estava em suas mãos. Sendo assim, o barulho alto do estrondo dos alimentos e da bandeja chocando-se contra a parede ecoou no corredor longo.

Com um grito frustrado, Baekhyun chutou a bandeja que estava no chão, fazendo mais barulho ainda.

- O que porra você está fazendo?

Ambos se encararam, Chanyeol parecia perdido, não entendia como o menor parecia tão pacífico em uma hora e em outra tinha um olhar tão felino.

- EU QUERO QUE VOCÊ MORRA! – A voz de Baekhyun estava mais irritada do que nunca, seus olhos estavam vermelhos em pura fúria. As lágrimas vieram grossas e em grande quantidade.

- Baekhyun...

- EU TE ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO... – Baekhyun gritava chorava e soluçava alto ao mesmo tempo. Chanyeol realmente não sabia o que fazer, estava estático. - POR QUE VOCÊ TRANCOU A PORTA? EU NÃO POSSO CUIDAR DE VOCÊ? EU TE ODEIO, TE ODEIO MUITO, SEU GRANDE FILHO DA PUTA!

- Eu... Você é louco, Baekhyun? – dessa vez, o maior não tinha tom de repreensão algum ou até mesmo sarcasmo na voz, estava mesmo em dúvida sobre Baekhyun. Talvez ele fosse algum bipolar ou qualquer coisa parecida.

Baekhyun ficou em silêncio. Encostou-se a uma das paredes e continuou chorando, mas silenciosamente. Encarava o chão, tapando a boca para que os soluços não saíssem altos demais.

- P-por que você... Trancou a porta?

Chanyeol franziu o cenho, esfregando uma de suas mãos em seu rosto.

- Eu estava me trocando, Baekhyun. Você disse que eu deveria ir tomar um banho, eu fui, depois fui me trocar. Há algum problema em querer privacidade para isso?

Em menos de dez segundos, o choro de Baekhyun cessou, e ele voltou seu olhar para encarar o rapaz alto que agora vestia outra regata preta, acompanhada de uma calça de moletom cinza.

- Então... Eu posso cuidar de você?

- Por que diabos você quer cuidar de mim, hein?

Baekhyun não tinha uma resposta, ele apenas achava que devia cuidar de Chanyeol, talvez pelo fato do mesmo tê-lo salvado naquele dia.

- Por que eu gosto de cuidar das pessoas.

- Mesmo que essa pessoa possa te matar a qualquer momento, sem ressentimento algum, por que pra ela, você não vale mais que uma nota de cem dólares?

Antes era uma barata, agora é uma nota de cem, estou evoluindo. Pensou Baekhyun.

- Por favor, apenas deixe-me fazer isso.

Com receio de que o garoto tivesse outro ataque bipolar daquele, Chanyeol balançou a cabeça em concordância.

Com um sorriso um tanto assustador, Baekhyun suspirou, indo até Chanyeol. Tocou os ombros do maior, fazendo uma careta ao perceber que, mesmo depois do banho, ele continuava quente e pálido.

- Chanyeol, vá se deitar, eu vou refazer algo para comer.

E, atordoado, Chanyeol observou o garoto baixinho andar pelo corredor, descendo as escadas.

- O que... Qual o problema dele? – sussurrou para si mesmo, voltando para a cama.

 

 

×

 

 

Era por volta de três da manhã quando a febre de Chanyeol aumentou. Baekhyun encontrava-se sentado na ponta da cama do maior enquanto molhava mais compressas para espalhar pelo corpo alheio, coberto até o pescoço.

A cada momento que passava, Chanyeol tinha a certeza que Baekhyun era louco, ninguém em sua sã consciência cuidaria de um cara que iria lhe matar caso o dinheiro não estivesse em suas mãos no dia seguinte.

- Chanyeol, você sente muito frio?

Baekhyun perguntou em desespero, não sabia mais o que fazer para baixar aquela febre, as compressas não estavam fazendo mais efeito.

- Baekhyun, vá dormir.

- Eu já vou, assim que sua febre passar, eu vou.

Chanyeol revirou os olhos, era a quinta vez que Baekhyun dizia aquilo, mas nunca ia. O rapaz mais alto queria, realmente queria achar a companhia do menor irritante, mas na verdade, ele sentia uma sensação que nunca havia sentido antes. A sensação de que alguém se importava consigo, mesmo sabendo que Baekhyun o odiava e estava fazendo aquilo para não ter o peso na consciência de ter alguém doente em suas costas.

- Baek, descanse, está bem? – o maior não sabia de onde havia tirado tanta bondade com aquele baixinho, mas achou que deveria, era sua forma estranha de retribuir os cuidados de Baekhyun.

O Byun ficou um pouco desnorteado com o apelido. A mente do baixinho já não estava como antes, algo estava errado.

- Chan... – sua voz era calma, não havia mais o medo ou a raiva. Chanyeol franziu o cenho ao sentir os dedos macios de Baekhyun dedilharem seu rosto.

O olhar de um encontrou o do outro, Chanyeol tentava desvendar as próximas ações de Baekhyun. Baekhyun admirava silenciosamente cada traço daquele rosto, passando os dedos pelas têmporas alheias, para em seguida descer mansamente para a mandíbula, traçando o formato bem desenhado. O polegar de Baekhyun foi parar nos lábios cheinhos e ainda pálidos de Chanyeol. Admirava aqueles lábios com todas as suas forças, passara a querer tocá-los, mas apenas com os dedos não era o suficiente.

Baekhyun inclinou-se num ato mais rápido, colando seus lábios com o de Chanyeol.

 

 

×

 

 

 

 

Nenhum dos dois sabia exatamente como aquilo havia chegado à tais proporções, mas sabiam que não queriam parar.

Aquele selar não durou muito tempo, pois, incrivelmente, Chanyeol levou uma de suas mãos até o rosto de Baekhyun, passando a língua levemente pelos lábios finos do menor, num pedido mudo para que aprofundassem o beijo.

Baekhyun não negou, sentiu-se fraco por não conseguir resistir ao músculo molhado e quente de Chanyeol percorrendo sua cavidade bucal, mas sentia seu corpo amolecer naquela briga de saliva. Os lábios do maior já não estavam ressecados, estavam macios e úmidos o suficiente para que Baekhyun pudesse sugá-los ora ou outra.

Chanyeol não tinha certeza sobre o que fazia, na verdade, ele só tinha dúvidas. Algumas vezes, acabava se aproveitando, sim, de suas vítimas, mas com Baekhyun parecia diferente. A boca de Baekhyun parecia ser mais leve e quente, passando vibrações por todo seu corpo, como numa corrente elétrica.

O chocar das línguas fez os músculos de ambos amolecerem. O corpo de Baekhyun parecia tão febril quanto o de Chanyeol, não sentia borboletas no estômago, mas sim um bando de mariposas gigantes, fazendo seu interior embrulhar-se num misto de ansiedade e excitação.

Os dedos de Chanyeol subiram lentamente pelos fios da nuca do menor, enquanto seu braço livre fechava-se ao redor de sua cintura, trazendo-o para cima de si. A epiderme de ambos estava arrepiada com os toques que iam sendo aprofundados a cada segundo.

Baekhyun passou uma de suas pernas pelo quadril de Chanyeol, apoiando os joelhos em suas laterais. As bocas se chocavam num beijo intenso e afoito, as mãos do maior pareciam agoniadas para apertar o que podiam das coxas fartas de Baekhyun, e quando o fez, o menor separou o beijo bruscamente, saindo de cima de si num ato rápido e desengonçado.

Olhares confusos, corações acelerados e respirações ofegantes.

Antes mesmo que Chanyeol tentasse dizer algo, Baekhyun já havia saído correndo do quarto.

O Park não sabia explicar o que lhe levara a aprofundar os toques de tal forma, e para evitar conflitos internos, resolveu colocar a culpa na aparência atraente de Baekhyun.

Não conseguiu dormir pelo resto da madrugada, então Chanyeol resolveu descer e tentar se distrair na sala, mas ao chegar lá, encontrou Baekhyun sentado em posição fetal, o menor encarava o noticiário da madrugada, e o Park percebeu que o baixinho chorava incessantemente enquanto assistia aquilo.

O noticiário tratava-se de um relato de sequestro.

"Há quase três dias, o filho do governador Byun Daejoon estava desaparecido, mas fontes informam que é um caso de sequestro.

Há meses, vêm ocorrendo relatos de sequestro por toda a Ásia, a maioria concentrando-se na China, e um desses relatos foi o da família Zhang. Zhang Yian, de vinte e dois anos, foi encontrada com o corpo carbonizado numa área do interior chinês.

Algumas denúncias anônimas afirmam ser uma dupla. Um dos indivíduos fora identificado por uma das vítimas sobreviventes como Park Chanyeol, mas o ‘cabeça’ ainda não foi identificado.

Esse é Byun Baekhyun, se alguém vê-lo ou tiver notícias do garoto, por favor, entre em contato com a polícia de Seul."

 

- Baekhyun?

Um grito sôfrego ecoou pela sala, e logo o choro descontrolado.

Chanyeol, pela primeira vez, não gostou de ouvir uma de suas vítimas chorando. Não pelo barulho que Baekhyun fazia, mas ver aquela criatura frágil afogando-se em suas próprias lágrimas fazia Chanyeol sentir-se estranho.

- Daqui a pouco eles vêm te buscar, Baekhyun. O prazo está quase no fim.

Baekhyun levantou-se lentamente do sofá, limpando seu rosto. Virou-se para o maior atrás de si, soltando uma risada sarcástica.

- Você é desprezível, Park Chanyeol.

O mais alto franziu o cenho, travando o maxilar. O que diabos estava acontecendo agora? Não sabia lidar com as mudanças de humor de Byun Baekhyun.

- Sério, você é alguém que... Não, espere, você não é “alguém”, você é um ninguém repugnante e odiável. Sabe porque as pessoas não passam muito tempo ao seu lado? Por que você nasceu para ser abandonado por todos. Alguém já te amou pelo menos uma vez na vida? Você não tem medo de morrer sendo esse lixo que é para as pessoas ao seu redor? Ah, é. Você não tem ninguém ao seu redor e...

Chanyeol interrompeu as palavras de Baekhyun com um soco bem em sua boca, abrindo uma ferida feia no lábio inferior do menor, que só voltou a chorar com a dor.

- Escuta aqui, Byun Baekhyun, eu sou alguém sim, e algum dia alguém vai me amar do jeito que eu sou! Você não tem o direito de me julgar, nunca vai passar pelas merdas que eu já passei, então cala a porra da sua boca e pensa dez vezes antes de vir cuspir essas coisas na minha cara.

Baekhyun definitivamente havia tocado no ponto fraco de Chanyeol.

O ponto fraco de Chanyeol era a verdade.

Aquela verdade cruel que tanto queria evitar, aquela que dizia que ele terminaria sozinho, sem ninguém. Desde que era adolescente, já havia aceitado aquilo, mas quando as palavras eram proferidas pela boca ousada de Baekhyun, pareciam doer muito mais.

Uma dor que há anos ele não lembrava como era senti-la.

O lábio de Baekhyun agora sangrava, o sabor ferroso o assustava, e o baixinho chorava ainda mais, passando os dedos pela carne machucada.

- Ch-Channie... – chamou em um tom baixo, mas o maior não se comoveu, apenas mostrou o dedo do meio e virou-se, voltando para seu quarto onde se trancou pelo resto da manhã.

Não é exagero dizer que Baekhyun não tinha mais controle sobre sua mente e principalmente emoções, pois quando elas vinham, era com força total, fossem benéficas ou não. Com o rosto encharcado e o lábio em tom carmesim, correu para o banheiro mais próximo, que era o do corredor do primeiro andar.

Com o que lhe restava de forças, fechou a mão num punho e avançou no espelho, quebrando uma parte dele. Baekhyun encarou ali o seu reflexo, estava deplorável, as olheiras se destacavam na pele alva, os fios severamente bagunçados.

 Um dos estilhaços que havia caído no chão foi o suficiente para que o Byun tivesse uma recaída violenta. Alcançou o objeto cortante e mordeu o lábio com força antes de deslizar a ponta afiada sobre a epiderme alva, abrindo-a num corte horizontal.

Céus, há anos Baekhyun não sentia o alívio que era ter a tez rasgada, fazendo jorrar o líquido quente que pingava na cerâmica.

Estava cansado, tão exausto e desgastado... Por que seus pais não mandavam ninguém pra lhe tirar dali? Sabia que sua família tinha dinheiro suficiente para fazer isso, então por que essa demora toda?

O sexto corte consecutivo já não doía mais, as lágrimas salgadas pingavam em sua pele, seu lábio não estava diferente, a ferida do soco que Chanyeol dera mais cedo ainda estava aberta.

Baekhyun nunca esteve tão perdido.

 

 

×

 

 

Chanyeol passou a manhã trancado em seu quarto, não deu a mínima sobre o barulho de coisas quebrando no primeiro andar, ignorou também aquele nó desconhecido em sua garganta, sabia que era um choro entalado, mas há tempos não chorava, então enfiou seu rosto debaixo do travesseiro, fechando os olhos com força. Tentava fugir do seu passado, mas era inevitável lembrar-se.

 

- Chanyeol! Tem uma família muito legal querendo te adotar!

O garotinho arregalou os olhos naturalmente grandes, sorrindo abertamente. Finalmente teria uma família, uma que talvez durasse mais tempo.

- Venha, vamos conhecê-los.

Chanyeol não perdeu tempo, levantou-se de sua cama com toda a energia que era permitida a uma criança de oito anos de idade. Pegado à mão da senhora Kim, entrou na sala de visitas do orfanato. Lá, havia um casal, uma moça estatura baixa, jovem, cabelos curtos e roupas claras e compostas. Já o homem era alto, usava roupas escuras e de ar intimidador.

Chanyeol ficou feliz, eles eram bonitos, gostava da ideia de ter uma família bonita.

- Esse é o garoto Park Chanyeol, de oito anos. Tudo o que vocês precisam saber sobre ele, está na ficha que receberam quando chegaram. – disse a senhora Kim, acariciando os fios negros do Park.

- Olá, Chanyeol! Eu sou Kang Soyeon, esse é meu marido Jung Taeho e você será nosso garoto. Seremos uma família!

Os olhos do pequeno brilharam em animação e em menos de trinta segundos, Chanyeol já estava agarrado ao casal, dizendo o quão obediente seria.

Ao chegarem ao casarão do casal, sentaram-se no sofá espaçoso da sala de estar.

- Bem, Chanyeol... Nós o adotamos porque eu... Eu não consigo ter um bebê, sabe... – a mulher começou, suspirando. – Mas como queríamos muito um filho, resolvemos adotar, e você me pareceu ser a criança mais bonita dali, então o escolhemos. Você pode nos contar um pouco da sua história?

- Aigoo! Eu? O mais bonito? Obrigado! – riu, sem graça. – Ah, eu fui deixado no orfanato quando era um bebezinho, sabe? Daí quando eu tinha três anos, um casal me adotou. Era bom no começo, mas a moça me batia muito, e doía... Aí me levaram para o orfanato de novo. Quando eu tinha cinco, me adotaram de novo, mas não gostaram de mim e me devolveram... E agora estou com vocês! E vocês não vão me abandonar também, não é?

O casal se entreolhou, pareciam um pouco chocados, mas logo o homem adicionou:

- Não, Chanyeol. Não o abandonaremos.

E repetiram isso por dois anos.

Bem, depois disso, o abandonaram.

Não como as outras famílias, mas Soyeon conseguiu engravidar, e o bebê tomou toda a atenção do casal.

Chanyeol nunca se esqueceu do seu aniversário de dez anos, foi horrível, ninguém lembrou, ninguém se importava. Então, o garoto fez o que achou mais sensato, foi embora.

Não voltou para o orfanato, seu coração o dizia que sempre seria abandonado. Até os treze anos, morou na rua, aprendeu o que era passar frio e fome, mas teve a ajuda de um garoto pouco mais velho que si, chamado Yifan, que também era morador de rua. Sustentavam-se de roubos, as coisas eram leves de início, assaltavam velhinhas caducas, lojas de doces, etc. As coisas foram tomando rumos mais pesados, e na idade adulta, já faziam assalto em mão armada, homicídios e sequestros.

E Chanyeol nunca mais foi abandonado, não por que alguém se importava consigo ou coisa do tipo, mas porque parou de confiar nas pessoas, parou de apegar-se à elas, parou de decepcionar-se.


Notas Finais


gente, eu não sei se vcs tem esse problema também, mas eu tava conversando com a pcyfuck no kkt e ela concordou
tipo, pcy é meu utt né, mesmo chanbaek sendo meu otp supremo rainhas sagrado religião da minha vida, eu shippo chanyeol com todo mundo, se pá shippo o viado até com a inês brasil rainha ~
já o baek eu não shippo com nINGUÉM, MORRO DE CIÚME, SEBAEK PRA LONGE DE MIM AMEM DKFNDKNGKFG
VOCÊS SÃO ASSIM COM ALGUM SHIPP OU CHANBAEK MESMO?


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