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História Ácidos e Bases - O retorno da serpente


Escrita por: Misukisanlover

Notas do Autor


1° MÊS DE ÁCIDOS E BASES!!!

Gente como eu estou feliz. Acreditem, nunca fiquei tanto tempo animada com uma fanfic, geralmente o êxtase acaba no segundo capitulo e eu começo a escrever por obrigação, mas essa estória está me surpreendendo. Espero que a vocês também, porque eu estou me esforçando.

Postar na semana santa é pedir pra flopar, todo mundo viaja, mas não dava mais para adiar esse capitulo GOSTOSO - Literalmente - porque eu já estava ficando louca de tanto escrever.

Fiz um tumblr para nossa querida fic e vou deixar o link em baixo. Percebam que mudei o estilo das capas porque quero apresentar meus personagens deliciosos nelas sutilmente, tava dando muito trabalho fazer aquelas lá.

Sem mais delongas.
Boa leitura.

Capítulo 7 - O retorno da serpente


Fanfic / Fanfiction Ácidos e Bases - O retorno da serpente

Capitulo 6 - O retorno da serpente

 

Os passos de Sehun eram curtos, pesados e vagarosos. Quanto mais ele se aproximava mais tenso os dois ficavam.

O vampiro não tinha dúvidas de que aquele era seu filho gentil, mas quando olhou nos olhos do rapaz, percebeu que ele estaria disposto a negar até o fim. Sehun sorriu largamente.

- Lembra-se da primeira noite que eu visitei você? – Ele perguntou se ajoelhando e ficando cara a cara com Kang-woo – você era um garoto, mudo que só falou quando eu o deixei envergonhado demais... Você continua lindo... – Sehun tocou nas bochechas do menino.

- Me solte seu monstro! – O desprezo do garoto surpreendeu Sehun que se levantou e o encarou com injuria – Eu não sei do que está falando! – Kang-woo apertou a mão de Josephine e a escondeu atrás de si – nos deixe em paz.

- Acho melhor você explicar para ele, Rose – Sehun disse olhando nos olhos da menina – Não quer matar o seu próprio amigo, quer? A partir de amanhã o seu desejo por sangue humano só irá aumentar, não creio que a companhia de um menino como ele seja boa para você, você sabe disso.

- Do que ele está falando, Josephine? – Kang-woo olhou para Josephine assustado.

- Você pode não acreditar, mas agora eu não faço mais parte do seu mundo, eu estou morta, meu coração não bate mais Kang-woo, minha vida acabou quando meus pulmões puxaram oxigênio pela última vez naquele banheiro, não poderemos mais ficar juntos, mesmo que eu goste de você, logo outras coisas falarão mais alto do que meu amor por você, eu vou representar perigo, e nunca irei me perdoar se eu lhe matar. Apenas me deixe ir...

- Eu não entendo – O menino apertou as mãos da menina com mais força.

- Eu sou uma vampira agora.

O menino soltou as mãos de Josephine, o olhar que ele lançou para ela foi de decepção misturada com mágoa. Josephine engoliu em seco, não queria chorar na frente dele, não naquele momento. Ela respirou fundo ergueu a cabeça e olhou para Sehun assentindo. Ela iria com ele, já havia se envolvido demais, jamais voltaria a ser uma criança normal, nunca mais brincaria com Kang-woo, cairia com ele ou fingiria que não sabia andar de bicicleta só para ganhar uma carona dele.

Josephine havia se tornado uma assassina.

- Você me odeia? – Sehun perguntou enquanto se afastavam do garoto que havia ficado de joelhos chocado demais para protestar, para ir atrás da amiga.

- Não te odeio – Disse sincera – você só quer ter sua família de volta, aquela que arrancaram de você. Parece-me que você só está querendo fazer justiça, não foi certo me usar para isso, mas eu não te odeio.

Sehun sorriu e continuou caminhando. Mais uma vez, ele soubera ler a alma de uma pessoa. Ela seria uma irmã e mãe perfeita para os outros. Ele olhou para trás na esperança de ainda poder ver Luhan, aquele reencontro havia lhe deixado perturbado apesar de não ter deixado transparecer. Luhan era o seu melhor filho, nunca lhe traiu, mas também nunca lhe orgulhara, era tão meio termo quanto Kai, mas... Ele não entendia porque ele insistia em dizer que não era Luhan, porque ele teria motivos para fingir ser um humano?

Ou será que pela primeira vez em trezentos anos os extintos de Sehun estariam errados? Será que seria possível um humano se parecer tanto com seu filho? Não... Não era algo que ele gostaria de cogitar, não gostava nem de pensar na ideia. Precisaria dar um jeito de fazer Luhan confessar que estava fingindo ser humano.

- Está sério – Josephine falou apertando a boneca com mais força, Sehun olhou para ela, ela nem mesmo olhara para ele para dizer que ele estava sério – desde que encontramos Kang-woo. Quem é Luhan?

- Meu filho que devia ter morrido na mesma época que eu.

- Você acha que Kang-woo é ele?

- Eu... Não sei... – Ele confessou com o olhar perdido – toda aquela coversa dele acabou me deixando confuso. Não sei de verdade...

A voz de Sehun sumiu e ambos não falaram mais nada enquanto caminhavam para o esconderijo.  

 

***

 

A equipe bizarra estava a todo vapor. Todos estavam tentando ter uma ideia brilhante para o próximo programa, a lenda do sangue negro já iria ao ar no dia seguinte. Taemin nunca achou que aquele trabalho fosse ser útil para alguma coisa, ele pediu que JongHyun lhe contasse com todos os detalhes sobre o que sabia sobre o sangue negro, o Sherlock estranhou, mas apenas lhe disse tudo.

Um sangue que se alimentava de outro sangue, finalmente Taemin podia compreender a sua ‘anemia’. Ele nunca adivinharia que aquilo vinha de um significado completamente sobrenatural. Todos estavam entediados, sem nenhuma ideia boa para o próximo programa, quando Taemin resolveu procurar alguma coisa sobre vampiros na internet.

Nas primeiras pesquisas, era óbvio que não achou nada que de fato fosse de grande utilidade. Havia lendas de todos os tipos na internet, mentiras de todos os tipos. Foi então que Taemin lembrou que Jong In havia falado sobre clãs. Que ele era um lobo e que havia mais seis clãs.

Ele pesquisou: Vampiros e os sete clãs.

Não apareceu nada de útil novamente, apenas algumas coisas de animes japoneses. Frustrado ele resolveu perguntar para JongHyun se ele sabia de alguma coisa.

- Sherlock! – Jong tirou os olhos do computador para dar atenção a Taemin – Naquela pilha de livros velhos que tem naquela sala horrorosa ali tem algum livro sobre vampiros?

- Vários – Ele falou como se fosse óbvio – nosso programa costumava ser privilegiado, tinha muita audiência, o patrão investia pesado nele, ainda deve ter muitos livros bons.

- Tem alguma coisa a ver com Vampiros e sete clãs?

- Sete clãs?

- É, tipo uma divisão de raças de vampiros.

- Hum... – JongHyun coçou o queixo -... Talvez... Tinha uns três livros, eles eram bem antigos mesmo. O chefe comprou em um leilão, pelo que me lembre era sobre vampiros que tinham suas raças ligadas a animais. Tinha um livro sobre Raposa outro sobre Serpente e o último sobre Lobo.

- É esse mesmo que eu quero ler.

- Bom... – JongHyun levantou as sobrancelhas-... Tem toda a minha permissão para procurar, só não sei se vai realmente achar alguma coisa.

Taemin respirou fundo e pensou realmente em comprar uma mascara de oxigênio antes de ir procurar alguma coisa naquele entulho que era a sala de entrada, mas percebeu que perderia tempo. No canto sujo da sala – o mais sujo, quero dizer – ele viu uma pilha de livros, alguns estavam até molhados por conta de uma goteira próxima dali. Ele colocou uma mão no nariz para abafar o cheiro forte de mofo e insetos mortos e com a outra jogou os livros que não lhe interessavam para o lado.

Haviam muitos livros bons, era verdade, mas muitos já estava extragados por falta de cuidado. Ele imaginou como seria encontrar os três livros completamente desintegrados. Ele passou uns quinze minutos escavando a pilha de livros velhos – a essa altura ele já estava quase desmaiando com o cheiro forte – até que achou um deles. Ele até pensou em continuar a procurar os outros, mas o cheiro não ajudava, ele pegou o livro velho e grosso e saiu correndo com ele para dentro da sala.

Assim que fechou a porta todos colocaram a mão no nariz.

- Puta que pariu, Pinóquio – Jinki colocou a mão no nariz – que cheiro de mofo horrível.

- Eu sei, mas pelo menos eu consegui – Taemin tirou a camisa e se sentou na cadeira, estava com falta de ar e soando bastante. Quando recuperou o fôlego colocou o livro velho em cima da mesa.

Tentando narrar o estado lamentável do livro antigo, ele estava mais ou menos assim: A capa era de couro desbotado e corroído nas pontas. As folhas estavam amareladas e se não pegasse com cuidado elas se quebravam – literalmente faziam crack e quebravam – as letras eram feitas a máquina de escrever. A capa tinha um símbolo que pareceu um dia ter sido folheado a ouro em forma de serpente.

Taemin lambeu o lábio inferior e abriu o livro com cuidado.

Havia notas fixas do autor:

Há exatamente um ano entrevistei um vampiro e essas escrituras estão de acordo com todos os conhecimentos que ele tinha sobre os mitos mais antigos sobre os vampiros.

Não quer acreditar? Não acredite, é melhor para mim e para você, não pretendo ser responsável pelo pânico geral ao descobrirem que tudo que narrarei é real.

São sete livros. Três representando os Ácidos (Lobo, Raposa e Serpente), outros três representando as Bases (Coruja, Coelho e Fênix)e por último o livro sobre os Ursos, este para mim o mais assustador de todos.

Ao adquirir um exemplar como esse, saiba que a linguagem aqui falada é erudita, pois assim o vampiro me narrou os detalhes.

Espero que gostem.

Pelo que Taemin havia entendido, era um aviso fixo, todos os sete livros tinham a mesma coisa escrita antes de começar.

A escrita realmente era muito difícil, para Taemin entender um pouco da introdução teve que ficar com o dicionário online aberto. Entendeu que antigamente havia sete tribos de vampiros escondidas em um espaço desabitado pelos humanos, afastado das cidades. Dois trios de tribo eram inimigos e a outra era completamente neutra. Entendeu que todo humano tem uma vocação para ser de uma das sete tribos, ter um poder vocacional e outro oculto, aquele que dificilmente o vampiro vai ter coragem de usar.

Tudo isso Jong In já havia avisado para ele. A parte complicada mesmo foi começar a ler sobre a Serpente.

“Serpente.

A aura que usurpa todo o ser.

Veneno que com a mais ínfima das falhas pode estraçalhar a alma que paira sobre ele.

A hamartía que pode destruir a existência de todas as estruturas do intelecto humano, e com a maestria pode transcendê-la ao extraordinário”

- Vocês entenderam alguma coisa? – Taemin perguntou e todos ficaram com os olhos exprimidos tentando pensar em algo que tivesse a ver.

- Bom... – O Sherlock começou a falar – Eu entendi que o veneno da serpente pode destruir uma alma com apenas uma pequena falha, mas o resto me parece completamente sem sentido – Os outros dois concordaram – Esse livro tem uma escrita muito difícil, você teria que falar com um especialista, isso daí pode ter mil e um significados – Taemin suspirou e fechou o livro antes que a folha se quebrasse em suas mãos.

 

***

 

Amber foi obrigada a dar remédios para Kang-woo conseguir adormecer.

Ela levou o menino até o quarto de Josephine e o fez deixar na cama dela. O menino não dormia a três dias – desde que a mãe e Josephine faleceram – e ela estava ficando preocupada, de jeito nenhum ela o deixaria ir para casa sozinho naquele estado. O menino nem banhar não queria, estava deprimido, não falava, apenas ficava olhando fixamente para algum objeto. Taemin estava estranho do mesmo jeito só que a diferença é que ele estava compreensivo demais. Ela não entendeu nada quando ele saiu do hospital e se conformou com o sumiço da prima, deixando que as autoridades procurarem. Ele até pediu desculpas para Jong In, aquilo sim era milagre.

Amber vestiu uma camisa do primo no garoto e lhe deu um remédio para que ele conseguisse dormir, deitou ele na cama e pediu que ele apenas fechasse os olhos, esquecesse do mundo e que estava dentro do quarto da sua melhor amiga. Beijou a testa daquele rapazinho bonito enquanto ele já começava a fechar os olhos.

- Eu vou cuidar de você – Kang-woo olhou para Amber de soslaio – vou conseguir a sua guarda... Não vou deixar que você vá para um orfanato... Você quase morava comigo mesmo – Ela sorriu – todos os dias tomava café e almoçava aqui... Às vezes até dormia. Você gostava?

Ele assentiu.

- Que bom – Ela beijou a testa do menino novamente – durma – Ela caminhou até a porta e a fechou vagarosamente – Vou levá-lo em um médico, ele tem uma pele quase fria... – Ela suspirou e olhou pela brechinha da porta, o menino já estava dormindo.

A campainha tocou.

Amber desceu rapidamente as escadas e quando abriu a porta olhou para seu carteiro e legista não formado favorito. Minho abraçou a mais nova com força, do mesmo modo que vinha lhe abraçando desde a morte de Josephine e respectivamente o sumiço de seu corpo.

- Tem alguma notícia do corpo de Josephine? – Perguntou olhando nos olhos dela.

- Não... – Ela fechou os olhos se sentindo confortável com as mãos de Minho apalpando seu rosto, gostaria que a primeira pergunta dele tivesse sido outra -... Minho... Beije-me – Ele se surpreendeu, nos últimos três dias havia se aproximado de Amber como nunca tinha feito, mas não se sentia seguro para tentar beijá-la, ela estava magoada demais, ele não sentia que era o momento -... vamos... Beije-me.

Minho pressionou os lábios contra os lábios finos e macios de Amber. Pensou em ser o mais delicado possível, mas Amber fez o beijo ficar mais urgente, poucos segundos depois e ele já sentia a mais nova mordendo seus lábios.

- Calma... – Ele sussurrou rindo entre o beijo, Amber se afastou e sorriu -... Porque está com essa pressa? É o nosso primeiro beijo, sabia?

- É exatamente por isso. Estou com fome de você – Ela ficou com as bochechas vermelhas imediatamente – quer saber, eu já tenho vinte e oito anos, não tenho tempo para pudor de menina de dezesseis. E você vai fazer trinta então... – Ela mordeu o lábio inferior e tirou a própria camisa. Minho abriu a boca estarrecido – Eu dou cinco segundos pra você me colocar no colo e me levar até minha cama – Ele arregalou os olhos – sem fazer barulho, Kang-woo está dormindo. Um... Dois... Três...

Minho não perdeu nem mais um segundo. Tirou a camisa e colocou levantou Amber no colo, ela entrelaçou as pernas em sua cintura e os dois seguiram se beijando até chegar ao quarto. Quando chegaram à porta dele, Minho acabou deixando Amber escorregar ao tentar abrir a porta. Os dois riram da situação e continuaram se beijando até entrar no quarto. 

- Sem barulho – Ela sussurrou – O sono do Kang-woo está levíssimo.

- O barulho vai depender de você – Ele sussurrou em seu ouvido enquanto desabotoava o sutiã – Antes de começarmos, posso saber por que isso agora? Eu achei que estava muito sensível por conta da... – Amber colocou o dedo indicador sobre os lábios do mais velho.

- Eu quero esquecer um pouco disso e amar você, não posso? – Minho sorriu – Está com medo de olhar para mim? – Perguntou enquanto colocava as mãos abertas dentro da camisa do mais alto.

- Ainda não é hora de admirar você... – Ela levantou a camisa dele e passou pelo pescoço para tirar, jogou em qualquer lugar e beijou os lábios de Minho novamente – Eu me livro da minha calça e você se livra da sua – Ele disse com urgência.

Os dois se viraram de costas um para o outro e tiraram a peça que cobria a parte inferior do corpo. Amber terminou primeiro, caminhou até ficar de frente para Minho e o empurrou para cima da cama. Ele estava de olhos fechados quando ela tirou a calçinha e sentou em cima de seu corpo seminu.

- Pode abrir os olhos, Minho.

Assim que ele abriu, seus olhos ficaram sem expressão. O corpo branco e nu sobre si era o mais belo que ele já tinha visto em toda sua vida. Ela era a mulher perfeita, aquela que ele idealizara por anos, ou melhor... Era muito melhor do que aquilo que havia idealizado.

- Você é linda... – Ele sussurrou tocando na clavícula da amada e descendo as mãos até os seios, cobriu os dois com as mãos em forma de concha e se sentou. Ela continuava ali em cima dele, agora com as pernas entrelaçadas em sua cintura olhando com serenidade para os olhos negros do mais velho – sabe quantas vezes eu imaginei como isso ia acontecer?

- Prefiro não saber – Confessou – eu era safada?

- Um pouco – Amber parou de sorrir, fechou os olhos e olhou para o teto. Sentiu a excitação começar a causar formigamentos em sua intimidade, até porque o membro de Minho já estava com volume considerável dentro da peça íntima – Eu não sei se lembro como é fazer sexo – Ela riu de si mesma e olhando com sinceridade para Minho – quando fiz não foi por amor, foi por prazer e acabou nem sendo o que eu imaginava.

- Está dizendo que me ama?

- Não – Ela falou com sinceridade – Estou dizendo que gosto mesmo de você. Amor? Vamos ver.

- Eu tenho tanta sorte... – Ele sussurrou enquanto ela tocava em seu abdômen definido. Os olhos dos dois se encontraram – eu faria uma promessa de amor agora, mas infelizmente ia soar como uma forma de conseguir fazer sexo com você.

- Ia mesmo. Deixe para falar depois – Ela colocou as mãos nas bochechas bronzeadas de Minho e ele se levantou com ela sentada em seu colo. Trocou de posição e a deitou na cama – Posso? – Ele perguntou olhando para a intimidade da mais nova. Ela assentiu um pouco tensa.

- Ai... Meu... – Ela fechou a boca com a mão se lembrando da sua própria exigência.

Não lembrava que era eletrizante daquela forma, não lembrava que lhe causavam tantos arrepios, quanto mais a fundo ele massageava, mais força ela colocava para apertar os lençóis. A língua dele não parava quieta, fazia movimentos circulares e retos, todos lhe causando profundos arrepios, ela gemeu relativamente alto enquanto sentia tudo dentro dela pulsar em excitação. Ela não aguentou mais a provocação quando Minho roçou os dentes por seu clitóris.

- Pare... – Ela sussurrou com os cabelos pregando em sua testa -... Vou acabar gozando antes de você entrar.

Minho ficou em cima de Amber e olhou em seus olhos.

- Ainda não – Ele sussurrou – vou colocar a camisinha, mas primeiro preciso sentir você – Ele esperou que ela brigasse, mas ela concordou. 

Minho beijou sua amada com urgência enquanto massageava a entrada da intimidade de Amber com seu membro. Pouco depois ele começou a penetrar devagar, não sabia o quanto aquilo estava sendo doloroso para ela mesmo não sendo mais virgem, esperou que ela lhe guiasse e ela o fez. Ela mesma apertou mais o corpo contra o dele fazendo com que ele viesse mais rápido, ele não protestou apenas seguiu as orientações de bom grado.

Ele soltou um suspiro de excitação, aquela realmente era uma sensação diferente. Ela era diferente de tudo o que ele já havia feito, sentido. Parecia que quanto mais Minho tentava controlar sua excitação mais Amber se movia debaixo dele. Ele apertou as mãos nas costas suadas da mais nova e começou a fazer movimentos de vai e vem. Entrando e saindo cada vez mais rápido, quando ele estava sentindo que ia mesmo chegar ao clímax, Amber o fazia ir mais devagar.

E assim continuou, em completa harmonia. Parecia ser os minutos que eles passaram mais tempo calados juntos, e foi muito bom.

Tão bom que esqueceram de se proteger. 

 

***

 

Kris bateu na porta da casa grande que era aquele orfanato, apesar de grande era pequeno para a quantidade de crianças que ali viviam. Quando a ‘mãe’ de todas as crianças abriu a porta, ela abraçou a criança que estava vestida de pirata como se tivesse querendo protegê-la do médico.

- Bom dia senhora – Ele falou e olhou para a prancheta – aproximadamente moram cinquenta crianças aqui? – A mulher assentiu temerosa – nós somos um grupo de médicos que viemos para a cidade para cuidar das pessoas, para descobrir o que está incomodando vocês e curar os doentes. Não podemos deixar que essa praga nos derrubem, não é? – A mulher não respondeu – Está com medo?

- Você é Chinês?

- Sim sou... Por quê?

- O sotaque... – Ela respirou fundo -... Não estão aqui para arrancarem as crianças de mim, não é?

- Não é isso que pretendo – Ele disse sincero – vim aqui porque recebi ordens de levar você e suas crianças para fazerem exames. Precisamos saber se elas estão bem e começarmos a dar os remédios que podem evitar o alastramento da doença.

A mulher pensou em responder dizendo que seriam testes, mas que escolha tinha, ser cobaia de um remédio que poderiam salvá-los ou morrer? A praga estava mesmo se alastrando.

- Tudo bem, vou arrumá-los.

A mulher convidou Kris para entrar. O medico já não dormia a três noites. Havia ficado o tempo todo debruçado sobre os sinistros dados da praga misteriosa. Ele havia se especializado em, pneumologia e cardiologia. Havia estudado muito, havia sacrificado horrores para estar ali sendo o melhor profissional da sua faixa etária de Pequim. E estava começando a ficar deprimido por mesmo com tudo isso não estar conseguindo descobrir as causas daquela praga. Queria salvar aquelas pessoas, viu nos olhos daquela mulher medo e uma esperança quase nula de salvar suas crianças.

- A saúde daqui é tão precária quanto a da África senhor – A mulher disse sentando ao seu lado e começando a pentear o cabelo da piratinha que atendeu a porta junto com ela – a diferença é que aqui não temos a atenção mundial de médicos voluntários. Fiquei surpresa com a presença de vocês. Se conseguirem ao menos diminuir essas mortes eu agradeço.

- Ela é sua filha? Ou você a adotou?

- Minha neta – Sorriu – O pai dela e a mãe morreram há alguns dias atrás por conta da praga – Ela suspirou – Menino. Se por um acaso, minhas crianças vieram a morrer... Certifique-se de que vão doar os órgãos delas? Ah tantas crianças do mundo que precisam de um coraçãozinho... Mesmo que os nossos pulmões não possam mais vir a servir para nada... – A mulher cobriu os olhos que já começavam a lacrimejar.

- Vovó posso assistir anime com a Bo?

- Pode... – Ela sussurrou e a menina saiu correndo.

- Ela é uma criança adorável.

- Nunca pensou em ter uma?

A pergunta surpreendeu o rapaz.

- Eu... Realmente... Não consigo ter tempo para namorar, muito menos para cuidar de uma criança, não queria ter filhos para vê-los apenas uma hora por dia. Eu teria que abrir mão de muitas coisas.

- Se eu fosse você abriria mão dessas coisas. Você é jovem, quando estiver mais velho vai querer ter uma criança e uma esposa para cuidar de você, te dar carinho e vice-versa. Aproveite enquanto há tempo.

- Ah... – Kris olhou para a prancheta -... Pode me dizer o que as pessoas que morreram da praga têm em comum?

- Ruído – Ela disse rapidamente.

- Ruído?

- Sim. Ruído. Todas elas faziam um sonzinho de apito quando respiravam durante as duas semanas antes dos sintomas realmente aparecerem. – Kris franziu a testa e começou a anotar o relato da mulher.

 

***

 

Já estava anoitecendo quando a equipe bizarra resolveu ir embora. Luna pediu carona a Onew e JongHyun saiu sem dizer nada além de um boa noite para Taemin que estava concentrado demais tentando decifrar o que o livro dizia. Não estava sendo fácil, tudo parecia ter sido escrito em um idiota de outro planeta. Por mais que ele colocasse as palavras na linguagem atual, haviam vários significados possíveis para cada pedaçinho.

Taemin estava prestes a desistir quando escutou um vulto passar pela janela. Ele olhou para a abertura e viu as cortinas voltando ao lugar. Olhou para trás e não viu nada além da porta que dava saída ao cômodo pequeno.

- Estou aqui – Taemin quase caiu da cadeira quando virou o rosto e deu de cara com Jong In lhe encarando.

- Meu deus... Está maluco? Quer me matar do coração? – Perguntou recuperando o fôlego – O que está fazendo aqui em hora dessas? Podia ter morrido!

- Calma mamãe! – O vampiro levantou as mãos – Eu tenho cuidado, já lido com isso a mais de cem anos se você quer saber – Kai puxou a cadeira e se sentou começando a olhar o que Taemin fazia – Onde você... – Ele franziu a testa e pegou o livro com cuidado, tocando nas paginas como se soubesse perfeitamente a que ponto a folha iria se quebrar -... Onde conseguiu esses livros?

- Eu achei naquele entulho, ali – Taemin apontou para trás – Por quê?

- Fui eu quem deu essa entrevista – Taemin ficou ereto na cadeira para ouvir melhor sobre aquela informação -  era um jornalista novo, estava atrás de uma história para contar, uma história bizarra, mesmo que não fosse real, mas que tivesse fundamentos muito bons. Eu dei uma entrevista a ele e narrei às escrituras antigas. Ele escreveu... Achei que isso havia sido queimado. Lembro que na época ouve uma  tremenda polêmica e tudo mais.

- Quero que me dê uma entrevista também, quero que traduza essas coisas para mim, além de ser um conhecimento bom para quem vai ter que lidar com essas criaturas é bom para o nosso programa que só sabe perder audiência.

- Hum... – Kai semicerrou os olhos e sorriu -... Primeiro eu gostaria que você vestisse sua camisa.

- Eu não posso fazer isso a camisa está fedendo demais – Taemin pegou o casaco que Onew havia deixado no cabide e se cobriu. Ele pigarreou e continuou – do que estávamos falando?

- Eu vou lhe dar a entrevista – Ele sorriu – mas primeiro não quer saber como anda Josephine?

- Você a viu? – Os olhos de Taemin começaram a brilhar.

- Sim, eu vi – Ele sorriu – A ajudei a beber sangue sem precisar matar ninguém, ela me agradeceu muito, é uma menina ótima, agora eu entendo porque sofreu tanto quando ela morreu. Se eu fosse você teria feito o mesmo.

- Você ficou falando de poderes de vampiros e esqueci-me de perguntar o que minha prima se tornou.

- Ah é verdade – Kai sorriu – Josephine é uma Coruja. Tem o poder de controlar as tempestades. Ela foi transformada muito jovem e isso pode ser um problema no futuro, Taemin. Quando a mente dela já estiver adulta e ela perceber que não poderá crescer e ter o corpo de uma mulher, já vi isso acontecer, mesmo que ela tenha um corpo bem desenvolvido, ainda é uma criança.

Taemin respirou fundo e olhou para os lados.

- Porque ela fingiu que não me conhecia?

- Talvez porque ela não queria te envolver. Ou achasse que você ia ficar louco ao saber que ela está viva. Tenho certeza que ela queria apenas te proteger, ela mudou de nome, agora ela tem outra vida e você tem que respeitar isso.

- Está dizendo que eu não poderei falar com ela?

- Talvez... Se ela quiser falar com você. Logo ela não conseguirá falar com você, você tem um cheiro muito forte, Taemin, só estou me controlando porque já provei do seu sangue, ela não. Vocês teriam que se encontrar em um lugar muitíssimo seguro para você, ou para ela.

- Obrigado por cuidar dela por mim... – Taemin suspirou -... Desculpe, nem sei o que é pior. Seria egoísmo agradecer por minha prima ainda estar aqui mesmo que isso acabe com a vida de várias pessoas?

- Você espirraria se dissesse que não agradece.

 

***

 

Luna e Onew avançavam pela cidade montados na moto velha do mais velho. A cidade estava calada, muitas pessoas em luto pela morte de seus entes queridos. Luna observava o vulto das coisas enquanto a moto andava em uma velocidade razoavelmente alta. Ela percebeu muito fácil quando Onew freou abruptamente fazendo os pneus cantarem a moto se virar sozinha para a lateral. Luna ia começar a gritar com o namorado quando olhou para frente e viu o que fez parar.

Um incêndio.

Um luminoso e fortíssimo incêndio.

Quando ela viu Onew descendo na moto, já começou a se desesperar, não gostava nada de situações como aquela, ele se atraia ao fogo muito fácil por isso era um perigo para ele ficar perto. Ela desceu rapidamente e correu atrás dele. Conseguiu alcança-lo quando ele parou para falar com o bombeiro que estava comandando a equipe. Ela segurou forte o braço de Onew e respirou fundo.

- O que aconteceu? – Jinki perguntou ao bombeiro que lhe olhou alguns segundos mais tarde.

- Ainda não sabemos a causa do incêndio rapaz, só sabemos que isso aqui esta dando muito trabalho e não estamos conseguindo mais entrar para salvar ninguém... MAIS ÁGUA NA ESQUERDA – Ele gritou acenando com as mãos.

Jinki começou a soar. Olhar para todo aquele fogo consumindo todo aquele prédio lhe deixava nervoso, a respiração já começava a ficar descontrolada.

- Onew... Vamos pra casa – A namorada o puxava para que ambos saíssem dali, mas ele já não queria, queria ficar ali olhando para tudo aquilo, até tudo virar pó. Queria ficar ali até as cinzas começarem a se misturar com o ar – Onew! Por favor... – Luna suplicava em seu ouvido.

Os sons começaram a entrar no ouvido de Jinki de forma devagar e mal feita, até que finalmente parou, ele não podia ouvir mais nada além de um único som. Era um ruído, um ruído vindo das chamas que consumiam o prédio com fervor. “Socorro!” A voz conseguiu gritar mais alto e o tempo pareceu parar para JinKi.

Ele respirou apenas uma única vez antes de sair correndo e entrar no prédio em chamas. Luna caiu no chão e só teve tempo de levantar a cabeça e ver seu namorado entrar no prédio em chamas.

- Onew! – Ela gritou tentando ir atrás dele. O bombeiro segurou seus braços e a fez se afastar.

- Está maluca? Quer morrer? Não vai poder ir atrás dele agora! – O bombeiro estava nervoso, era a primeira vez que via alguém maluco o suficiente para entrar em um incêndio para encarar uma morte certa. Ele olhou para o prédio sem acreditar na coragem do rapaz.

 

- Ei! – Onew gritava driblando por entre as chamas. A fumaça fazia sua respiração ficar diminuta e muito ruim, começando a tossir imediatamente – Tem alguém aqui?! –  Gritou tentando achar a pessoa que havia pedido socorro. Olhou para cima e viu rachaduras no teto queimado. Mais alguns minutos e ele também viraria pó junto com o fogo.

- Aqui! – Escutou uma voz abafada falar debaixo de uma viga. Onew franziu a testa mal acreditando no que via, o corpo do rapaz era pequeno, não conseguia acreditar na possibilidade dele ainda estar vivo tendo sido esmagado por uma viga daquele tamanho. Ele correu e tirou os escombros que estavam pelo caminho.

- Você está bem? – Perguntou começando a levantar a viga com dificuldade.

- Não muito.

- Consegue me ajudar? – Perguntou tossindo e sentindo a quentura lhe incomodar de verdade. Dois segundos depois e o rapaz já estava empurrando a viga com os braços. Os dois juntos conseguiram afastar a viga o suficiente para Onew conseguir puxar o garoto de debaixo dela – Qual é o seu nome?

- X-Xiumin... – Ele tossiu e Onew olhou para frente. As entradas estavam todas isoladas, precisaria pensar rápido.

- Você tem medo de fogo?

- Não diria que sou muito fã.

- Você se tornar amigo dele em uma hora como essa é fundamental, não tenha medo, qualquer coisa eu apago o fogo que subir em você – Não era o melhor conselho a se dar, mas era o que ele tinha – Vamos, temos que correr para podermos, talvez, passar pelo fogo ilesos – O rapaz assentiu mesmo – cara que tipo de macumba você fez pra não quebrar nenhum osso? – Jinki não esperou resposta e saiu correndo até a entrada isolada pelo fogo, o garoto correndo logo atrás.

Foi perigoso, muito perigoso, eles tiveram sorte na maior parte do tempo. Conseguiram passar até quase chegar à saída, quando um pedaço de madeira caiu em cima de Onew e iniciou o mini incêndio em sua roupa.

Ele não tinha medo do fogo.

Ele era cruel, e doloroso, mas não tinha medo.

Era um medo que ele não tinha e que queria usar para o bem ao menos uma vez.

 

***

 

Taemin estava sentado em cima da mesa e Jong In em uma cadeira. O gravador estava ligado enquanto Jong In contava o básico de sua história de amor Sulli. Tudo sobre como ela começou a segui-lo e acabou se apaixonando. Todos os detalhes, inclusive os sórdidos.

- Você deve saber que em horas como essa, os homens tem que ser delicados com sua mulher – Kai falou se referindo a noite de amor com Sulli.

- Claro que sei – Taemin tampou o nariz com os dedos oprimindo o espirro. Kai franziu a testa. Taemin pausou o gravador.

- Porque mentiria sobre isso? – Ele arqueou a sobrancelha.

- É que eu... Nunca transei com uma mulher – Taemin confessou com a cabeça abaixada.

Jong In sorriu.

- Sério? Quase vinte três anos e ainda é virgem?

- Eu não disse que era virgem – Taemin levantou o dedo indicador e olhou para Kai que tentava decifrar o que ele tentava dizer – Nossa que vampiro burro. Pense por um segundo. Eu nunca transei com uma mulher, mas ao mesmo tempo não sou virgem.

Kai colocou as mãos no rosto e começou a gargalhar. Taemin revirou os olhos e apenas ficou ali parado enquanto o vampiro tinha um ataque de risos. Kai quase caiu da cadeira, mas se controlou, respirou fundo e olhou para Taemin tentando ficar o mais sério possível, mas acabou começando a rir de novo.

- Só o que me faltava era você ser homofóbico – Taemin deu de ombros.

- Josephine sabe disso? – Taemin ficou vermelho e com uma vontade louca de socar Jong In.

- Não. Ela ainda era muito nova pra saber.

- Nunca levou nenhum homem para sua cama?

- Não – Ele disse sendo sincero – Eu nunca namorei se você quer saber, tive alguns casos, mas namorar nunca. Voltando ao seu ataque de risos, não entendo porque isso agora.

- Ah não – Kai negou com a cabeça relaxando a coluna na cadeira – eu não estava rindo porque você é gay. Estava rindo por outra coisa.

- Pelo quê então? – Taemin sentiu o arrepio subir sua espinha ao fazer a pergunta. Kai se levantou e ficou da mesma altura que Taemin, que continuava sentado em cima da mesa. Taemin ficou tenso com a proximidade dos olhos negros do vampiro. O outro pegou sua mão e acionou o gravador novamente.

- Vou te contar uma coisa que não falei ao outro entrevistador. Amanhã eu voltarei e vou te contar a lenda do Veneno da Serpente. É uma lenda como a do sangue negro, real. Sulli quase matou meu irmão Luhan com esse veneno de propósito. Nunca descobri o motivo.

- Eu tenho quase certeza que era por ciúmes.

- Não era. Ela não tinha motivos para ter ciúmes do Luhan, ele era meu irmão e muito gentil para fazer mal a alguém.

- Sei... – Kai desligou o gravador – Ainda temos muito tempo, porque não termina de me contar?

- Vou ter que voltar para o necrotério – Kai colocou o gravador em cima da mesa e encostou as mãos nas cochas de Taemin, fazendo o mais novo ficar nervoso – Agora vamos ao motivo por eu estar rindo de você. Eu não estava rindo de você porque você é gay, estava rindo porque quando vi você tive certeza de que você era muito mais bonito que Luhan... Eu não diria isso se você não fosse realmente muito bonito. E logo pensei que era um desperdício porque infelizmente eu não teria chances com você.

- Quê? Espera... Você está me cantando? – Taemin começou a rir sem acreditar – O vampiro que quase me matou está me cantando...

- Ei, é sério! – Kai sorriu – Você duvida que eu tenha coragem de te beijar agora? – Kai perguntou incrédulo.

- Claro que eu tenho – Kai esperou ele espirrar, mas isso não aconteceu – Você não vai me beijar.

- Quem te deu essa certeza? – Ele arqueou a sobrancelha.

- Eu.

- E porque eu não faria isso?

- Porque eu vou fazer primeiro – Foi então que Taemin surpreendeu Kai com um beijo urgente.

Os lábios passaram de colados para se mexendo freneticamente em dois segundos. Taemin realmente achava que beijar um vampiro não seria nada quente, até porque a pele de Jong In era fria, mas pra falar a verdade ele nunca estivera tão quente. Taemin percebeu a oscilação no tempo. Como se alguém tivesse apertando ‘pause’ e ‘play’ freneticamente só por diversão.

- Espere... – Kai falou se afastando um pouco -... Estou tendo dificuldades para controlar o tempo... – Ele respirou fundo e soltou, parou o tempo de verdade. Abriu os olhos azuis e beijou Taemin novamente, desta vez fazendo questão de apertar a cintura fina do mais novo contra si.

Kai escorreu as mãos pelo peito quente de Taemin e sentiu algo que nunca havia sentido em toda sua vida de vampiro. Era algo louco beijar alguém com o sangue tão forte, pulsando tão rapidamente! Ele sentia tudo dentro de si vibrar, todos os seus instintos se excitarem, até mesmo o lobo desejava o corpo daquele humano. Kai evitou tirar o casaco do rapaz, estava com medo de se descontrolar, o beijo do menino era lascivo, macio e ao mesmo tempo voraz. Fazia tudo em seu corpo formigar, apesar de já estar morto.

Pouco tempo depois. Taemin lhe empurrou.

Kai tocou nos próprios lábios mal conseguindo acreditar que havia conseguido se controlar.

Taemin respirou com dificuldades. Kai apesar de lhe excitar havia puxado oxigênio extra de seus pulmões. Mais do que um beijo normal. Demorou minutos até ele conseguir normalizar.

- Você está bem? – Kai perguntou.

- Estou – Ele disse tentando fazer o vampiro se manter afastado – Só... Você exige mais de mim do que esperava – o tempo voltou a correr – melhor não fazermos isso de novo, vou acabar morrendo.

- Infelizmente, não vou mais conseguir ficar perto de você sem querer fazer isso de novo.

 

***

 

Quando Jong In chegou ao necrotério Amber e Minho tentavam fazer um garoto loiro falar. Eles faziam mímicas e caretas, pareciam estar tentando fazer ele rir – ou chorar. O vampiro suspirou e caminhou até os três passando a mão nos cabelos. Ela percebeu que Minho estava mais feliz do que o normal e Amber estava mais corada. Se não houvesse uma criança ali ele logo perguntaria se eles passaram o dia ‘juntos’.

Kai sorria quando ficou ao lado do garoto e este olhou para ele com os olhos curiosos.

Kai sentiu uma pontada no peito, uma sensação estranha. Deu três passos para trás ao assimilar a aparência daquele rosto. Apesar dos olhos castanhos claros estava claro que o rosto daquele garoto era idêntico ao de Luhan. Kai se encostou à parede e ficou olhando incrédulo para criança que logo abaixou a cabeça se sentindo mal.

- O que foi? – Amber perguntou com o sorriso sumindo. Ela não obteve resposta, Kai continuou olhando para o menino paralisado – Ah... – Ela entrou na frente de Kang-woo tirando ele do campo de visão de Kai -... Esse aqui é o Kang-woo. Amigo de Josephine.

- Ka-kang-woo?  - O vampiro perguntou sentindo a pontada no peito aumentar, aquilo acontecia quando seu corpo queria que ele fosse a algum lugar – Não... Não pode ser... O nome desse garoto não pode ser Kang-woo.

- Me leva pra casa, Amber – Kang-woo falou puxando a blusa da mais velha – Eu estou ficando confuso, desde ontem eu vejo pessoas que ficam falando que meu nome é Luhan_

- Luhan? – Kai perguntou correndo até o menino e segurando suas mãos – seu nome é Luhan, certo? Eu sei que é, pare de fingir... Porque está fingindo ser um humano? – O garoto começou a chorar aos soluços e isso surpreendeu Kai. Amber o empurrou e abraçou o menino.

- Pare de ser idiota! Não está vendo que ele está mal? – Amber perguntou decepcionada com o legista – Eu vou te levar para casa, tá? Não se preocupa... Minho vai ficar com você.

- Eu? – Minho perguntou como se fosse um absurdo.

- Você sim! – Ela disse cerrando os dentes – Leve ele para casa, eu vou ter uma conversa com Jong In.

Minho obedeceu, Kai estava perturbado demais para protestar. Podia ter pedido para ficar a sós com o menino e conversar com ele, mas isso deixaria Amber com mais raiva ainda. Quando Minho saiu do necrotério com o menino Amber o olhou como se fosse lhe matar.

- Kang-woo perdeu a mãe a melhor amiga no mesmo dia... Ele está correndo risco enorme de entrar em depressão e você ainda vem questionar a identidade dele? – Amber deu um soco na cabeça de Jong In e o fez se abaixar de dor – Idiota!

- Aish! Desculpa... – Ele disse massageando a cabeça -... É que ele é idêntico a um... Um irmão que eu tive – Amber relaxou – Tem certeza que ele  – ‘é humano’ ia perguntar – é filho da mãe dele?

- Não. Ele foi adotado quando era mais novo. A mãe dele perdeu um filho chamado Kang-woo e ficou louca, quando encontrou Kang-woo nas ruas o levou para casa dizendo que era seu filho. Ela o adotou e nisso ele se tornou filho dela. Isso não te da o direito de questionar isso para ele agora. Se ele é Luan...

- Luhan.

- Tanto faz. Se ele é o Luhan isso não vem ao caso agora. Ele está sofrendo. Não quero você perto do Kang-woo enquanto ele não estiver melhor, está me entendendo?

Kai assentiu focando os olhos na cadeira que o menino estava sentado. Se ela soubesse que aquele garoto podia ser um vampiro ela não o defenderia com tanto fervor. Ele segurou a vontade de contar a verdade a ela.

- Onde você estava? Não temos corpos para olhar hoje, os biólogos vieram aqui e levaram tudo. Onde você estava?

- Estava com o seu primo, Lee Taemin – Ele caminhou até os armários e abriu o seu.

- Pera... Essa é a segunda noite que você me diz isso... Tá rolando alguma coisa entre vocês? – Amber perguntou sorrindo e Kai a olhou séria – Desculpa, mas depois dos socos que ele te deu...

- Não está rolando nada, o clima pesado entre nós acabou naquele noite. Já entendemos – Disse começando a colocar sangue no copo sem que a ela percebesse.

- Não estou falando disso e você sabe.

- E você? Você e Minho finalmente resolveram encaixar A + B? Ou seria A + M? – Ele arqueou a sobrancelha e Amber corou – Ah aconteceu. Usaram camisinha? – Amber abriu a boca e olhou para os lados como se tivesse acabado de lembrar-se de uma coisa que não poderia ter esquecido – Não me diga que você esquece... Esqueceu. Eu achei que seria a primeira coisa que vocês lembrariam.

- A gente lembrou, mas esquecemos depois... Que merda!

- Então deve ter sido muito bom , para andarem esquecendo das coisas – Amber deu um tapa no ombro de Jong In para ele parar.

 

***

 

Já era tarde da noite quando Taemin entrou em casa. Ele jogou os sapatos no canto e colocou o casaco em cima do cabide. Estava exausto, precisava dormir a noite toda para se recuperar de passar horas naquele computador tentando adivinhar – literalmente – o que estava escrito naqueles papeis acabados. Ele subiu as escadas e percebeu que Kang-woo estava dormindo no quarto de Josephine, pois o abajur estava aceso.

Ele caminhou até o seu quarto e se jogou na cama começando a repassar todas as cenas daquela noite. Não... Era mentira, ele estava pensando no beijo. Nos lábios frios e ágeis do vampiro que lhe agarrara de um modo como ninguém havia lhe agarrado. Taemin mordeu o lábio inferior ao imaginar como seria Kai nu. Ele riu da sua própria infantilidade e se cobriu com o edredom.

Poucos minutos depois, mesmo morrendo de cansaço ele não conseguia dormir. Ele já começava a soar e foi obrigado a ligar o ar-condicionado em pleno outono. Qualquer pessoa normal que entrasse naquele quarto teria um ataque epilético de tanto frio, mas ele sentia calor. Como se alguém tivesse provocando o calor.

“When I find myself in times of trouble...” Taemin ouviu uma voz vinda do andar de baixo cantar a música dos Beatles favorita de Josephine. Ele se sentou e aguçou os ouvidos para saber se não estava ficando louco “Mother Mary comes to me... Speaking words of wisdom, let it be...”

Taemin correu. Pulou os degraus da escada tão rápido que quase caiu. Avançou para cima da porta com o coração quase saindo pela boca, foi quando ele a viu.

Josephine estava no jardim, cantando e olhando para a porta de vidro da casa, Taemin estava atrás dela incrédulo, olhando para sua prima cantar sua musica favorita. Colocou a mão na maçaneta para abrir a porta, mas Josephine fez um sinal negativo com a cabeça. Ele soltou e apenas continuou olhando. Lembrou-se do que Kai havia falado. “Seu sangue é muito forte, ela não vai conseguir chegar perto de você”

“Let it be, let it be

Let it be, yeah let it be…”

Taemin não teve vergonha de deixar as lágrimas caírem. Elas escorriam a vontade enquanto ele tocava no vidro como se tivesse tocando em um televisor que transmitia o canto de Josephine.

“Whisper words of wisdom... Let it be”

Ela fechou a boca e sorriu para o primo mais velho com saudades. Gostaria de ir abraça-lo, mas não conseguiria, sentiu o cheiro de Taemin a metros de distância. Aquele era o máximo que ela conseguia chegar perto sem pular no colo dele e morder seu pescoço. Ela pegou um caderno de desenho que trouxera e começou a escrever algo na folha branca.

Taemin esperou sua prima escrever com expectativa. Estava se segurando para não ir até ela.

“Você fede tio Tae...” Ela escreveu.

Taemin sorriu enquanto as lágrimas caiam com mais força.

“Eu te amo muito. Desculpa... Let it be”

 

***

 

JongHyun tocava seu piano como sempre fazia nas noites que não visitava Kibum. Tocava e cantava a mesma música todas às vezes, a música que a mãe dele tocava quando ele ia dormir, a música que a mãe dele cantou a ele antes de morrer. Hallelujah.

Seus dedos já tocavam como se ele fosse um robô trabalhando no automático, enquanto seu coração sofria através de sua voz. O quarto que não tinha mais nada além de um ventilador de teto, um banco e um piano.

“I’ll stand before the Lord of Song… With nothing on my tongue but Hallelujah” Ele cantou com sua voz habilidosa. Ele continuaria, mas quem continuou foi a pessoa que estava ao seu lado naquela noite. Nunca havia deixado ninguém entrar naquele lugar, mas naquele dia em especial, havia alguém lhe acompanhando.

“Hallelujah... Hallelujah... Hallelujah…” A voz doce de Sehun continuou a cantar junto com a de JongHyun.

- Sua voz é muito bonita – JongHyun elogiou – solta notas perfeitas.

- Eu tinha um filho pianista. Ele me ensinava a cantar porque ele não era muito de falar – Sehun suspirou – mas parece que agora ele se tornou alguém muito mal agradecido, finge que não se lembra mais de mim, não quer que eu exista. Eu o amava muito...

- Você parece ser muito jovem, quantos anos têm?

- Mais de trezentos – Ele disse sincero.

- Inacreditável... – JongHyun respirou fundo e encostou a testa  nas teclas do piano -... Todas aquelas lendas, eram verdadeiras... Porque você me quer?

- Porque eu preciso de você, e você precisa de mim – Sehun também encostou a cabeça nas teclas e olhou de soslaio para o rapaz – Eu sei que quer encontrar aquele quem matou a sua mãe, com todos os poderes que você vai ganhar, vai conseguir se vingar, eu garanto. E, além disso, preciso de você para me ajudar em uma boa causa, eu quero ter minha família de volta, todos os meus filhos junto comigo. Agora eu finalmente poderei acabar com o reinado de um clã que desde o inicio vêm nos comandando da pior forma possível.  Finalmente eu terei minha família completa, terei Os sete. E você é um deles. Você é a Serpente perfeita.

- Uma Serpente? – JongHyun levantou a cabeça se lembrando do que Taemin vinha lendo algumas horas antes – Eu sou uma serpente?

- Sim. Vampiro capaz de se teletransportar. Não sabe o quanto é difícil achar uma alma que possa ser transformada em Serpente sem ser corrompida.

- “Veneno que com a mais ínfima das falhas pode estraçalhar a alma que paira sobre ele”?

- Exatamente. Você não precisa se preocupar quanto a isso, apesar de perigoso eu conheço quando uma alma pode ou não se tornar uma Serpente sem ser afetada. E você tem uma alma assim.

JongHyun olhou para o piano por alguns minutos.

- Eu nunca gostei do sol mesmo.

Sehun não conseguiu esconder o sorriso que nasceu no canto de seus lábios. 


Notas Finais


TAEKAI UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!
MINBER UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!

Meus dois couples favoritos se pegando quase me mata. Só faltou o Luhan e o Sehun hahahaha.
E ai meninas, será que o Luhan está vivo mesmo? Ou será que Kang-woo é apenas o Kang-woo? E será que a Amber vai engravidar? Onew? Como ele está? Quem é o misterioso Xiumin que não morreu com a viga do capeta? JongHyun vai sucumbir ao frágil poder de serpente? E essa doença do capiroto? Vai matar todo mundo ou não?

Veja tudo isso (mentira só algumas coisas) no próximo episódio.

Estou fazendo uma trilha sonora linda para nós, mas isso será lançado no fim de abril porque essa proxima semana é semana de provas e vai ficar dificil até para escrever.

Só eu que to PIRANDO com EXODUS??? GENTE QUE CD PERFEITOOOOO AMEI TODAS AS MUSICAS, ELES QUEREM ME MATAR DO CORAÇÃO. Eu não to conseguindo escutar EXO-M sem pensar que o Luhan faz falta GEEEEENNNTEEEEE (Ta dizendo que o kris não faz falta mizuqui? fazer faz mas ele não era meu bias :[] )

vamos pirar mais tarde.
BEIJOS
Link do Tumblr: http://acidosebasesfanfiction.tumblr.com/ (quem adivinhar o significado das cores dos personagens eu dou um spoiler)


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