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História Ácidos e Bases - Descontrole descomunal


Escrita por: Misukisanlover

Notas do Autor


Pode ser que vocês achem esse capitulo extenso e chato. Ele é mesmo haha, mas é MUITO MUITO MUITO MUITO importante.
Eu prometo revelações quentes no final ;) (Aconselho você não ler primeiro o final pra não estragar)

Capítulo 6 - Descontrole descomunal


Fanfic / Fanfiction Ácidos e Bases - Descontrole descomunal

Capitulo 5 - Descontrole descomunal  

Amber Josephine Liu,

Minha querida sobrinha. Quero lhe dizer que estou exorbitantemente feliz por você estar cursando a faculdade de medicina como tanto queria, estou orgulhosa e morrendo de saudades de você. Como eu poderia me esquecer da minha pequena sobrinha correndo pelo jardim da minha casa quando eu sonhava tanto em ser mãe, eu a amo como uma filha e é por isso que gentilmente pedi sua permissão para colocar o nome da minha bebê de Amber Josephine.

Oh, é verdade! Josephine está linda, enorme! Sapeca como nunca havia visto, mas eu a amo tanto quanto amei você, claro que de uma forma mais intensa, mas isso não quer dizer que tenha me esquecido de você, o que seria uma grande mentira, dando uma ênfase especial no GRANDE.

Porém, apesar tudo eu gostaria de te avisar que eu estou voltando para passar as férias em Goyang quando sua tia estiver voltando com Taemin e o pai, e quero que prepare tudo! Você já é uma adulta e quero ver como organiza sua casa, não deixei de ser aquela tia exigente que sempre fui.

 

Querida, eu mudarei um pouco de assunto agora, mas olhe, quero ter a certeza de que não irá mostrar esta carta para ninguém! Jure juradinho do mesmo jeito que fazia quando era criança!

                  Jurou? Que bom. Agora posso confiar em você.

Querida, eu não contei isso a ninguém, mas faz um tempo que ando com um mau pressentimento. Sabe quando seu coração aperta de uma forma tão dolorosa que chega a lhe angustiar? Pois bem, é isso que vem acontecendo comigo. Não sei... Eu olho para Josephine e tenho um pressentimento ruim, e você sabe que... Nunca estou errada.

Eu queria muito pedir que caso... Só caso, acontecer alguma coisa comigo e com seu tio... Sei que é responsabilidade demais, mas... Você poderia cuidar de Josephine? Eu estou te pedindo algo pesado, mas tenho medo minha querida. Estou apenas pedindo que você seja como eu, cuide dela como eu cuidei de você, me perdoe por não poder te visitar ai... Josephine é o único bem que deixarei no mundo, e não me conformo com a possibilidade dela ir parar em um orfanato.

Eu te amo,

Tia Haneul

Era uma carta muito carregada. Amber a guardava dentro de um porta-joias que ficava muito bem escondido em seu guarda-roupa. Nunca se impressionou com a capacidade estranha de sua tia prever o futuro, mas nunca esqueceu da promessa que fez a ela. No mesmo dia que recebeu a carta ligou para ela e selou a promessa. Disse a ela que com toda a certeza do mundo iria cuidar da pequena se algo acontecesse.

Entenda, Amber havia perdido a mãe muito cedo. Uma jovem, gêmea de sua tia, mãe solteira que morreu como uma passarinho em uma noite calorosa de primavera. Ela nem mesmo sofreu. Amber lembra que a mãe simplesmente acordou dizendo que estava sentindo calor e que iria deitar na sala – sendo que ela quase nunca sentia calor – e poucas horas depois de dormir parou de respirar.

Amber era pequena demais para entender o que acontecia. Era mais nova que Josephine quando perdeu a mãe, lembra muito do que viu e lembra muito bem que não sabia nem mesmo o que fazer quando descobriu que de fato sua mãe nunca mais iria voltar.

Tia Haneul cuidou dela desde então. Uma jovem gêmea de sua mãe, casada e que sonhava em ter sua própria filhinha. “Eu te amo... Está tudo bem” Era o que ela sussurrava todos os dias antes que Amber fechasse os olhos depois de uma noite inteira de bagunça, quando ela já estava cansada demais para responder.

Mas ‘bagunça’ não era no sentido literal. Amber era uma criança doente quando pequena e fazia Haneul ter muito trabalho. Deixou de trabalhar para cuidar dela, para levá-la aos hospitais. Quando ela tinha crises de asma a noite. A sorte de Amber que com os medicamentos e na medida que foi crescendo a asma foi melhorando. Quando completou doze anos já podia dormir em paz.

De uma coisa você pode ter certeza, a família de Taemin, Amber e Josephine tinham muitos históricos hospitalares.

 

***

 

Era uma promessa que pesava mais que um saco de uma tonelada no coração de Amber naquele momento. Tudo o que sua tia havia passado, Amber havia deixado passar correndo por seus olhos sem conseguir fazer nada. Sua prima morreu sem que ela menos se tocasse que era hora de se despedir.

A dor que residia em seu coração, estava corroendo seu ser de dentro para fora. Fechava os olhos esperando a dor parar, do mesmo jeito que uma criança faz quando sente uma dor forte e fecha os olhos achando que tudo vai sumir, que a dor vai sumir e tudo vai ficar bem como em um pesadelo.

O que não era verdade.

Quando Amber fechava os olhos tudo o que acontecia era que sua culpa aumentava cada vez mais, porque os gritos inconformados de Taemin invadiam seus ouvidos e lhe deixavam sem chão. O rapaz estava chorando dentro do quarto como um louco e mesmo que todos estivessem na sala esperando que ele recobrasse os sentidos, era impossível não se sentir compadecido ou incomodado com tamanha dor do rapaz.

Eram como facadas direcionadas precisamente para o peito de Amber.

Minho sabia o que Amber sentia, era possível saber apenas olhando para os olhos cheios de dor da mulher. Ela nem mesmo percebia o que estava acontecendo ao seu redor de tão concentrada que estava em sua dor.

Tudo o que ele conseguiu fazer foi se aproximar da amada e colocar a cabeça dela encostada em seu peito, lhe dando permissão oficial para que ela começasse a chorar. O que não aconteceu, de fato. Amber estava tão sem chão que suas lágrimas desciam sem sentido algum, seus olhos estavam direcionados para uma direção, mas não olhavam. Ela estava fora do plano... Dispersa de si mesma.

Minho ouviu a porta bater e segundos depois viu Luna entrar com mais dois jovens. Eram os colegas de trabalho de Taemin, a equipe bizarra.

- Olá – Ele sussurrou.

- Oi cara – Luna disse tentando tirar o cigarro da boca de Onew – como é que tá o Taemin...? – Nem precisou ela terminar a pergunta e já escutava os berros dolorosos do amigo vindos do segundo andar – Oh my god... – Sussurrou sem conseguir imaginar a dor que ele sentia -... Deve estar sendo muito difícil para ele.

JongHyun se aproximou de Amber e a observou por longos segundos, sempre olhando para uma única direção, como se fosse uma estátua.

- Ela nem sabe que estamos aaqui – Disse ele por fim – Sinto muita pena por esta família, sei muito bem como ela está se sentindo.  

Onew e Luna se entreolharam.

 

Taemin olhava para o quadro que tinha de toda sua família unida enquanto berrava. A dor era insuportável, nem mesmo quando chegava ao hospital quase morrendo por falta de sangue a dor era tão ruim. Ele havia prometido a Josephine que cuidaria dela. E ele deixou que ela morresse, sentia uma culpa inexplicável, o desejo que ele tinha era de apenas sumir.

Era inaceitável que sua prima tivesse lhe deixado sozinho.

Ele começava a sentir muita dor de cabeça, como se fogos de artifício estivessem explodindo dentro de seu cérebro. Ignorou a dor, nenhuma dor parecia pior do que a que estava isolada em seu peito.

 

“- Tae... – Josephine sussurrou olhando para a bolsa de sangue que pingava pendurado em uma barra de ferro. Taemin virou a cabeça para encarar a prima – Você é lindo... – Ela sorriu -... Quando eu crescer vou ser médica para achar cura para sua doença.

Taemin sorriu.

- Para você curar minha doença, primeiro tem que descobrir o que ela é. Ninguém sabe de onde ela veio, meu amor.

- Isso não é problema. Kang-woo disse que vai ser químico, ele vai descobrir e eu vou achar a cura. Você não vai mais precisar de doações de sangue todas as semanas! Será perfeito, você ficará bem do mesmo jeito que Amber ficou boa da asma.

- Amber não está curada Josephine. Ela só está estável.

- Isso aí mesmo”

 

- Meu amor... – Um som agudo e estridente invadiu o quarto e Taemin começou a socar a cama com toda a força que tinha – Perdoa... Perdoa o idiota do seu primo... Eu te amo...

 

***

 

Mais tarde do mesmo dia a casa dos Lee recebeu mais uma desagradável notícia.

Amber nem conseguiu ficar em pé quando os legistas de plantão chegaram avisando a ela que o corpo de Josephine havia desaparecido junto com o corpo que estava dentro do caixão. Minho ajudou Amber a se sentar no sofá para que pudesse ver o que havia acontecido.

- Do que diabos vocês estão falando? – Perguntou assim que fechou a porta da casa.

- Não sabemos o que aconteceu, limpamos o corpo da menina e deixamos na sala de necropsia prontinha para colocá-la na geladeira e esperar que a família fosse buscar, já que não tínhamos permissão para fazer a necropsia, e quando voltamos... Ela não estava mais lá.

- Impossível, ninguém teria coragem de roubar um corpo...

- E uma múmia. Porque levaram aquele resto de gente que acharam dentro do mar.

- Meu deus... – Minho colocou as mãos na cabeça e mordeu o lábio sem saber o que fazer -... E agora? Chamamos a polícia?

- Podemos até fazer isso, mas acho difícil adiantar alguma coisa, porque você sabe como os policiais daqui são inexperientes, quase nunca precisam trabalhar – Aquilo era verdade e seria mais uma grande dor de cabeça.

- Certo... Pode ir, daqui a pouco eu vou até lá para ficar de plantão junto com o Kai, a Amber com certeza não tem a mínima condição de ir pra lá hoje – O homem assentiu e foi embora caminhando a passos curtos. Minho suspirou e entrou em casa devagar. Assim que colocou os olhos na sala viu que Amber estava logo a sua frente – Oi Amber.

- O que ele disse?

Minho abaixou a cabeça.

- Disse que o corpo dela sumiu e que vai chamar a polícia. Eles não fazem ideia de quem pode ter levado Josephine de lá.

- Será que Kang-woo sabe de alguma coisa? – Amber se perguntou tentando manter a calma.

- Eu o quê? – Ela olhou para trás e viu o menino que havia entrado pelos fundos, estava com o rosto pálido como sempre só que os olhos demonstravam cansaço, como se já vivesse vendo as pessoas morrerem por décadas.

- O corpo da Josephine sumiu do necrotério. Você viu alguma coisa...? – Amber perguntou apertando forte o ombro do menino. Ele abaixou a cabeça sem saber bem o que responder e negou com a cabeça – Qual foi a última vez que você a viu?

- Ela me pediu para levá-la para ver o nascer do sol hoje de manhã. Ela disse que não teria outra oportunidade e como vi que ela estava mal... Levei-a até o penhasco e assistimos o nascer do sol. A última vez que eu vi ela... Foi quando a encontraram morta no banheiro. Foi a primeira vez que entrei no banheiro feminino e a última que vi que Josephine.

- Ah meu deus... Quando Taemin descobrir que ela sumiu...

- Ela o quê? – Taemin perguntou em um sussurro baixo e fraco.

 

- Taemin... Taemin! – Amber dava socos na janela do carro – Pare! Vamos conversar, você não pode sair daqui desse jeito – O mais novo não deu ouvidos, deu marcha ré e pisou fundo no acelerador. Girou o volante para que o carro fizesse uma curva rápida e forçada e acelerou para frente – Temos que segui-lo, Minho. Ele vai fazer uma loucura.

 

***

 

- É impressionante como o mundo mudou desde que me aprisionaram – Sehun disse enquanto fazia um laço no vestido de Josephine – Meninas da sua idade vestiam espartilhos que geralmente quebravam as costelas delas... Eram mulheres frágeis, você apesar de criança tem uma alma muito forte, será uma ótima vampira – Sehun pôde ver a careta que a menina fez quando virou-a – Você está linda. Não se preocupe, você vai se acostumar, eu prometo, Rose.

- Eu quero ver o meu primo... – Ela abaixou a cabeça.

- Pode, por favor, não falar nele agora? Deixa-me de coração partido – Argumentou mesmo que fosse mentira – calma, eu irei te levar até ele mais tarde – Sehun colocou um arranjo cheio de pedras falsas nos cabelos negros e ondulados da menina -... Como uma menina tão linda pôde morrer tão sedo?

- Você me acha bonita? – O mais velho sorriu.

- Você é única. Deveria ser eternizada em uma pintura pelo melhor artista de Londres. Infelizmente... Os tempos são outros e estamos em... – Sehun olhou para o interior da loja que haviam invadido -... Sei lá aonde – Vamos ter que nos alimentar agora. A noite já se iniciou – Ele deu a mão a pequena e os dois caminharam até a porta da frente do supermercado.

- Os seguranças vão acabar nos achando.

- É exatamente isso que eu quero – Sehun bateu na porta da frente três vezes e o alarme tocou.

Não demorou mais de dois minutos até que dois seguranças viessem ofegando. Pareciam muito sedentários, provavelmente porque não era todo dia que tinham que cuidar de um invasor.

- Você! Identifique-se – Um deles disse apontando a lanterna para Sehun – Está acompanhado? – Perguntou dirigindo a lanterna rapidamente para Josephine, quando voltou com a lanterna Sehun já não estava mais ali – O quê?

- Estou aqui – Uma voz sussurrou atrás dele.

Josephine viu tudo. Primeiro Sehun atirou nos dois para que eles caíssem no chão e não conseguissem fugir. Tudo com uma rapidez sobrenatural que ela já conseguia acompanhar. Abaixou-se ao lado do primeiro e mordeu o pescoço do que havia lhe abortado. Jose ouviu os gemidos dos homens horrorizada, não sabia o que fazer. Não sabia se fugia ou se tentava salvar os coitados.

- Rose – Ouviu o vampiro dizer – venha até aqui – Ela negou com a cabeça – por favor. Venha – Ele fez uma expressão de ‘confie em mim’ e ela não resistiu. Caminhou até ele muito divagar, ainda tentando decidir se corria ou não – me dê sua mão – Ela estendeu a mão pequena e sentiu como fria era o contato de sua pele fria com a pele mais fria ainda de Sehun – agora se abaixe.

Josephine foi seguindo as instruções de Sehun até que se viu com a cabeça abaixada próximo do lugar que ele mordeu.

- Beba. Já está aberto, é só beber – A menina se abaixou e colocou a boca no ferimento do homem.

Quando começou a engolir o sangue sentiu todo o seu corpo queimar por dentro. Era doloroso, mas era prazeroso demais para que ela parasse pela dor. Apertou o corpo do homem para que ele viesse mais para perto de sua boca e sugou com mais intensidade. Abriu os olhos azuis e encarou Sehun que sorria ao ver que ela aprendia tão rápido.

- Já está bom – Ele disse afastando a boca de Josephine do corpo do homem – não deve beber até a pessoa morrer. Pode beber até chegar muito próximo, mas quando escutar que o coração está parando, parede imediatamente.

Josephine suspirou.

 

Alguns minutos mais tarde Sehun e Josephine estavam caminhando pelas ruas calmas do bairro mais simples de Goyang. As pessoas estavam em suas casas jantando e não se importavam com os dois adolescentes caminhando vagarosamente pela rua. Ela apertou forte o urso de pelúcia que havia acabado de pegar no supermercado e olhou para as estrelas.

- Eu não poderei ver o sol novamente, não é?

- É... – Sehun confirmou como se até ele fosse extremamente frustrado com aquilo.

Josephine ouviu o som de pneus cantando.

- Querida, se por um acaso seu primo lhe encontrar, finja que não o conhece – A menina olhou para ele com uma expressão de dor – ele acha que está morta, se você admitir que é Josephine ele ficará louco. Você não quer que isso aconteça quer? É melhor que ele ache que você faleceu, a dor é muito ruim, mas às vezes deve ser sentida.

- Josephine! – Ela parou de andar ao ouvir a voz do primo atrás de si – Josephine... Pare... – Sentiu Sehun soltar a sua mão e se afastar. Ele lhe lançou um olhar de ‘confio em você’ e se escondeu nas sombras – Josephine? – Taemin se ajoelhou a frente da menina sem acreditar no que via, não falou mais nada, apenas tocou no rosto pálido e frio da menina – está fria...

- Boa noite... – Ela sussurrou tentando manter a voz normal -... O senhor, quem é? – Ela pôde ver a dor e a frustração se instalando nos olhos do mais velho.

- Seu nome não... – Ele engoliu em seco -... seu nome não é Josephine?

A menina negou com a cabeça.

- Está tudo bem – Ela tocou nas bochechas do mais velho e ele começou a soluçar - vai ficar tudo bem, eu juro. Sua dor irá passar...

- Eu a perdi menina... Perdi uma doce menina parecida com você. Ela era a luz da minha vida, e eu a perdi. Vou ficar louco, não vou aguentar...

Josephine engoliu em seco e soltou o rosto de Taemin, o olhar perdido, estava prestes a dizer que verdadeiramente era, mas...

- Rose... – Sehun apareceu atrás de Taemin que logo se levantou – olá – ele se curvou para cumprimentar o garoto e olhou para a menina – vamos, sua mãe está esperando por você.

- Ela é... Ela é sua filha – Taemin falou tentando se recompor.

- Sim é – Ele sorriu e abraçou Josephine com um dos braços -  é uma joia rara não?

- Claro que é. Todas as crianças são. Adeus... – Taemin abaixou a cabeça e começou a andar para longe, para dentro do carro, onde já tinha destino certo.

Josephine colocou as mãos no rosto.

- Segure o choro Tempestade. Ou vai acabar inundando a cidade – Sehun sussurrou.

 

***

 

Kai estava observando os corpos mais de perto, estava sozinho na sala de necropsia, nenhum dos seus assistentes haviam chegado, e ele não se atreveu a ligar porque sabia do que se tratava. A menina com certeza deixara de viver.

A doença era um mistério para ele, teria que estudar medicina para saber o que realmente estava fazendo a morte das pessoas chegarem de forma tão rápida, mesmo com todas suas experiências, não conseguia dizer o que era.

- Isso vai matar muita gente... – Ele sussurrou tirando as luvas e saindo da sala de necropsia mais frustrado do que entrou.

Ele escutou a porta se abrir e viu Amber entrar nervosa e rápida como um furação. Ele franziu a testa e se aproximou da menina.

- O que aconteceu? – Perguntou se referindo ao nervosismo da mulher – Você está bem?

- Não, eu não estou bem. Minha sobrinha faleceu hoje de manhã, veio para o necrotério, roubaram o corpo dela, meu primo saiu de casa como um louco e eu nem sei para onde ele foi.

- O que o necrotério tem a ver com isso? – Kai usou o tom menos indelicado possível.

- Tem a ver que ele saiu de casa quando descobriu que o corpo da minha prima havia sumido, eu pensei que ele estava vindo para cá tirar satisfações. E se ele chegasse aqui e só visse você com certeza te espancaria até a morte, mas parece que eu me enganei.

A porta foi arrombada e um rapaz extremamente furioso surgiu através dela. Taemin não teria colocado culpa em ninguém precipitadamente, mas quando viu o rosto do legista que estava de plantão, viu a fúria lhe subir a cabeça. Era ele. Aquele que havia lhe apagado na noite anterior, ele não estava louco, sabia que ele era o culpado por seus ferimentos, ele havia sentido.

- VOCÊ! – Ele gritou completamente irado, correu para perto de Kai tão rápido que Amber quase não viu por onde ele abriu caminho – O QUE VOCÊ FEZ COM ELA! – Gritou começando a puxar os cabelos do vampiro – O QUE VOCÊ FEZ! EU SEI QUE FOI VOCÊ!

Derrubou Jong In no chão e subiu em cima dele. Amber ficou completamente sem reação, nunca tinha visto o primo daquele jeito, não sabia nem mesmo como reagir. Quando deu por conta seu primo já estava enchendo seu chefe de socos sonoros e dolorosos.

- Taemin! PARE! – Ela gritou tentando tocar na mão do primo, mas ele acabou lhe esbofeteando também.

- Nããão! – Ele gritou já rouco, nem tendo mais consciência do que fazia – Eu vou matar...! Vou matar...! – Gritava enquanto soluçava de dor, chorando como um condenado a morte.

- JONG IN FAZ ALGUMA COISA PORRA! – Amber gritou ainda estatelada no chão.

Jong In projetou um soco na barriga de Taemin tão forte que o mais novo caiu desacordado no chão.

Amber começou a chorar com a mão no lado do rosto que havia sido estapeado, estava ardendo, mas a dor não era maior do que a de ver o primo completamente descontrolado. Ela se levantou com dificuldade e olhou para Kai que parecia tão surpreso quanto ela.

- Você precisa levar ele ao hospital – Ele disse ainda ofegando.

- Não faça graçinhas, ele não está louco... Só esta... – Ela fechou os olhos sem saber o que falar.

- Não estou fazendo graçinha, seu primo está pálido, me disse uma vez que ele precisa de sangue uma vez por semana e sem falar que eu estou vendo ele sangrar pelo peito – Ela abriu os olhos e olhou para o peito de Taemin.

- Ai meu deus... Ajuda-me... O hospital fica no centro... Droga...

Kai assentiu e colocou Taemin nas costas antes de se levantar.

 

***

 

- Quantos mortos nos últimos dias? – O biólogo perguntou observando todos os dados jogados em cima da grande mesa.

- Já são quase cinquenta, nosso necrotério nunca esteve tão movimentado. As pessoas nem sentem a doença se aproximando, quando os sintomas reais começam a aparecer elas já estão a dois dias de morrer e é isso que vem preocupando a todos, não sabem se é contagiosa e nem sabem quando se está doente e o hospital daqui não tem pessoas qualificadas para estudarem o vírus.

George espremeu os lábios pensando em algo.

- Vamos começar fazendo um mutirão pelos lugares onde as pessoas estão morrendo em mais quantidade. Vamos perguntar o que elas fizeram nas duas últimas semanas, o que aconteceu... Essas coisas, temos que fazer isso rápido, logo depois vamos começar a procurar por esse vírus. Vamos destruí-lo – George olhou para o mapa da pequena ilha – Essa ilha... É pequena demais...

- Qual é o problema?

- Se esse vírus se alastrar rápido como estou pensando... Logo, logo as autoridades estarão aqui... E vão querer exterminar o vírus antes que ele saia da ilha.

- Você fala de...

- Eles já proibiram a saída de pessoas da ilha... É bem provável que sim.

- Acha que eles teriam coragem de... – O jovem ficou com o rosto atormentado.

- Vamos ter esperança, não podemos entregar os pontos, precisamos nos concentrar em salvar a vida dessas pessoas, diga aos legistas que queremos todas as informações úteis sobre os cadáveres, irei lá amanhã fazer uma visita.

- Tem certeza que quer esperar? O melhor legista de lá trabalha a noite eu sugiro que vá lá hoje.  

- Tudo bem, qual é o nome dele?

- Kim Jong In.

 

***

 

Kibum deixou que as roupas deslizassem de seu corpo macio até o chão. Não gostava de roupas, elas lhe incomodavam, usava por conta de vários motivos coletivos de convivência. Gostaria que JongHyun estivesse ali, ele com certeza lhe faria um elogio ou lhe daria um beijo. Gostava dele mais do que sua mente permitia, mais do que sua vida miserável que não tinha nada a oferecer ao outro permitia, isso o deixava incomodado, mas ele havia aprendido com Minho a viver o momento, a ser feliz com o que tinha.

 

“Era noite de inverno, os flocos caiam como nunca haviam caído, o frio estava devastador, Kibum já havia enterrado dois moradores de rua nos últimos dias, as ruas estavam atoladas de neve as pessoas não se atreviam a sair nem para jogar o lixo fora temendo morrer de frio.

Foi dois meses antes do incidente que Jong In sofreu ao deixar a lua lhe controlar. Ele estava andando pela rua a passos curtos, o silêncio dominava toda a ilha e os pequenos postes iluminados não conseguiam fazer seu trabalho direito, a neve não deixava.

Ele caminhava olhando para o chão, pensando em até quando sua vida seria tão solitária, já era maior de idade, tinha uma profissão, mas era extremamente infeliz, nem mesmo os prazeres de uma vida carnal lhe davam sentido, ele estava vazio e seco por dentro.

Kibum olhou para cima, deu mais dois passos e acabou escorregando feio bem no inicio de uma ladeira.

Ele começou a ver tudo ao seu redor começar a girar, as luzes apagavam e ascendiam freneticamente enquanto ele rolava ladeira abaixo escorregando na neve.

Quando finalmente parou de cair sentiu uma dor forte no quadril, começou a gemer.

- Socorro – Seu grito soou como um sussurro, ninguém estava na rua, ninguém viria lhe salvar – olhou para os lados e mesmo com a devastadora dor no quadril ele se esforçou e acabou caindo para frente logo depois.

Vapor condensado começou a fugir por seu nariz enquanto ele respirava. O frio começou a fazer a sua dor piorar e quando ele levantou a cabeça viu algo extremamente estranho acontecendo em um beco quase escuro.

Havia um menino, de aproximadamente quinze anos deitado no chão, ele estava pálido, mas não parecia estar morto e havia... Havia um cachorro em cima dele. Não... Não era um cachorro... Era um lobo! Era enorme e abraçava o menino como se quisesse fazer ele se esquentar, o que para a fama feroz de um lobo não era nada real de se acreditar.

Tudo piorou quando o lobo abriu os olhos vermelhos e se levantou, ergueu as quatro patas e começou a andar na direção do corpo imóvel de Kibum. Ele pensou em correr, mas no segundo seguinte sabia que estava morto, porque não conseguiria nem se levantar. A fera vinha bufando vapor e rosnando enquanto suas patas gordas faziam o chão tremer.

Kibum apertou os lábios e colocou as mãos na cabeça, abaixou a cabeça e colou o rosto no asfalto, esperava que a fera fosse gentil e lhe arrancasse a cabeça, seria uma morte rápida e sem dor, mas então o lobo apoiou o focinho na cabeça de Kibum e começou a amaciá-la com carinho. Quando Kibum levantou o rosto – não acreditando na sua sorte – o lobo começou a lhe lamber.

- Ah... Pera... Garoto... – Ele sorriu -... Eu estou mal, não consigo me mexer, caí de lá de cima – Ele apontou para o inicio da ladeira e o lobo choramingou – Lamento, acho que você não pode me ajudar.

Foi quando a parte mais estranha da noite começou a ocorrer, o lobo ficou equilibrado com apenas duas patas como se fosse um humano e começou a se transformar, aos poucos o pelo foi sumindo, as garras foram diminuindo os olhos vermelhos ficando azulados até que ficaram negros. Quando os olhos já eram negros Kibum olhava para um corpo magro e atlético, de pele levemente morena, de mãos e pés não apresentando nem resquícios de pelo e o... Nossa... Como ele era... Abençoado.

- Oh My God... – Kibum ficou boquiaberto -... você é um...

- Está assustado? – Ele perguntou e Kibum negou com a cabeça, realmente não estava com medo, achava aquilo extraordinário – Você é lindo... Lobisomen...

- Na verdade eu sou um vampiro lobisomem. Você está com uma fratura, vou te ajudar a voltar para casa contanto que você me ajude com uma coisa.

- O quê?

- Está vendo aquele garoto? Ele vive nas ruas a tempos, quando vinha caminhando percebi que ele estava quase morrendo congelado, por isso me transformei em lobo e me deitei por cima dele, para que ele pudesse sentir um pouco de calor. Ele morrerá de frio se continuar sozinho, quero que cuide dele.

Kibum pressionou os lábios.

- Está bem. Sabe qual é o nome dele?

- Choi Minho”

 

Kibum sorriu.

Lembra muito bem que havia chamado Kai de gostoso naquela noite, o mais velho apenas tinha sorriso sarcasticamente e dito “sei que sim, foderia com você se não estivesse machucado” foi ai que Kibum parou de elogiar o vampiro. Ainda não tinha certeza sobre sua sexualidade e não queria que um vampiro maníaco ajudasse a descobrir.

Ele abriu os olhos e observou o penhasco. As ondas batiam com força nas pedras do final. Se o mar não tivesse não agitado ele iria dar um mergulho, mas como ainda não queria morrer...

Apenas vestiu as roupas novamente e foi para casa.  

 

***

 

O silêncio chegava a ser absurdo.

Quando Taemin abriu os olhos achou que a dor era feita dele. Todo o seu corpo parecia estar recebendo milhares de agulhadas em todas as partes. Olhou para a bolsa de sangue que deveria estar pingando, mas na verdade estava parada. Ele suspirou e revirou os olhos. Apertou no botão que acionava o alarme para chamar a enfermeira, mas nada aconteceu pelo que se pareceu minutos.

Só se pareceu mesmo, porque ele não sentia ventania, nem mesmo a do ar-condicionado, a temperatura era estranha, como se estivesse paralisada na medida certa, nem quente nem frio.

Foi então que ele o viu.

Teve vontade de gritar, espernear, socar aquele ser que apareceu a sua frente, mas ele não podia fazer nada porque mal sentia o próprio corpo de tanta dor, quase como se ele não lhe pertencesse. Ele viu o moreno extremamente bonito caminhar em sua direção com a expressão vazia, queria expulsá-lo, começou a apertar o botão do alarme com mais desespero, o que não adiantou, a porcaria do alarme não estava funcionando.

- Eu preciso conversar com você, Lee Taemin. Meu nome é Kim Jong In.

- S-saia... – Sussurrou com a voz quase inaudível -... eu irei gritar.

- Mesmo que conseguisse. Não adiantaria, não gosto de usar o meu poder secreto para nada, mas com você já fiz isso duas vezes, não faria diferença fazer de novo – Ele franziu a testa sem entender o que o mais velho falava – Sim, eu sou isso que você está pensando, sou um monstro, alguém que mata para poder viver. Sou como um câncer, sou como o seu sangue que se consome do sangue dos outros para conseguir te deixar vivo – Taemin olhou para a bolsa de sangue e sentiu um calafrio lhe percorrer o corpo.

- O que... você... sabe sobre...

- Sei tudo sobre seu sangue, mas isso não importa agora. O que importa que preciso te falar umas coisas... – Ele parou um pouco para dar tempo de se sentar na poltrona ao lado do doente – Sinto muito pela sua prima e... Por tudo. Ouvi falar que você é um repórter que tem alergia a mentira. Isso é interessante, mas é extremamente desagradável para mim, porque já amei uma pessoa com suas características... Isso não vem ao caso. Naquela noite que eu te encontrei, eu não pude evitar. Eu sou um vampiro, está certo, sou um monstro, mas não sou um monstro qualquer. Eu não gosto de matar as pessoas eu mato porque preciso viver, na maior parte do tempo faço o mesmo que você – ele apontou para a bolsa de sangue – bebo dessa verba que está disponível para não matar as pessoas, mas você... – Ele negou com a cabeça – ... Era irresistível. Nunca havia sentido uma cede tão grande, senti o seu cheiro de muito longe. Quando cheguei perto era tarde demais para tentar fugir de você. Eu bebi o seu sangue, e vomitei, você havia comido alho naquela noite? – Perguntou com uma pitada de sorriso sacana nos lábios.

Taemin assentiu.

- Pois é, aquilo me fez mal pra caramba, mas então eu não queria te deixar morrer por falta de sangue e nem te transformar em um vampiro, acredite, não é a melhor coisa do mundo e eu nunca mais faria isso nem que eu te amasse... – Taemin sentiu seu corpo começar a esquentar – oh... Você está ficando quente, calma. É só uma analogia. Jamais te transformaria em um assassino como eu por isso tentei de matar, mas não consegui porque você estava cheio de alho e não conseguia sugar sangue suficiente para te matar, por isso eu te levei para um amigo e lá dei um jeito de fazer você ficar vivo. Infelizmente eu não tenho poder de tirar memórias, você se lembra de tudo.

- Eu... te.. ode_

- Vamos deixar isso para depois, o.k.? – Kai perguntou piscando o olho – primeiro preciso te falar uma coisa. Apesar de você dever estar achando que está ficando louco_

- Não estou ficando louco... Aquela dor_

- Sinto muito... – Kai parou por alguns segundos -... A dor era terrível demais para ser irreal não é? – Ele assentiu – pois bem. Como eu ia dizendo, um vampiro tem dois tipos de poder, o poder que ele já nasce com ele herdado de uma geração inteira de clãs divididos e um poder oculto que na maioria das vezes é escondido porque é devastador demais para ser mostrado. Meu poder natural é o de Lobo. Consigo me transformar em lobo quando quero, uma fera terrível que mata e destrói – Taemin se lembrou das lendas do bosque – e o devastador que eu nem gosto de usar é este que você pode ver – Kai levantou e estendeu as mãos – nenhum vento, nenhuma gota de sangue, nenhum passarinho cantando... Nenhum alarme tocando...

- V-v...

- Eu paro o tempo Lee Taemin. Aliás, faço o que quiser com ele, posso voltar, avançar, usando apenas um controle remoto na minha mente. O problema é o que as mudanças que eu faço podem trazer ao mundo. Pode ocorrer algo devastador por conta de uma mudança, por isso eu não gosto de usá-lo.

- Duas vezes...? – Sussurrou o menino e Kai sentou ao seu lado de novo.

- Duas vezes. A primeira... – Kai ficou hesitante, não sabia se deveria mesmo falar -... A primeira foi quando você sofreu aquele acidente. Eu parei o tempo para te salvar, salvar você e sua prima – Taemin arregalou os olhos e começou a suar – eu estava em forma de lobo, infelizmente me deixei ficar solto no dia da lua cheia e eu não estava sobre o meu comando. Matei muitas pessoas naquele dia, e salvei vocês.

Taemin tentou mover a mão e Kai tocou nela para que ele a coloca-se no mesmo lugar. Seu toque causou formigamento na mão dele, ele olhou para o lado achando a coisa toda muito estranha.

- Não se mecha, não é só porque o tempo está parado que você não corre risco de morrer – Os olhos dos dois se encontraram. Os olhos assustados e cansados de Taemin e os olhos preocupados e despertos de Kai – Eu sou um monstro... Mas eu quero que saiba que nem sempre foi assim e quero que se prepare, porque a pessoa que levou o corpo de sua prima... É um vampiro... E... – Kai fechou os olhos tentando adiar a hora de falar -... Ele deve ter a transformado, eu sinto muito.

- Eu a vi... – Ele confessou -... Ela não é mais Josephine, agora se chama Rose.

- Não é todas as vezes que ele muda o nome... Você ainda me odeia?

- Odeio – Taemin sentiu dor no quadril quando espirrou e Kai revirou os olhos – quer dizer... Eu quero te odiar, mas me parece que você é bem convincente.

- Então eu vou fazer o tempo andar novamente, o sangue precisa voltar a pingar. Espero que seja forte, os acontecimentos que estão por vim vão ser muito desagradáveis...

 

...

 

O alarme começou a tocar a enfermeira veio correndo ajudar Taemin que quando ela chegou estava adormecido de cansaço, ela tirou a conclusão de que ele havia apertado sem querer enquanto cochilava, os gritos de Amber continuaram na parte de fora no hospital e as cirurgias que vinham acontecendo continuaram.

O tempo estava de volta ao normal.

 

***

 

O mundo de Josephine pareceu parar quando ela viu quem estava correndo em sua direção sem dar uma palavra. Ela arregalou os olhos e não conseguiu reagir a tempo, quando percebeu Kang-woo já estava lhe abraçando com muita força. Os braços do menino tremiam e ela sentiu Sehun soltar a sua mão imediatamente.

- Josephine! Eu estou sonhando? Estou ficando louco? Você está viva? – O menino estava ofegando não sabia se sorria ou se chorava era lindo demais ver aqueles olhos negros brilharem vivos novamente – Ai meu deus...

- Kang-woo... – Ela não conseguiu mentir e começou a chorar nos braços do menino.

Nuvens começaram a cobrir o céu, raios começaram a cair e trovões começaram a sonorizar o céu. O choro de Josephine repercutia sobre os céus como nenhum outro e quando ela se aprofundou ainda mais nos braços do amigo quis sumir, não sabia mais o que era realidade, o que queria, e o que não queria. Tudo estava confuso demais.

- Pare de chorar Rose, vai acabar inundando essa ilha miserável se provocar uma tempestade -  Sehun disse aparecendo na claridade. A menina se afastou um pouco de Kang-woo e enxugou as lágrimas tentando parar de chorar – O que você está fazendo aqui? Achei que tinha morrido... – Sehun falou com os olhos cheios de desprezo.

O menino franziu a testa.

- Não sei do que está falando, senhor.

- Não sou idiota, garoto. Eu te conheço, está usando do seu dom para fingir ser um humano qualquer, não vai colar comigo, eu te conheço, você é meu filho, eu que te transformei...

O menino deu passos para trás aparentando estar com medo.

- Do que ele está falando, Josephine?

Ela também estava perdida, não fazia ideia do que Sehun falava.

- Diga o seu nome verdadeiro a ela. Não se envergonhe, seu nome é lindo por isso não o mudei quando te transformei.

- Vamos Josephine, deixe esse idiota aí – Kang-woo pegou a mão de Josephine e começou a andar com ela para o fim da rua. Sehun sorriu de lado.

 

- Você não mudou nada... Lu Han.


Notas Finais


Alguém vivo? Alguém dormiu? Alguém ficou louco com esse capitulo cheio de coisas doidas? ahahahaha espero que sim
Beijos e até o próximo, capitulo me deu trabalho do caralho vou descansar T.T


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