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História O melhor disfarce - Único


Escrita por: nunytales

Notas do Autor


AVISOS: CROSS-DRESSING, SIM! PWP! TOP!JEON. BOTTOM!TAE. Possíveis erros de digitação. Autora desavergonhada, mas mostrando um pouco de vergonha na cara ao publicar na calada da noite de domingo -q

Mas o negócio é o seguinte: estava eu com esse plot desde sexta-feira, dia, inclusive, em que eu estava me sentindo muito mal por diversos motivos. Para me animar, resolvi colocar esse menino no mundo e escrevi. Fim.

Isso foi escrito com um coração tão cheio de amor, espero que gostem~

Boa leitura, amores! ♡

Capítulo 1 - Único


 

Para Kim Taehyung, o melhor disfarce era aquele capaz de fazê-lo desaparecer em meio à multidão.

Para aquele trabalho, o melhor disfarce, infelizmente, envolvia peruca, laços, maquiagem, saia, meias sete-oitavos e salto alto.

Sua cliente era uma mulher casada que preferiu não revelar a própria identidade - embora tivesse dado um nome falso, ‘Kang’. Na ligação dissera apenas suspeitar que o marido a estava traindo e que havia uma boa chance de conseguir descobrir se suas suspeitas estavam corretas, pois ouvira-o falando ao telefone que iria passar em uma loja de lingerie ao final da tarde. Sua missão era ir até a loja e conferir que tipo de mercadoria o Sr. Kang estava comprando para que a Sra Kang soubesse se havia alguém mais para receber o tal presente.

Taehyung sabia que havia boas opções para um disfarce, mas nenhum seria melhor que se vestir como uma garota e fingir ser uma cliente em potencial, observando as peças enquanto sua atenção, na verdade, estava voltada para as pessoas ao seu redor, na esperança de encontrar seu alvo.

Por isso ele estava em meio a manequins e araras, usando uma peruca com fios claros, maquiagem cuidadosamente aplicada, uma blusa larga que esconderia sua ausência de seios, uma saia preta, meia-calça preta e, céus, saltos.

Pelo menos ele não era ruim andando de saltos – graças a outros trabalhos similares que ficaram no passado.

Taehyung sabia o horário provável em que seu alvo chegaria a loja, de modo que esperou pacientemente do lado de dentro, fingindo observar as peças sem realmente as ver, porque ele tinha um trabalho e... ele não precisava pensar em todas aquelas rendas, laços de fita, aviamentos, tampouco precisava prestar atenção no tamanho diminuto que algumas delas possuía e que provavelmente deixaria pouco (ou nada) para a imaginação.

A cada minuto, Taehyung olhava para o relógio em seu pulso, esperando enquanto dizia a si mesmo que paciência era essencial para o negócio. E assim ele permanecia.

As vendedoras o deixaram vagar por cada sessão como quisesse, certamente não querendo constrangê-la. Taehyung sabia que havia sido uma boa escolha o visual “feminina e inocente”.

Viu o homem da foto enviada por sua cliente entrando na loja depois de algum tempo. Ele não parecia constrangido, quase como se fosse uma coisa de rotina, parar ali e comprar qualquer coisa – para a amante ou para a esposa, ele não podia dizer.

Estava tão distraído analisando o comportamento do outro que não viu quem estava se aproximando de si, com um olhar confuso, mas decidido mesmo assim.

“Kim Taehyung?” Uma voz que Taehyung vagamente conhecia perguntou, uma mão tocou seu ombro delicadamente e, devido ao susto, Taehyung se virou, afastando-se tanto quanto pôde, esbarrando em um manequim, quase o derrubando.

Por sorte, seus reflexos – maravilhosos reflexos, ele tinha que reconhecer – ajudaram-no naquela situação, e ele pôde evitar que o desastre fosse maior – as vendedoras permaneceram onde estavam, e ele lançou um sorriso para elas, na esperança de que entendessem que tudo estava bem.

Seu alvo também olhou em sua direção, e Taehyung quis matar a pessoa que o havia interceptado ali, mesmo que ele ainda não tivesse conferido de quem se tratava. Fingindo vergonha, desviou o olhar, não querendo apresentar qualquer comportamento que o levasse a suspeitar que ele conhecia o sr. Kang.

Quando o perigo havia passado, ele olhou para o intruso e ficou petrificado no lugar.

Porque aquele não era seu dia de sorte, visto que Jeon Jeongguk, o vizinho em quem Taehyung vinha tendo uma paixonite desde que havia se mudado um ano e meio antes o estava encarando como se não pudesse acreditar no que seus olhos estavam vendo.

“Merda.” Ele murmurou baixinho. Um raio já podia cair na cabeça dele para poupá-lo daquela vergonha.

“É você mesmo?” O outro perguntou. Taehyung lambeu os lábios, de repente sentindo como se estivesse desidratando enquanto suava frio. Nem todos os seus muitos anos de prática naquela profissão o haviam preparado para enfrentar o vizinho gostoso que provavelmente iria pensar que ele era um pervertido.

“Eu...” Ele tentou organizar as palavras, mas o olhar de Jeongguk estava tornando tudo muito difícil – o outro estava franzindo o cenho e não parecia estar achando nada divertido.

Taehyung merecia um prêmio.

De fracasso do ano.

Ele conseguira arruinar qualquer chance que ele potencialmente tivesse – isso se Jeongguk não fosse hétero e sentisse qualquer fagulha de atração por Taehyung, condições as quais ele já duvidava muito de que pudessem se verificar.

Tudo destruído em uma questão de segundos.

Que destino era aquele que queria vê-lo no fundo do poço tão cedo? Tão jovem?

Só lhe restava tentar remediar, mas…

Ele não tinha a menor ideia de como explicar tudo de forma rápida, compreensível, sem deixar sequelas (muito) graves na mente do outro e com a possibilidade de concluir o que havia ido fazer ali.

Não tinha como explicar que ele estava ali em uma missão secreta, certo?

Não de forma a evitar que o outro alardeasse a situação para todos no local, chamando a atenção de seu alvo, arruinando seu disfarce que era perfeito – ou não, já que ele tivera o azar de ser reconhecido.

Ao pensar em seu alvo, Taehyung olhou de esguelha para o local onde antes estava o homem e não o viu.

Olhou para todos os lados, sentindo sua vida se esvaindo de seu corpo, e não o encontrou em lugar nenhum.

“Merda.” Falou de novo, olhando para todos os lados mais uma vez, para garantir de que não o deixara passar despercebido – o que seria impossível, mas não lhe custava nada tentar.

Não havia mesmo sinal dele, como se tivesse virado fumaça no ar.

Agora Taehyung tinha uma complicação ainda maior. Além de obviamente ter um problema chamado Jeon Jeongguk, não havia conseguido concluir a única coisa que precisava fazer para ganhar uma boa grana.

Mas claro que podia ficar pior.

Sempre podia ficar pior.

“Eu posso ajudar em alguma coisa?” A vendedora perguntou com um sorriso gentil, olhando entre Taehyung e Jeongguk, como se estivesse pensando em algo que Taehyung tinha certeza de que não iria gostar. “Sabe, é realmente bonito que seu namorado venha com você comprar lingerie, mostra que vocês têm um relacionamento saudável.”

Taehyung até pensou em responder e dizer que ele e Jeongguk não eram namorados, mas ele tinha consciência de que sua voz estava muito além do que uma voz de mulher pareceria, então optou por ficar calado, encarando a vendedora com olhos assustados, enquanto esperava pelo milagre do raio que ainda iria cair em sua cabeça.

“Ela é muito tímida.” Ele ouviu Jeongguk dizer. “Mas nós estamos tentando mudar isso um pouco, pra melhorar nosso relacionamento” Ao dizer aquilo, Taehyung sentiu a mão de Jeongguk passando por sua cintura, segurando com força e o puxando para perto, colando seus corpos.

Taehyung tropeçou nos próprios pés, não esperando aquela reação do outro. Suas mãos buscaram apoio instintivamente no peito de Jeongguk, sentindo a camada sólida de músculos enquanto prendia a respiração.

“Entendo…” Ela sorriu, nitidamente envergonhada com a demonstração de afeto do casal.

“Anh…” Jeongguk olhou para os lados, fazendo uma pausa, e pegou uma peça qualquer da arara mais próxima, empurrando-a nas mãos da vendedora. “Nós vamos levar essa aqui.” Ele sorriu, enquanto Taehyung tentava não encarar a vendedora, pronto para entrar em combustão pela vergonha da maldita situação em que se enfiara.

O que é que tá acontecendo aqui?, ele se perguntava de novo e de novo, mantendo seu autocontrole, afinal, ele era um ótimo ator – não importava que ele tivesse tentado se afastar de Jeongguk, sem sucesso, ganhando em troca um aperto mais forte contra sua cintura.

 

 

Taehyung andou o mais rápido que pôde na direção da rua, olhando para todos os lados a procura de um táxi, enquanto Jeongguk seguia-o logo atrás, carregando a maldita sacola com o que quer que ele havia comprado.

Andar não era a mais fácil das tarefas. Andar calmamente de salto era algo; andar de salto apressadamente para fugir do vizinho gostoso e enterrar sua reputação perdida era outra completamente diferente.

“Taehyung-ssi, espera!!” Ele o chamou, mas Taehyung fingiu não ouvir e continuou observando os carros que passavam na avenida.

Tudo o que ele queria era ir para casa, trocar de roupa e nunca mais encarar Jeongguk, se possível.

Mas ele não tinha tanta sorte assim. Tão logo entrou em um táxi vago, sentando-se no banco de trás do veículo, o outro entrou logo atrás. Taehyung até tentou sair pela porta do outro lado, mas Jeongguk segurou seu braço, impedindo-o de continuar fugindo.

“Espera, Tae.” Ele pediu, e Taehyung parou onde estava. “Nós vamos pro mesmo lugar, então...”

Ao ouvir aquela voz doce falando com ele daquela forma, como se estivesse lidando de verdade com a namorada enfurecida, ele quase se sentiu mal por não explicar a situação e sair por aí como se Jeongguk fosse o culpado por sua incompetência.

Contudo ele lembrava que estava vestido como uma garota e que seria bem estranho ter que explicar aquilo sem ganhar olhares confusos de quem não iria entender nada e ficava irritado consigo, amaldiçoando o destino que colocara Jeongguk no lugar errado, na hora errada.

O motorista observava-os pelo retrovisor e deveria estar achando tudo muito estranho, mas não falou nada – certamente não estava a fim de se meter em um briga entre um casal de namorados.

Taehyung cruzou os braços sobre o peito, dando-se por vencido, e encarou a janela do outro lado, enquanto Jeongguk, após certificar-se de que o outro havia se resignado, dava instruções sobre como chegar ao prédio onde eles moravam.

O percurso para casa foi feito em silêncio e nunca havia sido tão longo, Taehyung pensou deixando um suspiro escapar de seus lábios.

Tão logo o motorista estacionou, o detetive foi o primeiro a sair do carro, deixando a corrida para que o outro pagasse. Taehyung estava tão irritado no momento, que nem se importou em dividir. Na verdade, o que se passava em sua cabeça era: Quanto mais rápido pusesse um fim àquele dia, melhor.

Jeongguk, porém, não estava disposto a desistir tão rápido, alcançando-o com passadas largas e rápidas em meio ao corredor do andar onde moravam, depois de subirem as escadas o mais depressa que podiam.

“Eu sei que você não me deve explicação, mas você devia pelo menos me agradecer por ter tirado você de lá.” Ele falou, projetando a voz para se fazer ouvir, fazendo Taehyung parar no meio do corredor, com uma repentina vontade de rir.

Parecia uma grande piada.

“Você? Me ajudou?” Ele se virou. Nem pensara muito sobre como iria soar, mas as perguntas tinham um gosto amargo que ele tinha certeza que transpareceram em seu tom de voz.

“Claro! Como você ia sair daquela loja sem que alguém percebesse que você era um homem vestido de mulher, como algum tipo de pervertido?”

“Primeiro: Eu sei sair das situações em que eu me coloco. Segundo: Ninguém pediu para você me ajudar. Se não fosse por você, eu teria conseguido concluir meu trabalho, mas você tinha que me distrair!” Acusou.

“Trabalho?” Jeongguk franziu as sobrancelhas, confuso.

“É! Eu... Eu estava investigando algo, tá? E eu perdi o meu alvo quando você apareceu na minha frente. O que você pensou que estava fazendo?”

A expressão no rosto de Jeongguk suavizou, e ele abriu a boca sem saber o que dizer.

“Eu... Sinto muito.” Disse por fim. “Eu estava tão chocado que nem pensei muito sobre o que tava fazendo.”

Taehyung respirou com calma ao ver a expressão arrependida no rosto bonito. É claro que não tinha como Jeongguk saber, e, ainda assim, ele estava descontando toda sua irritação e frustração em alguém que só tentou ajudar.

De repente ele se sentiu culpado e envergonhado de seu comportamento. Se não havia estragado tudo com Jeongguk antes, aquele havia sido o ponto final, a morte de todas as suas esperanças.

“Ei, tudo bem. Eu vou... dar um jeito na confusão que eu fiz.” Cedeu. Seu vizinho estava com os ombros curvados e uma expressão de filhote de cachorro com fome que só fez a culpa e a vergonha de Taehyung aumentarem ainda mais. “Só não tente bancar o heroi da próxima vez...” Suspirou, voltando a andar.

Então ele parou, virou-se para olhar para o vizinho, que ainda estava no mesmo lugar. “A gente pode dividir a corrida do táxi, mas eu realmente quero sair dessa roupa primeiro.”

“Tá tudo bem.” Jeongguk sorriu, comprovando suas palavras de que estava tudo bem, e Taehyung sentiu vontade de sair correndo.

Não que fosse uma tarefa fácil, com os pés doendo como estavam, tropeçando sem qualquer motivo e arrastando o salto no piso, o barulho ecoando pelo corredor em uma melodia bizarra.

Mas era preciso, para seu próprio bem, que ele pudesse esquecer aquele final de tarde, acreditando que tudo não passara de um pesadelo.

 

 

Tão logo entrou no apartamento onde morava, retirou a peruca, jogando-a para um lado, a bolsa para o outro, e sentou-se perto da entrada. Livrou os pés dos saltos e os massageou um pouco, tentando aliviar a dor.

Impaciente para se livrar das roupas femininas, andou até o quarto, retirando a blusa e jogando-a de qualquer jeito no chão, procurando por algo que pudesse vestir em seu lugar, mas ele ouviu Jeongguk chamando-o do lado de fora antes que pudesse encontrar algo.

Olhou para si mesmo, consciente de que não poderia ir até a porta usando apenas saia e meia-calça, e se moveu pelo quarto, andando na direção do guarda-roupa com pressa para vestir alguma coisa. No entanto, ele tropeçou na blusa que havia jogado no chão, caindo sobre a cama com um grito de surpresa.

"Taehyung-?" Ele ouviu Jeongguk chamá-lo, perto demais para ainda estar do lado de fora. Com um pulo, Taehyung levantou-se da cama, andou até a sala e percebeu que Jeongguk deveria ter ouvido seu grito e entrado em seu apartamento para bancar o heroi de novo.

Ele pensava que eles tinham resolvido todos os problemas que o encontro de mais cedo havia gerado, quando cada um seguiu para seu apartamento, e pensava que havia trancado a porta ao entrar, mas aparentemente suas convicções estavam erradas, porque ali estava seu vizinho de novo.

Jeongguk o encarava boquiaberto, olhando-o de cima abaixo, fixando seu olhar em algum lugar entre seu rosto e suas pernas, e Taehyung duvidava de que ele estivesse prestes a reclamar do que estava vendo.

"O que você quer?" Perguntou, felizmente capaz de manter sua voz o mais natural possível. Pelo menos algo de bom naquele dia em que Taehyung deveria ter ficado em casa, debaixo de suas cobertas, vendo anime e comendo sorvete, morto para o mundo. Infelizmente ele ainda precisava pagar suas contas.

"Você..." Ele falou, e Taehyung piscou algumas vezes, tentando ter certeza de que ouvira certo.

"Perdão?" Perguntou polidamente, só para garantir.

Jeongguk levantou o olhar e o encarou. O ar ficou denso de repente, pesado. Taehyung se sentia até oprimido, com dificuldade para respirar, mas o momento foi embora quando seu vizinho balançou a cabeça, espantando qualquer pensamento que o tivesse fazendo agir como se ele estivesse prestes a criar uma piscina de baba em seu chão.

"Anh, você esqueceu isso..." Ele levantou o braço, mostrando a sacola da loja da qual eles haviam acabado de sair. O infame presente de Jeongguk para sua namorada.

De todas as piadas existentes naquele dia, aquela era a pior.

Andou até o mais novo, vendo-o acompanhar cada movimento seu com o olhar. Ele deveria ainda estar se sentindo constrangido por parecer um pervertido, mas ele estava se sentindo estranhamente confiante para alguém semi-nu, vestindo apenas com uma saia – mesmo que a saia ficasse muito bem nele, obrigado.

"Você devia dar pra sua namorada de verdade." Era uma técnica antiga, Taehyung sabia, mas ele estava desesperado, incapaz de se manter imune ao olhar que Jeongguk lançava sobre seu corpo.

Com a sorte que ele estava naquele dia, era capaz de Jeongguk estar vendo sua pele ficando verde, e não o desejando como Taehyung preferia que acontecesse.

"Eu não tenho uma." Ele confessou. Seu pomo de adão subia e descia em sua garganta, e Taehyung precisou respirar com calma, enquanto imaginava a pele daquele pescoço cheia de marcas vermelhas.

"E por que eu ficaria com isso?"

"Eu não sei, só pensei que-" Ele apressou-se em responder, de repente atropelando as palavras, mas cortando a frase ao meio quando Taehyung deu mais um passo para frente e estendeu a mão, aceitando a sacola.

"Vai ficar linda em você-" Ele falou, parecendo constipado, e seus olhos se abriram em espanto. A mão de Taehyung parou a meio caminho, seu sangue descendo, fazendo seu membro latejar. "Quer dizer, anh, eu não sei, talvez... Talvez você possa... Usar como... Como..." Ele claramente não tinha ideia do que dizer, mas Taehyung não era tão idiota assim.

E estaria mentindo se dissesse que não estava se sentindo excitado com a ideia de provar o que eles haviam comprado por acidente para que Jeongguk visse.

Finalmente ele segurou a sacola, retirando de dentro a delicada peça preta – uma calcinha com aplicações de renda e um laço rosa no cós. Jeongguk continuou parado onde estava, mas observou quando ele se curvou para retirar a boxer que usava por baixo da saia, substituindo-a pela calcinha, ajeitando-a para que coubesse perfeitamente, tomando o cuidado de manter sua semi-ereção presa pela peça.

Sua respiração ficou presa na garganta. A sensação do tecido contra sua pele sensível fez com que seu membro latejasse ainda mais, aumentando em si a vontade de se tocar para que o gozo acabasse com sua agonia, mas ele se conteve, esperando que suas suposições não estivessem erradas daquela vez. Percebeu que a calcinha não ficara perfeita, apertava sua pele um pouco, mas certamente teria ficado melhor se ele não tivesse uma ereção com que lidar.

"Quer ver?" Perguntou sem encarar Jeongguk, consciente de que seu corpo estava em chamas e de que seu rosto, orelhas e pescoço certamente tinham uma coloração avermelhada.

Como resposta, Taehyung percebeu que Jeongguk se cruzou a distância que restava entre eles, segurando a barra da saia, hesitando.

"Posso?" Ele perguntou baixinho.

Taehyung mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça.

Sim.

Mas, ao contrário do que o gesto anterior sugeria, Jeongguk não levantou a peça para ver o que havia embaixo. Em vez disso, a mão dele passou a deslizar sobre sua coxa, na parte em que a meia não alcançava, a princípio apenas um roçar leve, como se estivesse testando para saber se aquilo era mesmo real.

No entanto, logo seu toque se tornara mais firme, a outra mão fazendo o mesmo com sua outra coxa, subindo até que as mãos dele moldassem a parte inferior da sua bunda, sua pele em chamas a cada ponto tocado.

Taehyung tentou prender o gemido que ameaçou escapar por seus lábios, mas o som não foi inteiramente contido, escapando por sua garganta como um choramingo, suas mãos buscando apoio nos ombros do outro, enquanto suas pernas enfraqueciam.

Então as mãos dele deslizaram sobre o tecido, e Taehyung quase pediu para que ele voltasse a tocar em sua pele novamente, mas se refreou quando sentiu uma das mãos moldando sua ereção sobre o tecido.

"Eu tava certo, tá perfeito." Ele murmurou, tocando a glânde que escapava pelo cós da calcinha com a ponta do dedo, delicadamente, espalhando um pouco de pré-gozo pela região.

Àquela altura, qualquer pensamento coerente havia deixado a mente de Taehyung, e, por instinto, ele moveu o quadril para frente, na direção de Jeongguk, querendo mais daquele toque em si.

Jeongguk o abraçou com uma das mãos, puxando seu corpo até que estivessem com os abdomens pressionados contra o do outro, e Taehyung sentiu que ele passava o nariz por seu pescoço, subindo em direção à sua orelha.

"Ansioso por mais, Taehyung-ssi?"

"Sim." Respondeu e se afastou para encará-lo. Jeongguk olhava para ele com os olhos turvos de desejo, fixando-se primeiro em sua boca entreaberta, depois em seus olhos, para então voltar para os lábios convidativos.

Antes que Taehyung pudesse pensar sobre o que estava fazendo, ele se inclinou, beijando Jeongguk.

O contato, que começou como um selinho tímido, acabou com a língua de Jeongguk invadindo sua boca, lambendo cada canto, provocando sua língua. O beijo tinha o mesmo gosto que o gloss labial que ele estava usando, e havia mais dentes do que Taehyung costumava gostar, mas era perfeito mesmo assim, principalmente com as mãos de Jeongguk voltando para debaixo de sua saia, os dedos dele enroscados nas laterais da calcinha, ameaçando retirar a peça a qualquer segundo.

Todavia ele não a retirou, puxando-a até onde a peça permitia e soltando, produzindo um barulho de elástico batendo contra pele. Taehyung gemeu em meio ao beijo pela sensação de formigamento que o choque produziu na região atingida e, mesmo querendo se ver livre do incômodo de ainda estar preso naquela prisão feita de tecido, ele sentiu uma onda de prazer por seu corpo em decorrência do ato.

Jeongguk interrompeu o beijo, provocando um som molhado quando as bocas se separaram. Suas mãos seguraram com força em suas coxas, apoiando-as.

"Pula." Ele murmurou, e Taehyung obedeceu, abrindo as pernas para acomodar-se melhor ao corpo do outro, prendendo seus tornozelos sobre a parte inferior das costas dele.

Taehyung sentiu vontade de sorrir enquanto o encarava, descansando os braços sobre seus ombros. Não podia acreditar que estava sendo carregado daquela forma.

Foi depositado sobre sua cama com pouco cuidado, o outro ficando por cima de si, ainda entre suas pernas. Apoiou-se sobre os cotovelos, esperando o próximo movimento.

Jeongguk beijou a junção entre seu ombro e seu pescoço, sua clavícula, seu pomo de adão, demorando-se em cada uma dessas áreas por tempo o suficiente para que a pele presa entre seus lábios adquirisse uma coloração avermelhada.

Taehyung deitou-se completamente e desceu as mãos pelas costas do outro, sentindo os músculos por baixo da camiseta que ele usava, segurando com força a região dos ossos do quadril, a fim de trazê-lo para perto. Ele o queria mais do que poderia expressar em palavras e já havia esperado mais que o suficiente – isso sem mencionar o ano e meio que passou sonhando com o dia em que tudo aquilo aconteceria, apesar de que nunca seria capaz de imaginar que seria daquela forma.

"Como você quer fazer isso?" Jeongguk perguntou com a voz rouca.

"Tanto faz, mas- Jeongguk- Me fode." Ordenou, sentindo sua boca enchendo de água enquanto imaginava como seria ter Jeonggguk dentro de si.

"Lubrificante?"

"Mesa. Terceira gaveta."

Enquanto Jeongguk mexia na gaveta da escrivaninha à procura do lubrificante, Taehyung deixou seu corpo relaxar sobre a cama. Levou uma de suas mãos até o membro, massageando-o lentamente, ainda sem retirar a maldita peça. Jeongguk, no entanto, logo estava de volta, e, para surpresa de Taehyung, completamente despido.

Ele sabia que Jeongguk devia ser outro nível quando completamente sem roupas, mas ele quase riu do quão melhor era vê-lo, em vez de imaginá-lo.

Ficou de quatro sobre o colchão, aproximando-se dele com um sorriso malicioso nos lábios.

"O que você-?" Ele perguntou quando notou que ele tinha algo em mente, mas Taehyung preferia demonstrar em vez de responder com palavras, afinal, por que perder tempo?!

Lambeu uma faixa de pele do abdômen de Jeongguk, ouvindo-o abafar um gemido. Segurou as coxas dele com força, lambendo pedaços de pele aleatórios enquanto descia com as lambidas, chegando ao ponto em que ele realmente queria chegar, segurando o membro dele com a mão direita, enquanto a outra permanecia segurando a coxa grossa.

Ele se sentou sobre as pernas e não pensou duas vezes antes de abrir a boca, acomodando-o o melhor que podia. Fechou os olhos, concentrando-se para respirar pelo nariz, relaxando o suficiente para sentir a ponta da ereção dele no fundo de sua boca sem engasgar.

Então Taehyung moveu a cabeça, sentindo os dedos de Jeongguk em seu cabelo segurando os fios com força, o quadril dele se movimentando, buscando instintivamente pelo calor e pela umidade de sua boca. Seu maxilar começou a doer em algum momento, mas ele só se deu por satisfeito quando o aperto da mão do outro, mais forte, afastou sua cabeça.

Quando Taehyung olhou para cima, com os lábios inchados e vermelhos, o queixo dolorido, mas com um sorriso no rosto, Jeongguk olhava para ele como se fosse devorá-lo inteiro. Um olhar que combinava com ele.

Taehyung lambeu os lábios, esperando por uma reação, que veio na forma das mãos fortes dele o conduzindo até que ele estivesse de quatro, mas daquela vez com o rosto virado para o outro lado. Sua saia mal cobria sua bunda, e a consciência sobre esse fato o fez arquear as costas, permitindo que o outro tivesse uma boa visão do que o aguardava.

Ele esperou que Jeongguk baixasse sua calcinha e o preparasse com os dedos, mas o que sentiu foi a boca dele na junção da coxa com suas nádegas, beijando sua pele, passando um dos dedos sobre o tecido da calcinha, provocando.

"Jeongguk-" Chamou em tom de alerta.

"Eu sei..." Ele riu baixinho, e Taehyung pôde ouvir o som da embalagem de lubrificante sendo aberta. Pela demora, ele imaginou o produto sendo espalhado pelos dedos com surpreendente calma, enquanto esperava que sua temperatura corporal ajudasse a aquecê-lo.

Então ele afastou a calcinha para o lado, penetrando-o com um dedo.

Jeongguk levou o tempo que achou necessário para prepará-lo, enquanto Taehyung ficava cada vez mais impaciente.

"Jeongguk-" Ele chamou novamente, mal sentira três dedos o invadindo.

"Shhh..." Ele fez, produzindo um som que se prolongou um pouco mais que o necessário. "Só mais um pouco."

Ao que Taehyung fez de tudo para obedecer. Mas dedos não eram o suficiente quando Tehyung já haviam provado do membro dele em sua boca e ansiava por mais.

Para acelerar o processo, Taehyung mexeu o quadril, acompanhando os movimentos da mão do outro. Quanto mais rápido eles pudessem andar com aquilo, melhor.

"Taehyung-" Jeongguk chamou seu nome, como se tivesse algo urgente a dizer. Mas o que quer que ele tivesse em mente nunca veio, perdido entre os murmúrios de Taehyung para que ele finalmente o fodesse e o barulho da embalagem do preservativo que ele deveria ter encontrado junto com o lubrificante.

Taehyung sentiu mãos apressadas baixando suas meias até o joelho, em seguida a calcinha finalmente havia sido retirada, tendo o mesmo destino que as meias, mas não sem que um barulho de tecido se rasgando ecoasse em seus ouvidos. E então o sentiu deslizando para dentro, produzindo um som molhado, que demonstrara o quão generoso Jeongguk fora ao prepara-lo. Não que ele desgostasse da sensação – descobria que gostava da umidade extra, do som que produzia a cada movimento do outro, devagar, deliberadamente sem pressa, como para fazê-lo perder qualquer vestígio que ainda lhe restasse de sanidade.

Sentiu as mãos de Jeongguk em seu quadril, por baixo da saia, que subira ainda mais, mantendo-o no lugar e até mesmo sustentando-o. Se fosse depender de suas pernas, Taehyung tinha certeza de que seria um desastre. Sentiu também um beijo sendo depositado em suas costas, entre suas escápulas, sobre a pele suada e grudenta e suspirou, arqueando as costas novamente.

Ele gemeu quando sentiu Jeongguk acertando sua próstata e avisou-o em meio a gemidos para que continuasse daquele jeito, acertando-o no mesmo lugar de novo e de novo, enquanto sentia uma onda de calor se acumulando em seu corpo enquanto ele se aproximava de seu limite sem que ele sequer precisasse se tocar.

Os movimentos de Jeongguk se tornaram menos ritmados, mais bagunçados, mas fortes e rápidos. Entretanto, antes que Taehyung tivesse a oportunidade de atingir o orgasmo, Jeonggguk estava saindo de dentro dele. Um choramingo e um soluço escaparam de seus lábios, sinal de seu desagrado com a interrupção em um momento tão crucial.

"Eu quero olhar para você." Jeongguk explicou, respondendo a seu questionamento mudo, conduzindo-o com as mãos até que ele estivesse deitado olhando diretamente para ele.

Taehyung observou Jeongguk terminar de retirar a calcinha, evitando que ficasse enganchada em seus pés, e acomodar-se novamente entre suas pernas abertas, daquela vez levantando-as até que ele estivesse praticamente dobrado ao meio. Feito isso, ele o penetrou novamente, atingindo sem erro a próstata de Taehyung, que mordeu o lábio inferior e agarrou-se às costas alheias, puxando ar para seus pulmões com força, a ponto de fazê-lo sentir como se suas vias respiratórias estivessem em chamas.

Jeongguk soltou suas pernas para se inclinar sobre seu corpo, até estar com os lábios roçando sobre os seus.

"Eu não disse, mas você fica lindo assim, mais lindo do que eu imaginei quando vi você parado naquela loja." Ele murmurou. Cerrava os dentes e continuava com os movimentos, e tudo aquilo foi o que bastou para que Taehyung gozasse, sujando sua saia e sua pele com sêmen, enquanto Jeongguk ainda o fodia contra o colchão.

Uma ideia passou por sua mente em seu estado de pós-orgasmo, enquanto ele seus ossos amolecendo quase como se estivessem se desmanchando.

Ele não sabia se a ideia era boa, tampouco teve tempo de analisa-la com cuidado.

Tudo o que ele sabia era que estava deixando as palavras avançarem por sua língua, pulando de sua boca, caindo direto nos ouvidos do outro.

"Oppa, goza pra mim." Taehyung murmurou manhoso, vendo o olhar de Jeongguk mudar para algo parecido com choque, e então mudar para êxtase, sêmen sendo liberado na camisinha utilizada por ele.

Ele parou os movimentos gradualmente, saindo de Taehyung para descartar o preservativo e então colapsar ao seu lado na cama.

Mantiveram-se em silêncio, sem saber o que dizer. Aquele era o momento mais estranho, Taehyung pensou, com pesar. Quando eles não sabiam lidar muito bem com o que havia acabado de acontecer.

"Esse foi um jeito estranho de contar a alguém sobre meu fetiche." Taehyung ouviu o outro murmurar e foi impossível não virar para encará-lo, traçar o contorno de seu corpo com o olhar. Jeongguk estava com os olhos fechados, o peito subindo e descendo com a respiração, mas sua mão estava sobre a de Taehyung, que descansava sobre a cama.

"Acho que a gente precisa comprar mais calcinhas pra mim depois, você arruinou a que eu acabei de ganhar." Taehyung murmurou de volta, sabendo que não tinha nada a perder.

Na verdade, ele até ganhara um sorriso de Jeongguk em resposta.

O momento foi quebrado pelo celular de Taehyung tocando em algum lugar do apartamento.

Mesmo que Jeongguk o tivesse olhado com uma cara de filhote que foi abandonado na chuva, provavelmente um pedido implícito para que ele não fosse atender o telefone, Taehyung precisava se levantar, pelo menos para trocar de roupa – as que ele estava usando estavam perdidas por ora.

Andou a passos trôpegos até a sala, sentindo seu corpo inteiro ainda sensível.

O celular estava na bolsa que ele largara no chão, o número pertencia à Sra. Kang e ele precisou engolir em seco antes de atender, sentindo o gosto amargo do fracasso na boca, mesmo que, momentos antes, ele tivesse experimentando outras sensações mais doces.

A voz da Sra. Kang parecia distante em seus ouvidos, ainda que o celular estivesse colado em sua orelha.

Em seu quarto, Jeongguk se vestia sem pressa, mas não demorou muito para que ele deixasse o apartamento sem lançar um último olhar para Taehyung.

 

 

Taehyung se concentrou na ligação o melhor que pôde. Não foi seu momento mais profissional, mas certamente não fora o pior também.

Depois de pedir desculpas por ter perdido a oportunidade na loja de lingeries, sentindo em sua pele o fantasma dos toques de Jeongguk por todo o seu corpo, Taehyung prometeu que não iria falhar da próxima vez e que iria dar seu melhor para conseguir provas cabais da fidelidade ou infidelidade do Sr. Kang.

Mas não foi preciso muito esforço da parte do Detetive Kim, que conseguiu fotos do casal de amantes na saída de um restaurante, depois que um de seus informantes cobrou caro pela informação de que ele havia feito reservas para dois ali.

A Sra. Kang não ficou satisfeita com o marido, é claro, mas pagou a Taehyung tudo o que havia prometido, descontando um pouco por conta do fiasco – não muito, ele percebeu. Ainda seria capaz de pagar o aluguel e guardar um pouco em sua poupança com o que recebera.

Ele então pôde ficar em casa, assistindo anime e comendo sorvete enquanto esperava por uma ligação.

Dizia a si mesmo que estava à espera do próximo caso, mas ele sabia que não se decepcionaria se o caso não viesse, se do outro lado da linha pudesse ouvir a voz de Jeongguk.

A ligação não veio.

Não de Jeongguk.

Sempre que saía para fazer alguma diligência de um de seus casos, Taehyung parava por alguns segundos na frente da porta do apartamento vizinho. Às vezes ele parava por minutos, dividido entre o dever que o aguardava e a necessidade que ele tinha de revê-lo.

Não sabia por que de repente eles simplesmente se afastaram depois do outro dia, mas imaginou que o outro talvez não se sentisse da mesma forma com relação a ele.

Foi coisa de um dia, de um momento.

Entretanto ele não conseguia parar de pensar, mesmo que tivesse enterrado o disfarce que usara no fundo do guarda-roupa, esperando que fosse o suficiente para enterrar também suas memórias.

Um mês depois, quando Taehyung estava chegando depois de ter passado o dia de tocaia, apesar de ainda não ter desistido de parar à frente da porta de Jeongguk, ele precisou passar direto, vendo algo estranho na frente do próprio apartamento.

Uma sacola de uma loja de lingerie conhecida.

Quando ele se abaixou, pegando a sacola para olhar seu conteúdo, viu que dentro havia uma calcinha branca, que ele imediatamente colocou de volta na sacola, constrangido, e um bilhete.

 

"Sinto muito ter arruinado tudo da última vez.”

 

Taehyung leu o bilhete e sentiu vontade de rir. Aquilo era tudo o que ele iria ganhar depois de todo aquele tempo?

De toda forma, olhou para o conteúdo da sacola mais uma vez, vendo laços azuis. A cor branca provavelmente iria lhe cair bem, mas ele precisava de alguém que pudesse apreciar corretamente os efeitos daquela peça em seu corpo.

Mandando para o espaço qualquer receio que ainda restasse em si, ele andou a passos largos até o apartamento ao lado, tocando a campainha com um pouco mais de força do que pretendia.

Quando Jeongguk atendeu a porta, ele ficou parado por um tempo, sem saber o que dizer. Estava com o cabelo bagunçado, vestindo o mesmo tipo de roupa de sempre, camiseta branca e calça de moletom preta e que mesmo assim ficava maravilhosa nele.

Sorte deles que Taehyung não ligava para a falta de palavras – seja pessoalmente, seja através de bilhete.

“Então, eu queria saber se você viu quem deixou isso aqui na porta do meu apartamento, por acaso.” Falou, sério, mostrando a sacola. Ele era mesmo um bom ator, pensou.

“Não, eu… Não vi nada.” Jeongguk respondeu, desviando o olhar.

“Uma pena... Pensei que fosse alguém que se parece com você.” Sorriu, e Jeongguk o olhou, desconfiado.

“E pra que você quer encontrar essa pessoa?” Perguntou, e Taehyung soube que o interesse dele havia sido capturado, que nem tudo estava perdido como ele havia pensado.

“Porque ele devia parar de arruinar oportunidades e vir arruinar outras coisas em vez disso.” Respondeu com malícia na voz, esperava que fosse o suficiente para que o outro entendesse o recado.

Ao ouvi-lo, Jeongguk tossiu exageradamente, uma adorável coloração avermelhada surgindo em sua pele do rosto, descendo em direção ao pescoço.

“A menos que ele não queira...” Completou, testando sua sorte, esperando pela sentença que poria fim a toda e qualquer dúvida remanescente.

“Eu… Talvez tenha visto.”

“É? E talvez saiba onde ele está agora?”

“Ele… esteve pensando que poderia ter tivesse sido coisa de uma só noite, o que aconteceu, mas ele não queria que fosse algo tão frágil assim, então ele finalmente resolveu arriscar. Ele…” Jeongguk fez uma pausa, recostando o corpo no batente da porta. Primeiro ele olhou para o chão, deixando que um sorriso brotasse em seus lábios. “Não, eu. Eu queria ter tido coragem antes, antes mesmo daquele dia... Então, talvez, eu devesse ter escrito também um convite para um chá?”

“Nah, um convite pessoal assim é melhor.” Deu de ombros, sem conter que o sorriso aliviado se espalhasse por seu rosto.

Jeongguk afastou o corpo, empurrando a porta para que Taehyung entrasse.

“Gostou do presente?” Jeongguk perguntou ao fechar a porta.

“Acho que preciso provar primeiro.” Provocou, vendo o outro olhar para ele com as narinas dilatando um pouco, o olhar perdido, os lábios entreabertos.

“Você quer-?” Ele apontou para várias direções com o dedo indicador, sem saber em qual delas era o melhor lugar para que seu convidado pudesse provar o presente. Ele sequer concluiu a pergunta, confuso demais para notar que não havia terminado.

Mas Taehyung não esperou que Jeongguk pusesse seus pensamentos no lugar, sorrindo da expressão que ele tinha no rosto.

“Com certeza.”


Notas Finais


Agora é a hora em que eu espero pelas pedras.

Obrigada por ler!

Vou deixar o link do ask hoje, vai quÊ: https://ask.fm/flopnuny

* 30 cookies. Set: Primavera. Tema: 27 (Imitação).


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