O que é isso?, penso. Gosmento, molhado e... Pulsando em cima da minha mão direita. O que é isso, Deus?, penso novamente O que está acontecendo comigo?. Deixo-o escorregar e percebo, sem querer, que estou jogada ao chão duro e frio do meu próprio quarto. Minha cabeça lateja, lateja muito forte, e tem uma dor imensa em torno de meu tórax. Com a visão embaçada e curta, estava difícil de descrever tudo ao meu redor, tento limpar meus olhos com as mãos e noto que elas estavam de coloração avermelhada, era sangue. Meu sangue. Como? Ficando cada vez mais tonta e cada vez mais sem ar dentro dos pulmões para respirar normalmente, tento buscar o máximo que posso do mesmo, mas em vão. Deslizo minhas mãos até o peito, que doía mais do que posso expressar em meras palavras. Mais sangue. Mais sangue meu. Meu peito estava aberto e eu podia tocar em minhas costelas, em meu pulmão... Como? Doía. Oh meu Deus! Em um choro sem fim, percebo que não tinha mais como mentir a mim mesma. Eu não podia mais acreditar em tudo que minha cabeça me mandava imaginar. Eu deixei escorregar de minha mão meu coração. Eu já sabia disso. Só não queria aceitar a verdade, a grande e real verdade. Eu que fiz isso comigo mesma e não há motivos para voltar atrás. Não tem como eu voltar atrás. Por quanto tempo eu posso continuar viva agora?, penso. Talvez... T-talvez... Doí... Acho que é agora... Que e-eu...
- Ah... – Minha respiração ficou ofegante ao perceber que alguém entrou no meu quarto. Não era qualquer pessoa, era meu melhor amigo da escola, Pedro Constantino. Estava com o rosto embaçado mas, nítida e estranhamente, confuso com toda aquela situação a sua frente. – Eu... T-te...
...meus olhos se fecharam.
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