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História The Daughter of Moon - Uma de Nós


Escrita por: lanes_moon

Capítulo 5 - Uma de Nós


 

 

- Ela está acordando!

- Cale a boca, a deixa acordar sozinha!

Resmunguei algo quase inaudível e abri meus olhos, me assustei ao ver quatro olhos vermelhos me encarando, juntamente de quatro presas que pareciam estar sedentas por sangue. Isso são vampiros?

Arregalei os olhos e me sentei rapidamente com a respiração ofegante, tentando me afastar ao máximo deles. Eu estava com muito medo, pois eu me lembrava de tudo o que havia acontecido na delegacia que quando foi que eu vi os mesmos olhos.

- Ei calma, não vamos fazer nada com você. – A garota loira de olhos vermelhos falou tentando me acalmar, o que me deixou mais em pânico ainda. Não é isso que os psicopatas dizem para as suas vitimas?

- Quem garante? – Percebi então que era o Michael Clifford, o mesmo que estava na delegacia, o que fez o meu terror aumentar mais ainda, eu quero sair daqui!

- Mike pare de assustar a nossa convidada. – A garota falou dando um tapa no braço do Clifford que sorriu. – Bem, meu nome é Makaia, não quero que se assuste, por isso vamos chamar o cachorr... Quero dizer o Calum para te ver.

Ela então puxou Michael pelo braço indo para fora da sala, na qual agora eu havia percebido ter uma enorme porta de ferro, que aparentava ser muito pesada, mas que para eles parecia não pesar quase nada. Reparei aonde me encontrava uma sala escura e grande, com apenas uma mínima janelinha, que mal entrava a luz. A cama onde eu estava deitada era muito desconfortável e pequena, parecido muito com uma maca.

- Hey princesa. – Uma voz conhecida falou abrindo a porta do quarto. Suspirei completamente aliviada em ver o meu melhor amigo. – Como se sente?

- Confusa... – Falei suspirando e ele se sentou na ponta da cama –quase caindo – e me olhou seriamente.

- Sei como se sente. Mas logo as coisas vão ficar bem. – Ele falou dando um sorriso reconfortante.

- Há quando tempo estou aqui?

- Bem, quase uma semana. – Ele falou e eu arregalei os olhos mais uma vez.

- Meu Deus e mamãe? Afinal onde eu estou? O que estou fazendo aqui? – O bombardeei com várias perguntas, querendo que ele me responda o mais rápido o possível. Eu me sinto muito confusa e curiosa.

- Acalme-se. Sua mãe está bem e eu disse para ela que você vai ficar na minha cara por um tempo, e sim ela acreditou. Você está na mansão dos Clifford e espere na hora certa você vai saber de tudo o que precisa saber.

Encarei-o com discórdia, odeio quando ele não me conta as coisas.

- Agora vamos subir, deve estar com fome. – Calum me puxou da cama, fazendo meus pés descalços tocarem o chão frio, uma brisa passou pelas minhas pernas e só agora percebi que estava apenas com uma camisa e que mal cobria o meu corpo. – E pegar roupas para você.

Acompanhei-o sempre assegurando sua mão fortemente. Saímos da sala e subirmos dois lances da escada. Caramba, a sala que estávamos fica muito embaixo da casa, credo!

Chegamos ao andar de cima, mais precisamente a cozinha do local. Ali estava os dois que estavam lá em baixo comigo antes. A garota a me ver sorriu abertamente, já Michael apenas deu os ombros.

- Makaia prepare o seu melhor. – Calum falou puxando uma cadeira e se sentando perto da mesa.

- Pode deixar! – Ela se virou para o fogão e começou a cozinhar incrivelmente rápido. Mas não era lago feito por um ser humano normal, eu mal conseguia ver seus movimentos.

Em menos de três minutos um banquete estava pedindo para ser comido por mim. Olhei par Calum e ele assentiu sorrindo para mim, como se dissesse que eu podia comer o que quisesse. Suspirei e enfiei um enorme pedaço de bolo de chocolate na boca.

- Está gostoso? – A tal de Makaia perguntou me olhando com certa ansiedade.

- Maravilhoso... – Falei de boca cheia, o que provocou risos dos demais presentes.

- Pelo menos alguém aqui gosta da minha comida. – Ela falou lançando um olhar significativo para Michael, que nem se importou.

- Beba isso, princesa. – Calum falou me dando um copo com um canudo cor-de-rosa.

- O que é isso? – Perguntei olhando para o líquido vermelho. Cheirei e até que o aroma era agradável, então coloquei o canudo na boca e suguei lentamente, sentindo o líquido preencher minha boca.

- Sangue de vampiro... – Calum falou e meu me engasguei, cuspindo um pouco na mesa.

- Ei, você precisa beber isso. – Makaia falou se aproximando de mim. – Ele vai te fortificar. Não pense nisso como sangue, mas o que você mais gosta, combinado?

Olhei para ela me sentindo desconfortável, olhei para o sangue no copo que parecia muito gostoso, por que eu quero beber isso?

Não aguentei a tentação e tomei aquilo, ao líquido viscoso entrar em contato com a minha garganta um maravilhoso sabor de cappuccino com baunilha saboreou minha boca. Em menos de um minuto não havia mais nada.

E logo eu me sentia melhor, os machucados nos meus braços sumiram quase que imediatamente, minha visão melhorou ainda mais do mesmo jeito que a minha audição.

- Podemos contar logo para ela? – Michael perguntou entediado e eu olhei para ele curiosa.

- Calum é o alfa, ele decide quando quer contar. – Makaia falou e logo arregalou os olhos cobrindo a sua boca, como se tivesse dito alguma coisa muito errada. Alfa?

- Alfa? Como assim alfa? – Perguntei olhando para Calum que olhou para baixo constrangido, ele estava escondendo algo de mim.

- Tudo bem, é hora de contar para ela. – Ele falou no meio de um sussurro. – Vamos lá fora, acho que vai ser melhor.

Olhei para ele confusa, mas me levantei junto dele, ele tentou sorrir para mim, como se quisesse me reconfortar, mas a única coisa que saiu foi uma careta, eu até riria, mas estava tensa de mais para fazer qualquer coisa.

Makaia e Michael ficaram na cozinha, apenas se olhando apreensivos, o que me fez ficar mais ansiosa ainda. Fomos para a parte de trás da casa, onde tinha um pouco de grama e algumas flores morrendo e mais para frente à entrada de uma floresta – que cá entre nós, parece ser assustadora –, Calum parou na minha frente, me deixando de costas para a floresta.

- Então, o que quer falar comigo? – Perguntei cruzando os braços e olhando séria para ele.

- Há seiscentos séculos nasceu o primeiro vampiro e o primeiro lobisomem. – Ele começou e eu olhei para ele confusa. – Eles eram muito amigos e estavam sempre juntos, brincando e fazendo experiências malucas, até que numa noite de Lua Cheia o vampiro sentiu muita sede e tudo o que ele tomava não o satisfazia, até que ele atacou uma menina virgem de seu povoado, ele bebeu todo o seu sangue, o lobisomem ao descobrir ficou furioso, pois era uma das meninas mais bonitas daquele lugar e sem pensar duas vezes o atacou. O lobisomem quase o matou, se um camponês não tivesse acertado um tiro de bala de prata no seu coração.

- Com isso o vampiro fugiu, fugiu para outra aldeia quase desabitada, onde ninguém sabia quem ele era. Já o lobisomem foi enterrado no chão de sua casa, já que todos pensavam que ele estava morto, mas na verdade não. A única coisa que pode matar um lobisomem e um vampiro é uma estaca de madeira legítima de Roma, mas enfim. O lobisomem saiu da aldeia e foi atrás do vampiro, pois ele queria vingança... Alguns anos se passaram e nenhum encontrou o outro, o lobisomem já cansado de procurar resolveu tentar ter uma vida normal, conheceu uma mulher e se casou com ela, tendo enfim um descendente, enquanto o vampiro continuava bebendo o sangue das pessoas, mas um dia ele percebeu que ficaria sozinho para sempre então transformou uma criança recém-nascida e a criou como sua filha.

- Alguns anos depois, quando os seus filhos já estavam com certa idade os dois se conheceram, e se apaixonaram, mas um lobisomem e um vampiro nunca poderiam ficar juntos... Por isso se separaram e foram criando outros desentendes tropas e outras coisas do tipo. Fazendo com que virassem inimigos mortais.

- As coisas foram se passando de geração para geração, nunca houve um lobisomem de outro sexo se não masculino, os vampiros nasceram e renasceram trazendo uma legião consigo... – Ele suspirou. – Até que veio você.

- Eu? O que eu tenho haver com essa história toda? – Perguntei.

- Você Chrissy, é a primeira Filha da Lua mulher, não sabemos ao certo o que você é, nem porque você é assim. – Ele suspirou. – Você é uma de nós.



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