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História Dear Cousin - Gravidez?


Escrita por: lanes_moon

Notas do Autor


Olha, eu sei que eu prometi um capítulo para ontem e vocês podem me matar por isso, mas eu realmente não estava bem.
Acho que muito poucas de vocês sabem, mas eu sofro de depressão e as coisas tem ficado mais difíceis para mim e a única coisa que me motiva a continuar são vocês, mas ontem eu não estava em condições nenhumas para continuar.
Então eu peço perdão e agradeço pelo amor e carinho que vocês me dão.
EU AMO VOCÊS ♥

Capítulo 20 - Gravidez?


Eu estava péssima, eu me sentia péssima. Eu estava mais branca do que o normal, meus cabelos estavam completamente bagunçados e o pijama que eu vestia me deixava com um ar mais doentio ainda.

Resmunguei ao olhar minha mala arrumada e as peças de roupas separadas pela minha Tia Helena, que esperava por mim. Suspirei alto e me levantei com a maior preguiça do mundo, peguei minhas roupas e saí de meu quarto, arrastando meus pés e pouco me importando se alguém me visse daquele jeito.

Foi então que eu passei pela porta do quarto de Luke, que estava entreaberta, e o vi deitado em sua cama, com o seu celular próximo a sua orelha e um enorme sorriso no rosto. Então foi que eu senti meu coração se despedaçar ao ouvir as seguintes palavras saírem de sua boca:

- Eu também sinto falta dos seus beijos, Clary. – Ele sorriu abobalhado e meus olhos se encheram de água. 

Então eu corri para o banheiro, provavelmente fazendo muito barulho. Mas quem se importa? Eu sou apenas a garota iludida e com o coração quebrado por culpa de um idiota.

Mal entrei no banheiro e senti o suco gástrico subir pela minha garganta, e eu me joguei no chão, vomitando dentro da privada.

Senti uma lágrima rolar solta pela minha bochecha e eu logo tratei de secá-la rapidamente, 

Percebi então que havia sujado minha blusa com meu próprio vômito. Olhei aquilo e comecei a chorar compulsivamente. Desde quando eu me tornei tão emotiva assim? 

Levantei-me do chão e retirei minha blusa a jogando no chão, fiquei a encarando por um bom tempo, parecendo uma tapada enquanto chorava mais um pouco, qual o meu problema? 

Então eu me olhei no espelho e arregalei os olhos a me ver, o espelho não era muito grande, mas dava para me ver até o meu busto. Eu parecia mais cheinha, não que eu me preocupasse com isso, nunca fui do tipo que se preocupa em estar sempre em forma. Mas eu parecia maior, meus seios pareciam apertados dentro daquele sutiã, então eu olhei para baixo e vi que minhas coxas estavam maiores também. Comecei a me desesperar. Como assim eu estava engordando e todo o resto estava crescendo junto?

Suspirei e balancei a cabeça, provavelmente aquilo era coisa da minha imaginação. Suspirei novamente, me acalmando por completo e joguei um pouco de água no rosto. Escovei os dentes e tirei aquele gosto horrível de minha boca. 

Tirei o resto do pijama e coloquei minhas roupas, que tais eram um short minúsculo, uma camiseta que deixava minha barriga de fora e meus habituais all stars. Qual é? Minha Tia pensa que eu sou o que? Que eu faço ponto na esquina? 

Mas eu tinha muita preguiça de colocar meu pijama - Diga-se de passagem, vomitado – e coloquei aquela roupa mesmo. Nem penteei meus cabelos direito, apenas o amarrei num rabo de cavalo apertado e sai do banheiro com o mesmo ânimo de antes. 

Resolvi seguir para o meu quarto e ficar deitada esperando papai chegar para irmos para casa, mas no meio do caminho eu acabei esbarrando em alguém, era Luke e ele me olhava com os olhos arregalados. Ele ia falar alguma coisa, mas eu apenas bati no seu ombro e me arrastei até meu quarto, caindo de cara no travesseiro e ali ficando...

 

Depois de uma meia hora, ouvi duas batidas na porta, eu gritei, mandando a pessoa entrar, o que ela provavelmente fez, mas eu nem me dei o trabalho de olhá-la, eu só queria ficar ali para sempre... Coisa que eu não poderia fazer.

- Filha? – E ao ouvir a voz de meu pai eu consegui me acalmar um pouco, até sorri de leve. – Oh minha filha, como se sente? 

Ele se sentou ao meu lado e eu me joguei em seus braços, o abraçando fortemente, era disso que eu sentia falta, abraços carinhosos paternos, daqueles que te deixam sufocada e você finge não gostar, mas no fundo você ama.

- Me sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de meu estômago. – Falei colocando a mão na barriga e fazendo uma careta, o que o fez sorrir. 

- Tudo bem, já falei com sua avó e nós já vamos para casa, Okay? – Ele falou se levantando e seguindo para a porta, provavelmente ainda queria falar com minha avó. – Pode ir se despedindo de seus primos, saímos em vinte minutos.

Fiquei encarando o chão por alguns longos segundos, até que decidi ir me despedir de Luke, tudo bem que ele havia sido um idiota comigo, mas eu havia passado bons momentos com ele aqui nessas férias. Acho que um tchau não faz mal, não é verdade?

Saí de meu quarto e desci as escadas, saindo feito um foguete para o lado de fora de casa, onde Luke estava sentado embaixo de uma dás inúmeras árvores dali. 

Aproximei-me dele devagarinho e me sentei ao seu lado, pude sentir seu olhar cair para cima de mim.

- Já vão? – Ele perguntou brincando com uma folha. 

- Em vinte minutos voltamos. – Falei dando os ombros e encostando a cabeça na árvore e fechando os olhos de leve.

- Olha... Eu sei que magoei você com a notícia da outra garota e... – Eu o interrompi.

- Não precisa falar nada, sempre soubemos que isso nunca ia dar certo, afinal, nos odiamos desde criança, não se lembra? – Perguntei com a voz cheia de mágoa ainda sem olhá-lo.

- Só me desculpe não me sinto feliz com isso... Digo, adorei nossos momentos, mas como você disse isso nunca ia dar certo. Então me desculpe por qualquer expectativa. – Ele falou com a maior voz de culpado do mundo e eu apenas deixei uma lágrima escorrer pela minha bochecha. 

Pude senti-lo se aproximar de mim, provavelmente secaria a lágrimas, mas foi interrompido pelo grito de meu pai, avisando que já estávamos indo embora. 

- Bom, eu vou indo. – Falei me afastando dele e me levantando.

- Vamos nos ver novamente? – Ele perguntou me encarando com aqueles grandes olhos azuis que me hipnotizavam.

- Talvez. – Falei e ele sorriu esperançoso. – Tchau. – Aproximei-me dele e dei um beijo delicado em sua bochecha. 

Então eu caminhei até vovó, sem ao menos olhar para trás, não olhei, pois sei que não conseguiria ficar o olhando sem voltar atrás e ir até lá e lhe dar um digno beijo de cinema, mas hoje não!

- Oh minha querida, foi tão bom o tempo que você passou aqui conosco. – Vovó falou sorrindo e me puxando para um abraço apertado.

- Foi bom mesmo. – Falei sorrindo sincera e ela alisou meus cabelos e beijou minha testa de leve.

- Bom, Boa Viajem e melhoras para você. – Ela falou e eu sorri em agradecimento.

Despedi-me de meus dois primos pestinhas, que pareciam estarem tristes com a minha partida, isso parecia tão estranho. Dei tchau para Tia Helena que me abraçou mais do que o necessário e para Tio Heitor que ficou falando um monte de baboseiras, coisas de tios chatos. Não me esqueci de me despedir de Simba e Nala, que apenas pularam nas minhas pernas e lamberam minhas mãos, mas mesmo assim eu continuo os amando.

Papai passou o braço pelos meus ombros e assim nós fomos até o carro, onde ele abriu a porta para mim e eu entrei o agradecendo com um pequeno sorriso. Ele não tardou a entrar do outro lado e já sair, sabendo que eu ainda não estava muito bem e precisava ir para a minha verdadeira casa, com minha cama, minhas cobertas e o meu travesseiro. Ah o meu travesseiro, que saudades dele, e dos meus bichinhos de pelúcia, e de minhas Barbie’s que eu não brinco mais, mas que eu guardo lá para que um dia eu passe elas para minha filha, quem sabe?

 

 

 

Minha chegada em casa foi muito melhor do que eu esperava, já que meu melhor amigo gay me esperava sentado no muro de casa com um enorme sorriso nos lábios, não deu nem tempo de eu descer do carro direito que eu já senti seus braços me apertarem, o que fez voltar às náuseas, droga. 

Papai apenas me deixou em casa e foi trabalhar, ele disse que tinha que voltar o mais rápido o possível, mas que a noite ele compensaria o tempo perdido, e que iriamos fazer o que fazemos de melhor: Ficarmos jogados no sofá, tomando sorvete e comendo porcarias, enquanto assistimos Supernatural, tem coisa melhor? Acho que não! 

Agora eu estava jogada na minha cama, enquanto Charlie arrumava todas as minhas roupas no meu guarda-roupa. Amigo eficiente esse o meu não? É por isso que eu o amo. 

- Annie, não acha que está mais gordinha não? – Ele perguntou me analisando e eu o encarei feia. – O que foi? Parece tá? 

- Ai eu sei. – Falei me sentando direito na cama e o encarando sem animo algum. – Percebi isso hoje quando fui me trocar, meus seios estão apertados nessa porcaria de sutiã.

- Então porque não tira? Não me importo de te ver com os peitos de fora, sou seu melhor amigo e gay, se lembra? – Ele falou e eu revirei os olhos. – Mas eles são bem bonitos para falar a verdade...

O encarei indignada e ele soltou uma gargalhada gostosa, o que me irritou mais ainda, então joguei a primeira coisa que eu vi pela frente: Um porta-retratos onde havia uma foto de um cachorro que eu havia ganhado quando era pequena, mas infelizmente ele já havia morrido.

- QUER ME MATAR? – Ele gritou e eu foi a minha vez de gargalhar. – Também te amo, sua loira aguada. 

Então eu joguei meu travesseiro nele e ele veio para cima de mim, e assim nós iniciamos uma guerra de travesseiros, onde Charlie ganhou, já que ele é o dobro de mim. Ele pode ser gay, mas não é daqueles que fazem escândalo por tudo, se você for vê-lo caminhando na rua você vai pensar que é heterossexual, admito já ter tido pensamentos sujos com ele no começo de nossa amizade, mas ainda bem que nada aconteceu, isso com certeza iria estragar tudo isso que construímos em quatro anos. 

Ficamos ali deitados apenas esperando que nossas respirações voltassem ao normal, por conta da farra que estávamos fazendo. Foi então que o que ele me falou me chocou completamente:

- Annie... Você não acha estar grávida, não é mesmo? 


Notas Finais




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