História O amor é complicado - Descobrindo o Amor

Dream Ash/Gary on

Lá estavam os dois rapazes, naquele dia, naquele lugar, naquele momento. O cenário era o mesmo, início da manhã, sol escondido entre as nuvens, floresta úmida pós chuva. O moreno ao sair de sua barraca, assusta- se com o que vê a sua frente mas absorve qualquer som que talvez fosse sair de sua boca.

Seu rival estava dormindo profundamente em uma árvore a sua frente. Cabelos e roupas molhadas, tinha recebido parte daquela tempestade antes de encontrar um lugar seguro para se abrigar. Alguns pensamentos estranhos a sua pessoa correram por sua mente, tais pensamentos envolviam ele e seu rival.

Aproximou- se a fim de acorda- ló mas desistiu após ouvir um suspiro profundo vindo do amigo, "ele é muito bonito enquanto dorme" pensou rapidamente, mas logo sacudiu sua cabeça de um lado para o outro a fim de espantar os pensamentos maliciosos.

Adentrou a floresta na procura de árvores frutíferas, sendo impedido alguns minutos depois por um susto, que assim como o original, digno de um ataque cardíaco.

- Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuh!!! Disse o garoto de cabelos castanhos batendo suas mãos no ombro do amigo.

- Ahhhhhhhhhh. O moreno assustou- se e imediatamente após, gritou. - Você tá louco é? O que pensa que está fazendo?

- Não, eu não estou louco e eu estou te incomodando, faço isso tão bem né.

- Sim sim, você me incomoda bem até de mais!

- Pode- se dizer que fiz faculdade.

- Cale- se!

- Cala você!

- Vem calar!

Igualmente ao que aconteceu originalmente, um silêncio formou- se. Os ecos que corriam pela floresta cessaram e ali ficaram apenas dois garotos. Se observando. Analisando- se. Os dois não estavam bem com aquele dialogo.

O rapaz de cabelos castanhos tentava controlar- se mas pensamentos maliciosos invadiam sua cabeça, "aquilo foi um convite? não é?" pensava. Seu corpo pedia por isso, a tanto tempo que não aguentava mais, não ligava para o que Ash pensasse, apenas, queria fazer- ló. No fim, se algo desse errado, o treinador poderia dizer: "foi você quem pediu!".  E assim se fez!

Aproximou- se do moreno, que desta vez não recuou, pelo contrário, foi de encontro ao rival. Pararão de se mover quando estavam um fitando o outro, seus rostos corados e corações acelerados eram perceptíveis para ambos. Ash enlaçou o pescoço de seu rival, Gary, segurou a cintura do moreno o trazendo- o para mais perto de si. Ambos não estavam reconhecendo- se e muito menos esse sentimento queimando dentro de seus corpos, aparentemente compartilhados.

Aproximaram seus rostos pouco a pouco fechando os olhos gradativamente a cada milímetro retirado entre eles. Tocam- se os lábios, uma pequena corrente elétrica percorreu os corpos dos garotos. Instintivamente, o moreno abre a boca dando passagem para a língua de Gary. Começou a batalha entre as línguas, o pouquíssimo espaço, visto que ambos tinham a boca pequena, aumentava a intensidade da batalha.

O ar se faz necessário. Pequenos recuos por parte do moreno já começavam mas o jovem de cabelos castanhos não queria separar- se, não queria que aquele momento acabasse. Um recuo mais drástico por parte de Ash foi necessário, o beijo estava acabando. Terminou com carinhosos selinhos provocantes.

Separaram- se e fitaram- se ainda desejando que o beijo continua- se mas agora a situação precisava de um dialogo, ambos estavam questionando- se.

- Ash... me descu. Foi impedido de terminar a frase por um pequeno dedo em seu lábios.

- Sem desculpas.

O moreno levou seus lábios de encontro aos do rival, tocou- os levemente afim de sentir a textura macia e do nada....... acordaram.

Dream Ash/ Gary off

- DROGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Gritaram ambos os adolescentes.

Aparentemente tinham tido o mesmo sonho, isso era torturante para ambos. Gary se magoava toda manhã pois sonhava com seu amado mas não o tinha quando acordava, já Ash, estava atormentado pelo sentimento que apareceu quase que do nada em seu coração.

O moreno levantou- se sem demora e dirigiu- se para o banheiro, entrou, despiu- se, banhou- se. Durante o banho, pensamentos maliciosos invadiam sua mente e logo depois pensamentos carinhosos como o beijo daquele dia. Não tinha mais jeito, estava mesmo gostando dele, pegou sua toalha e a levou ao seu rosto. Enxugou- se e saiu do banheiro.

Direcionou- se a cozinha e de canto de olho viu seu rival o fitar enquanto dirigia- se para o banheiro. Gary entrou no mesmo livrando- se imediatamente de suas roupas e rapidamente entrando no chuveiro. Precisava loucamente de um banho frio, seus sonhos estavam a ponto de enlouquece- ló.

Toda essa presa fez com que o garoto esquece- se sua toalha no quarto tendo que pedir ajuda a seu rival que provavelmente não o ajudaria.

- Ash!

- O que é? O garoto gritou da cozinha.

- Você pode pegar minha toalha no meu quarto, por favor.

- Não mesmo.

- Qual é Ash, eu pedi por favor.

- Tem razão, espera ai!

Adentrou o quarto do amigo a procura da bendita toalha, não tinha percebido da primeira vez que entrou ali mas tudo tinha o cheiro de Gary, mais um indício de que gostava dele. Abriu algumas portas do guarda- roupas sem sucesso, abriu algumas gavetas e encontrou uma coisa que nunca esperara.

Duas fotos, uma era dele e de Gary quando ainda eram amigos e a outra era só de Ash um pouco mais recente. "Será que ele gosta mesmo de mim ou é só besteira da minha cabeça" pensou. Percorreu o quarto com os olhos e viu a toalha em cima de um criado mudo. Arrumou tudo que bagunçou e saiu levando a toalha ao seu dono.

- Aqui está. Falou o rapaz batendo na porta do banheiro.

A porta abriu liberando espaço apenas para o rosto de Gary, que pegou a toalha com um sorriso no rosto.

- Brigado Ash, te devo uma. Fechou a porta e voltou ao banho.

- De nada. Respondeu envergonhado pelo tom de voz do rival.

Agora estavam todos na cozinha, menos Pikachu que estava no campo ao redor do laboratório, discretamente os jovens fitavam- se entre piscares de olhos, nada que qualquer um dos dois pode- se detectar. Eis que surge a primeira tentativa de comunicação.

- Bom, o que temos que fazer hoje? Perguntava o moreno fitando o rival.

- Liberar os pokémons no campo, alimentar- los, limpar o laboratório.... Respondeu o jovem.

- Isso vai virar rotina. Sorriu

- É mesmo. Retribuiu o sorriso.

Terminando o café começaram os trabalhos, primeiramente pegaram as pokébolas no laboratório e liberaram os pokémons no campo. Um frio estranho incomodou Ash mas este nem percebeu, estava distraído demais com seus trabalhos. Enquanto isso, nuvens carregadas cresciam no horizonte.

Depois de liberar todos os pokémons veio a vez de alimentar- los, pouco a pouco estavam todos alimentados e pobre dos garotos , estavam pingando suor. Os dois foram para o laboratório afim de confirmar se todos os pokémons tinham sido liberados. Confirmado.

- Fala serio, isso é muito cansativo. Dizia o moreno bufando.

- Preguiçoso. Disse com um sorriso no rosto.

- Para logo, estamos em trégua. Não quero brigar. Disse fitando o rival.

- Tá bem. Disse o rapaz um pouco envergonhado com o que seu rival dissera.

Conversaram um pouco e logo um barulho os atrapalharam, parecia pingos. O barulho do vento soava forte e o frio pairou sobre o local. Gary correu para porta e comprovou, uma tempestade começara.

- Ash, precisamos trazer os pokémons de volta! Gritou. - Vamos.

- Ta bem.

Correram pelo campo, um a um, cada pokémon retornou para sua pokébola. Foi uma tarefa difícil mas conseguiram. Entraram apressados no laboratório, já estavam bem molhados. Gary estava em frente a porta, Ash acabara de fecha- lá e agora apoiava- se nela. Fitaram- se mais uma vez e paralisaram- se. O desejo tomou conta de seus corpos. Ash sorriu ao abrir a porta e correu para o campo, para a chuva, antes que algo acontece- se ali.

Gary o fitou confuso e resolveu segui- ló, quanto mais corria, menos o alcançava. Ash era rápido. Colocou bastante força nas pernas e já estava quase o acompanhando, até que do nada, o moreno para e vira- se. Sem poder parar, Gary choca-se com o moreno. Rolaram pela colina até pararem no fim dela.

A tempestade já estava forte, ambos os rapazes estavam ensopados. Gary havia caído do lado de Ash e quando este já estava levantando- se tem suas mãos presas pelo rival, agora o moreno não poderia fugir. Permaneceram os dois ali, Ash sentado ao chão com as mãos presas e Gary ajoelhado a sua frente. O rapaz de cabelos castanhos não parecia estar incomodado com a situação, pelo contrário, estava preocupado.

- O que você acha que está fazendo? Correndo assim para a chuva. E se você ficar doente?

-..... Ash apenas liberava uma risada baixinha.

- Do que esta rindo!?

- Você está preocupado comigo?

- Não, e que se você ficar doente eu e que farei todo o trabalho.

- Serio?

- Vamos para casa.

- Nem pensar quero ficar aqui.

- Ash, vamos para o laboratório!

- Só se você pedir por favor! O jovem sorriu levando seu rosto ao encontro de Gary.

-.... Suspirou surpreso com o pedido, tais palavras o deixaram queimando por dentro e logo respondeu. P- o- r- f- a- v- o- r Ash vamos para o laboratório.

- Tá bem eu vou! Falou com um sorriso malicioso no rosto.

Quando já estava soltando as mãos do moreno mais uma surpresa atacou Gary. Ash o empurrou invertendo as posições, agora estava a frente de seu rival (NT: imagem da capa). Gary tentou soltar- se mas sem sucesso, ver seu amado daquele jeito, tão provocante, foi de mais para ele. Estava sem forças.

- O que você estava falando mesmo? O moreno sorriu de novo.

- A-Ash qual o significado disso.

O moreno levou seu rosto bem próximo de seu rival, ficando quase colados. Ash parecia ter certa calma, já Gary, estava ofegante e seu coração disparado. O jovem de cabelos castanhos mordeu seu lábio inferior afim de constatar que aquilo não era mais um de seus sonhos e sim era realidade!

Ao ver uma ação tão provocante de seu rival, o treinador conduz seu rosto para o pescoço do mesmo, mordendo- o logo depois. Suspiros saíram discretamente da boca do maior, deixando o moreno mais e mais contente. Deixou várias marcas no pescoço daquele rapaz retirando suspiros cada vez mais altos, até que mordeu o lóbulo da orelha dele arrancando pequenos gemidos com seu nome.

- Asshh.... ahhh.

"O que aconteceu com ele?" Gary pensou mas logo decidiu aproveitar tudo que seu rival estava lhe oferecendo.

Deslizou a ponta de seu nariz pela a pele alva do garoto, do pescoço até o nariz , parando lá para fitar seus olhos. Gary estava com um misto de emoções percebia- se isso bem em seus olhos, Ash por outro lado, mantinha- se calmo, talvez um pouco apreensivo pelo próximo passo. "Para que ter medo? Ele já me beijou mesmo." Com esse pensamento Ash liberou- se.

Cerrou lentamente os olhos e levou seus lábios a boca do rival, ao perceber isso, Gary assustou- se no começo mas também fechou seus olhos e uma alegria imensa percorreu seu corpo. Com o toque dos lábios o beijo começou. Carinhosamente como o momento, a língua de Ash deslizou sobre o lábio inferior do rival, pedindo passagem, esta cedida imediatamente. O rapaz de cabelos castanhos queria abraçar seu amor mas seus braços ainda estavam presos por ele, contentou- se só em sentir seu lábios.

Aquele sonho real já estava perto de acabar, o ar fora quase todo consumido e eles já estavam separando- se. Terminou como todos os outro, reais ou imaginários, cheio de leves selinhos carregados de paixão. Gary permaneceu ali, sentado no chão sem mover- se, o gosto da boca do amigo parecia te- ló paralisado. Ash sussurrou baixinho perto do ouvido do garoto.

- Eu também sei provocar né. Levantou- se e correu em direção do laboratório, queria zanga- ló um pouco.

Chegando ao local olhou para trás, ele ainda não havia levantado. Entrou rapidamente,sendo recebido por Pikachu mas o garoto estava todo molhado e precisava de um banho rápido. Falou duas palavras com o roedor e correu para o banheiro, lá trancou- se, banhou- se  rapidamente e vestiu a roupa que separara. Quando estava saindo, viu que alguém o esperara na porta do cômodo.