PARTE I - Dança das Cadeiras
Meu nome é Mia Hather, nasci em 2004. Atualmente, tenho nove anos.
Hoje eu estou fazendo dez anos. Meus pais parecem preocupados, desde meus seis anos. Não sei muito bem o que está acontecendo, mas eles dizem para eu não me preocupar, que tudo vai ficar bem.
Todos os meus colegas estão aqui em me jardim, estamos comemorando meu aniversário. O bolo logo será servido.
- Venha, Mia, venha! - Anna me chamou, me puxando para brincarmos de dança das cadeiras.
A música começou a tocar, minha música favorita do Imagine Dragons, Radioactive.
Comecei a rodear as cadeiras, olhando para todos, me concentrando, preparando para sentar, meio que quase sentando. Eu não gosto de perder. Afinal, quem gosta?
PARTE II - SWAT
Los Angeles - 15:30
- Parabéns pra você... Nesta data querida... Muitas felicidades... Muitos anos de vida... VIA A MIA!!!! - Todos gritaram e eu não sabia onde esconder meu rosto. Sempre tive muita vergonha desta parte do aniversário.
Ouvi a minha porta sendo arrombada. Tudo foi em camera lenta. Meus pais correram em minha direção, me protegendo, diversos atiradores com roupas grandes e cheias de proteção entraram e rodearam a casa, alguns apontavam as armas para meus pais, outros ajudavam as crianças a saírem. Vi Anna se escondendo embaixo da mesa e murmurou:
- Não vou te deixar que nem os outros, não se preocupe.
Tentei correr, apavorada, não sei o que está acontecendo. Vi vários barulhos estridentes e balas vindo em minha direção.
Um raio roxo saiu de mim e cobriu todo o diâmetro de dez metros de meu corpo.
Fechei os olhos e cai no chão de joelhos.
PARTE III - FUGITIVA
Abri meus olhos quando achei que tudo tinha passado.
E tinha passado.
Olhei em volta. Os atiradores estavam caídos, mortos, suas armas foram jogadas longe. Alguns de meus amigos que não conseguiram sair, mortos.
- Pai? Mãe? - Olhei eles caídos no chão, mortos.
Me joguei ao lado deles e comecei a chorar incontrolavelmente. Meus pais mortos. Como vou sobreviver?
Corri até a Anna, morta também. A abracei e comecei a chorar mais ainda, até que senti minha cabeça latejar.
Então a ficha caiu. Logo mais atiradores irão chegar. Logo mais gente vai morrer.
Corri para dentro de casa, para o quarto de meus pais e abri o pote de emergencia, peguei todo o dinheiro que tinha. Fui ao meu quarto, peguei uma mochila e joguei algumas roupas dentro, um travesseiro e um cobertor levesinho.
Sai correndo, sem olhar para trás.
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