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História Ciel - Beyond the Depth


Escrita por: KikaHoneycutt

Notas do Autor


Resposta para o desafio 15/30 #5: Uma cena de morte.

E como não sei escrever cenas de luta e morte, coloquei umas 300 mortes juntas. hauhauhauua!

Desculpem. Imploro seus perdões!! Mas leiam! E se quiserem, leiam ao som de Épica: Beyond the Depth, The Ultimate Return... Baixem o CD The Score -An Epic Journey-!
Pronto. Falei.

Ciel aprova o CD inteiro.

Capítulo 3 - Beyond the Depth


Fanfic / Fanfiction Ciel - Beyond the Depth

O pai de Ciel entrou em casa  pálido e ansioso. Ouvira algo que realmente não era bom e procurou pelo filho para ter uma explicação.
O garoto estava brincando quando sentiu a chegada dele. Sabia que o pai estava irritado, não sabia como, mas sabia que era sobre aquilo. Correu para dentro de um baú de roupas no quarto e ficou escondido ouvindo seus pais o chamarem e rezando por Lothus para que não o encontrassem. Mas o que Lothus queria era diferente de seu desejo.
Ouviu a mãe entrar no quarto dizendo ao marido que deviam colocar algumas roupas num saco e sair com o que pudessem carregar logo que encontrassem o garoto. A informação fez Ciel despertar do sono que o atingiu enquanto estava em alerta no baú e sentiu que seu lugar seguro estava ameaçado. Fingiu estar dormindo quando a mulher levantou a tampa do baú e a ouviu gritar para o pai o tirando com urgência do meio das roupas.

- Eu não queria fazer aquilo, eu juro, eu não queria! - gritava.

Mas os pais não ouviram. Pegaram as trouxas com roupas e saíram da casa o mais rápido que conseguiram. Antes de sair de casa, sua mãe havia brigado com ele o mandado calar a boca e nesse momento Ciel calou a boca, pois sua mãe nunca havia mandado fazer algo daquela forma.

Ouviram quando as pessoas se reuniram próximo da casa humilde e trataram de andar mais depressa. Fazia frio fora da casa, o inverno havia chegado, mas a urgência em se manterem vivos e, principalmente Ciel, era maior e por isso só pararam quando estavam fora dos limites da aldeia, quando não viam e nem ouviam pessoas pisoteando a neve que acumulava no chão. Não demoraria para que esta formasse uma grossa camada no chão e então suas preocupações seriam em torno de se manterem vivos no meio daquele mundo gelado.


O pai tornou a abordar Ciel lhe perguntando o que havia feito.

-Eu não fiz nada! -o menino voltou a dizer.

-Ciel, o que aconteceu? -A mãe lhe perguntou imaginando que o menino não tivesse noção do que havia feito. -Aquelas pessoas estão zangadas.

-Disseram que o filho do senhorio não sai daquele estado! Disseram que quando o encontraram desacordado você estava junto! O que você fez Ciel? - o pai gritou com ele.

-Eu não fiz nada! -gritou de volta e um punhado de neve aos pés do garoto deu um pequeno salto.

Estava se sentindo injustiçado, e nervoso. Porque estavam culpando ele?! Eles não sabiam o que tinha acontecido! E nem sabiam se havia sido ele mesmo quem tinha feito aquilo. A voz havia gritado em sua mente e quando percebeu o garoto estava em seus braços desacordado. Mas ele não tinha feito aquilo! Não tinha!

O pai de Ciel não acreditava naquelas palavras. Ano após ano eles se viam situações parecidas, algo inexplicável acontecia e Ciel estava no centro das atenções. Mas dessa vez o resultado era mais grave. Disseram que seu filho havia atacado o filho de seu senhorio. O garoto respirava, e tinha os olhos abertos, mas não emitia um som, não movia um dedo. Nem um leve piscar, se quer havia uma fagulha de vida nos olhos do menino.

Não era nenhum tipo de doença ou mal. O garoto era uma casca sem vida e Ciel estava novamente sendo acusado.

-Eu não fiz! Ele fez! -O garoto disse. -Ele disse que eu era um monstro! Disse que eu não devia ter nascido!

-Às vezes eu acho que não devia mesmo!! -O pai gritou fazendo a esposa e o filho ficarem espantados. -Desde que você nasceu a gente não tem uma vida normal! Não paramos em lugar algum! Não temos amigos ou família para nos ajudar, porque sempre que somos acolhidos você faz alguma coisa e temos que fugir!

 

“Para…” -o garoto pediu olhando na direção em que ouvia a voz do pai. Aquela voz lhe soara estranha. Modificada.
 

-Não diz uma coisa dessas! -A mãe pediu horrorizada pelo que ouvia. -Eu não me arrependo em momento algum de sair de onde for para proteger meu filho.

 

“-Para…” -o garotinho pediu novamente, sentindo o medo de sua mãe.

 

-E porque devemos fazer isso!? O que ele tem de tão especial que coloca a gente em risco sempre?! -o pai perguntou.

 

-Para... -Ele repetiu num fio de voz.

 

-Ele é meu filho!! Isso já é especial! -A mulher respondeu. -E é seu filho também! O que fizeram com você? Porque está dizendo essas coisas absurdas?!

 

A discussão os ofuscou.
O grupo que havia sido formado para caçá los havia se reduzido nos limites da vila, mas alguns liderados pelo senhorio e outros apenas mais ávidos por sangue, tiveram a coragem de enfrentar a neve e agora estavam terrivelmente próximos da família.
Não apenas isso, mas os pais também não notaram o poder do menino sendo manifestado. Nem o próprio Ciel, mas era comum de qualquer pessoa fizesse coisas levitarem quando estavam com raiva, não era?

-Meu filho... eu não queria que meu filho tivesse essa anormalidade! -Ele gritou.

 

-PÁRA!! -Ciel gritou com ódio e o pai foi erguido do chão e lançado para distante deles.

 

O corpo do homem parou quando encontrou o tronco largo de uma arvore e as pessoas que os caçavam pararam abruptamente olhando do pai para o garoto que exibia um par de olhos violetas vívidos; O rosto do menino estava manchado pelas lágrimas, mas ele se mantinha serio.

-Ciel... -A mãe o chamou, mas sem esperanças de que ele lhe ouvisse. O rosto do menino era uma máscara irreconhecível. Não mostrava aquela serenidade e amabilidade de sempre.

 

A neve havia parado de cair.

Ciel havia chegado em seu limite. Ouvir as palavras do pai foi mais cruel do que suportar o garoto zombando de si. Não queria mais ouvir. Queria corresponder às expectativas do pai e desejou não existir. Desejou ser levado para o fundo daquela escuridão.

E se deixou cair no abismo.
E viu com outros olhos a maldade que o menino havia feito mais cedo. Sentiu o puxão em seu cabelo como se estivesse acontecendo de novo. A lamina de uma adaga em seu pescoço fria como a ameaça cheia de maldade. Viu seu pai triste ao ouvir as acusações sobre o filho, não uma, mas diversas vezes e de formas diferentes. Viu a mãe triste definhar até a morte. E viu as pessoas que o caçavam à sua frente.

Um gesto e todo o mal que sentia foi lançado contra aquelas pessoas. Sem remorsos, sem dor, um a um tendo suas vidas tragadas pela escuridão que cercava Ciel.

***

Ciel sobressaltou-se saindo daquela lembrança ruim e se encontrando num lugar talvez pior do que aquele. Não havia neve, era noite. Observou ao redor percebendo que Rubi estava aflita em um conflito e preocupada com Ren que estava quase entregue ao inimigo; Amet parecia gravemente ferido mas com uma força enorme para não se entregar e Agatah… O futuro guardião da água estava ao seu lado, na verdade à sua frente, o protegendo de ataques. Soube, como havia sido treinado por anos, que aos pés do amigo jazia aquele que tentou lhe jogar em seu próprio abismo. E também soube que a espada de ágata estava manchada.

-Achei que tinha caído num buraco sem fundo. -Ele disse com aquela voz zombeteira.

-....e caí. Mas encontrei o fundo.

O rapaz se levantou altivo e seus olhos adquiriam um tom violeta intenso. No momento seguinte, somente seus companheiros, futuros elementais, estavam de pé.


Notas Finais


Devore Amante do ERA também é outra música que cai muito bem...
E aí, o que acharam?


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