História Summer Paradise - Home sweet home

“Lola e Zayn, me desculpa por tudo que eu fiz para vocês, me desculpa por ter estragado o que vocês tinham, desculpa por ter estragado a nossa amizade, desculpa por cada lágrima que vocês derrubaram por minha causa, me desculpa, por tudo. Eu amo vocês, mais do que tudo, sem vocês eu realmente não conseguiria existir. Peço que um dia, vocês dois me perdoem por tudo que eu fiz.

Louis, desculpa estar indo embora, eu não aguento mais, você me entende, eu te expliquei ontem. Todos os momentos que passamos juntos fizeram perceber que eu te amo cada vez mais, eu estou completamente apaixonada por você. Me desculpa por isso.

Sei que vamos nos encontrar em Londres, mas vocês ainda tem um mês de férias para curtir e relaxar juntos, sem mim. Eu liguei para minha mãe e minha família ainda está viajando, eu vou ficar na minha casa, sozinha, para pensar.

Desculpem por estar escrevendo isso num papel qualquer, vocês me conhecem, eu não sou de expressar meus sentimentos, eu não conseguiria falar isso com vocês me olhando, eu iria começar a chorar, bom, vocês sabem...

Eu amo tanto vocês, vocês não tem noção. Vocês são minha segunda família.

Zayn e Lola, se acertem por favor. Lola, não foi culpa dele, entenda isso, a culpa toda foi minha, tudo bem? E Louis, por favor fique bem...

Amo vocês, até daqui a pouco, em Londres.

Xoxo Green, Ronnie.”

-Ela... ela foi embora, de verdade... – Louis caiu sentando no sofá olhando para baixo, lutando contra as lágrimas – eu...

-Foi tudo culpa minha – Lola disse, dobrando a carta e colocando em cima da mesinha no centro da sala – eu devia ter ouvido ela, eu a entendo.

-Não foi culpa de ninguém – Zayn olhou para os dois.

-Eu não achei que a Ronnie ir mesmo, eu pensei que ela estava blefando quando disse, só para fazer seu famoso drama. Eu... eu deveria ter impedido – Lou se levantou secando as lagrimas dos seus olhos antes que caíssem – eu não posso deixar ela ir... eu vou atrás dela.

-Vai ser pior, Louis. Fique aqui – Lola ordenou.

Narração em 1º pessoa: Ronnie.

Olhei para esquerda e depois para a direita então para trás e para frente. Não que eu esperasse Louis aparecer montado num cavalo branco para me buscar, mas ele podia vim, não podia? Ele não fez nada para me impedir.

 Algumas horas atrás eu passei no apartamento do Harry, lá nós conversamos um pouco e na hora da despedida eu chorei, chorei bastante e juro que senti uma lagrima no meu ombro na hora do abraço final.

-Fique bem, Ronnie. Se cuida – ele sussurrou ainda me apertando em seus braços e, então fungou – e principalmente cuide dessa coraçãozinho complicado –riu me soltando.

-Se cuida também, Styles.

-Foi um prazer conhecer você, Green – disse em caminho da porta.

-O prazer foi todo meu, menino perdido que aceitou a carona de um grupo de turistas e ficou com a menina – ri saindo de seu apartamento.

-A gente se encontra por aí, menina que me deu carona e que eu fiquei.

Harry foi se aproximando lentamente. Jurava que ele iria me beijar. Não que eu quisesse. Mas eu sabia disso. Fechei meus olhos. Senti seus lábios. Na minha testa. Abri novamente. Pareci muito boba? Merda.

-Com certeza – devolvi o beijo só que em sua bochecha e fui embora.

Peguei um taxi para o aeroporto, chegando lá comprei uma passagem com destino a minha cidade, Londres.

E aqui estou eu, esperando sentada para anunciar meu voo.

-Os passageiros do voo 187 com destino a Londres, podem ir para a cabine de embarcação – a moça com a voz muito irritante que anunciava os voos, anunciou o meu.

Me levantei e em poucos minutos já estava sentada novamente, em meu assento.

-Oi – um homem que aparentava ter trinta anos de idade se sentou ao meu lado – então, temos um problema.

-E qual seria o problema? – respondi o olhando.

-Você está sentada ao lado do meu namorado – engasguei com minha própria saliva. Namorado? – você poderia querer trocar de lugar comigo, não é amiguinha? – sua mão esquerda lentamente repousou em minha coxa descoberta. Comecei a rir.

-Que ironia. Bom, tudo bem, eu troco de lugar sim – ser estuprada por um gay é a última coisa que eu quero.

Me levantei quando o “estuprador” informou onde era seu lugar e me sentei.

-Estranho – uma voz masculina soou ao meu lado me assustando – óh, me desculpe ter te assustado.

-Tudo bem – ri – eu nem tinha te visto, me desculpa... Estranho o que?

-O casal, um estava sentado aqui enquanto o outro falava com você, eu acho. Ele dizia sobre a lua de mel que passaram em Miami – riu – sou Luke e você é?

-Ronnie – sorri.

-Ronnie, seu celular está tocando, eu acho.

-Óh... – peguei minha bolsa que estava em meu colo e peguei meu aparelho o atendendo - licença, Luke.

-Atende Ronnie, atende – a voz de Louis disse do outro lado do telefone – Ronnie?

-Sim? – respondi cruzando minhas pernas.

-Graças a Deus vocês atendeu – sorri – onde você está?

-Dentro do avião, Louis – falei baixo mexendo em meu cabelo – o que você quer? – a ligação estava muda – Louis?

-VOCÊ NÃO PODE IR PARA LONDRES, PORRA! – gritou me assustando.

-Posso sim, daqui a pouco o avião voa Louis. Não à o que se fazer, sinto muito – iria desligar mas ouvi um choro – quem está chorando? – de novo a ligação ficou muda – você está chorando, Louis??

-Não – respondeu e deu uma fungada – era só a Lola, eu... Não se vá por favor. Todos querem você aqui, Ronnie. Por favor, saia desse avião agora e volte. Eu... Eu preciso de você.

-Louis, me desculpa, eu não posso... – desliguei a ligação logo em seguida e fechei meus olhos, lutando pelas as lágrimas que vinham rapidamente.

-Você está bem? – Luke perguntou pousando sua mão em meu ombro – eu... me desculpa, eu ouvi sua conversa, ele realmente estava nervoso...

-Você não entende – sussurrei o olhando – eu...

-Ronnie, eu já passei pelo o que... é Louis certo? – assenti – eu já passei pelo o que Louis está passando, minha namorada me deixou quando fomos passar férias em Paris e ela foi embora e simplesmente me deixou para sempre, até hoje eu não sei o que eu fiz para ela, mas enfim, ele deve te amar e você também deve...

-Sim, sim – respondi de imediato – eu amo ele, mais do que tudo e eu sei que ele me ama, mas aconteceu tanta coisa, eu não posso simplesmente voltar para a casa que alugamos e fingir que nada aconteceu, entendeu?

-Sim – ele assentiu lentamente – eu sinto muito, espero que fiquei tudo bem, Ronnie.

-Obrigado, Luke.

-De nada.

Depois de algum tempo em que o avião estava já em voo eu acabei dormindo e sonhando, sonhando com as melhores coisas que aconteceu nesse verão.

“-Você está pronta para o melhor verão de todos? – Lola diz passando seu braço em meus ombros e dando um leve sorriso mostrando seus dentes perfeitamente brancos quando um mecha de seu cabelo louro cai em seu rosto.

-Estou mais que preparada – digo enquanto ela prendia num rabo de cavalo – céus! Estou esperando esse verão por mais de quatro meses! Nem acredito que estamos quase chegando em Miami – falo olhando pela a janela do avião – Louis! – me viro para a cadeira atrás da minha – pare de chutar a minha cadeira, isso não tem graça, seu completo idiota!

-Cala a boca Ronnie, eu faço o que eu quiser – revirou seus olhos azuis chutando mais forte meu assento.

-Louis, vá a merda! – mostro o dedo do meio e me viro de volta para a frente – hey Lola – a chamo cutucando sua barriga – quanto tempo falta? Estou tão ansiosa, é inacreditável isso, meu Deus!”

“-Isso não importa... Posso te pedir um favor? –Louis assentiu lentamente – já vi em filmes que quando está muito frio, eles... bom, eles ficam juntinhos... você tem que levar em conta que eu estou com muito frio para te pedir isso... – mesmo no completo escuro, vi seus olhos azuis brilharem.

-Vem aqui – sussurrou.

Me mexi um pouco para o lado esquerdo e me virei de volta de costas para ele a medida com que – com muita hesitação – ele passou o seu braço pela a minha cintura, me puxando para mais perto. Uma de suas pernas está sobre a minha. Ele se move e agora toda a minha perna, da panturrilha à coxa está sobre a dele.

Eu engulo, e bem alto. Ele tosse. Tento não me mexer. Após o que pareceram horas, mas com certeza foram apenas minutos, sua respiração se acalma e seu corpo relaxa. O meu também. Louis dormiu.”

“-Então me beija, caralho.

Louis pegou com as duas mãos no meu maxilar, analisou meu rosto até chegar em minha boca, molhou seus lábios, respirou fundo e me beijou.

Cara, sabe aqueles beijos ferozes, como se um beijo determinasse as vida dos dois? Então, aquele beijo estava acontecendo.”

“-Isa? – Louis me chamou puxando meu rosto para cima e me olhando tão no fundo dos meus olhos que me arrepiei por inteira.

Então ele disse.

Três palavras.

Sete letras.

-Eu te amo.”

“Louis rapidamente começou a rasgar a camisinha e desenrolá-la sobre si e de forma mais rápida ainda, ele já estava dentro de mim.

O garoto vagarosamente começava a aumentar a força e a velocidade de suas investidas e começava a me mover e a pressionar cada vez mais os meus quadris contra ele. Ficamos neste movimento por alguns bons minutos, porém a cada segundo a mais, Louis me preenchia mais profundamente e logo, cheguei a um momento no qual aquela sensação de prazer começou a se espalhar por todo o meu corpo e o de Louis parecia sentir o mesmo, já que após poucos instantes ele se retirou de dentro de mim e desabou ao seu lado ofegante. Tínhamos chegado ao ápice juntos.

-Ronnie... – Lou sussurrou ainda ofegante – eu já disse que te amo?”

Acordei e abri os olhos, percebi que tinha lágrimas em meus olhos, eu estava chorando. Mas que merda. O que eu fiz da minha vida?

Olhei para o lado e Luke estava dormindo com os fones de ouvido enfiados em sua orelha. Bufei. Peguei meu iPod e coloquei na primeira música que encontrei. Por pura coincidência caiu em Summer Paradise.

Depois que o avião pousou na pista e eu fui umas das primeiras a sair e esperei por Luke, agradeci e dissemos que nos víamos por ai, mesmo sabendo que nunca mais o veria mesmo porque ele morava em outra cidade. Peguei minhas malas e chamei um taxi e o mesmo me levou para a minha casa. Suspirei.

-Lar doce lar, certo? – sussurrei para mim mesma entrando dentro de casa. As luzes estavam apagadas e tudo de eletrônico estava fora da tomada. Deixei minhas malas na sala e subi para o meu quarto.

Assim que sentei na minha cama, o telefone começou a tocar. Rolei os olhos e deixei cair na secretaria eletrônica.

-Oi, você ligou para a família Green, você pode desistir de ligar porque, como vê não tem ninguém ou você pode deixar seu recado depois do sinal – ouvi a voz da minha mãe do recado automático – BIP.

-Ronnie, você já chegou? – a voz de Louis ecoou pelo o quarto e eu fechei meus olhos – se você estiver ai, não me ignore. Eu só queria dizer que, como você disse na sua carta, a gente vai se ver daqui a um mês mas eu realmente não consigo esperar um mês para falar tudo que sinto por você e tudo que está entalado em minha garganta desde que nos conhecemos. Para deixar bem claro, eu bebi. Eu bebi, mas estou consciente do que estou falando é só uma ajuda para ter... coragem. Enfim, estou enrolando. Lembra de quando nós nos conhecemos? A gente se deu tão bem mas ai... bom, ai eu estraguei tudo pedindo para ficar com você e depois desse dia, doloroso para mim, você me ignorava, não queria me olhar, enfim. Essa viagem que nós fizemos foi tudo para mim, eu me apaixonei de novo por você, na verdade, eu sempre fui apaixonado por você é só que... nessa viagem o meu amor ficou mais intenso, mais forte. Quando eu te liguei e você falou que não tinha mais jeito, que você já estava no avião, eu comecei a chorar, chorar muito, eu admito isso, eu não conseguia me concentrar em nada, não enxergava e ouvia nada, tudo que eu sentia era uma sensação de perda... – Louis pausou e deu uma fungada, prendi a respiração e fechei meus olhos novamente – Ronnie, atenda por favor, preciso falar com você. Por favor, quando chegar me liga – e, então ele desligou.

Deitei na minha cama e fiquei passando toda a ligação na minha cabeça, desde a primeira palavra até a última. Sua respiração parecia acelerada e na última parte parecia que ele estava chorando. Meu coração apertou. Não devia ter voltado. Devia ter ficado com o Louis.

O telefone começou a tocar de novo e, novamente deixei na secretaria eletrônica.

-Oi, você ligou para a família Green, você pode desistir de ligar porque, como vê não tem ninguém ou você pode deixar seu recado depois do sinal. BIP.

-Esqueci de falar que eu te amo, muito, mais do que tudo e de que todos.

Rapidamente peguei o telefone da minha escrivaninha e o atendi.

-Louis? – sussurrei.

-Ronnie?

-Sim.

-Hm, oi.

-Eu também amo você, muito, mais do que você imagina – e, assim desliguei o telefone.