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História Dont Let Me Go - O Presente Perfeito


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Heeey!
Como prometido, mais um capítulo de DLMG para vocês, e acho que esse é um dos melhores capítulos da fanfic.
Obrigada pelos comentários e favoritos, amei muito o carinho de vocês mesmo depois de tanto tempo sem postar.
Bem, criei uma rotina para capítulo, que minha gêmula MrzMalik (eu sei seu user novo, mas prefiro esse, me processe) vai me cobrar, que será escrever um capítulo novo todo final de semana!
Quero agradecer também a minha gêmula por ter feito esse banner linda para o capítulo especial!
Boa Leitura.

Capítulo 32 - O Presente Perfeito


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - O Presente Perfeito

O dia “D” finalmente havia chego.

Era domingo, o primeiro dia de fevereiro e, consequentemente, o dia que eu mais temia nas últimas semanas, mas surpreendentemente, acordei naquela manhã já contando as horas para que o voo de Harry chegasse.

Afastei as cobertas quentinhas e meu rosto foi tomado pela luz forte que entrava pela janela, pois na correria de finalizar os últimos detalhes do aniversário de Harry na noite passado, depois de deligar a chamado no Skype com ele, acabei esquecendo de fechá-las.

Meus pés calçaram minhas pantufas de joaninha e fiz um rabo de cavalo em meus cabelos bagunçados das horas de sono e caminhei (me arrastei) até a janela, com parte do tronco para fora, vendo as ruas cheias de pessoas fazendo caminhadas e crianças brincando nas calçadas.

Entretanto, meus olhos voaram para a velha e enferrujada escada de incêndio que passava estrategicamente na frente da minha janela – típico das antigas construções londrinas. Um sorriso cúmplice se formou em meu rosto, pois aquela simples escada nunca usada, faria parte do meu plano essa noite.

O cheiro forte de café invadiu minhas narinas e eu soube que Hazel já estava de pé. Pela música alta de uma nova banda australiana, soube que ela havia acordado de bom humor.

Enquanto ia em direção à porta, meus olhos avistaram o violão que Harry havia me dado, deitado em cima de uma poltrona florida na parede oposta a mim e, mais uma vez, um sorriso cúmplice formou-se em meu rosto e toda a vez que eu repassava o meu plano, ele parecia ainda melhor.

− Nora! Venha tomar café, eu estou fazendo waffles! – Hazel precisou gritar quando passei pela porta da cozinha devido à musica extremamente alta que saia das caixas de som.

− Está com um ótimo humor, Haz, e acho que isso tem a ver com você e Simon indo para o quarto depois que flagrei vocês quase se beijando – cantarolei abrindo um sorriso extremamente malicioso para Hazel, que jogou o pano de prato em suas mãos, no meu rosto.

− Você nem ouviu nada! – resmungou Hazel, colocando alguns waffles nos dois pratos em cima da pia, acrescentando sua calda sua favorita e chantilly.

− Era para eu ter ouvido alguma coisa? – perguntei, aumentando ainda mais meu sorriso malicioso e finalmente vi Hazel corar.

− Idiota – ela xingou, enfiando um grande pedaço de waffle na boca.

− Mas fico feliz que finalmente você e Simon tenham se acertado – sorri, sentando-me ao seu lado no balcão e colocando um pouco de calda em meu café da manhã. – E espero que vocês estejam bem a ponto de você passar essa noite na casa dos Fray.

− Você e Harry, entendi, também não quero ver cenas inapropriadas. – Soube que aquela era a “vingança” por ter tirado sarro de sua cara, mas apenas mostrei a língua e tomei um gole do café forte em minha xícara de Harry Potter.

− Hoje ele finalmente está de volta, nem consigo acreditar. – Minha voz saiu como a de uma garotinha, o que me fez perceber o quão empolgada eu estava. – Estive tão ocupada com as coisas do aniversário dele, mas espero que saia tudo como eu planejei.

− Por favor, não me diga que você saindo do seu quarto pela janela faz parte do seu plano maluco? – ela perguntou, olhando-me com os olhos arregalados.

− Não me olhe desse jeito, vai ser a melhor surpresa de todas, ouça... – Comecei a tagarelar sobre a surpresa e, a medida que minha ideiam desenrolavam-se, Hazel parecia cada vez mais empolgada.

− Ele vai adorar, Nora! Como você teve essa ideia? É até melhor do que minha sugestão do sex shop – Hazel disse, colocando os pratos sujos na pia, voltando-se para mim.

− Martha me ajudou um pouco – sorri, me lembrando dos concelhos da bondosa mulher.

− Vou ligar para Harry! – Haz gritou, pegando-me desprevenida e fazendo-me pular no balcão, onde ainda estava sentada.

Arregalei os olhos, imaginando Hazel falando com Harry e acabando por não conseguir se controlar e contar toda a surpresa.

Entrei em pânico.

− Para que? – Praticamente berrei, pulando do balcão e me materializando ao seu lado.

− Só vou mandar parabéns antes que ele chegue e eu não consiga mais falar. – Ela levantou os braços, em rendição, parecendo assustada com meu surto. – Vai querer fala com ele?

− Não, vou esperar ele chegar, diga que eu estou dormindo – disse, trocando um sorriso cúmplice com Hazel, que já discava os números em seu celular, colocando no viva-voz.

O barulho de chamava ainda tocava, e meu coração martelava com a expectativa de saber que ouviria sua voz naquele momento, e que em algumas horas ele finamente estaria de volta ao meu lado.

− Hazel? – A voz rouca de Harry parecia cansada e com sono, e no fundo era possível ouvir os barulhos de conversas e vozes eletrônicas do aeroporto.

− Harry! Feliz aniversário, ser de cachos e voz rouca! Tudo de bom, que esse dia seja o melhor de todos, na verdade a Nora está providenciando para que seja. – Dei um tapa no braço de Hazel, mas ela apenas sorriu. – Ia falar algumas besteiras, mas agora você namora a Nora, tem que ser um garoto comportado.

Um sorriso bobo tomou conta de mim, quando a risada de Harry me atingiu, fazendo-me perceber o tamanho da minha saudade.

− Obrigada, Haz, muito obrigada. – Um grito de Liam foi ouvido, mas simplesmente não consegui decifrar o que ele dizia. – Você não foi a única a querer me levar para o mau caminho, os meninos estavam planejando comemorar meu aniversário em um bar de streep e só me contaram ontem.

Tampei a boca para conter o riso e não acabar me condenando, mas eu tinha certeza que aquela ideia louca vinha ou de Niall ou de Louis, o que me fez querer rir mais ainda.

− Diga que vou dar uns tapas nas cabeças deles por terem essa ideia idiota – ela gritou como se quisesse que os meninos ouvissem.

− Acho que eles mesmos já ouviram – ele riu mais uma vez. – Nora está ai?

Mordi o lábio inferior, segurando a vontade de gritar e falar com ele, tudo o que eu queria falar.

− Ela está dormindo ainda. – Hazel olhou para mim, segurando o riso.

− Imaginei, ela foi dormir muito tarde ontem. – Uma voz eletrônica saiu das caixas de som, e eu soube que era um chamado de voo. – Preciso desligar, Haz, estão chamando nosso voo.

− Boa viagem para vocês, descanse, porque a Nora estava praticamente elétrica para hoje.

Os dois trocaram despedidas rápidas e, assim que a chamada foi desligada, fiquei desejando que a Inglaterra e a Austrália fossem mais próximas, para eu não ter que esperar até chegar a noite para ver Harry.

− Por que os homens nunca são criativos? Por que sempre bares de streep? – Hazel bufou, fazendo com que eu risse, indo ajuda-la com a louça suja.

Entretanto, tudo se tornou mais uma guerra de sabão que outra coisa.

Ao longo do dia, tentei não morrer de aflição enquanto eu e Hazel fazíamos um mutirão de limpeza em nosso apartamento, o que nos deixou – incrivelmente – entretidas, pois as coisas estranhas que achamos no sofá, no cesto de roupa suja e até no meu próprio quarto eram assustadoras.

− Nós por acaso temos um gato? – Hazel perguntou, tirando do armário da lavanderia, um pacote de ração para gatos.

− Isso ainda está ai? – perguntei rindo baixinho. – Uma vez fui ao mercado e acabei comprando por engano.

− Você se confundiu com o que? Lata de atum? – Hazel zombou, fazendo com que eu fizesse careta. – Às vezes sua idiotice me surpreende, Nora.

− Disse a garota que deixa um pacote de salgadinho em cada cômodo que passa. – A lata de atum passou pela lateral de meu corpo com um raspão.

A cada segundo que eu olhava para o relógio, menos as horas passavam, mas finalmente depois de uma longa limpeza – que praticamente levou a tarde inteira – tudo o que faltava era começar a preparar o jantar, e isso requisitava alguma chantagem emocional com Hazel.

Meus dons culinários não eram os melhores, mesmo eu conseguindo sobreviver com algum macarrão instantâneo, entretanto, Hazel era quase uma chefe na cozinha, mas com muita preguiça de cozinhar.

− O que você vai fazer para o jantar de vocês, Nora? – Hazel perguntou, jogando-se no sofá e soltando os cabelos do coque.

− Hazel, você sabe que eu não sei cozinhar quase nada, preciso que você me ajude com a comida. – Minha tática era muito simples: ser o mais direta o possível com ela.

− Tudo bem.

Olhei-a de forma espantada, sem acreditar na resposta tão sucinta que ela havia me dado, sem nenhuma reclamação.

− Não vai me chamar de preguiçosa, folgada ou algo assim? – perguntei, confusa.

− Dessa vez não, é por uma boa causa. – Ela se levantou do sofá, já indo para a cozinha. – Mas não pense que estou fazendo isso por você, é porque gosto de Harry.

Depois de alguns tapas, finalmente nos colocamos a trabalhar, o que na verdade se resumiu em Hazel tentando fazer a lasanha deliciosa, receita da mamãe Rawlins, ao mesmo tempo que preparava o mousse de chocolate, enquanto eu apenas atrapalhava e roubava colheradas de chocolate.

− Você não acha que está na hora de você se trocar, Nora? – Hazel resmungou, apontando para o relógio na parede enquanto tirava a forma da lasanha do forno.

− Ele está chegando! – gritei, batendo palmas como uma criança, indo até Hazel e a puxando para uma dança maluca.

− Você vai perder a hora! – ela ralhou, soltando dos meus braços. – Vou deixar a lasanha no forno e o mousse na geladeira, qualquer coisa estou na casa de Simon.

− Amo você, Haz! – berrei, enquanto corria para o quarto, pronta para tomar um banho longo e ir para o aeroporto.

− Eu também me amo!

Passei longos minutos ensaboando meu corpo com o sabonete de ervas e lavando meu cabelo, que já demonstrava tamanho suficiente para ser cortado, cantarolando uma música nova de um cantor que eu não lembrava o nome.

Entrei no quarto enrolada nas toalhas pretas, dançando uma música que tocava apenas em minha mente. Olhei para a cama, vendo o simples vestido que eu havia escolhido para aquela noite. Sem mangas e com parte de cima rendada, a saia era de um azul marinho muito escuro, completando isso com um cinto adorável. Consegui deixar meus cabelos ondulados, diferentes do liso escorrido de sempre.

O batom rosa claro foi a última coisa que faltava para eu ficar totalmente pronta, e assim que o espalhei por meus lábios, calcei as sapatilhas e corri para a sala, que já estava vazia, sinal de que Hazel já havia ido para a casa de Simon.

Não consegui esperar o elevador, então simplesmente corri os três andares do prédio em direção à garagem, entrando no carro como uma bala e dirigindo pelas ruas de Londres como um piloto de fuga.

Minhas mãos tamborilavam o volante, e um sorriso animado não se desfazia de meu rosto – nem mesmo quando um homem raivoso buzinou para mim. Meus olhos vagavam para o relógio no painel a cada instante e, quando finalmente cheguei ao aeroporto, faltavam apenas cinco minutos para o voo de Harry chegar.

Entretanto, tive que atravessar cinco salões de embarque para finalmente chegar ao certo, e todos os passageiros do voo já começavam a sair.

Lou foi a primeira a sair, carregando uma Lux muito sonolenta nos braços, e assim que me viu, veio me cumprimentar, com afeições cansadas do longo voo.

− Nora! – O grito esganiçado de Niall se fez audível, e apenas tive tempo de ver um irlandês me agarrando em um abraço apertado.

− Estava com saudades de vocês também, Niall. – resmunguei, tentando respirar entre o abraço sufocante.

− Tirando as noites em que você e Harry não me deixavam dormir... – ele disse, fazendo-me rir e revirar os olhos.

− Oh! Bom ver você, Nora. – A voz cansada de Zayn foi a segunda coisa que ouvi, e assim que me voltei para ele, Zayn abraçou minha cintura e deitou a cabeça no meu ombro, praticamente usando-me como travesseiro. – Como está a Hazel?

Descobri a alguns dias que Hazel e Zayn haviam se tornados amigos, e não paravam mais de trocar mensagens e ligações. Não era de se espantar que ele estivesse preocupado com a briga de Haz com Simon.

− Está bem, finalmente. Eles se resolverem depois de algum tempo – respondi, contando algumas coisas das semanas em que eles estavam viajando.

Depois de cumprimentar todos os meninos e também despedir-me deles, vendo-os se arrastando até a van que os levaria para casa, a última pessoa que faltava passou pelos portões de desembarque.

Meu coração deu piruetas e um sorriso rasgou meu rosto quando meus olhos se encontraram com os de Harry. Ele estava um pouco mais moreno e com os cabelos um pouco mais compridos, vestindo apenas uma regata preta justa, suas calças da mesma cor e as velhas botas de couro.

Ele deixou cair sua pequena mala de mão e me puxou para seus braços quando eu finalmente estava a poucos passos dele.

Não trocamos nenhuma palavra naquele momento, apenas nos abraçávamos com força; eu afundando meu rosto em seu pescoço quente, para sentir aquele perfume delicioso e ele apertando minha cintura com força, trazendo-me para mais perto de seu corpo.

Minhas mãos, que acariciavam as pequenas mechas de cabelo encaracolado da nuca, desceram até seus braços fortes e descobertos, cheios de tatuagem. Quando finalmente nos afastamos, apenas para olhar um nos olhos do outro e sorrir, puxei-o pela corrente de cruz que ele usava, selando nossos lábios.

Um arrepio correu todo o meu corpo, quando nossas línguas se encontraram, intensificando o beijo a cada carícia, sentindo o gosto de hortelã que ele possuía, e não consegui segurar um pequeno gemido que escapou de meus lábios quando Harry mordiscou meu lábio inferior, abrindo um sorriso sutil entre o beijo.

Tudo aquilo ficaria intenso demais (e inapropriado) caso continuássemos com aquele beijo, entre deslizei minhas mãos pele peito de Harry e separei-nos, roubando-lhe um selinho antes abrir outro sorriso.

− Feliz aniversário, amor – sussurrei entrelaçando nossos dedos e ficando nas pontas dos pés para deixa um beijo demorado em sua bochecha.

− Obrigada, minha pequena. – Um sorriso com covinhas apareceu em seu rosto, no mesmo instante que uma de suas mãos acariciou as maçãs de meu rosto. – Você está linda.

− Tudo para você, hoje é o seu dia, Haz! – disse animada, fazendo com que ele gargalhasse e beijasse carinhosamente minha testa.

− Espero que você não tenha enlouquecido tentado fazer uma surpresa para mim – Harry disse, colocando a alça da sua mala de volta para um dos ombros, enquanto me abraçava de lado.

− Na verdade, nunca foi tão difícil achar um presente de aniversário, mas espero que goste – respondi, encostando minha cabeça em seu ombro enquanto caminhávamos para fora do aeroporto.

Alguns paparazzi ainda esperavam na porta do local, mas não me importei com todas aquelas câmeras, apenas me aconcheguei mais em Harry, e senti seu braço me apertando mais para si. Assim que chegamos ao carro, joguei a mala dele nos bancos traseiros e arranquei de volta para meu prédio.

− Espero que tenha roupa limpa, hoje você vai dormir comigo – cantarolei, cortando alguns carros enquanto uma música baixa tocava no rádio.

− Não ligo de dormir sem. – Sua voz maliciosa fez me sorrir instantaneamente, e senti sua mão acariciando minha perna descoberta pelo vestido.

− Você realmente está aqui. – Olhei para ele por alguns segundos, antes de voltar os olhos para a rua. – Como foi a viagem? Parece que o senhor passou um bom tempo na praia.

− Nos últimos dias nós tivemos uma folga. – Harry riu olhando para os próprios braços bronzeados. – Mas tudo lá é lindo, ainda vou levar você para conhecer a Austrália.

− Acho que eu realmente preciso mesmo de uma cor – resmunguei olhando para meus braços pálidos, fazendo com que nós ríssemos.

− Mas eu trouxe um presente para você. – Ele me olhou com aqueles olhos verdes profundos, fazendo-me ficar curiosa.

− Então é melhor você me contar o que é, caso contrário, vou largar você aqui mesmo – disse, olhando para os lados apenas para confirmar minha maluquice.

− É um canguru de pelúcia – ele respondeu levantando os braços em rendição.

− Oh, sério? – Olhei-o com empolgação, pensando na minha coleção de bichinhos de pelúcia que ele me dava.

Na verdade eu tinha apenas a boneca da Sailor Moon.

− Eu queria comprar um demônio da Tasmânia de pelúcia, mas eles são muito diferentes do Taz, acredite – Harry disse, fazendo uma careta feia e presas com os dedos.

Os poucos minutos até meu prédio foram resumidos em mais conversas estranhas sobre ornitorrincos e muitos outros animais estranhos australianos. Quando percebi já estávamos na recepção do meu prédio esperando o velho elevador chegar.

Harry me abraçava por trás, com as mãos pousadas em minha barriga, enquanto eu me contorcia para conseguir beija-lo sem sair daquela posição. Meus lábios deveriam estar inchados àquela altura, mas eu simplesmente estava viciada em nossas línguas trabalhando juntas e no gosto maravilhoso que Harry tinha.

− Se toda vez que eu voltar de viagem, você me receber assim.... – Harry começou a dizer, quando nos separamos para entrar no elevador.

− Nem pense em terminar essa frase, eu já não aguentava mais ficar longe de você – murmurei apertando o botão com o número três desbotado, vendo as portas de metal se fechar.

− Eu amo você, Nora – ele disse com a voz rouca, fazendo meu corpo arrepiar enquanto Harry enlaçava minha cintura.

− Também amo você – respondi, com meus lábios raspando os dele. – Mas agora se prepare para o meu presente de aniversário para você.

Fomos em direção à porta e, enquanto deixava Harry entrar no apartamento escuro, girei os interruptores para que deixassem as luzes no nível mais baixo possível, trazendo um aconchego ao ambiente.

− Harry, eu queria fazer algo realmente especial para você hoje, para retribuir tudo o que você vem fazendo por mim, e por nós. Mas como não conseguir achar nada que fosse realmente “bom”, acabei tendo essa ideia maluca com a ajuda de Martha e quero que seja a noite mais especial para nós, para você saber o quanto eu te amo.

Minhas bochechas estavam coradas e eu abaixara um pouco a cabeça para não encarar os olhos verdes de Harry, sentindo uma leve vergonha por estar me abrindo daquela forma tão intensa com ele.

Nunca pensei que um garoto me deixaria tão sentimental e apaixonada.

− Esta já está sendo a melhor noite de todas, Nora, pelo simples fato de eu estar com você –Harry sussurrou com o corpo praticamente colado ao meu, enquanto segurava meu queixo, fazendo-me olha-lo nos seus olhos. – E você não sabe o quão estou feliz por ter se esforçado tanto para fazer algo especial para mim.

Ele puxou levemente meu rosto para que nossos lábios se encontrassem, mas eu interrompi aquilo, colocando um dedo sobre seus lábios.

− Pode esperar ai, senhor Styles. – Cutuquei a barriga dele, indo em direção à cozinha. – Vá para a mesa de jantar, porque hoje você vai experimentar a maravilhosa lasanha da mamãe Rawlins.

Enquanto eu me matava para conseguir equilibrar aquela enorme forma de vidro com lasanha, Harry pegou os pratos e os talheres, junto com os copos, e levamos tudo aquilo até a minha pequena mesa de jantar.

Voltei para a cozinha apenas para buscar duas garrafas de cerveja, já que a única coisa que eu havia esquecido de comprar era algum vinho, mas com certeza nenhum de nós reclamaria.

− Isso está com um cheiro maravilhoso – Harry disse, soltando um pequeno gemido de prazer.

− É porque você ainda não provou – respondi com um sorriso, entregando uma das cervejas para ele.

Passamos o jantar com conversas curtas, pois estávamos muito ocupados apreciando a sétima maravilha do mundo que era aquela lasanha. E ainda tinha um mousse de chocolate nos esperando na geladeira.

− Você preparou tudo isso hoje? – Harry perguntou, colocando uma colherada da sobremesa na boca.

− Hazel cozinhou e nós arrumamos a casa – respondi, bebendo o último gole de minha cerveja, com o potinho de sobremesa vazio em minha frente. – Mas quem disse que era só isso?

− Ainda tem mais? – Harry parecia espantado, olhando para os lados como se alguma coisa fosse sair de trás do sofá.

− O verdadeiro presente é agora, amor – murmurei, levantando-me e abocanhando a última colherada de mousse que estava na colher de Harry.

Corri até a cozinha e peguei a caixinha branca dentro da geladeira, junto com um isqueiro quase vazio que achei dentro da gaveta de talheres. Quando voltei para a sala encontrei Harry atônito.

Sentei-me em seu colo, tomando seu rosto com as mãos e selando nossos lábios rapidamente. Ele agora tinha gosto de chocolate e álcool.

− Tem um lugar que costumava ser o meu refúgio. Quase todos os dias eu ia para lá, apenas para ler ou ouvir música. É um pequeno pedaço de mim que quero compartilhar com você. – Dizendo aquilo, peguei-o pelas mãos e o puxei para o quarto.

Peguei o violão que já estava guardado na case preta de couro, e passei a fivela pelo meu corpo, sendo observada de perto por Harry. Abri as janelas de meu quarto, dando a visão da escadaria de incêndio, apontando-a com a mão.

− O que? Aonde nós vamos, Nora? – Harry perguntou assustado, olhando para fora, para a escada.

− Último andar, babe. – Empurrei-o de leve, e ele com muita relutância pulou a janela, pousando a chão enferrujado da plataforma da escada. – Suba até o terraço, estou logo atrás de você.

Sabia que ele deveria achar que eu era louca, mas ele não sabia qual era a sensação de olhar para a noite do último andar do meu prédio. No momento em que me mudei para o aquele prédio junto com Hazel, aquele era o meu lugar para escapar das loucuras que eu vivia.

Quase como um santuário.

Entreguei a caixinha para Harry e ele me ajudou a subir até o terraço, onde ele já estava. Segurei a saia de meu vestido devido ao vento forte que nos atingia, mas segurei a mão de Harry e o levei até o pequeno cantinho que eu havia arrumado para nós.

No chão, estava estendida uma colcha velha e desbotada, mas que ainda era muito confortável, junto com algumas almofadas.

− Você fez isso, para mim? – Harry voltou-se para mim, pasmo.

− Feliz aniversário! – Sussurrei, roubando um selinho de meu namorado, que ainda me encarava sem acreditar.

Puxei-o até a colcha e o fiz sentar ao meu lado, destampando a caixinha branca, revelando um pequeno cupcake de cobertura colorida, com uma pequena velinha colado em seu meio.

− Faça um pedido, amor – sussurrei acendendo a vela com o isqueiro que havia pego e entregando o cupcake para Harry, que deu-me um beijo.

− Quero viver ao seu lado para sempre – ele respondeu, fechando os olhos como uma criança e assoprando a vela.

− Você não devia ter contado, agora o desejo não vai se realizar – disse, corando levemente com as palavras dele.

− Não tem problema, eu vou fazer dar certo.

Todo o meu corpo explodiu com aquela frase, e eu simplesmente joguei meus braços sobre os ombros de Harry e o puxei para um beijo apaixonado, colocando o cupcake de volta para a caixinha.

Suas mãos foram para os meus cabelos ondulados, aos quais ele enrolou nos dedos, levando minha cabeça para mais perto. Correntes de excitação atravessavam todo o meu corpo, e eu não me importei nem por um segundo com o vento gelado que batia em meus braços descobertos.

Com um gemido, empurrei Harry para trás, fazendo-o se inclinar e apoiar-se sobre os braços, enquanto eu sentava-me em seu colo, intensificando o máximo possível aquele momento.

Era claro que nós dois já não conseguíamos controlar o desejo de um pelo outro, mas com muito esforço, separei-me dele com uma sequência de selinhos rápidos, juntando nossas testas enquanto tentávamos controlar nossas respirações.

− Coma o seu cupcake, tenho mais uma coisa para você. – murmurei, acariciando seus cabelos com carinho, antes de me levantar e ir buscar o violão que se encontrava repousado perto de nós.

Quando voltei a me sentar, dobrei as pernas e apoiei o violão ali, passando os dedos em algumas notas, enquanto via Harry dar a primeira mordia no cupcake.

− Red velvet! Meu favorito – ele disse, oferecendo um pouco para mim, mas quando fui dar uma mordida, ele deu com o cupcake em meu rosto, lambuzando meu lábio e bochecha com a cobertura.

− Harry! – gritei, entre risos descontrolados, vendo-o se inclinar até mim e lamber toda a parte doce que cobria meu rosto.

− Não resisti, Nora.

Comemos o cupcake juntos em poucas mordidas, e logo voltei para o violão em minhas mãos.

− Eu fiquei pensando em uma forma de realmente lhe mostrar o que eu sinto, mas como quando eu começo a falar, disparo como uma metralhadora, pensei em uma coisa que sempre foi importante para mim – murmurei, tocando os primeiros acordes de Tee Shirt, da Birdy, enquanto via-o me observar com um sorriso carinhoso. – Não ligue se minha voz estiver muito ruim.

“In the morning when you wake up

I like to believe you are thinking of me

And when the sun comes through your window

I like to believe you've been dreaming of me

Dreaming...”

As palavras saiam de meus lábios como a verdadeira declaração que eu queria, e não tirei meus olhos dos de Harry por nenhum segundo, vendo-o sorrir cada vez mais para mim, enquanto meu corpo gritava pelo homem em minha frente.

“I should know 'cause I'd spend

All the whole day

Listening to your message I'm keeping

And never deleting.”

Terminei a música sentindo como se meu coração estivesse saído pela boca, direto para o céu, em direção às estrelas, pois aquele momento estava se tornando o mais perfeito, e eu queria parar o tempo ali mesmo.

− Você não tem noção de quanto eu amo você, Nora – Harry sussurrou, puxando-me para seus braços, fazendo com que nós dois caíssemos deitados na colcha, olhando para o céu mais estrelado que o normal. – Eu não esperava algo assim, sabia que ia ser especial, mas isso foi...maravilhoso. Não tenho palavras para agradecer por essa noite.

− Só queria que fosse perfeita para você – murmurei, deitando minha cabeça contra meu peito forte, sentindo carinhos em meu braço.

− E foi. – Harry se remexeu ao meu lado, e se apoio em um dos braços, acabando por cima de mim, sorrindo com covinhas. – Foi o melhor que alguém já fez por mim.

As últimas palavras saíram baixas devido à proximidade de nossas bocas e, sem aguentar mais aquele desejo que nos consumia, puxei Harry para mais um beijo intenso, fazendo-o ficar completamente por cima de mim, enquanto eu me ajeitava sobre as almofadas.

Minhas mãos voaram para suas costas, puxando a regata preta de forma desesperada. Meu corpo respondia ao de Harry como eu nunca havia visto antes e os únicos toques que trocávamos eram as carícias entre os beijos.

Mordisquei seu lábio inferior, antes que ele se levantasse minimamente, apenas para retirar sua camisa. Toquei na pele bronzeada de Harry como se fosse a primeira vez, passando os dedos levemente pelas depressões dos músculos de seu tronco.

Ele era perfeito.

Senti suas mãos entrando pela saia de meu vestido, e um gemido escapou de meus lábios quando os dedos gelados de Harry tocaram o pano −já úmido− de minha calcinha; ele acariciou minhas pernas nuas enquanto depositava beijos longos e demorados em meu pescoço, seguidos por pequenos chupões que me faziam contorcer.

Ergui meu tronco quando Harry tateou em busca do zíper de meu vestido, descendo-o até o quadril, deixando que eu terminasse de tirar aquela peça de roupa. O frio não se fez presente, pois o calor entre nós era enorme.

Arranhei seu peito levemente, para depois contornar os desenhos das tatuagens de pássaros, enquanto seus beijos desciam pelos vales dos meus seios.

− Eu senti falta do seu corpo, Nora, senti falta do seu toque – ele murmurou roucamente contra meu ouvido, enquanto descia uma das mãos por minha intimidade, coberta pela calcinha.

Gemi alto, levando minhas mãos diretamente para o botão de sua calça jeans, que em poucos minutos já havia se misturado com meu vestido. Tudo o que nos separava, eram algumas poucas peças, e em um movimento rápido, troquei de posição com Harry, sentando em seu abdome, atacando seu pescoço com beijos molhados, ouvindo-o gemer baixo em meu ouvido.

− Eu amo você, Harry – gemi, deixando um beijo longo entre as tatuagens de pássaros, sentindo suas mãos voando para o meu sutiã branco, tirando-o com agilidade.

Harry beijou meus seios, subindo de volta para o pescoço e chegando até meus lábios. Naquele momento já nos encontrávamos sentados, comigo em seu colo. Minha cabeça estava tombada levemente, sendo aparada pela mão de Harry, enquanto ele me deixava sem fôlego com um beijo quente.

Nossos peitos nus se tocavam e causavam um atrito sensacional entre nós, e o vento frio batendo em minhas costas deixava o momento mais excitante a cada segundo.

Harry voltou a me deitar, trilhando beijos por meu corpo até o elástico da calcinha, que tratou de tirar rapidamente, deixando-me complemente para ele. Quando percebi, Harry já não usava mais nenhuma peça de roupa, e nossos lábios voltaram a se encontrar quando ele me penetrou, conectando nossos corpos.

No silêncio daquela noite, foi possível escutar dois gemidos altos se interligando, enquanto nossos corpos tremiam de prazer.

− Ah, Harry, me faça sua – implorei, pressionando meu quadril contra o seu.

− Você já é só minha, Nora – ele murmurou baixo em meu ouvido, mordendo o lóbulo em seguida, antes de começar com a estocadas fortes e fundas, que levavam todo o meu ser à loucura.

Nossos corpos expressavam-se em movimentos ritmados e interligados, e nossas línguas em uma briga interminável e deliciosa. Meu corpo suava, mesmo sendo uma noite fria, e o gosto de chocolate com álcool na boca de Harry me deixava embriagada.

Girei nossos corpos para poder ficar por cima, gemendo alto ao sentir a nova posição em que nós estávamos. Ele me tocava, causando uma queimação de prazer em cada parte de pele que acariciava, enquanto eu movia meu corpo de forma extasiante para ambos. Minhas cabeça estava tombada mais uma vez, mas em momento algum deixei de olhar fundo nos olhos do homem que havia roubado meu coração.

E após carícias e palavras de amor trocadas entre respirações ofegantes, finalmente chegamos ao ápice, com Harry deixando seu corpo mole descansar sobre o meu. Nossos corpos cansados e suados. Quando o frio se fez presente entre nós, a coberta que eu havia deixado ali perto se fez bem útil e Harry esticou-se para pegá-la, cobrindo-nos, enquanto nos aconchegávamos um no outro.

− Isso aqui é lindo, entendo agora porque é um lugar especial para você – ele disse, acariciando meus cabelos embaraçados enquanto apontava para o céu estrelado, que havia sido espectador de nosso amor.

− Agora é o nosso lugar – respondi, deixando um beijo demorado em seu peito, levando minha mão para perto da sua, apontando alguns grupos de estrelas mais brilhantes.

Um pequeno silencio se fez entre nós, e minha mente vagou para um pensamento: o de que eu queria que meu relacionamento com Harry fosse tão brilhante e intenso como qualquer uma daquelas estrelas no céu.

Infinitas.

Foi quando ouvi sua voz rouca, cantando as primeiras letras de uma música do Ed Sheeran, que resumia tudo o que eu estava pensando naquele momento. Sua voz rouca e calma não precisava de nada mais para fazer me arrepiar por inteiro.

“I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you i am

So honey now
Take me into your lovin' arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud
Maybe we found love right where we are

[...]

Maybe we found love right where we are
We found love right where we are
And we found love right where we are”

− Eu amo você, Nora, da mesma maneira como as estrelas para nós, são infinitas.

Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo tão quanto eu gostei!
Deixem suas opiniões e até final de semana que vem! ;)
Xoxo Gabi G.


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