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História Dont Let Me Go - Algumas Reviravoltas


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, minha linda!
(momento de fuzilamento meu!)
Mil perdões por ter me desleixado tanto com a fanfic, sinto muito pelo tempão de espera que estou fazendo vocês esperarem entre os capítulo.
Não tive uns meses bons, e também não estava me sentindo muito bem (emocionalmente) para escrever os capítulos.
Mas aqui está mais um capítulo de volta! Espero que gostem.
Quero agradecer a todos que mandaram mensagens lindas para mim, e favoritaram a fic ao longo dos 3 meses que fiquei fora.
Quero mandar um beijo especial para a Giih, que me mandou uma mensagem linda pedindo pela continuação da fic, e para a minha gêmula MrzMalik por me apoiar e me bater por demorar para escreve ^^
Espero que gostem.

Capítulo 31 - Algumas Reviravoltas


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Algumas Reviravoltas

O tempo parecia ter entrado em total colapso nos dias que se seguiram, pois voaram nos momentos em que eu batalhava para fazer do aniversário de Harry o melhor de todos, mesmo que ainda não tivesse encontrado o presente perfeito; em outros momentos as horas pareciam se arrastar, e minha saudade e dependência de Harry pareciam crescer a cada instante, levando as pessoas ao meu redor à loucura.

Sem perceber, eu havia começado uma contagem regressiva para a volta dele, e toda vez que eu chegava perto de Hazel falando: “Faltam X dias!”, ela resmungava e deixava-me falando sozinho, assim como Simon e papai também fizeram depois de dias repetindo a contagem.

A loucura não estava nem de longe perto de acabar, pois a briga entre Hazel e Simon continuava no auge, mesmo depois que Simon apareceu em nosso apartamento, um dia depois da nossa conversa sobre a briga, explicando-se e pedindo desculpas para Haz, mas sem motivo algum, ela o ignorou, deixando tanto ele quanto eu, chocados.

Sabia que, no fundo, Haz achava-se boba por ter brigado com Simon por um assunto tão irrelevante, mas aquela menina sabia ser orgulhosa quando queria, e Simon teria que se esforçar muito para que ela desse o braço a torcer.

Mas eu sabia que, para Simon, Hazel valia qualquer batalha.

Era uma noite de sexta feira, e faltavam dois dias para a volta de Harry, além de seu aniversário, e meu estado nervoso estava em frangalhos, já que eu não havia encontrado nada que eu realmente gostasse para dar à Harry.

Hazel e eu havíamos visitados praticamente todos os shoppings e lojas em todo o centro comercial de Londres, mas nada do que escolhíamos pareciam bom o suficiente. Nada de camisas, ou objetos decorativos, muito menos CD’s ou livros, nem mesmo a ideia de Hazel de fazer uma brincadeira comprando algumas coisas em um sex shop parecia boa o bastante.

Parando para pensar agora, deixava-me corada a ideia de que eu havia considerado a sugestão maluca de Hazel.

Jogada no sofá da casa do meu pai, eu passava os canais da televisão com a mesma empolgação de se acordar cedo em uma manhã de domingo, enquanto tentava imaginar qual seria a ideia de “reconquistar” Hazel que Simon estava usando hoje.

Ao longo das semanas, Simon tentou várias táticas de reconciliação com Hazel, e hoje, ele havia pedido para que eu fosse passar a noite na casa de meu pai, pois ele queria fazer um jantar e noite de filmes surpresa para ela.

O cheiro do macarrão à carbonara, tipicamente italiano, de papai invadia-me a ponto de me fazer salivar, ao mesmo tempo que ouvia as risadas de Martha e papai vindas da cozinha.

Aqueles dois não desgrudavam-se nem por um segundo agora, e eu amava ver o sorriso contento e os olhos brilhantes de meu pai, toda vez que ele estava perto de Martha. Afinal, ele sempre mereceu uma mulher que o amasse verdadeiramente.

A última ligação que Harry havia feito para mim, fora há duas horas, e agora eu agia como uma criança pedindo atenção, gemendo e resmungando baixinho enquanto assistia os ancoras do jornal da noite anunciando as notícias que seriam mostradas no próximo bloco do programa.

− Certo, eu não aguento ver você com essa carinha, Nora. O que a gente pode fazer por você? – A voz de Martha, alegre e bondosa, fez com que eu virasse meu rosto em sua direção, vendo-a andando até mim, de mãos dadas com papai.

Rapidamente arrumei minha postura largada no sofá, para que o os dois pudessem se sentar, um de cada lado, fazendo-me sentir de volta ao colegial, quando meus pais conversavam comigo sobre uma nota ruim que havia tirado.

− Está tudo vem, querida? – Papai perguntou, limpando as mãos molhadas em um pano de prato cheio de vaquinhas.

Murmurei dramaticamente, apoiando minha cabeça no ombro de Martha, que riu de forma alta e animada, dando palmadinhas em minha perna.

− Vamos lá, querida, não precisa ficar assim, sei que está com saudades de seu namorado. – Ela disse, fazendo com que eu arregalasse os olhos e ficasse ereta, encarando-a de boca aberta de um jeito teatral.

− Está tão óbvio assim? – Abri um pequeno sorriso, vendo papai e Martha olhando-se de um jeito cumplice.

− Nora, você fala isso em toda oportunidade que tem. – Papai sorriu, afagando meus cabelos como sempre fazia, desde quando eu era pequena.

− Desculpem-me, sei que estou enlouquecendo todo mundo com isso, mas simplesmente não tenho mais ideias para o aniversário dele, e isso significa muito para mim, ele significa muito... – Murmurei, tentando controlar o vermelho que tomava conta de meu rosto.

− Você quer fazer algo especial, não é? – Martha sussurrou perto de mim, mas eu apenas assenti, tentando jogar o sentimento de derrota para longe. – Bem, então acho melhor você voltar para a cozinha, Frank, nós iremos ter uma conversa de mulher agora.

Olhei para papai que sorria abertamente, balançando a cabeça, levantando-se lentamente do sofá, antes de depositar um beijo no topo de minha cabeça e na de Martha.

− O que não faço por essas duas mulheres que eu amo? – ele murmurou, enquanto voltava para a cozinha, jogando o pano de prato sobre o ombro.

Quando os barulhos de panelas começaram a tornar-se altos, Martha voltou-se para mim e abriu um sorriso maternal, o qual fez me coração bater mais rápido, devido aos anos que se passaram sem eu receber os “carinhos de uma mãe”.

− Por que está tendo tantos problemas com o aniversário de Harry? – ela perguntou, com sua voz calma de sempre.

Instantaneamente, minha mente vagou para todos os momentos em que eu havia passado com Harry, e todos os presentes carinhos que ele havia me dado; meus olhos pousaram diretamente na pulseira delicada e na pequena esmeralda que fazia eu lembrar-me de Harry.

− Ele tem sido maravilhoso comigo, Martha, desde sempre, e agora eu quero retribuir tudo o que ele se esforçou para fazer por mim. – suspirei pesadamente, tirando uma mexa do cabelo que caia em meu rosto. – Não quero que esse aniversário seja nada menos do que perfeito.

− Vejo em seus olhos brilhantes como ele afeta você. – Os olhos escuros de Martha sorriam para mim, mas em poucos segundos eles tornaram-se sérios, me estudando meticulosamente. – Você ama Harry, Nora?

Meu cérebro já tinha a resposta imediata para aquela pergunta tão simples. “Ora, mas que pergunta, Martha, é claro que eu o amo”. Mas, aquelas palavras pareciam levianas em relação à todo o sentimento que eu tinha por ele.

Pensei em todos os beijos, os toques e as palavras amorosas que nós havíamos trocado, e sem demora um sorriso brotava em meu rosto. Tudo parecia com Harry parecia um conto de fadas.

− Deveria ser tão fácil responder isso, Martha, mas pra mim um simples “sim”, ou “claro” não são o suficiente. – sorri para ela, percebendo que ela havia entendido meu ponto de vista, pensando se Martha sentia o mesmo por papai. – Ele simplesmente chegou e transformou tudo em mim.

− Então por que, exatamente, um presente é tão importante? –ela perguntou, como se a respostas fosse óbvia, e estivesse batendo à porta.

− Martha, você não entende... – respondi, cautelosamente, pensando em como dizer à ela que o presente era a questão mais importante, sem magoá-la.

Entretanto, para meu espanto, tudo o que ela fez foi rir, um riso musical, acariciando meu braço como se acabassem de contar uma piada hilária.

Meu rosto definia meu total desentendimento, mas apenas fiquei esperando pelo desfecho mágico de Martha.

− Escute esta velha mulher, Nora. – ela começou a falar, levantando um dedo como uma professora dando uma bronca. – Já vivi amores e ilusões, e aprendi que para um amor verdadeiro, presentes materiais não são relevantes, mas sim o sentimento por trás deles, a maneira que a pessoa usa para demonstrar o que está dentro do coração.

Minha mente começou a pensar naquelas palavras, e as engrenagens em meu cérebro já trabalhavam em mil e uma maneira de tornar o aniversário de Harry o melhor de todos para ambos.

− Você quer dizer... – Algumas palavras começaram a sair de meus lábios, mas Martha apenas riu e continuou sua explicação.

− Esse é o primeiro aniversário de Harry com você, e fazer algo que demonstre o seu amor por ele é essencial, mas seus sentimentos não precisam vir dentro de uma caixinha de presente, Nora, seja criativa da maneira que você sempre foi. – Martha cantarolou a última parte, tocando minha testa com um sorriso.

Mas, eu já não precisava que ela falasse mais nada, pois minha mente havia captado cada palavra sua, e eu já não me sentia desesperada para a chegada de Harry.

Talvez, agora eu estivesse empolgada demais para as ideias que fervilhavam em minha cabeça.

− Obrigada, Martha! – Praticamente pulei no colo da velha mulher, envolvendo seus ombros com meus braços, em um abraço apertado e sufocando, que foi rapidamente retribuído.

− Não foi nada, querida. – Suas palavras me atingiram com um sorriso, que eu retribuí.

− Vejo que você não está mais desesperada, Nora. – A voz de papai nos atingiu, fazendo com que eu soltasse Martha para olha-lo, parado na ponta do sofá com um sorriso de orelha à orelha.

− Martha é a melhor, papai! – gritei, ouvindo o riso alto dos dois, enquanto íamos em direção à mesa de jantar, onde a macarronada já se encontrava.

− Eu sei disso, querida. – Papai segurou a mão de Martha e sorriu com carinho para ela, depositando um beijo rápido na testa da mulher, e por alguns segundos eu imaginei Harry e eu juntos depois de tantos anos, e eu sabia que eu continuaria apaixonada por ele.

O resto do dia passou em um piscar de olhos, e no final da tarde, eu voltada para meu prédio totalmente exausta depois de uma maratona de compras em supermercados. Dentro daquelas sacolas havia comida suficiente para acabar com a fome da África.

Tirei o cinto de segurança e guardei a chave do meu Fiat 500 na pequena bolsinha de lado, indo rapidamente para o porta-malas e começando a planejar uma estratégia militar para conseguir empilhar todas aquelas sacolas de papel nos braços, até o apartamento.

Felizmente, Carl, o senhor baixinho e com um rosto quadrado engraçado ajudou-me a carregar as sacolas para o elevador, sem para de falar em nenhum momento sobre como sua esposa vivia falando sobre mim.

Jane tinha demonstrado indícios de Alzheimer a um ano atrás, e durante o período em que Carl procurava por tratamentos para a esposa, eu passava algumas horas com a velha de sorriso fácil, jogando cartas e tomando chá.

Não tenho tanta certeza de que ela continue com seus sorrisos fáceis.

Já empilhava as sacolas de compra na soleira da porta, e buscava as chaves da porta, quando alguns gritos de Hazel entraram por meus ouvidos.

Mais uma discussão estava acontecendo.

− Simon! Apenas pare de me encher com todos esses jantares, cinemas, presentes e flores! Eu não quero nada disso, eu não quero você! – A voz de Hazel era chorosa, e eu tinha vontade de entrar e ajuda em algo, mas sabia que aquilo entre os dois não podia ser concertado com as palavras de “Nora, a pacificadora”.

− Tudo isso por casa da mensagem da Amanda? Hazel isso é loucura, já lhe expliquei tudo, porque ainda está brava comigo? – Simon parecia aflito, e a cada momento eu me sentia mais desconfortável de estar ouvindo a discussão dos dois.

Entretanto, também não podia simplesmente entrar fingindo que nada estava acontecendo, eles precisavam daquela discussão.

− Isso não tem nada a ver com ela. – Hazel resmungou e um silêncio horríveis sucedeu os segundos que se passaram.

− Então o que está acontecendo? – Tive que colar a orelha na porta para ouvir o sussurro de Simon, fazendo-me sentir uma vela fofoqueira.

− Eu não quero acabar iludida e machucada, Simon. – Mais um longo período de silêncio. – Eu saia com caras sem compromisso exatamente porque eu sabia que eu não me decepcionaria depois. Eu tenho medo, só isso.

É claro, como eu não havia lembrado daquilo? Hazel havia se tornado uma garota sem compromisso depois da grande guerra que havia sido o seu último namoro, ainda no primeiro ano de faculdade.

Buck, um garoto que entrara para a faculdade devido à uma bolsa por ser um dos melhores jogadores de basquete. Muitos músculos mas nenhum cérebro, entretanto, ele parecia outra pessoa com Hazel, sendo o próprio estereótipo de “garoto romântico”.

Ou eu pensava isso, até a noite da festa de Halloween dos veteranos, onde Hazel e eu encontramos Buck transando com uma loira cheia de silicones, da turma de design, vestida de Cinderela (uma versão mais vulgar da princesa).

Não era de se espantar que Hazel ainda era insegura em relação a relacionamentos mais sérios.

− Hazel Rawlins, eu sou o cara mais bobamente apaixonado por você, queria você em meus braços desde muito antes da gente se conhecer na redação da Daily. A menina maluca e extrovertida das rosquinhas roubou meu coração e me deixou de joelhos. Eu amo você, Hazel, e nunca faria nada que magoasse você, você tem que confiar em mim, porque meu coração está nas suas mãos e eu não quero dá-lo a mais ninguém.

Naquele momento eu deveria estar choramingando como uma menininha assistindo a um filme romântico. Caso aquelas palavras não tivessem conquistado Hazel por completo, eu entraria no apartamento e a encheria de tapas.

− Você é louco por se apaixonar por uma pessoa tão desiquilibrada, Fray. – Aquelas palavras saíram em uma mistura de choro e risada, e eu sabia que Hazel havia se entregad à Simon.

− Provavelmente nossos desequilíbrios se completam.

Sabia que naquele momento aconteceria o tão esperado beijo, típico de um desfecho de livro, mas eu simplesmente estava cansada de ficar escorada na porta, então virei a chave na porta, adentrando no apartamento e acabando com a cena de Hazel com os braços em volta do pescoço de Simon, os dois sorrindo.

− Façam de conta que eu sou um fantasma, preciso colocar essas compras na geladeira antes que estreguem. – Comecei a tagarelar, fazendo com que os dois levassem um susto, pulando para trás e afastando-se. – Sim, eu ouvi toda a conversa, não vou pedir desculpas por isso.

− Privacidade, Nora, privacidade! – Hazel resmungou, fuzilando-me com os olhos, da sala.

− Vão para o quarto, fechem a porta e desfrutem da privacidade lá, preciso mesmo arrumar as coisas para o aniversário de Harry.

Enquanto falava, fui até Simon e lhe deu um abraço apertado, mostrando a língua para Hazel em nosso cumprimento típico.

− O que vai fazer para ele? – ela perguntou, mostrando indícios de curiosidade extrema.

− Surpresa. – Sussurrei, abrindo um sorriso malicioso, indo em direção ao meu quarto.

O resto da noite, foi apenas uma correria para arrumar tudo que fazia parte do meu grande plano, e minha “check list” já estava quase completa, apenas faltava o último tópico: buscar Harry no aeroporto, daqui a dois dias.

Continua...


Notas Finais


Hey, hey, hey!
Esse foi o capítulo de volta! Espero que tenham gostado! Deixem suas opiniões aqui em baixo!
E para todos que achem que vai demorar para sair a continuação, ja estou escrevendo e pretendo acabar ainda hoje! ;) Então, comentem!
Xoxo, Gabi G.


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