1. Spirit Fanfics >
  2. Dont Let Me Go >
  3. Estou Indo Embora

História Dont Let Me Go - Estou Indo Embora


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Feliz 2014 minhas lindas!
Depois de duas semanas passando frio no Velho Mundo, finalmente voltei, com capítulo novo de DLMG!!
Primeiramente, quero agradecer aos comentários lindos que recebi no ultimo capítulo, mas que não consegui responder, então pedi para a Mari responder. Muito obrigada também pelos favoritos. Estou muito orgulhosa de DLMG e de vocês!
Também quero mandar um "tudo de bom" para vocês, nesse ano que começa e espero que continuem comigo nesse novo ano! ^^
Estou na casa da minha avó, e estou usando a internet da vizinha, estão não sei se vou conseguir postar sempre, mas estarei atualizando todas as minhas fics.
Espero que gostem do primeiro capítulo de 2014.
Boa Leitura.

Capítulo 22 - Estou Indo Embora


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Estou Indo Embora

− Harry, tem certeza que esses papéis estão aqui? Já viramos esse lugar de ponta cabeça e nada dessa maldita pasta. – Bufei, jogando a resma em minhas mãos para o ar, despencando na poltrona próxima a mim.

Já haviam se passado horas desde que chegamos no prédio da Modest!, onde Harry me mostrara até a salinha da limpeza do lugar, apresentando-me para todas as pessoas que passavam por nós.

A produtora era enorme e cheia de funcionários, fazendo com que no final do “passeio”, eu sentisse dores nas pernas e no rosto, de tanto sorrir.

Não sabia qual era a importância daqueles tais papéis para Harry, mas o fim do expediente da empresa chegou e ainda nos encontrávamos na sala para a qual fui arrastada por ele, que parecia do produtor da banda, pois tinham bonequinhos cabeçudos dos meninos em cima da mesa, ao lado do enorme computador.

Senti os olhos de Harry sobre mim, e assim que levantei minha cabeça, percebi que ele ria enquanto andava até onde eu estava, jogando os papéis de suas mãos, também no chão. Ele sentou-se no braço da minha poltrona, colocando uma mecha dos meus cabelos atrás da orelha, aproximando seu rosto do meu.

− Não se mexa. – Ele sussurrou, escorregando uma de suas mãos, do meu ombro até minha nuca, fazendo com que um arrepio me percorresse. Seus dedos se enroscaram em meus cabelos, e quando nossas respirações já se misturavam e meus pensamentos se tornavam confusos, Harry se afastou, girando uma bolinha de papel amarelo entre os dedos.

− O quê? – Perguntei confusa, olhando-o com uma careta frustrada.

− Tinha um post-it colado no seu cabelo. – Ele riu de forma sapeca, arremessando o papel em direção a boca do lixo, mas errando-a por pouco.

− Idiota. – Resmunguei baixinho, cruzando os braços sobre o peito e encarando os ponteiros do enorme relógio de parede, que já marcavam cinco horas da tarde.

Harry sentou-se de pernas cruzadas no chão, em frente à mim, levando as mãos até minha pernas e acariciando-as sobre o tecido da calça jeans.

− Desculpe fazer você perder um dia de trabalho para ficar procurando papéis comigo, Nora. – Harry sussurrou, abrindo uma pequeno sorriso, sem mostrar os dentes.

− Não tem problema. – Sorri, passando meus dedos de leve em seus cabelos bagunçados. – Tirando a parte na qual vamos ter que arrumar toda essa bagunça, não chegou a ser um dos piores dias da minha vida.

− Posso recompensar você... – Ele se apoiou pelos braços e levantou-se, roubando um selinho de mim antes de me estender a mão. – Assim que encontrarmos esse papel.

Balancei a cabeça rindo e voltei a remexer nos papéis que se encontravam no chão, jogando bolinhas de post-it nas costas de Harry quando o mesmo não percebia, recebendo resmungões e risadas como resposta.

− Esse bonequinho cabeçudo do Niall é muito fofo. – Comentei, enquanto observava Harry terminar de colocar os últimos documentos em seus devidos lugares.

− Esses bonecos foram a coisa mais estranha que fizemos. – Ele fez uma careta, envolvendo minha cintura com seus braços, deixando um beijo em minha testa.

− Sua cabeça ficou parecendo um balão. – Sussurrei, abrindo um pequeno sorriso enquanto sentia ele esbarrar nossos lábios.

− Obrigado pela parte que me toca. – Harry revirou os olhos, entrelaçando nossos dedos e puxando-me para fora daquela grande sala.

− Onde nós estamos indo? Não achamos seu papel ainda. – Disse, olhando para os lados, sem saber para onde Harry estava me levando.

− Vou dar uma olhada no nosso estúdio de gravação, costumo deixar coisas lá – Ele respondeu, apertando o botão do elevador e abraçando-me de lado, me puxando para mais perto de si.

Assim que as portas se fecharam e o elevador começou a subir, Harry me prensou contra a parede fria de metal, atacando meu pescoço com beijos molhados. Um sorriso maroto brotou em meus lábios, e rapidamente agarrei o tecido das costas de sua camisa, tombando minha cabeça para o lado.

− Pensei que íamos buscar seus papéis. – Disse, ofegante, soltando um suspiro assim que senti uma leve mordida em minha pele.

− Estamos indo. – Ele resmungou como resposta, apertando suas mãos em volta da minha cintura, subindo seus lábios para os meus.

− Nada de distrações então. – Sussurrei, mordendo levemente seu lábio inferior, empurrando-o contra a porta, que havia se aberto com o “click”.

− Nora... – Sua voz tinha um grande nível de malícia, o que me fez rir assim que ele me puxou de volta para perto de si, colando nossos corpos novamente.

− Harry! Desse jeito vamos passar a noite inteira aqui. – Protestei, batendo minhas mãos em seu peito, na tentativa de desprender-me de seus braços.

− Só porque você pediu com jeitinho. – Harry riu, passando um de seus braços em meus ombros, beijando minha bochecha antes de me puxar por entre um corredor cheio de grandes portas de madeira.

Depois de passar por todo o comprido corredor, entramos na maior das portas ali, onde um grande estúdio se estendia por quase o tamanho do meu apartamento inteiro, lotado de instrumentos, fios e caixas de som, que deixaria qualquer um perdido.

− Vou dar uma olhada ali no fundo. – Harry apontou para onde algumas pequenas mesas redondas estavam, cheias de copos da Starbucks. – Só tome cuidado, nem eu sei o que pode sair de trás dessas caixas de som.

− Sem problemas. – Ri, passando a mão pelos cabelos, olhando em volta à procura de algum lugar que servisse de cadeira.

Meus olhos encontraram um pequeno violão de cor marrom escuro, encostado em um banquinho giratório, e rapidamente um pequeno sorriso brotou em meus lábios.

Já não lembrava mais quanto tempo tinha se passado desde que peguei em um violão, aquele instrumento que eu não desgrudava quando mais jovem, mas que acabou sendo jogado de lado quando a faculdade chegou.

Mordi meus lábios com força, contendo a vontade de dedilhar as cordas, sem muita certeza se ainda sabia como tirar algumas melodias daquele instrumento. Olhei para trás, em busca de alguma movimentação de Harry, mas ele parecia muito ocupado entre os copos de café e saquinhos de salgadinho.

− Alguns minutos não vão fazer mal. – Murmurei para mim mesma, já pegando no braço do violão e me ajeitando no banquinho maluco, que parecia não querer parar de me girar.

Batuquei os dedos na madeira, tentando lembrar de alguma música que costumava tocar quando mais nova, mas acabei por ficar com a música que tocava no rádio do carro de Harry, mais cedo, que não havia saído da minha cabeça.

Assim que as notas começaram a sair, senti-me mais leve, como sempre me sentia quando tocava antigamente, na tentativa de esquecer as brigas constantes que acontecia em casa, no período de separação dos meus pais.

Arrisquei-me até em murmurar a letra da música, mas era visível que eu não havia talento nenhum para cantar – que um foi um fatores que me impediu de fugir de casa na adolescência, para tentar a carreira musical.

− Não sabia que você tocava, Nora. – A voz rouca de Harry me vez abrir os olhos, saindo do meu pequeno devaneio.

Olhei em seus olhos verdes e sorri, sentindo minhas bochechas ficarem coradas sem um motivo real. Deixei o violão onde se encontrava anteriormente, tomando cuidado para não bater o instrumento no chão, voltando a olhar para Harry.

− Você não sabe de muitas coisas sobre mim, Harry. – Disse, tentando fazer com que minha voz saísse o mais “enigmático” possível, mas acabei rindo e puxando-o pelas mãos, fazendo com que Harry ficassem entre minhas pernas.

− Então é melhor você começar a contar essas coisas. – Ele sussurrou, pousando as mãos em minha cintura e aproximando nossos rostos.

− Eu costumava tocar na minha adolescência, apenas para esquecer as loucuras que aconteciam em casa naquela época. Não sou a melhor pessoa tocando um violão, mas eu gostava pelo simples fato de que a música me fazia sentir melhor. – Despejei tudo com um longo suspiro, passando meus braços em volta do pescoço de Harry, fazendo com que centímetros nos separassem.

− Mas se gostava tanto, por que parou? – Harry esbarrou seu nariz no meu, fazendo com que minhas pernas ficassem bambas.

− Simplesmente fiquei sem tempo. – Dei de ombros. – Faculdade, trabalho, tudo isso consumiu meu tempo.

− Você não devia desistir das coisas que gosta, Nora.

Não respondi àquilo, apenas fiquei encarando Harry, com uma pequena pontada no coração, por saber que o que ele dizia era verdade. Eu era uma pessoa feliz, não podia reclamar da minha vida, mas talvez se não tivesse aberto mão de tantas coisas que eu gostava pelas responsabilidades, eu não estaria me martirizando agora.

− Eu sei, mas... – Tentei começar a falar, mas Harry me interrompeu.

− Mas nada, Nora. – Ele riu, selando nossos lábios brevemente. – Veja, eu gosto de você e não desisti.

Todo o meu rosto esquentou, um sorriso involuntário surgiu em meu rosto e sem conseguir encarar Harry, olhei para a estampa de sua camisa, que me pareceu muito interessante naquele momento. Senti as mãos dele subindo pela minha nuca e um arrepiou tomou conta do meu corpo.

Quando percebi, os lábios de Harry já se encontravam nos meus, e um beijo calma se iniciava, fazendo com que meu corpo entrasse em combustão com aquele pequeno toque. As mãos de Harry acariciavam meu rosto de forma carinhosa e eu apenas escorregava as minhas pelas costas dele.

Envolvi a cintura dele com as minhas pernas, e sem muito esperar, Harry me pegou no colo, nos levando para longe do banquinho em que eu me encontrava. Gemi baixinho quando minhas costas bateram em algum lugar cheio de botões, que percebi mais tarde ser as bancadas de ajuste das músicas.

− Harry... – Tentava formar alguma frase, mas minha respiração já estava ofegante.

− O que foi, Nora? – Ele desceu os lábios pelo meu queixo, até o pescoço.

− Aqui? – Puxei as costas da camisa de Harry, passando a unha pela parte exposta de pele dele, enquanto sentia alguns chupões sendo deixados em mim.

− Qual o problema? – Seus lábios subiram até meu ouvido, onde ele deixou uma mordida. – Estamos sozinhos aqui.

− Tecnicamente... – Consegui retirar-lhe a camisa, deixando um beijo demorado em seu peito nu. – Tem os seguranças e o porteiro lá embaixo.

− Não acho que eles vão nos ouvir. – Ele riu roucamente, levando as mãos para dentro de meu moletom, levantando-o enquanto acariciava a lateral do meu corpo.

Balancei a cabeça, rindo, enquanto meu moletom já estava no chão, e Harry descia seus beijos lentos pela minha barriga, deixando-me arrepiada. Levei minhas mãos para o botão do jeans dele, e rapidamente abaixei-a, deixando-o apenas com a boxer branca que usava. Harry mordeu a pele do meu ventre, antes de retirar-me o jeans e começar a brincar com o fino tecido da minha calcinha, acariciando de jeito malicioso minhas pernas descobertas.

Contorci-me embaixo daquela bancada, sentindo os pequenos botões marcando minha pele. Puxei Harry para cima, selando nossos lábios e puxando seus cabelos, que já se encontravam colados em sua testa. Abaixei a boxer de Harry sem nenhuma delicadeza, querendo cada vez mais ter ele dentro de mim, para poder sentir aquela sensação extasiante mais uma vez.

− Sem preliminares, Nora? – Harry sussurrou em meu ouvido, brincando com as alças do meu sutiã.

− Acabe com isso, Harry. – Resmunguei, cravando minhas unhas em suas costas, sentindo ele gemer baixinho.

Ele riu baixinho, selando nossos lábios em um beijo viciante e apressado, retirando de uma vez a única peça de roupa que ainda nos impedia, penetrando-me rapidamente, fazendo com que eu gemesse alto e contorcesse meu corpo, explodindo por dentro ao sentir a mesma sensação de estar completa.

Pressionei meu corpo contra o de Harry, implorando silenciosamente para que ele se movimentasse, e depois que ele beijou o topo da minha cabeça e entrelaçou nossos dedos, senti os movimentos lentos começarem, fazendo meu corpo formigar de desejo.

Mesmo não aguentando o incômodo dos botões em minhas costas, abracei os ombros de Harry, fazendo com que nossos corpos suados colassem, fazendo com que um gemido escapasse de ambos.

− Ah, Nora... – Harry ia fundo, atingindo partes que eu não sabia existir, e a cada estocada eu gemia mais alto, puxando levemente os cabelos de sua nuca.

Com certeza aquele não era um dos melhores lugares para se fazer sexo, mas com nossos corpos em movimento eu já não sentia mais nada. Senti meus músculos se contorcendo, e sabia que meu ápice já estava chegando.

E quando pensei que já não aguentaria mais, um gemido fez com que eu me desmanchasse em baixo de Harry, que junto com uma frase sem sentido, também chegou ao seu ápice, jogando o corpo para o lado, enquanto tudo o que eu fazia era encarar o teto com isolamento de som, tentando controlar minha respiração ofegante.

− Ainda está arrependida de ter faltado no trabalho hoje? – A voz de Harry estava mais rouca do que o normal, o que fez eu olhar para ele, que parecia ter corrido uma maratona, pois estava suado e vermelho.

− Nunca disse que me arrependi. – Sai de cima daquela bancada, sentindo as pequenas marcas em minhas costas com o formato dos botões. Fiz uma careta, pegando o moletom em meus pés, vestindo rapidamente e indo até onde Harry estava, roubando um beijo dele.

− Podíamos repetir isso mais vezes. – Ele sugeriu, rindo e me abraçando por trás, deixando um beijo demorado em meu ombro.

− Nem pensar. – Disse, virando-me para ele. – Minha cota de lugares estranhos já deu.

− Tenha espírito de aventura, Nora. – Harry pegou sua camisa, piscando o olho para mim.

− Você, pelo menos, encontrou aqueles papéis? – Perguntei, revirando os olhos enquanto terminava de me vestir.

− Sim. – Ele passou as mãos pelos cabelos. – Eles estão um pouco sujos de café, mas acho que não tem muito problema.

− Certo, então podemos ir embora? Estou morrendo de fome, e acho que preciso de um banho. – Disse, arrumando meus cabelos em uma rabo de cavalo, na tentativa de esconder a bagunça que eles se encontravam.

− Quer passar em algum restaurante? – Harry perguntou, pegando em minha mão e levando-me para fora daquele estúdio.

− Só se for em algum drive thru, pois se eu demorar muito mais para chegar em casa, Hazel vai no mínimo achar que eu morri. – Coloquei minha mão livre no bolso traseiro da calça, buscando meu celular, fazendo uma careta ao perceber que haviam quase trinta chamas perdidas, tanto de Hazel quanto de Simon. – Droga, alguma coisa aconteceu.

− Hazel não sabe que você está comigo? – Harry riu baixinho. – Ela parece até a sua mãe.

− Ela está mais para uma pessoa muito ciumenta. – Resmungo, sem vontade de responder as mensagens que se acumulavam em meu celular. – Falei para ela que estava passando mal de manhã para não ir trabalhar.

− Que truque velho, Nora. – Ele disse, recebendo logo em seguida, um soco no ombro de mim.

− Se ela me engolir viva, vou culpa você. – Resmunguei, fechando a cara e cruzando os braços sobre o peito.

− Tudo bem. – Harry riu, enquanto passávamos pela portaria da produtora, despedindo-nos do velho carrancudo que nos olhou de forma suspeita quando passando pelas portas, indo em direção ao carro de Harry.

− Que velhinho assustador. – Murmurei, prendendo o cinto de segurança e ligando o rádio, como se o carro já fosse meu. – Até parece que ele sabia de algo.

− Talvez ele saiba... – Harry fez uma cara assustadora, que apenas me fez gargalhar, enquanto o carro passava pelas ruas congestionadas.

− Talvez ele também seja algum tipo de alienígena do mal, nunca se sabe. – Disse, dando de ombros quando consegui recuperar o fôlego.

− Sua imaginação é sempre tão fértil assim, Nora? – Harry riu baixinho, cantarolando a nova música do Pitbull que tocava na rádio, mas eu não sabia o nome. – Aliás, onde você quer ir comer?

− KFC, mas só se você dividir o balde de frango frito comigo. – Tentei fazer uma cara fofa, mas Harry apenas balançou a cabeça e riu mais ainda.

− Certo, vamos comer frango frito.

Enquanto Harry tentava convencer a atendente do drive que ele não queria o super combo XXL de frango e cheedar, comecei a olhar as mensagens de Simon, que não pareciam fazer sentido nenhum, pois tudo o que diziam era “Fale com a Hazel”, “Convença ela, Nora”.

Aquilo estava totalmente confuso para mim, e minha preocupação começou a aumentar.

− Espero que você goste de molho de churrasco, Nora. – Harry jogou o balde de frango, junto com os dois refrigerantes grandes em meu colo, olhando-me com uma cara preocupada. – Aconteceu alguma coisa?

− Espero que não. – Murmurei, suspirando pesadamente antes de levar o canudinho em meus lábios.

Harry mal quis parar em alguma lugar para comer, o que me obrigou a colocar os pedaços de frango em sua boca, enquanto o mesmo dirigia. Reclamei o resto do caminho todo, devido ao fato de que eu mesma não consegui comer direito, mas ele apenas riu e roubou-me um selinho.

− Eu pensei que quem estava com fome aqui era eu. – Resmunguei, olhando para o balde vazio, enquanto Harry estacionava o carro na porta do meu prédio.

− Mas você comeu. – Ele disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, fazendo-me revirar os olhos.

− Comi duas asas! – Joguei os braços para o ar. – Nunca mais divido nada com você.

− Foi você quem pediu. – Ele tentou se defender, mas eu apenas bufei, soltando o cinto de segurança e abrindo a porta do passageiro, pronta para pular do carro e correr para o meu apartamento.

− Volte aqui, Nora. – Harry me puxou pelo braço, fazendo com que eu caísse sentada no banco novamente, e antes que eu pudesse protestar ou dizer algo, ele selou nossos lábios, segurando meu rosto com as duas mãos.

Correspondi o beijo na mesma intensidade, mesmo com vontade rir, pois ele tinha o gosto estranho do tempero de KFC misturado com Coca-Cola. Mordi de leve seu lábio inferior e arranhei a nuca de Harry, separando-nos com pequenos selinhos.

− Você está com gosto de frango. – Ele disse, rindo, passando a língua em meus lábios rapidamente.

− Você também está. – Acompanhei sua risada, até o momento em que o silêncio tomou conta do carro e eu encarei seus olhos verdes. – Tenho que ir agora, Harry. Está tarde e Hazel deve estar muito preocupada.

− Tudo bem, também tenho que ir para casa, ver se aqueles quatro não colocaram ela à baixo. – Ele riu baixinho, antes de me puxar para um abraço apertado, onde tudo o que eu sentia era o perfume que vinha de seu pescoço.

− Boa noite, Harry. – Deixei um beijo demorado em seu bochecha, antes de sair novamente do carro, indo em direção ao portão de entrada do prédio.

− Boa noite, minha pequena. – Ele havia sussurrado, mas mesmo assim que consegui ouvir, fazendo com que pela milésima vez no dia, eu corasse fortemente.

 Acenei para Harry, enquanto via o carro se afastando de onde eu me encontrava e, quando eu já não conseguia mais ver as luzes da Land Rover, entrei para a recepção completamente vazia, correndo em direção às escadas, sem paciência para esperar que o velho elevador chegasse até o térreo.

Desde o KFC, as mensagens de Simon não saíram da minha cabeça, e a euforia de saber o que estava acontecendo estava me consumindo. De dois em dois degraus, finalmente cheguei ao meu andar, sentindo meus pulmões gritando por ar.

Assim que passei pela porta, percebi que tudo estava normal, como uma noite qualquer de semana. Todas as luzes estavam acesas, e o cheiro de lasanha congelada me vez olhar para a sala, onde a televisão se encontrava no canal de celebridades que Hazel tanto gostava. E sentada no sofá, estava ela, com um deu seus milhares de pijamas do Daffy Duck.

− Não pense que eu não sei que você mentiu falando que estava doente para sair com o Harry hoje, Nora. – A voz de Hazel surgiu como uma assombração, fazendo com que eu soltasse um gritinho assustado.

− Pelo amor de Deus! – Gritei, indo em direção ao sofá. – Quase morri do coração agora, Hazel. Você não podia ter me dado apenas uma bronca, como sempre? Mas, afinal, eu não fiz nada demais. Uma dia de trabalho não vai me matar e eu estava tão curiosa com o que Harry queria falar comigo que eu não aguentei e...

Eu havia começado a falar como uma metralhadora enquanto sentava-me no sofá e observava as fotos de Hilary Duff passando na tela da televisão.

− Nora, você pode parar de falar como uma louca só por um segundo? Eu preciso falar com você. – A voz de Hazel já não parecia normal, o que fez com que eu a olhasse, percebendo que seu nariz estava vermelho e os olhos inchados, fazendo meu coração apertar instantaneamente.

− Hazel, o que aconteceu? – Perguntei, totalmente confusa, enquanto observava minha amiga passar as mãos pelo rosto, soltando um suspiro pesado antes de voltar-se para mim e responder.

− Nora, eu vou embora para a Espanha.

Continua...


Notas Finais


Bem, pessoal, esse foi o capítulo novo de DLMG, espero que tenham gostado.
Não me matem por ter parado bem nessa parte crítica, por favor.
Vou estar atualizando Nathalie e Dear Friend também essa semana.
Mas é isso, estou feliz por ter voltado, e mais uma vez, Feliz Ano Novo à todas vocês! ^^
Xoxo, Gabi G.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...