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História Dont Let Me Go - Noite de Filmes


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá meus amores!
Aqui estou eu mais uma vez para postar um novo capítulo de DLMG!
Tentei postar antes, mas fiquei com preguiça #ProntoFalei
Quero mandar um beijo para: MissPayne, KamiMalikHoran, psychoticharry, malikicias, Resentment, LaryStyles, EmillyWadjowicz, beleaal, B1SCATE, HazzaDaLu, paty_1D, navynialler, Lahrissa, noiusdreams, Mandinhaaah_, taynaravieira2, VicProenca, _Ana_Styles_, AmandaHutchers, Swaglovesbieber e marcelly1D!
Obrigada por favoritarem!
Boa Leitura.

Capítulo 12 - Noite de Filmes


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Noite de Filmes

Descobri que coisas que você nunca pensaria encontrar, aparecem magicamente quando se faz faxina. Já era tarde de quinta-feira e eu mal tinha acabado de tirar o pó da sala, isso porque passei quase a manhã inteira tirando desde pipocas mofadas até pares de meias que se escondiam tanto em baixo do sofá quanto entre o estofado.

Com um espanador em uma mão e o aspirador de pó na outra, tentava limpar a estante da televisão ao mesmo tempo que aspirava o tapete felpudo. Mas claro que aquilo não tinha a menor chance de dar certo e eu acabei derrubando vários porta-retratos e me enrolei incontáveis vezes no fio da aspirador.

Nunca fui uma maníaca por limpeza, muito pelo contrário, só fazia faxina no apartamento para que o mesmo não acabasse se tornando um grande depósito de lixo e roupas íntimas femininas. Mas entrei em desespero, na tarde de ontem, enquanto tentava fazer com que Simon e Hazel parassem de brigar e fizessem as pazes, pois minha fixa caiu e percebi que eu ia ter uma “noite de filmes” com Harry.

Mesmo sabendo que ele já tinha passado a noite em meu sofá, vulgo depósito de objetos, a ideia de tê-lo ali novamente me deixava um tanto... Nervosa? E fazer aquela mega limpeza me deixava menos desesperada do que eu já estava.

- Isso é tão ridículo! – Murmuro, frustrada. – Até parece que nunca sai com Harry.

Tentei tirar aqueles pensamentos de adolescente em crise da cabeça e comecei a pensar sobre Hazel e Simon. Eu já estava acostumada com as pequenas implicâncias deles e apartar suas brigas tinha se tornado um hobbie para mim, mas de uns dias para cá aquelas discussões tinham se tornado insuportáveis e agora eles poderiam entrar em guerra por uma simples conversa sobre o clima.

Ficar com os dois em um mesmo ambiente era extremamente arriscado e Simon sempre ficava nervoso quando falávamos os nomes dos meninos e seu estresse parecia piorar quando ele via Hazel trocando mensagens com Zayn.

Eu não sabia o que fazer em relação a isso.

Com um suspiro pesado, começo a carregar as vassouras, os baldes, os panos e o aspirador de pó de volta para o armário na lavanderia. Aquela faxina que tinha tomado quase meu dia inteiro, finalmente chegou ao fim e agora eu estava pronta para devorar um enorme sanduíche com muito queijo e presunto.

Depois de preparar o lanche, me sentei em um dos banquinhos da cozinha, fiz um coque em meus cabelos suados e engrenados e comecei a comer aquela delícia cheia de coisas aleatórias que encontrei na geladeira.

Estava pensando sobre a virada do ano, que já era amanhã, quando ouço o barulho da porta sendo aberta, e uma Hazel toda encapuzada e cheio de sacolas aparece na cozinha, com o celular na boca e o molho de chaves pendurado no único dedo que não estava sendo usado para carregar os pacotes do mercado.

- Nora Hayes, da próxima vez que você quiser comprar um milhão de coisas no mercado, vá você mesma! – Hazel disse, jogando tudo que ela carregava em cima da mesa, vindo até onde eu estava e roubando meu lanche.

- Haz! – Protestei, tentei pegar meu sanduíche, mas ela já tinha dado duas mordidas generosas.

- Pare de resmungar! Afinal, fui eu quem teve que andar dois quarteirões e meio para comprar besteiras para uma noite de filme que eu não serei bem-vinda, eu que deveria estar resmungando.

Revirando os olhos, fui até as sacolas e comecei a tirar os milhares de pacotes de salgadinhos e balas, juntos com saquinhos de pipoca, tubos de Pringles e refrigerante. Eu provavelmente morrerei de diabetes aos sessenta anos, mas quem liga?

- Eu não disse que você não era bem-vinda, só disse que não queria que você ficasse com a gente na sala. – Digo, dando de ombros enquanto guardava as latinhas de Coca-Cola na geladeira.

- E eu vou ser obrigada a passar a noite inteira trancada no quarto... Só espero que você me chame para ser a madrinha do seu casamento. – Hazel tinha uma estranha mania de me querer ver casada.

- Ok, você para de encher o saco se eu te der um pacote de Doritos? - Pergunto, levando as mãos até a cintura.

- Um pacote de Doritos e balinhas de goma em forma de urso. – Haz fez sua famosa cara de cachorro sem dono, que me fez bufar.

- Feito, mas não quero ver você fora do quarto, ouviu? - Exigi, entregando-lhe o salgadinho e as balas de goma.

- Pode deixar, você e Harry vão ficar sozinhos a noite inteira. – A voz de Hazel saiu arrastada, como a de um locutor de rádio e ela tinha uma expressão extremamente maliciosa no rosto.

- Idiota. – Gritei, jogando um dos tubos de Pringles em sua direção, mas ela desviou, mostrando a língua para mim.

Depois de arrumar todas aquelas coisas, fui para a sala, onde Hazel se encontrava assistindo à um filme antigo, e comecei a separar as enormes pilhas de filmes que nós tínhamos. Acabei encontrando até alguns DVDs do My Little Pônei, mas não fazia ideia de como aquilo foi parar ali.

Voltei meus olhos para Hazel, que estava praticando a sua nova atividade favorita: Trocar mensagens com Zayn. Soltei um suspiro e me levantei do chão, arrumando meu shorts amassado e indo me sentar ao seu lado.

- Haz. – Ela desvio os olhos da tela do celular. – Quando você vai me explicar o porquê dessas brigas com o Simon?

- Eu não quero falar naquele idiota. – Hazel bufou.

- Mas é o Simon! – Joguei os braços para cima.

- Eu sei quem é o Capitão Nerd. – Haz revirou os olhos. – Mas ele está se tornando muito chato e agora ele acha que pode se interferir na minha vida!

- Talvez ele só esteja preocupado, ou algo assim, você sabe como ele é extremamente protetor comigo.

Hazel não me respondeu, apenas deu um longo suspiro e passou a me ignorar, voltando a teclar em seu celular. Sabendo que já não ia conseguir mais nada dela, me levantei e fui para meu quarto tomar um banho antes que Harry chegasse.

Sai toda enrolada nas toalhas e comecei a procurar por uma roupa simples para vestir, já que geralmente eu usava pijamas e pantufa para uma noite de filmes, pois as únicas pessoas que me viam assim era Hazel e Simon, mas acho que não seria uma boa hora para Harry me ver de pantufas do Perry, o ornitorrinco.

Procurei pela minha blusa branca, com mangas vinho que iam até os cotovelos, junto com um bom e velho shorts jeans; trancei meus cabelos e calcei meus chinelos. Me olhei no espelho apenas para garantir que meu zíper estava fechado e voltei para a sala, com minha manta preta nas mãos, afinal fazia uma noite fria.

Faltavam poucos minutos para Harry chegar, então comecei a colocar todos os salgadinhos dentro de baldes de pipoca, assim como as balas de goma. Enquanto esperava a pipoca estourar no micro-ondas, fiquei olhando para Hazel, que enchia um copo com Coca Cola.

- Pode parar de me encarar assim? Assusta sabia? - Ela disse, fazendo eu chacoalhar a cabeça.

- Desculpe. – Murmurei, ouvindo o barulhinho irritante do micro-ondas.

- Já estou indo para o quarto, tenha uma ótima noite. – Hazel fez o favor de enfatizar o “ótima”.

Fazendo equilibrismo, levei os três baldes junto com dois copos e uma garrafa de Coca Cola até a sala, colocando tudo em cima da mesinha de centro.

E em um timing perfeito, a campainha tocou.

Olhei para o celular, mas não havia nenhuma mensagem de Harry avisando que tinha chego, então fui até a porta, já esperando por algum entregador de pizza que tinha errado os números do apartamento.

Mas assim que abri a porta, encontrei aqueles, já conhecidos, olhos verdes. Harry se encontrava escorado no batente da minha porta, rodando as chaves do carro no dedo e assim que seus olhos se encontraram com os meus, ele se endireitou e abriu um sorriso.

- Olá, Nora. – Harry me surpreendeu, me puxando pela cintura e depositando um beijo demorado em minha bochecha. – Eu ia te mandar uma mensagem, mas meu celular acabou a bateria.

- Ah... Bem... – Eu estava um pouco abobada. – Tudo bem, entre.

Harry, que vestia uma camisa simples com a estampa dos Rolling Stones e um jeans escuro, passou por mim, me entregando uma sacola de mercado. Peguei aquilo sem entender e tudo que fiz foi encará-lo com cara de ponto de interrogação.

- Ah, eu comprei sorvete, de morango, o seu favorito, certo? - Ele disse, passando as mãos pelo cabelo e me seguindo até a cozinha, onde guardei o enorme pote dentro do freezer.

- Como você sabe? - Perguntei, rindo e o puxando até a sala.

- Foi o que você pediu na noite que a gente saiu, então eu apenas deduzi. – Ele diz, dando de ombros e se jogando no sofá, roubando uma Pringles da tigela.

- Bem, deduziu certo, Styles. – Pego a enorme pilha de filmes e entrego para Harry. – Pode escolher, têm desde terror até My Little Pônei.

- My Little Pônei? - Harry deu risada, enquanto olhava para a capa colorida cheias de pôneis.

- Também não sei como isso veio aparecer aqui. – Digo, me jogando ao seu lado e vendo-o passar pelas comédias românticas.

- O que você acha desse? - Ele perguntou, me mostrando a capa de O Lado Bom da Vida.

- Nunca assisti esse ainda, mas Hazel falou que é bom e que o Bradley Cooper é muito gato. – Dou risada ao ver Harry me olhar assustado.

- Ok... Gosto da Jannifer Lawrence e também nunca assisti, então acho que vai ser esse. – Harry me entrega a capa do filme e eu o coloco no aparelho de DVD.

No final das contas, não prestei muita atenção ao filme, já que ficou um tanto complicado prestar atenção no que os atores diziam com Harry sentado ao meu lado, com o braço sobre os meus ombros, enquanto dividíamos a minha manta, pois ele ficou reclamando de frio e eu estava com preguiça demais para me levantar e pegar um cobertor para ele.

E quando o filme finalmente acabou, depois de quase duas horas, eu já podia dizer que estava embriagada com o perfume forte de Harry.

- Certo... – Digo me levantando e pegando o balde vazio de pipoca. – Escolha outro filme enquanto eu faço mais pipoca.

- Pode ser terror? - Harry perguntou.

- Claro. – Eu realmente gostava de filmes de terror, mas sempre acabava passando algumas noites em claro depois.

Enquanto despejava a pacote quente de pipocas dentro do balde, vi quando Harry se encostou no balcão, ao meu lado. Ele cruzou os braços sobre o peito, fazendo a manga da camisa subir, deixando à mostra algumas tatuagens.

- Qual filme escolheu? - Perguntei, tentando desviar minha atenção de seus braços.

- Desisti dos de terror e decidi ficar no Freddie Krueger. – Harry rouba uma pipoca da tigela.

- Oh, eu realmente amo o Freddie! – Digo, rindo.

Harry deu uma risada baixa e logo em seguida ficamos em silencio, sentia seu olhar sobre mim, mas tentei ignorar, indo até a geladeira e pegando o pote de sorvete que ele tinha comprado.

- Sabe, Nora, eu realmente gosto de você.

As palavras de Harry fizeram meu coração bater descompassadamente e eu perdi minha linha de raciocínio por alguns minutos. Eu não sabia o que dizer, mas uma vontade enorme de soltar fogos de artifício tomou conta de mim.

Endireitei meu corpo e finalmente voltei a olha-lo, mas ele continuava na mesma posição, apenas me estudando com os olhos verdes. Abri um pequeno sorriso antes de falar alguma coisa.

- Hum... Não sei se posso dizer a mesma coisa sobre você, Harry. – Meu tom sarcástico, fez Harry arregalar os olhos.

- Quer dizer que você não gosta de mim, Nora? - Ele perguntou, levando as mãos até a tigela de pipoca que estava ao seu lado.

Já sabia o que vinha em seguida, então em vez de correr ou gritar, apenas esperei ser acertada por um punhado de pipoca. E foi o que aconteceu.

Comecei a rir descontroladamente, enquanto tentava me defender de Harry, que tinha uma sorriso maníaco no rosto. Assim que alcancei a tigela, uma verdadeira guerra começou e só acabou quando todas as pipocas tinham ido parar no chão.

- Harry! Olha o que você fez! – Digo, em meio aos risos.

- Ninguém mandou falar que não gostava de mim. – Harry leva a mão, até meu cabelo e tira algumas pipocas que tinham ficado presas lá.

- Agora não vai ter nada para comer durante o filme. – Cruzo os braços.

- Não tem problema. – Ele envolve minha cintura com o braço, me puxando para fora da cozinha.

- Hazel vai ficar extremamente brava comigo. – Suspiro, me sentando no sofá.

- Por que?

- Ela vai brigar comigo pois eu “desperdicei” pipoca. – Ouço ele rir, se sentando ao meu lado. – O que vamos fazer agora? Assistir filme sem nada para comer não tem graça.

- O que você acha da gente continuar o nosso “joguinho de perguntas”?

- Você realmente gostou daquilo, não é? - Perguntei, rindo da cara safada que ele fazia.

- Muito, mas dessa vez eu tenho perguntas melhores para você, Hayes. – Seu tom de voz era enigmático, mas eu sabia que não era coisa boa.

- Certo, Styles, eu estou pronta para o seu questionário. – Digo, no mesmo tom que ele.

- Está preparada? - Afirmo com a cabeça. – Com quem foi sua primeira vez?

Arregalo os olhos com aquela pergunta e rapidamente desvio o olhar. Quando pensei que aquelas perguntas não ia ser boas, não estava pensando em um nível tão extremo.

- Mas essa tinha que ser logo a primeira pergunta? - Me deito no sofá, jogando minhas pernas em cima das suas e abraçando uma almofada. – Certo... Minha primeira vez? Foi com um cara da faculdade de jornalismo, nós apenas ficávamos, nada sério, mas teve um festa na casa de uma das garotas da turma e na volta, bem... Apenas digo que não foi confortável, já que o carro dele era muito apertado.

- Uau, não esperava isso de você, Nora. – Harry diz, me olhando espantado.

- Onde você acha que a Hazel aprendeu a ser daquele jeito? - Jogo meu cabelo, vendo Harry dar risada.

- Bem... A minha não foi tão estranha quanto a sua. – Cutuco sua barriga com meu pé, fechando a cara.

- O que? Eu tinha dezenove anos e estava na faculdade! Essas coisas acontecem!

- Tudo bem! – Harry levanta os braços. – Próxima pergunta: Como foi seu primeiro beijo?

- Essa não devia ser a primeira pergunta? - Perguntei, rindo.

- Apenas responda. – Ele bufou, descansando as mãos em minhas pernas descobertas.

- Acho que foi no colegial e foi um tanto estranho, pois aconteceu com o meu melhor amigo, nós ficamos tão sem jeito e nenhum dos dois sabia o que fazer, depois que acabou, ficamos alguns dias sem nos falar de tanta vergonha. – Digo, me lembrando daquele momento embaraçoso.

- Você é realmente diferente do que eu pensava, Nora. – Harry riu baixinho.

- E isso é bom? - Tombei a cabeça, com um sorriso maroto no rosto.

- É, sim.

Desviei meus olhos dos seus, enquanto tentava controlar minha respiração. Minha cabeça trabalhava muito rápido, tentando entender no que aquela conversa estava nos levando. Balancei a cabeça para tirar os pensamentos confusos de perto antes que eles me deixassem maluca.

- Nora? Você está ai? - Pisquei meus olhos quando vi a mão de Harry passar na frente do meu rosto, para chamar a atenção.

- Desculpe, me distraí um pouco. – Murmurei, ajeitando meu corpo no sofá até voltar a ficar sentada, um pouco longe de Harry.

- Você está com sono? Posso ir embora... – Ele parecia preocupado comigo, o que me fez abrir um pequeno sorriso.

- Estou bem, só viajei um pouquinho, pode continuar seu questionário, Styles.

- Bem, prometo que essa vai ser a última. – Harry sorri. – Qual foi seu melhor beijo?

Franzi a testa, pensando na resposta daquela pergunta. Nunca tinha parado para pensar naquilo, já que dos poucos relacionamentos que eu tive, nenhum foi verdadeiramente o que eu esperava. Nunca acreditei em “verdadeiro amor”, principalmente depois da separação dos meus pais, mas também nunca me apaixonei de verdade por alguém.

- Acho que não consigo responder essa pergunta, afinal, nunca tive um que foi realmente especial. – Olhei para Harry me encarava sem entender.

- Como assim?

- Eu simplesmente acho que nunca senti “aquilo” por alguém, mas... – Deixei a frase morrer, olhando fundo nos olhos verdes e intensos de Harry.

Novamente o silêncio tomou conta de nós, enquanto me perdi novamente em pensamentos irracionais. Harry parecia estar na mesma situação que eu. Algo começou a se agitar dentro de mim, algo que eu não conseguia controlar e, quando percebi, estava encarando os lábios rosados de Harry, que estavam entreabertos.

Ele, que até então, apenas me estudava atentamente, aproximou nossos corpos, levando sua grande mão até minha cintura, onde pressionou com uma força quase imperceptível.  Voltei meu rosto para o dele, que estava a poucos centímetros do meu, fazendo com que sua respiração tocasse minha pele.

Aquela situação parecia improvável para o meu cérebro, mas cada célula do meu corpo parecia responder àquele simples toque, que me fez perder o juízo.

Tudo em Harry parecia extremamente convidativo para mim e sem conseguir mais me controlar, me lancei sobre seu colo, sentando-me em suas pernas enquanto sentia sua outra mão indo em direção à minha cintura e um pequeno choque percorreu minha espinha, quando seus dedos gelados tocaram a fina parte da minha pele que estava descoberta.

Aconteceu tudo um pouco rápido demais, uma hora estávamos nos encarando intensamente e na outra, Harry me puxava para mais perto de si, fazendo com que apenas alguns centímetros separassem nossos lábios.

E quando eu já gritava internamente para que ele acabasse com qualquer distância entre nós, um estrondo de algo batendo no chão me fez sair daquele transe.

Me afastei bruscamente de Harry, me jogando para o lado, sem conseguir encará-lo e sentindo meu rosto adquirir uma tonalidade vermelha, quase roxa. Desviei meu olhar para o local onde o barulho tinha vindo e vi Hazel jogada no chão, nos encarando espantada.

- Ah, me desculpem! Eu simplesmente tropecei nesse tapete estúpido, mas finjam que eu não estou aqui e voltem para o que estavam fazendo. – Ela disse, chacoalhando as mãos freneticamente.

- O faz aqui? - Perguntei, fuzilando Hazel com os olhos, tentando mandar uma mensagem em silêncio para ela. “Pensei que tivesse mandado você ficar no quarto!”

- Depois de comer um pacote de Doritos e balinhas de goma, eu fiquei com sede, só quis pegar um copo de água! – Ela bufou.

Enquanto tentava controlar minha frustação, fui até onde Hazel estava e a ajudei a levantar, ouvindo ela resmungar de dor na bunda. Todo aquele tempo Harry estava em silêncio, e quando finalmente olhei para ele, percebi que ele estava tão frustrado quanto eu, só que menos constrangido.

- Ahn... Acho que vou indo, está tarde e... – Harry não terminou a frase, apenas levantou-se do sofá, coçando a nuca.

- Certo... Vou te levar até a porta. – Tento não gaguejar, vendo Hazel passar os olhos de Harry para mim diversas vezes.

- Boa noite, Hazel. – Ele acenou para ela, que apenas sorriu de volta.

Com uma distância enorme entre nós, fomos até a porta, onde fiquei escorada, vendo Harry chamar pelo elevador antes de se voltar para mim.

- Obrigada pela noite de filmes, Nora. – Ele sussurrou, finalmente olhando em meus olhos.

- Tudo bem. – Dou de ombros, olhando com extrema atenção as tiras dos meus chinelos.

- Esqueci de falar, amanhã os meninos e eu vamos dar uma festa, para a virada do ano e gostaríamos que você e Hazel fossem.

- Oh... Eu vou ver com a Haz e qualquer coisa eu te mando uma mensagem. – Digo, jogando minha trança sobre o ombro.

- Ok, então boa noite, Nora. – Ele diz, sorrindo.

- Boa noite, Harry. – Sussurro, vendo ele entrar no elevador e acenar fraquinho.

Por um momento, pude jurar que o vi batendo a cabeça na parede de metal quando as portas já tinham quase se fechado por completo.

Fiquei ali por alguns minutos, antes de me virar e fechar a porta com força, sem me importar com o barulho alto que fez, andei batendo os pés até onde Hazel estava, me olhando com um misto de malícia e medo.

- Hazel Rawlins, eu deveria te estrangular agora mesmo! – Grito, frustrada, jogando tudo que achava pela frente em sua direção.

Felizmente, para ela, tudo que encontrei foram as almofadas do sofá.

Continua...


Notas Finais


Esse capítulo ficou um pouquinho grande, mas espero que tenham gostado!
Não se esqueçam de comentar e até a próxima! ;)
Beijos, Gabi G.


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