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História Dont Let Me Go - O Pedido de Natal


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Oi galera!
Bem, era para eu estar postando essa fanfic só depois do final de Give Me Love, mas eu estou tão animada com essa fanfic que resolvi postar logo o primeiro capítulo.
Eu adoro o começo de novas histórias! E essa eu realmente espero que seja ótima! Espero de coração que vocês gostem de Don't Let Me Go!
Conto com o apoio de vocês para que mais uma história dê certo! :D
Boa Leitura!

Capítulo 1 - O Pedido de Natal


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - O Pedido de Natal

- Muito bem crianças, falta apenas uma semana para o dia mais esperado do ano! – Ouço gritinhos de empolgação. – Então eu vou lhes entregar papel e lápis de cor e quero ver os melhores cartões de Natal do mundo!

Eu andava entre as mesinhas coloridas da sala de brinquedos, entregando papéis coloridos para todas as crianças sentadas ali, que pareciam extremamente empolgadas em começar a fazer seus pedidos para o Papai Noel.

- Façam seus pedidos para que Martha e eu possamos colocá-las no Correio.

Ver os rostinhos alegres daquelas crianças me fez sorrir involuntariamente enquanto passava de mesa em mesa para ver quais eram os seus pedidos. Algumas crianças desenhavam brinquedos, outras se desenhavam de mãos dadas com um velhinho gordo vestindo vermelho, que percebi ser o Papai Noel, outras faziam listas com pedidos, mas no final, elas sempre queriam a mesma coisa. Ser adotado por uma família.

Todas as crianças ali eram órfãs e a maioria tinha sido abandonada desde bebês. O Orfanato Saint Peter era o único lar que elas conheciam. Elas eram bem cuidadas e todos os funcionários as amavam, mas era visível no seus rostinhos que elas sonhavam com o dia em que uma família bondosa viesse para adotá-las.

- Nora! Venha ver se o meu cartão está bonito!

 A voz animada de Cassie vinha do fundo da sala. A garotinha de quatro anos com cabelos castanhos acobreados e olhos cor de chocolate, chacoalhava seus bracinhos pequenos em uma tentativa de chamar minha atenção.

Desde o dia em que comecei meu trabalho voluntário no Saint Peter, Cassie foi a criança que mais me cativou. Tínhamos uma ligação muito forte, e já pensei muitas vezes em adotá-la, mas eu trabalhava muito, e mal tinha tempo para respirar, imagina cuidar de uma criança.

- Vamos ver o que a pequena Cassie pediu este ano... – Digo me curvando sobre a mesinha vermelha para enxergar os desenhos feitos no papel cor de rosa.

- Você acha que o Papai Noel vai entende o meu pedido, Nora? - Ela virou a cabeça e me encarou pegando uma mecha do meu cabelo loiro para brincar.

No cartão era possível ver o desenho infantil de uma menininha de vestido que sorria com os braços levantados, enquanto na frente dela, em cima de um palco, cinco meninos seguravam microfones e também sorriam. O símbolo “1D” fora pintado de lápis vermelho e se encontrava em cima da cabeça dos garotos.

-Quem são esses, Cassie? - Perguntei, apontando para o menino loiro no desenho.

- Você não conhece a One Direction, Nora? - Cassie parou de brincar com meu cabelo e me encarou incrédula.

- Eles são horríveis! – Jack, que estava ao nosso lado disse, mostrou a língua para o desenho de Cassie.

- Não são, não! – Cassie fuzilou Jack com o olhar, mas o menino apenas deu de ombros e voltou para o seu próprio cartão de Natal.

- Não os conheço não, Cass. – Digo, puxando uma cadeirinha para me sentar ao seu lado.

- Eles são uma banda, e eles são maravilhosos! – Ela soltou um gritinho de empolgação.

- Todos eles cantam? - Perguntei enquanto ria ao ver os olhinhos da menina brilhar ao falar da banda.

- Sim! Eles são o Liam, o Zayn, o Louis, o Harry e o Niall. – Ela ia apontando para os desenhos a medida que falava os nomes.

- E o seu pedido para o Papai Noel é poder ir a um show deles?

- Sim! Queria muito poder conhece-los e ouvi-los cantar! Eu trocaria todas as minhas sobremesas para poder vê-los, Nora!

Afaguei o cabelo de Cassie, enquanto olhava para o seu desenho. Conhecer cantores era a última coisa que eu pensaria que uma criança iria querer. Geralmente elas pedem bonecas e carrinhos, mas tudo o que Cassie queria era conhecer seus ídolos. Sorri ao pensar naquilo.

- Certo crianças, entreguem as cartinhas para a Nora, pois está na hora de vocês tomarem banho! – Martha entra na sala com algumas toalhas nos braços.

- Tchau, Nora! Até semana que vem! – Cassie me entregou sua carta e com um abraço, saiu correndo atrás das outras crianças em direção ao banheiro.

Recolhi e guardei tudo dentro das caixas coloridas e fui até onde Martha estava separando as cartas.

- Você vai pegar a carta de Cassie esse ano de novo, Nora? - Martha levanta o seu olhar para mim e eu abro um sorriso, concordando com a cabeça.

O real motivo de fazermos as crianças escreverem cartas para o Papai Noel, era que todos os anos fazíamos um projeto em que uma pessoa pegava uma carta e presenteava a criança que escreveu a carta com o presente que ela tinha pedido. E todos os anos eu pegava a de Cassie.

- Pode ir para casa, Nora, já está tudo certo aqui, obrigada de novo. – A mulher negra com cabelos grisalhos e um sorriso bondoso, me deu um abraço, me entregando o papel cor de rosa com o nome de Cassie escrito em letras grandes.

- Tudo bem, Martha. Eu que agradeço, você sabe que eu amo estar com essas crianças. – Digo, pegando minha bolsa e guardando o papel lá dentro.

- Vá com Deus, Nora. – Martha acenou para mim, enquanto eu me encaminhava para a porta do orfanato.

As ruas do subúrbio londrino em que se encontrava o Saint Peter estavam vazias, o inverno tinha chego e o vento gelado castigava a cidade. Enrolei o cachecol marrom em meu pescoço e fui andando até chegar na estação de metrô, onde tive que fazer três baldeações até chega no bairro residencial onde ficava o meu apartamento.

Aos vinte e três anos, eu, Nora Hayes, morava em um pequeno prédio antigo de tijolos desgastados, não muito longe da casa do meu pai, Frank. Sendo jornalista, trabalhava em uma revista londrina chamada Daily. Lá eu escrevia artigos sobre qualquer assunto que me dessem, mas geralmente meus textos só podiam ter trezentas palavras. Eu sempre sonhei em poder trabalhar em um jornal famoso, mas eu não podia reclamar do meu emprego.

Dividia meu apartamento com minha amiga Hazel, que era estagiária na Daily e trabalhava levando café e rosquinhas para os editores. Hazel era uma morena baixinha de cabelos encaracolados, que se tornou minha amiga quando eu estava no último ano do curso de jornalismo e ela no segundo. Sendo filha única de um pai divorciado, eu via em Hazel a irmã mais nova que eu sempre sonhei em ter.

Como eu sempre saía muito tarde da redação do Daily, Hazel já estava dormindo quando eu chegava em casa, então só podíamos conversar no café da manhã e nos intervalos do serviço. Nos finais de semana eu costumava visitar o Saint Peter e fazer o trabalho voluntário que eu tinha começado a dois anos.

Minha vida era normal e eu gostava da minha rotina. Saia com meus amigos a noite para beber, conhecia alguma caras legais, mas nada saia da amizade, pois eu nunca me via namorando alguém, tendo tão pouco tempo para as minhas atividades.

Depois de subir três andares das escadas enferrujadas do meu prédio, pois o único elevador tinha quebrado, finalmente cheguei em casa.

Abri a porta do 305 e entrei, dando de cara com Hazel jogada no sofá, com seu pijama de ursinhos rosa, enquanto assistia ao seu programa favorito de fofocas, com um copo de refrigerante e uma tigela de pipoca ao seu lado.

- Oi, Nora! – Hazel gritou, sem tirar os olhos da televisão. – Seu pai ligou agora pouco e perguntou se você ia almoçar amanhã na casa dele.

Joguei meu casaco em cima do balcão da cozinha, junto com minha bolsa e fiz um coque em meus cabelos, enquanto procurava por alguma coisa para comer. Acabei optando pela boa e velha comida congelada.

- Ah! Oi, Hazel! Como foi seu encontro com o August? - Pergunto, enquanto programava o micro-ondas e o ligava.

- Péssimo! O cara me levou para almoçar na casa da avó dele! E a velha cozinha muito mal! – Ela disse ironicamente, e eu tinha certeza que ela revirava os olhos.

- Bem, eu avisei, não foi?

Pego a embalagem quente de macarrão ao molho branco e vou andando até a sala, me jogando ao lado de Hazel e olhando para a televisão, onde uma ruiva siliconizada falava animadamente.

- Você sempre tem razão, Nora. – Hazel admite com um suspiro, me fazendo rir.

A ruiva do programa de fofoca começa a falar sobre a “boy band do momento” e automaticamente eu começo a prestar atenção na notícia, me lembrando de Cassie.

“Noite passada, o integrante da One Direction, Harry Styles, o queridinho das adolescentes, foi flagrado saindo totalmente embriagado de um pub famoso do centro londrino. Os seguranças tiveram que ajudar o cantor, que já não conseguia andar normalmente. A One Direction...”

E enquanto ela falava sobre a banda, uma foto de um garoto alto, com cabelos castanhos encaracolados que estavam todos bagunçados, com olhos verdes, que devido ao álcool estavam um pouco vermelhos, apareceu na tela e eu deduzi que aquele era o “Harry Styles, queridinho das adolescentes”.

Minha testa estava franzida enquanto eu continuava a olhar aquela foto ridícula de um garoto bêbado saindo de uma festa.

Será que os famosos não tinham mais privacidade nem para tomar um porre?

E em meio aqueles pensamentos idiotas, comecei a pensar sobre o pedido de Natal de Cassie e cheguei à conclusão de que dali para frente eu faria tudo para conseguir realizar o desejo daquela garotinha.

Continua... 


Notas Finais


Esse foi o primeiro capítulo de DLMG!
Espero que tenham gostado!
Por favor, comentem o que acharam, pois isso é muito importando te para mim!
Provavelmente só rei postar os outros capítulo depois do fim de Give Me Love!
Beijos, Gabi G. ;)


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