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História Dark Angel - Psychotic


Escrita por: tommopride

Notas do Autor


Eu disse q postaria há dois dias, mas eu não consegui, então aqui estou :)

Espero que gostem & Boa Leitura

Capítulo 26 - Psychotic


Fanfic / Fanfiction Dark Angel - Psychotic

Acordo novamente, meu pulso acelerado e a garganta fechada. Dormir tem sido uma experiência muito estressante e cansativa quando se tem pesadelos constantes e tão reais, nos últimos dois dias que estamos na estrada tem sido muito ruim.

- Tudo bem. - Zayn diz, sua mão em meu joelho.

- Uhum. – Resmungo, minha pulsação voltando ao normal e minha garganta cessando o nó que me sufocava.

Olho para o banco detrás tentando evitar seu olhar e Anne dorme encolhida, como um gatinho. Ela está viajando conosco, ela apareceu na manhã seguinte em que encontrei as duas últimas folhas com uma mochila, vestida de jeans, sapatos e casaco, batendo o pé determinada, ela queria ir conosco.

- Anne... - Digo, mas deixo a palavra solta, já disse muito mas ela não desiste.

- Eu vou com vocês!

Ela bate o pé e passa por mim, entrando no enorme SUV que Zayn apareceu hoje.

Suspiro e vou até Zayn, que está encostado no capo, seus lábios comprimidos prendendo o riso. Faço uma careta para ele.

- O que?

Ele me puxa para ele e eu me aconchego em seu ombro, seus braços me apertando contra ele.

- Sério, você ficou parado ai, nem me ajudou.

- Ela não me escutaria mesmo, então eu resolvi nem dizer nada. - Levanto meu rosto e encaro seus olhos.

- Sabe, apoio? - Levanto uma mão e mexo no seu cabelo, macio ao meu toque. - Ou as vezes você poderia me avisar quando alguém é teimoso como uma mula. - Dou uma risada que sai muito estranha, como uma tosse.

- Eu ouvi essa! - Anne grita, e poe sua cabeça para fora da janela. - Se não se importam, eu gostaria de ver a estrada do que vocês se agarrando, sério, vão para um quarto.

Sigo para o carro de cabeça baixa, minhas bochechas ardendo. Logo estamos na estrada, e eu tento não dormir, com receio de sonhar novamente.

- Mundo chamando Katherine! - Zayn diz alto.

- Hm, o que? - Sacudo minha cabeça e olho para ele, brisei legal que nem percebi que ele estava falando comigo.

- Eu estava dizendo, que se você quiser, paramos em um hotel.

- Não, não. – Digo rapidamente. Apesar de eu odiar ficar parando em postos de gasolida para usar um banheiro e tomar as vezes um banho bem rápido, eu quero acabar logo com isso. – Eu estou bem.

Forço um sorriso, mas meus lábios tremem e pelo seu olhar sei que ele não acredita, então cruzo meus braço e me encolho com se estivesse com frio.

Mas ele estreita os olhos e volta a tenção para a pista, que está molhada e escorregadia.

Eu odeio isso, de verdade, odeio não contar a ele e odeio mais ainda o fato de eu não poder fazer isso, se eu o fizer, posso imaginar sua reação, e eu estou determinada a fazê-lo, devo isso a todas as garotas que foram abusadas e mortas cruelmente nos últimos milênios.

Sei que isso não é culpa minha, a culpa na realidade é de Liliam e todos que contriboiram para isto acontecer, mas não a culpo realmente, mesmo apesar de tudo o que aconteceu e a interminável lista que estaria a seguir dela, não é culpa dela realmente, ela estava apaixonada e triste, de luto, e bem, eu sei como é estar em um luto profundo, sei demais sobre isso.

Minha mãe, minha mãe drogada que foi uma péssima mãe, mas sempre tentou ser uma ótima mãe, mas não conseguiu. Seria mais provável que quando ela morresse eu me sentisse bem, de algum modo, como se a morte dela fosse algo bom, um peso saindo de meus ombros, é o que a maioria pensaria. Mas não, eu vivi o luto, tão profundamente, senti a morte dela e mais que tudo a falta de um pai, um pai que sempre senti falta a minha vida inteira.

Fui pega desprevenida, muito desprevenida, um dia ela estava “normal” e no outro eu recebo uma ligação na madrugada, esperando a notícia de que ela estava presa e que teria de buscá-la, mas ao invés disso uma mulher de voz muito calma diz:

- Katherine Brun? – Uma mulher diz, a voz calma. Me sento na cama e tento ficar acordada, olho de relance o relógio. 3:57 AM, mamãe se superou, mais de doze horas fora de casa. – Meu nome é Honor Craig.

- Hm, sim?

O que está mulher quer? Pelo seu tom não creio que seja delegada ou policial.

- Não é bom dizer isso por telefone, mas... – Sua voz vacila, e junto meu coração dá um salto, um gelo em minha barriga me preparando para o pior. – Sua mãe foi encontrada esta noite desmaiada em um beco, vomitando muito sangue, e precisamos de você aqui no hospital para conversarmos, ela está com um tumor no fígado.

Nada poderia ter me preparado para isso, nada. Foi um balde de água gelada jogado em mim, sua água fria entrando me minhas veias e me congelando por completo e total.

Lembro-me que fiquei entorpecida, falava automaticamente e minha cabeça doía, não consegui chorar, só ficava lá no hospital, pálida e com uma expressão tão desolada que via refletida nos médicos e enfermeiras que estavam por lá, até em minha amiga Chloe, que sempre era tão alegre e imune a tristeza, se abateu.

E doeu muito saber que estava avançado e que ela já sabia, e estava escondendo-o de mim, por isso sumiu por tantas horas sem notícias, ela não queria que eu soubesse.

Foi isso quando ela me disse quando despertou, meio grogue com o forte remédio:

- Minha princesa, me perdoe, eu não queria te preocupar mais, você já se preocupa tanto comigo.

Sua voz está rouca e falha, sua pele está pálida e áspera, seu cabelo ressecado ao toque, sua mão áspera e suada contra a minha, e extremamente fria.

- Você não deveria ter me escondido isso – Digo, um nó formando-se em minha garganta.

Desvio-me dela e foco nas flores que chegam todo dia, com frases estúpidas de: “você vai vencer essa!” e “Fique forte” e o pior é que eles sabem que ela não vai passar dessa, e eu já aceitei esse fato.

- Eu sei. – Ela começa a se mexer para se sentar, mas eu a impeço. – Minha querida, eu tenho tanto orgulho de você, você se tornou esta lida mulher mesmo comigo aqui para te parar, para você mudar de caminho.

“Você poderia ter me largado naquelas vezes na delegacia, mas pagou minha fiança e me levou para casa todas as vezes, poderia ter saído de casa e seguido sua vida normal mas...

- Eu não o fiz.

Olho para ela, seus olhos verdes claros me encarando. Minha garganta se fecha e não seguro as lágrimas, não consigo segurá-las, apenas choro, elas saem descontrolavelmente.

Sinto seus braços finos me envolverem e ela dizer palavras baixinho, subo para a cama dela e ela continua a dizer coisas bonitas, mas eu só consigo chorar, soltar tudo o que segurei nas últimas semanas em que estive aqui neste hospital.

Nesta noite ela se foi. Eu acordei com o barulho da máquina que monitora os batimentos em um biiii, e aceitei.

Passe pelo velório, aceitando as palavras de conforto embora elas não me tenham ajudado em nada, apenas agradecendo e retribuindo abraços, automaticamente, como um robô. Via meu rosto em todos, sem expressão, meus olhos vagos e não se centrando em nada, dizendo apenas “sim” “não” “obrigada” e nada mais, e meus pensamentos estavam... eu não pensava muito, não como antes ou agora, era automático, e eu estava bem, mas os outros não pensavam assim.

Honor Craig era psicóloga, ela insistiu que eu marasse uma consulta com ela quando minha mãe estava internada, mas eu não fui e depois de sua morte ela continuou a insistir. Eu não queria ir a nenhum psicólogo e abrir minha vida e sentimentos sentada em um divã para uma pessoa que só sei o nome, e eu não estava louca como a maioria pensava.

Foi quando eu decidi sair de minha cidade, não aguentava andar um pouco e um me parar lamentando, já estava cheia disse, então fui para Gdov e peguei minha casa, que era minha herança, e comecei a faculdade e estava muito bem isolada na calma cidade, até que Zayn aparece, e tudo se desenrola e vira uma caos diante dos meus olhos.

Mas não me arrependo de conhecer Zayn, nem um pouco, ele foi, sem dúvida, uma das melhores coisas que aconteceu em minha vida, a única na verdade.

- Porque você está me olhando assim? – Ele diz dando um sorrisinho, e eu fico aliviada dele ter abandonado a carranca que ele havia adquirido agora mesmo e a substituído a um Zayn com bochechas coradas e sorrisinho tímido, seus olhos me avaliando rapidamente.

- Apenas grata por você estar naquela noite no escuridão e ter reparado em mim.

Ele ri baixinho e sua mão acaricia minha bochecha, depois volta para o volante, deixando minha pele quente.

- Então eu te agradeço por não ter corrido de mim quando eu dei uma surra naqueles idiotas.

Aperto meus lábios, lembro-me muito bem daquela noite.

- Eu quase o fiz. – Digo. – Mas depois de você sair eu fiquei meio que desesperada, como se você...

Arregalo meus olhos e o espero confirmar.

- Sim, eu controlei sua emoção, mas foi a única vez, juro.

Murmuro qualquer coisa sem sentido e me recosto, eu achei muito estranho na época isso, mas agora parece não ter tanta importância assim.

Ele se inclina para mim tão rapidamente que perco o ar, seu lábios a poucos centímetros de meu, seu hálito frio em minha bochecha enquanto diz:

- Já que eu estou fazendo confissões do que eu fiz. – Ele se move e nossos ombros se tocam. – Devo dizer que te observava?

Me afasto dele e olho em seus olhos.

- Bem, isso é revelador. – Digo.

Ele dá uma risadinha e finalmente seus lábios encontram os meus, mas só para sermos interrompidos com uma voz claramente irritada dizendo.

- Vocês podem parar e procurarem um hotel para vocês. – Anne diz. Me afasto rápido e me ajeito no banco, claramente envergonhada, Zayn apenas dá uma olhada claramente irritado para Anne, mas ela não se intimida e continua. – E eu gosto de que quando dirigem, olhem para a frente, para a rua, para não batermos em nada.

Eu suspiro e olho para o borrão de uma floresta, aparecendo rapidamente quando os faróis passam por ela, Zayn sempre dirige correndo.

Talvez eu posso convencer Anne e ir com Ian e Alejandra no carro detrás, descarto a ideia rapidamente, posso imaginar como seria esta vampira pequena e estridente presa em um carro com os dois.

- Acho que ouvi essa. – Anne diz, e eu me viro para ela e sorrio, confirmando o que ela ouviu.

Ela revira os olhsos e ri. Abre sua mochila e tira uma garrafa térmica e a leva aos lábios, fico tentada a perguntar o que ela está bebendo, mas dou de ombros e me viro, bem a tempo de ver os olhos de Zayn olhando rapidamente para trás, suas pupilas um pouco dilatas. Sangue. Aquilo é sangue. Inteligente devo acrescentar, vou perguntar qualquer hora se ela corta o pescoço de alguém e coloca o sangue na garrafa.

Toco meus pequenos furos, as marcas das presas de Zayn em meu pescoço, que está escondida embaixo de meu cachecol. Ele olha para mim e seus olhos brilham de um jeito selvagem, e eu tenho de me controlar para não avançar nele e esquecer de que Anne está bem ali atrás.


Notas Finais


Bem, resolvi contar mais sobre a vida de katherine e ficou beeem grande não é?
Suponho que só tenham mais dois caps para terminar a fic, e eu dar início a segunda temporada, e estou fazendo tudo rápido pq sei por experiência que é chato fica enrolando e enrolando para achar logo o que se necessita, e não vou adiantar nem nada, já tinha isso em mente qnd comecei a fic, e não acho que seria bom ficar enrolando.
deixem reviews dizendo oq vcs acharam ok *-*

bjjjjs


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